quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um gol contra na madrugada

REVISTA ÉPOCA
RUTH DE AQUINO
é redatora-chefe de ÉPOCA


Até quando companhias aéreas brasileiras tratarão seus passageiros como gado? A história de descaso e humilhação vivida pelos passageiros da Gol – Linhas Aéreas Inteligentes –, no vôo Manaus–Curitiba com conexão em Guarulhos, São Paulo, na madrugada do dia 26 para 27 de maio, é de revolver o estômago. São vítimas anônimas do caos aéreo que não acaba nunca no Brasil. E da falta crônica de um padrão de atendimento digno.

Carla Coloniese e seu namorado, Leonardo Sant’Anna, partiram de Manaus no vôo Gol 1641 para pegar uma conexão em Guarulhos às 22h20 com destino a Curitiba, chegada final prevista às 23h25. Depois de uma madrugada em claro, sem acomodação nem café-da-manhã, o casal foi encaixado às 10h15 do dia seguinte num vôo que ia para Buenos Aires, Gol 7470, com escala em Curitiba.

Se tivesse sido só isso, já seria péssimo. Mas, acontece. Nos países civilizados, o costume é a companhia aérea acomodar os mais de 200 passageiros em hotel. Mas, aquela noite se tornaria inesquecível. Em Guarulhos, perto das 23 horas, a Gol informou que, devido às condições climáticas, o avião aterrissaria no aeroporto de Viracopos (Campinas).

Os passageiros foram levados de ônibus para Campinas, para seguir viagem de lá. Em Campinas, juntaram-se passageiros de outras capitais. A companhia tentou despachar todos numa aeronave, mas uma parte do grupo não coube. Descontrole total.

Passageiros desembarcaram e retiraram as bagagens. Eram 3 horas da madrugada.

Quem tinha vindo de Natal embarcou em outro avião. O vôo Gol 1735 preparava-se para decolar, todos com cintos afivelados, quando, segundo o passageiro Macksen Cenerini, ouviram-se gritos: “Pelo amor de Deus... Socorro... Me tirem daqui!”. Será que havia uma criança no banheiro? Não, era um adulto, e estava tranqüilo. Apavorados com os gritos intensos e abafados, os passageiros olharam pelas janelas do avião e viram funcionários da Infraero abrindo o bagageiro, na parte inferior da aeronave. Uma funcionária saiu desesperada do compartimento de bagagens, e se sentou chorando em uma escada. Escapara de morrer congelada. O relato é confirmado pelo passageiro Rafael Sant’Anna. O vôo não decolou.

Enquanto isso, Carla e Leonardo embarcavam pela segunda vez numa aeronave em Campinas. Mas novamente foram intimados a desembarcar. A confusão na sala de retirada de bagagens era grande. A Gol, então, informou que passageiros com destino a Curitiba, Londrina e Maringá sairiam num vôo às 6 horas da manhã. Já eram 4 horas. Todos para a fila do check-in. Novo informe: como o aeroporto de Curitiba estava fechado, o vôo iria para Florianópolis e todos seriam levados de ônibus para Curitiba. No barato, mais quatro horas de viagem por terra.

Finalmente, a Gol ofereceu uma opção que parecia inteligente. Perguntou quem queria retornar a Guarulhos e pegar um vôo às 10 horas para a Argentina, com escala em Curitiba. Foi a escolha de Carla e Leonardo para despertar do pesadelo. A Gol não pagou nem café-da-manhã para os náufragos do vôo Manaus–Guarulhos–Curitiba. “Nós nos sentimos muito otários. Se, às 23 horas, em Guarulhos, nos tivessem dito que o vôo não prosseguiria, iríamos para um hotel descansar, ainda que fosse à nossa custa, e embarcaríamos pela manhã”, disse Carla. “Além do estresse e da humilhação, perdemos o dia de trabalho... Quem rende depois de uma noite dessas?”

Outra vítima, Rosane Teixeira, disse ter sido obrigada a desmarcar reuniões que agendara com três clientes da empresa para a qual trabalha. “Ainda teve a ressaca moral, porque me senti enganada e tratada com um desrespeito sem tamanho. Não encontramos ninguém da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para reclamar. Ou seja, o presidente Lula exige data e horário para a solução do caos aéreo, num país onde os funcionários da Anac não trabalham no horário em que somos destratados por uma companhia aérea.” Nem desculpas os passageiros ouviram.

Contatada por ÉPOCA para explicar o ocorrido, a Gol não respondeu.

Não dá para relaxar. Muito menos gozar. O senhor entende, não, ministro Nelson Jobim? Talvez em jatinho particular.

Fonte: Revista Época

Aeroportos à míngua

Nos últimos 10 anos, o governo federal deixou de repassar R$ 600 milhões aos aeroportos estaduais e municipais, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A retenção desses recursos, que resultam da cobrança de tributo específico, se faz em detrimento da segurança dos usuários e do desenvolvimento da indústria do transporte aéreo.

Segundo reportagem do jornal Valor de 26/5, a União preferiu aplicar os recursos no enxugamento do déficit das contas públicas. No governo Fernando Henrique Cardoso, o contingenciamento alcançou 51,2% das verbas do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa). A situação piorou muito no governo Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos cinco anos reteve 78,5% dos recursos.

