sábado, 3 de novembro de 2007

Vôo do primeiro cão ao espaço completa 50 anos hoje

Viagem ajudou a construir caminho para que vôo espacial com humanos pudesse ser realizado

A cadela Laika
(Foto: AP)

Apenas um mês depois de a União Soviética parar o mundo ao colocar o primeiro satélite artificial em órbita, o bloco atingiu uma nova vitória - um satélite muito maior, levando uma cadela vira-lata chamada Laika. A missão, que completa 50 anos neste sábado, 3, não teve um final feliz, mas ajudou a construir o caminho para o vôo com humanos.

Assim como outros episódios do programa espacial soviético, a missão de Laika foi oculta em um véu de segredos, e apenas depois do colapso da União Soviética os participantes puderam contar a história real por trás dela.

O satélite que levou Laika ao espaço foi construído em menos de um mês no que foi, provavelmente, a missão espacial mais rapidamente preparada da história.

Entusiasmado com a repercussão internacional do lançamento do Sputnik, em 4 de outubro de 1957, o líder soviético Nikita Khrushchev convocou Sergei Korolyov, o pai do programa espacial soviético, e ordenou que ele criasse "algo novo" para celebrar o aniversário, no dia 7 de novembro, da Revolução Bolchevique de 1917.

O pedido de Khrushchev foi um choque até mesmo para Korolyov, que havia conseguido, junto com sua equipe, conseguiu montar o primeiro Sputnik em menos de três meses, disse Georgy Grechko, um cosmonauta que começou sua carreira como engenheiro espacial.

- "Nós não acreditávamos que vocês ultrapassariam os americanos com seu satélite, mas vocês o fizeram. Agora você deve lançar algo novo até 7 de novembro", disse Korolyov contando o que ouviu de Khrushchev, de acordo com Grechko.

Boris Chertok, o braço direito de Korolyov, disse que o prazo curto tornou impossível criar uma espaçonave completamente nova, mas poucos concordaram em simplesmente repetir o lançamento de Sputnik. Assim, quando alguém da equipe sugeriu colocar um cão em órbita, Korolyov abraçou a idéia imediatamente.

Pouco se sabia sobre o impacto do vôo espacial em seres vivos, e alguns acreditavam que eles seriam incapazes de sobreviver ao lançamento ou às condições do espaço.

A União Soviética já havia testado o lançamento de cães em missões suborbitais curtas durante testes de mísseis, e alguns deles sobreviveram a muitas delas. Todos eram vira-latas - os médicos acreditavam que eles eram capazes de se adaptar mais rapidamente a condições difíceis - e todos eram pequenos, para que pudessem caber nas minúsculas cápsulas.

Apenas nove dias antes do lançamento, o doutor Vladimir Yazdovsky escolheu um deles - a cadela Laika, de dois anos - para a missão.

As histórias sobre como ela foi escolhida variam: alguns dizem que Laika foi escolhida por sua boa aparência - um pioneiro espacial soviético tinha que ser fotogênico. Outros dizem que a primeira opção para a missão foi deixada de lado pois os médicos ficaram com pena dela: já que não havia tempo para criar um novo veículo de reentrada para o lançamento, a glória de fazer parte da história espacial também significava a morte certa.

"Laika era tranqüila e charmosa", escreveu Yazdovsky em seu livro, que trata da história da medicina espacial soviética. Ele lembrou que antes de levá-la à plataforma de lançamento, ele levou a cadela para casa para brincar com seus filhos. "Eu queria fazer algo bom por ela: ela tinha tão pouco tempo de vida", disse.

Correndo contra o tempo, Korolyov e sua equipe combinaram uma cápsula que levaria Laika, que possuía sistemas básicos de sobrevivência, com elementos do primeiro Sputnik. Eles decidiram não separar o satélite do segundo estágio do foguete para simplificar seu desenvolvimento.

Eles trabalharam sem diretrizes em um ritmo notável até para a época da corrida espacial e que parece impossível para os padrões de hoje.

"Agora que temos computadores, equipamentos industriais sofisticados, lasers e outras coisas, ninguém é capaz de construir um novo satélite em apenas um ano", disse Grechko em uma entrevista.

