quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Veja mais fotos e a reportagem sobre o British Airways acidentado em Londres


Foto: Andrew Parsons (The Associated Press)

Foto: BBC News 24

Foto: Reprodução da TV

Acidente com avião pára principal aeroporto da Inglaterra

Acidente fechou a pista sul do aeroporto de Heathrow.

Boeing 777 ficou atravessado no meio de uma das pistas.

(Foto: Stefan Rousseau/AP)


Um acidente com um avião de passageiros da British Airways fechou parte do aeroporto de Heathrow, o principal da Inglaterra, nesta quinta-feira (17).

Os passageiros escaparam descendo as rampas de emergência depois que o vôo da British Airways BA038 vindo de Beijing cai na aterrissagem.

Todos os 136 passageiros a bordo do Boeing 777 foram retirados. Há relatos de que quatro deles sofreram ferimentos leves.

A pista de decolagem sul foi fechada para os investigators examinarem a cena - a pista norte continua aberta.

Em sua aproximação, o Boeing, estava demasiadamente baixo.

Uma testemunha, John Rowland, disse que "na aproximação para a aterrissagem o Boeing estava tão baixo que passou raspando no teto do meu taxi. Ele caiu na pista, destroços voaram em toda parte, foi ouvido um estrondo enorme e a aeronave derrapou lateralmente."

Uma quantidade enorme de fumaça


Uma outra testemunha ocular, Nick Gray, disse à BBC News: "haviam algumas faíscas porque a estrutura ou o fundo do avião tocou na pista de aterrissagem e uma quantidade enorme do fumaça veio daquela direção. Então o avião fez uma parada razoavelmente rapida. Era incrível a eficiência a rapidez com que os passageiros deixavam o avião.

Alguns vôos para Heathrow estão sendo desviados aos aeroportos de Stansted e de Luton.


Fontes: BBC News / G1

A Virgin Atlantic informou que começará um programa de testes usando bio combustível

O primeiro vôo de uma aeronave comercial usando combustível "ecológicamente correto", será realizado por um Virgin Atlantic 747, que fará um vôo de demonstração, sem passageiros, desde Heathrow até Amsterdam, anunciou a empresa dia 14 último. O projeto tem a colaboração da GE e da Boeing,

Como parte do seu comprometimento com o meio ambiente, Richard Branson declarou que iria reinvestir todos os lucros da empresa, dando prioridade à redução das emissões. A Virgin é a primeira empresa que oferece aos seus passageiros a possibilidade de comprar créditos de carbono a bordo.

Fonte: Vingin Atlantic

Relatório sobre queda do Boeing da Gol não explica por que transponder desligou

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O relatório final sobre a queda do Boeing da Gol em 2006, que provocou a morte de 154 pessoas, ficou pronto sem chegar a uma conclusão definitiva sobre os motivos do desligamento do transponder e recomenda o aperfeiçoamento do sistema de alerta sonoro e visual em caso de inoperância do aparelho, independentemente do motivo da falha.

O transponder transmite dados do avião para o solo e para aeronaves, intercomunicando sistemas anticolisão de aviões que os possuam -caso dos jatos acidentados. Mas o Legacy estava com o seu inoperante.

O aviso se resumia às palavras "TCAS off [sistema anticolisão desligado]" em um canto do painel. Os pilotos podem não ter visto. Pelas gravações da caixa-preta, eles demonstraram surpresa ao notar, depois do choque, que não funcionava.

Conforme a Folha apurou, a comissão de investigação, sob o comando do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), não chegou a nenhuma certeza sobre o motivo do desligamento do transponder do Legacy que se chocou com o Boeing em 29 de setembro de 2006.

A causa mais provável foi um erro de digitação dos códigos do aparelho, que teria, então, entrado em "stand-by" -e, portanto, sem condições de identificar a aproximação do Boeing da Gol.

Uma segunda hipótese seria de mau contato do transponder do Legacy, que era novo e fazia seu primeiro vôo após testes e venda para a ExcelAire.

O relatório está pronto desde o final do ano passado, foi traduzido para o inglês e enviado aos fabricantes do Legacy (Embraer, do Brasil), do transponder (Honeywell, dos EUA) e aos donos das aeronaves.

A divulgação foi abortada porque os pilotos norte-americanos do Legacy, Joe Lepore e Jan Palladino, e os controladores de vôo brasileiros envolvidos recuaram, decidindo prestar declaração à comissão técnica de investigação -que não tem caráter punitivo, mas preventivo, identificando erros e prevenindo futuros acidentes.

O coronel Rufino da Silva Ferreira, que preside a comissão do Cenipa, tentou ouvir os dois pilotos durante viagem aos EUA em dezembro, mas as agendas não coincidiram. A data do encontro é mantida em sigilo, apesar de não haver expectativa de novidades.

Os dois americanos, que ficaram retidos no Brasil nos primeiros meses após o acidente, conseguiram na Justiça brasileira o direito de voltar ao seu país, com o compromisso de prestar esclarecimentos sempre que chamados. Eles, porém, não aceitam voltar ao Brasil, só concordaram em falar de seu próprio país.