Os montantes que deveriam ser repassados aos aeroportos foram coletados dos usuários, sob a forma do Adicional de Tarifa Aeroportuária (Ataero). Este adicional foi criado por lei, em 1989, para aplicação em melhoramentos, reaparelhamento, reforma e expansão de instalações aeroportuárias e da rede de telecomunicações e auxílio à navegação aérea. Trata-se, portanto, de dinheiro que não poderia ser usado para outra finalidade. O adicional corresponde a 50% das tarifas aeroportuárias (embarque, pouso, permanência, armazenagem e capatazia). Desde 1992, destinou-se à constituição de fundos para o Profaa.

A infra-estrutura do transporte aéreo é constituída basicamente pelos 744 aeroportos públicos. Destes, 67 - entre os quais os principais aeroportos brasileiros, como Congonhas, Guarulhos, Galeão, Viracopos e Brasília - estão sob controle direto da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero).

Mas há muitos outros - o número estimado pela Anac é de 175, com muitos problemas e falta de soluções.

A maioria dos aeroportos de pequeno e médio portes pertence a Estados e municípios, que, entre 1998 e 2007, teriam direito a R$ 827 milhões para neles investir, mas receberam apenas R$ 226 milhões. Em 2007, um único aeroporto (Cacoal, em Roraima) recebeu R$ 10 milhões, de um total de R$ 110 milhões previstos no orçamento do Profaa.

Para este ano, o valor disponível de aplicações do Profaa está estimado em R$ 119 milhões. Está prevista a liberação de R$ 53,9 milhões para reformas e ampliação e R$ 37,9 milhões para a construção de novos aeródromos. O Congresso identificou dois aeroportos prioritários para receber investimentos: Ji-Paraná (RO) e Porto Seguro (BA). Uma lista feita pela Anac destacou 21 aeroportos. Mas, por ora, o que há são promessas.

Os investimentos nos aeroportos de pequeno e médio portes destinam-se a atender melhor a uma demanda de transporte aéreo de 5 milhões de passageiros, conforme estimativa da agência reguladora.

Com a interiorização do desenvolvimento, crescem as necessidades de recursos para o transporte aéreo em regiões distantes ou onde se localizam pólos agrícolas, industriais e comerciais.

Por isto, investimentos estão previstos nos Aeroportos de Governador Valadares, Ribeirão Preto, Mossoró, Vitória da Conquista, Penedo, Camocim, Canindé de São Francisco, Cururupu, Serra Talhada, Carauari, Rorainópolis, São Felix do Xingu, São Joaquim, Sinop e Vacaria. Outros investimentos destinam-se a estimular o turismo - além de Porto Seguro, há os casos de Angra dos Reis e de Cabo Frio, no Rio, e de Caldas Novas, em Goiás.

Nos últimos anos, os investimentos na infra-estrutura aeroportuária foram insuficientes e mal orientados. Em vez de ampliar e modernizar pistas e equipamentos, conferindo agilidade e segurança aos vôos, as administrações da Infraero preferiram aplicar os recursos no embelezamento e na transformação dos aeroportos sob seu controle em verdadeiros shopping centers.

Os recursos do Profaa devem ter como prioridade a abertura de novos aeroportos e a modernização da infra-estrutura dos já existentes. E, acima de tudo, não podem ser retidos pela União.

Fonte: O Estado de S.Paulo (Opinião)

Grupo Beta incrementa frota com novo DC8-73

A partir de junho o Grupo Beta, empresa especializada em soluções logísticas, vai contar com mais uma aeronave em sua frota, um DC8-73. A mais recente aquisição do grupo tem quatro turbinas de estágio três (com ruído reduzido) e capacidade para 48 toneladas. Além de transportar mais carga, o avião tem maior autonomia de vôo, como viagens internacionais.

'Nossa frota é o coração da empresa e modernizá-la está em nossa prioridade', afirma Michel Atie, sócio-diretor do Grupo Beta. 'Além de aumentar nossa capacidade de transporte, agregamos com esse novo avião novas alternativas e rotas, tais como América Latina e Estados Unidos', finaliza.

Fonte: InvestNews

Segundo informações colhidas no Fórum Contato Radar, a aeronave é essa da foto acima.
Clique sobre a foto para vê-la em tamanho maior.
S/N 46086, fabricado em 1969, ex Emery Worldwide, estocado no Arizona.


Foto: Airliners

United vai retirar 100 aviões de operação

A norte-americana United Airlines anunciou hoje cortes severos em sua frota e pessoal para enfrentar as dificuldades apresentadas pelo alto preço do petróleo e a desaceleração da economia. A empresa afirmou que irá reduzir sua frota em 100 aeronaves - 70 a mais do que previamente anunciado - e diminuir em entre 9% e 10% sua capacidade total até o fim de 2009. Ela também deverá demitir entre 1.400 e 1.600 funcionários - incluindo os 500 cortes já anunciados.