"Hoje em dia, levaria um mês apenas para começarmos a fazer os planos. Korolyov nos disse depois que foi o mês mais feliz de sua vida", contou.

Por conta de problemas técnicos de última hora, Laika teve que esperar na cabine pelo lançamento por três dias. No dia 3 de novembro, ela foi lançada ao espaço no Sputnik 2, que pesava 508 quilos _ uma amostra da habilidade soviética de levar grandes cargas ao espaço.

O Sputnik 1 pesava apenas 83,6 quilos, enquanto o primeiro satélite norte-americano, o Explorer 1, lançado em 31 de janeiro de 1958, pesava apenas 14 quilos.

Quando Laika alcançou a órbita, os médicos perceberam, aliviados, que seu batimento cardíaco, que havia subido durante o lançamento, e sua pressão sanguínea estavam normais. Ela comeu uma comida especialmente preparada que estava em um contêiner.

De acordo com os relatórios oficiais, a cadela foi sacrificada após uma semana. A missão de Laika gerou uma série de protestos de ativistas a favor da proteção dos animais.

Apenas após o fim da União Soviética alguns participantes do projeto contaram a verdadeira história: Laika seria, de fato, sacrificada, mas ela morreu, aparentemente em decorrência de superaquecimento, depois de algumas horas em órbita.

"Era impossível construir sistemas confiáveis de sobrevivência e controle do calor em um tempo tão curto", disse Chertok em suas memórias.

Diversos outros cães morreram em lançamentos que falharam antes do vôo bem-sucedido - e retorno seguro à Terra - dos cães Belka e Strelka em agosto de 1960.

Após alguns outros vôos com cães, a União Soviética levou o primeiro homem - Yuri Gagarin - ao espaço em 12 de abril de 1961.

Gagarin é citado por ter dito: "Eu ainda não entendo quem eu sou: o primeiro humano ou o último cão no espaço".

Fonte: Estadão

Avião apreendido no RS é liberado, mas dinheiro fica

Os R$ 24 milhões em moeda estrangeira ficarão no Brasil até o fim das investigações.
Aeronave com destino a Montevidéu pousou em cidade gaúcha por causa de temporal.

Avião que transportava R$ 24 milhões deixa o Brasil
(Foto: Renoir Sampaio/ Zero Hora/ Ag.RBS)

O avião que na segunda-feira (29) aterrissou em Cruz Alta (RS) transportando cerca de R$ 24 milhões em moedas de oito países diferentes decolou na manhã desta sexta-feira (2). O Cessna 411 paraguaio levantou vôo por volta das 9h30 em direção a Santa Maria (RS), de onde seguiria para o Paraguai.

Segundo o chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal no estado, Paulo Ricardo Chagas Meksraitis, o avião estava sob responsabilidade da Delegacia da Receita Federal de Santo Ângelo, e deve ter sido liberado porque não influenciaria na investigação da origem do dinheiro.

Desde terça-feira (30), a Receita Federal trabalha para apurar a origem e o destino dos R$ 24 milhões que estavam no avião contratado pela empresa de transporte de valores Prosegur.

Na segunda-feira, devido a um temporal, o avião com quatro pessoas a bordo teve de aterrissar no Aeroclube de Cruz Alta. Ele transportava o dinheiro de Assunção para Montevidéu.

"O dinheiro segue apreendido enquanto verificamos a documentação. No início da próxima semana, teremos uma posição sobre o que vai ser feito do dinheiro", disse Meksraitis.

Fonte: G1

Grupo provoca princípio de tumulto em Congonhas

Um grupo de passageiros provocou um princípio de tumulto por volta das 23h desta quinta-feira, dia 1º, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em protesto contra atrasos em vôos da empresa Gol. Segundo a Infraero, eles invadiram um finger (corredor que dá acesso à aeronave).

Como as atividades daquele finger já estavam encerradas, ele não estava conectado a nenhum avião. A assessoria de imprensa da Infraero informou que foi chamado apoio de seguranças para que o grupo se retirasse do local, pois houve resistência de algumas pessoas.

