segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Após pressões, TAM cria câmara para indenizações a parentes de vítimas do vôo JJ-3054

A TAM anunciou nesta segunda-feira (18) a criação de uma câmara de indenização aos parentes das vítimas do vôo JJ-3054. A câmara, com previsão de funcionamento até o mês de abril deste ano, terá participação de órgãos públicos e será uma forma extrajudicial de agilizar as indenizações por danos morais e materiais aos parentes das vítimas.

A criação do grupo foi um pedido dos próprios familiares, logo depois do acidente. O Airbus-A320 da TAM chegou a pousar no aeroporto de Congonhas no dia 17 de julho de 2007, não conseguiu frear e bateu contra um prédio da TAM Express, provocando a morte de 199 pessoas.

Segundo a empresa, além de advogados da TAM, participarão da câmara representantes do Procon, Defensoria Pública e Ministério Público do Estado de São Paulo, a SDE/MJ ( Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça) e a seguradora Unibanco/AIG.

O presidente da Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ-3054), Dario Scott, pai de Tais, 14, uma das 199 vítimas do acidente, afirma que a proposta foi discutida durante a reunião dos familiares com representantes da empresa e os órgãos envolvidos no último sábado (16), em São Paulo.

No domingo, familiares realizaram uma passeata que foi finalizada com um culto ecumênico no terreno que antes abrigava o prédio da TAM Express.

Scott afirma que a proposta é boa para os parentes que pretendem apenas cuidar da questão de indenização. "Se você analisar que o valor ofertado pode ser o mesmo agora do que uma ação que demande dez, 15 anos, é positivo. Principalmente para aqueles que precisam de uma solução rápida", disse.

A decisão de aceitar ou não os parâmetros e valores ofertados pela câmara será analisada em uma nova reunião dos parentes, prevista para acontecer no final de março, em São Paulo.

Scott, particularmente, afirmou que não recorrerá à câmara. "Não ingressaria pois não ela não oferece um caráter punitivo. Houve negligência e tem muito mais coisa envolvida do que dinheiro", afirma.

20 dias

Segundo a TAM, a adesão à câmara é optativa. A empresa informou que será adotado um procedimento padrão desde a entrega dos documentos até o pagamento dos valores.

A quantia - não revelada pelas famílias nem pela TAM - será baseado em parâmetros definidos previamente com base em decisões anteriores já adotadas - jurisprudência - pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Caberá aos órgãos públicos monitorar e certificar as decisões tomadas. Os familiares poderão acompanhar as negociações com o auxílio de um advogado ou por intermédio de defensores públicos.

Após a conclusão de cada negociação, a empresa informou que o valor será pago em até 20 dias.

Segundo Scott, a Afavitam não irá se envolver, pois não foi criada para tratar das indenizações das famílias.

Fonte: Folha Online - (Título corrigido por Jorge Tadeu em 20/02/2008)

Familiares de vítimas do vôo 3054 acusam governo de retroceder

Familiares e amigos das 199 pessoas mortas no acidente com o vôo 3054 da TAM, no ano passado, fizeram um protesto neste domingo (17). Eles afirmam que o governo retrocedeu em relação às medidas de segurança de vôo que adotou depois da tragédia, que é a maior da história aeronáutica brasileira.

O alvo das críticas foi o anúncio do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que regulamentou a retomada de vôos regulares com escalas e conexões em Congonhas, mantendo o limite de 30 operações por hora.

De acordo com o presidente da AfavTAM (Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo JJ-3054 da TAM), Dario Scott, uma comissão terá uma audiência com Jobim no dia 28, em Brasília, para discutir essa medida e a insatisfação dos familiares em não ter acesso aos documentos que fazem parte da investigação.

No protesto deste domingo, o grupo realizou uma caminhada do parque do Ibirapuera (zona sul de São Paulo) ao local do acidente, nos arredores do aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), e, depois, participou de um ato ecumênico com representantes do catolicismo, luteranismo, judaísmo e espiritismo.

No ato, rosas brancas enfeitaram o chão com as palavras vida, verdade e justiça.

Em meio aos manifestantes estavam Lola Maria Donatelli Bianchi e Oscar Pascoal Bianchi, pais de Nádia Bianchi Moisés, 32, morta no acidente. Eles usavam uma camiseta que dizia "lucro acima de tudo mata".

Memorial

Os manifestantes ainda defenderam a construção de um memorial, no local do acidente. "O local onde essas pessoas estão verdadeiramente enterradas é aqui", afirmou o empresário Dirk Kirschstein, 43, cuja noiva, Priscila Bertoldi, 31, morreu no acidente. O presidente da associação também defendeu a homenagem. "Partes de nossas famílias morreram aqui e nós queremos um memorial."

Zuleika Góes, 61, cujo filho, o engenheiro Alexandre Rafael de Góes, 35, morreu na tragédia, estava pela primeira vez no local. "Queremos um memorial para fazer uma oração, para que ele seja lembrado."