Fonte: Folha de S.Paulo (17/01/2008)

Famílias rejeitam praça no local do acidente da TAM

Parentes querem construção de memorial por meio de concurso.

Secretaria diz desconhecer proposta e que projeto de praça está em andamento.


O local onde o Airbus da TAM se chocou contra o prédio da TAM Express é hoje, seis meses depois, um grande espaço vazio cercado de tapumes. A empresa já oficializou a intenção de doar a área à prefeitura. Parentes das vítimas querem que o projeto de um memorial seja escolhido a partir de um concurso nacional com o Instituto de Arquitetos do Brasil. A assessoria de imprensa da Secretaria de Subprefeituras diz que desconhece a proposta e informou que o projeto de uma praça está em fase de elaboração.

Fonte: G1 - Foto: Isabela Noronha (G1)

Seis meses após acidente da TAM, 80% das famílias esperam indenização


41 famílias aceitaram propostas de indenização da companhia aérea.

Parentes criam associação e cobram justiça por seus 199 mortos.

Seis meses após a maior tragédia da história da aviação brasileira, as famílias de 80% das vítimas ainda discutem com a TAM o valor das indenizações.

No dia 17 de julho do ano passado, o Airbus A-320 que aterrissou no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, às 18h48, não conseguiu frear, atravessou a Avenida Washington Luís e chocou-se contra o prédio da TAM Express matando 199 pessoas.

Segundo a companhia aérea, 41 acordos foram concluídos até agora – 30 foram pagos e 11 estão em vias de pagamento. Cerca de 50 famílias que não concordaram com o valor proposto entraram com ações na Justiça dos Estados Unidos.

“É desgastante ouvir quanto vale a vida da sua filha”, afirmou Archelau Xavier, que perdeu Paula, de 24 anos. O engenheiro, vice-presidente da associação de parentes das vítimas, preferiu recorrer à Justiça norte-americana, onde aciona a TAM, a Airbus, as fabricantes do reverso e do freio, além da empresa que faz manutenção das aeronaves da companhia aérea.

De acordo com ele, a Defensoria Pública, o Ministério Público, o Procon e a Secretaria de Direito Econômico discutem com a TAM as bases para a criação de uma câmara de conciliação para agilizar as indenizações e dar amparo às famílias na negociação.

Sem conclusões

As investigações continuam e as causas ainda não são conhecidas. “Até agora muitos dados foram colhidos, mas ainda há muitas vertentes e nenhuma permite uma conclusão satisfatória”, disse Antônio Nogueira, perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC).

Até o momento, não é possível saber se um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso por falha mecânica ou por erro humano. Os peritos não descartam tampouco a possibilidade de a pista de Congonhas ter contribuído para o acidente.

O IC estima que seu laudo seja concluído em maio deste ano. O inquérito da polícia, que reúne 5,4 mil páginas, ouviu 300 pessoas, entre elas 37 pilotos. A previsão é que a apuração seja entregue ao Ministério Público de São Paulo no mês seguinte, quando a instituição poderá decidir se arquiva ou denuncia os supostos responsáveis pelo acidente.

“Tenho um medo terrível que isso termine em nada. Todas as noites, vou dormir pensando que a morte da minha filha não pode ser em vão”, afirmou a professora Ana Silvia Scott, que perdeu Thaís, de 14 anos, sua filha única.

Organizados em uma associação, os parentes pedem justiça. “Eu só quero saber o que ocorreu naquele avião. Depois do que aconteceu, não existe transparência, muitos documentos não são fornecidos. Eu também quero investigar a morte do meu marido”, disse a consultora gastronômica Eliane de Mello.

Flores homenageiam mortos diante dos escombros do prédio da TAM Express (Foto:Arquivo/G1)

Mudanças

Na Aeronáutica, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estima que seu relatório final fique pronto entre junho e julho deste ano. Mas, a partir da apuração, o órgão já fez recomendações de segurança de vôo.

O reverso da turbina direita do Airbus da TAM, equipamento que ajuda a aeronave a frear, estava travado na hora do acidente. Três meses após a tragédia, o Cenipa pediu às companhias aéreas que não realizem pousos ou decolagens com o reverso pinado. À TAM, recomendou enfatizar aos pilotos o uso correto dos manetes em caso de reversor inoperante.

O Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) restringiu vôos em Congonhas que, até a data do acidente, era o mais movimentado do país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reduziu o número de pousos e decolagens. Os vôos foram remanejados para outros aeroportos, principalmente, Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O aeroporto não tem mais escalas e conexões, enquanto os pousos e decolagens, que chegaram 48 por hora antes do acidente, somam hoje 32 movimentos por hora em Congonhas. O uso de táxi aéreo no aeroporto também foi limitado porque a Anac proibiu os chamados slots de oportunidades.A distância máxima dos vôos foi limitada a 1 mil km. Entretanto, durante a alta temporada de verão, o raio foi ampliado para 1,5 mil km até o dia 15 de março.

Fonte: G1