Fonte: Terra

Público de aeroporto de Presidente Prudente aumenta 700%

Aeroporto é o terceiro em movimento do interior de São Paulo

Com apenas uma companhia aérea em operação, o Aeroporto Estadual de Presidente Prudente passou a ser o terceiro do interior de São Paulo em número de passageiros por embarque e desembarque. Com 4.120 passageiros no primeiro semestre de 2006, passou para 29.329 no mesmo período deste ano, um crescimento de sete vezes, conforme balanço do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). Durante todo o ano passado, o aeroporto teve movimento de 9.570 passageiros e, em 2005, 9.798.


Pista tem 2,1 mil metros, 200 a mais que o
aeroporto de Congonhas em São Paulo

O motivo seria a queda do valor das passagens, que podem ser encontradas por até R$ 79,00 no trajeto de Presidente Prudente à capital do Estado, menos que uma passagem de ônibus leito para o mesmo itinerário, que custa R$ 85,00.

Segundo o levantamento da Daesp, o aeroporto de Prudente fica atrás apenas dos aeroportos de Ribeirão Preto, com 245.680 embarques e desembarques até julho, e São José do Rio Preto que registrou 187.605 passageiros no acumulado de 2007.

Segundo o encarregado administrativo do aeroporto João Carlos Gomes, 54 anos, o aumento no movimento diário do aeroporto trouxe resultados positivos para todos os setores: "A situação melhorou muito para os taxistas, empresas locadoras de veículos e até para o proprietário do restaurante que funciona no local. Ele trabalhava apenas com o pessoal da família, mas agora, com o aumento do movimento, teve de contratar empregados para atender a demanda", afirmou.

Na opinião de Gomes, o aeroporto de Presidente Prudente possui qualidades superiores a muitos outros do País. "Temos uma pista de 2.100 metros, 200 a mais que o aeroporto de Congonhas em São Paulo, uma ampla área de escape e em caso de chuva, apresenta uma drenagem perfeita, sem oferecer qualquer risco de pouso ou decolagem", explica.

"Nosso balizamento está classificado como um dos melhores do País, tanto que as instalações são utilizadas para treinamento de pilotos para aviões de médio porte e serve como base regional para aeronaves militares. Temos sete angares de grande porte e mais um aeroclube com uma excelente escola de pilotagem" explica o encarregado.

De acordo com o diretor regional da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fernando Rodrigues Carballal, os dados mostram a demanda reprimida que existia na região. Segundo ele, a falta de concorrência, com a atuação de apenas uma empresa em Prudente, tornava as passagens muito caras.

"O principal é a concorrência, que regula os preços. Se a Gol vier mesmo para Prudente, o que está previsto ainda para este mês, vai faltar aeroporto", considera. As negociações entre o Daesp e a Gol para que a empresa passe a operar em Prudente estão adiantadas.

Para Carballal, é preciso que o Daesp melhore de alguma forma os serviços realizados. "A sala de embarque hoje se tornou pequena. É preciso que ela seja ampliada com urgência para adequar o atendimento aos passageiros". Já estão previstas as reformas e ampliações das estruturas físicas como ampliação do setor de embarque e desembarque, sanitários, restaurante e a modificação para a posição de check-in.

O Daesp está vinculado à Secretaria de Transportes do Governo do Estado de São Paulo e mediante o convênio com o comando da Aeronáutica, através da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), tem a responsabilidade de administrar, manter e explorar 31 aeroportos públicos no Estado. Aeroportos como de Congonhas, Cumbica, Viracopos, Campo de Marte e São José dos Campos são administrados pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).

Fonte: Terra

Presidente e fundador da BRA anuncia renúncia

O presidente da companhia aérea BRA, Humberto Folegatti, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia ao cargo. O executivo não esclareceu os motivos de sua saída, que embora anunciada somente ontem, aconteceu no dia 22 de outubro.

Folegatti continuará na empresa, como presidente do conselho de administração, órgão que agora procura um novo presidente para a companhia aérea.

O executivo fundou a companhia aérea em 1999, ao lado do irmão, Walter Folegatti. Entre os sócios atuais da BRA estão os fundos de investimentos Investments 2234 Overseas Fund VI BV, uma subsidiária do Bank of America Corp.; Darby BBVA Overseas Investments, Development Capital; Gávea Investment Fund; o banco Goldman Sachs & Co.; HBK Investments, e a Millennium Investments.

Fonte: Invertia