Fonte: Folha Online

TAM recebe novo Airbus A320

A companhia aérea TAM recebeu, este fim de semana, um novo Airbus A320, elevando para 103 o total de aeronaves da fabricante em sua frota. Ao todo, são 15 aeronaves modelo A319, 71 A320, três A321, 12 A330 e duas A340.

O A320 recém-chegado é o primeiro avião incorporado este ano à frota da TAM, formada por 103 Airbus, quatro F-100 e três MD-11. Segundo a companhia brasileira, com a aquisição, além de operar a maior frota de Airbus da América Latina, a companhia passa a manter a maior quantidade de modelos da fabricante européia na região.

Ainda de acordo com a TAM, dados da Airbus revelam que a companhia brasileira recebeu o maior número de novas aeronaves da fabricante no ano passado, 33 modelos, superando as congêneres chinesas e indianas. Agora, os planos da TAM são de encerrar 2008 com 123 aeronaves e, em quatro anos, ter 147 em operação.

Fonte: Agência Estado

Avião de passageiros sai da pista no Canadá


Um avião de passageiros que aterrissava na capital do Canadá saiu da pista depois de derrapar, mas nenhum dos 94 passageiros e membros da tripulação ficou ferido, informou a companhia aérea Westjet.

O vôo 846 procedente de Calgary com destino a Ottawa saiu da pista, mas não houve registro de feridos e os passageiros saíram do aparelho sem qualquer problema, informa o comunicado.
Os funcionários não comentaram as causas do acidente, mas a meteorologia advertiu para a presença de gelo nas estradas da capital.

A aeronave era um Boeing 737.

Fonte: France Press - Foto: Mike Carroccetto (The Ottawa Citizen)

Empresa quer fábrica de grandes helicópteros no País

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, confirmou que a Helibras, subsidiária do grupo francês Eurocopter, tem interesse em fazer no Brasil uma fábrica de helicópteros grandes, pesados e de transportes, provavelmente em Itajubá (MG), onde a empresa já fabrica helicópteros.

De acordo com Jorge, ainda é necessário discutir alguns detalhes, como o índice de nacionalização da produção. "Se for para importar tudo e montar aqui, não queremos. Queremos transferência de tecnologia para que o Brasil forneça peças. E eles estão dispostos", afirmou.

Jorge não deu detalhes do investimento, mas informações publicadas na imprensa brasileira neste fim de semana dizem se tratar de 1 bilhão de euros.

Fonte: Agência Estado

Parentes entram pela 1ª vez no local do acidente da TAM


A "Caminhada pela Vida, Verdade e Justiça", organizada por parentes de vítimas do vôo JJ3054, da TAM, que caiu no aeroporto de Congonhas em julho do ano passado, reuniu mais de 500 pessoas na tarde de ontem (17) em São Paulo, segundo estimativas da Polícia Militar. A previsão inicial da CET era de que pelo menos 700 pessoas participaram do encontro, enquanto a organização estimava um número de até 850 manifestantes. Organizada com o objetivo de sensibilizar a sociedade para exigir soluções sobre a falta de segurança no transporte aéreo brasileiro, a manifestação saiu do Parque do Ibirapuera por volta das 15 horas e chegou ao antigo terreno da TAM Express, local do acidente com o Airbus da TAM, por volta das 16h30. Essa foi a primeira vez em que familiares das vítimas da tragédia tiveram acesso ao local.

Dentre as poucas autoridades presentes, estavam o secretário de Justiça do Estado de São Paulo, Luís Antonio Marrey, e o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). "Viemos aqui para dar nosso apoio aos familiares", disse Marrey. Questionado sobre o que achava de o governo federal ter voltado atrás em relação a uma série de restrições à operação do aeroporto de Congonhas, o secretário disse que não opinaria sobre questões federais.

O secretário de Justiça ressaltou, no entanto, que está atento às investigações sobre as causas do acidente. Essa, aliás, é uma das principais reclamações dos parentes das vítimas da tragédia. De acordo com o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, que perdeu a filha Thais no acidente, a polícia tem tido dificuldade em acessar informações técnicas importantes e concluir o processo de apuração dos responsáveis pela tragédia.

Bastante emocionados, os participantes portavam fotos dos familiares mortos, além de cartazes com críticas ao governo federal. Depois da distribuição de rosas brancas, os manifestantes assistiram a um ato ecumênico no local do acidente, que contou com a participação de representantes da igreja católica, além das religiões espírita, luterana e judaica. O ato durou cerca de uma hora e era interrompido a cada instante pelo barulho dos aviões que decolavam ou pousavam em Congonhas, do outro lado da rua.

Para o próximo encontro da associação, marcado para os dia 29 e 30 de março, é esperada uma decisão sobre a criação de uma Câmara de Conciliação para negociar extrajudicialmente indenizações pelo acidente, de acordo com Scott. Antes disso, dia 28 do próximo mês, o grupo deve se reunir com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a intenção de cobrar a liberação de documentos que estariam em posse da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Fonte: UOL Últimas Notícias - Fotos: Filipe Redondo (Folha Imagem)