Segundo a empresa, os preços atuais do petróleo (perto de US$ 130 por barril) criam um desafio de mais de US$ 3 bilhões que tem de ser superado. Para ela, essas ações serão suficientes para enfrentar esse desafio à partir do ano que vem, considerando que a indústria como um todo adote ações semelhantes.

O pior impacto será sobre o mercado doméstico norte-americano, com uma redução de 7% a 8% na capacidade neste ano, chegando uma faixa de 17% a 18% em 2009. No segmento internacional, a United tem a intenção de encerrar 2008 com aumento entre 1,5% e 2,5% em sua capacidade. Ainda assim, prevê retração de 4% a 5% no fim do ano que vem.

Para atingir essa redução, a United pretende aposentar toda sua frota de aeronaves Boeing 737, composta por 94 aviões. Além deles, a empresa ainda quer retirar de operação seis aparelhos modelo 747, também da Boeing. Pelos planos da companhia, 80 aviões deixarão de operar neste ano e os 20 restantes no ano que vem.

O encerramento das operações com os 737 ainda vai acarretar num processo de reconfiguração dos 56 Airbus A320 que a empresa tem em sua frota, para atender as rotas hoje operadas com o avião da Boeing.

A decisão de reduzir dramaticamente nosso perfil de capacidade, particularmente no mercado doméstico, enquanto ao longo do tempo eliminamos um tipo de aeronave de nossa frota, é um passo significativo que nos levará a uma frota operacional mais efetiva e eficiente nos anos à frente, ao mesmo tempo que melhoramos a experiência e a confiabilidade de nossos clientes, disse o vice-presidente e executivo-chefe de Operações da United, John Tague.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Cosmonauta repara banheiro da Estação Espacial Internacional


Procedimento só foi possível com substituição de peça trazida pelo ônibus espacial.

Controle da missão já autorizou tripulação a retomar o uso da instalação.


Ufa. O cosmonauta Oleg Kononenko parece ter conseguido resolver o problema com o banheiro da Estação Espacial Internacional. Depois do trabalho de encanador, auxiliado por peças levadas a bordo pelo ônibus espacial Discovery, o controle da missão liberou a instalação para uso.

Três testes do banheiro, localizado no módulo russo Zvezda, parecem ter funcionado. O problema era concentrado nas atividades da categoria "número um" (popularmente conhecidas como xixi); para "número dois", o sistema é outro, e, felizmente, nunca parou de funcionar.

Para o reparo, Kononenko teve de substituir uma bomba de coleta de urina defeituosa. O sistema hidráulico complexo é necessário porque no espaço não há ação da gravidade para direcionar o líquido para o ralo.

Enquanto Kononenko fazia seu serviço, a equipe do Discovery seguia trabalhando nas preparações para abrir o novo módulo do complexo orbital, o laboratório japonês Kibo.

Fonte: G1 - Foto: Nasa/Reuters

Laboratório japonês é acoplado à estação espacial

Laboratório pesa 16 toneladas e será o maior cômodo da plataforma.

Um time de astronautas acoplou um laboratório espacial japonês no valor de US$ 1 bilhão à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) nesta terça-feira (3).

O laboratório Kibo, que pesa 16 toneladas, foi transportado pelo ônibus espacial Discovery e será o maior cômodo da estação. Ele será usado para estudos de biomedicina e ciências materiais.

Os astronautas Akihiko Hoshide e Karen Nyberg manobraram o laboratório para que ele fosse acoplado ao local correto usando o braço robótico da ISS. Dois integrantes da tripulação preparam a acoplagem durante um passeio espacial que durou mais de seis horas.

Acoplagem

A Discovery se acoplou à ISS na segunda-feira (2), depois de uma viagem de dois dias. Além do laboratório japonês, a nave transportou uma bomba para desentupir o banheiro da estação, quebrado há quase duas semanas. Por conta disso, a tripulação vinha dando descargas manuais várias vezes ao dia.

O laboratório japonês é do tamanho de um ônibus escolar e vai se juntar ao laboratório americano Destiny e ao laboratório europeu Columbus, já acoplados à plataforma.

A missão também transportou o astronauta canadense Greg Chamitoff, que vai substituir o primeiro engenheiro Garrett Reisman como residente da estação pelos próximos seis meses.

Além disso, a Discovery transportou um hóspede especial - o guarda espacial Buzz Lightyear, um personagem da animação Toy Story, da Disney. O boneco de 30 cm de altura entrou em órbita como parte de um programa educativo.

Fonte: BBC

Casa Civil favoreceu compradores da Varig, afirma ex-diretora da Anac

A ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", publicada nesta quarta-feira, que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.

Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig.

Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.

"A ministra não queria que eu exigisse os documentos. Dizia que era da alçada do Banco Central e da Receita e falou que era muito difícil fazer qualquer tipo de análise tentando estudar o Imposto de Renda porque era muito comum as pessoas sonegarem no Brasil", afirmou Abreu ao "Estado".

Abreu, que se diz vítima de uma armação, afirmou ainda que a filha e o genro do advogado Roberto Teixeira - amigo do presidente Lula e cujo escritório era representante dos compradores à época - usaram sua influência para pressioná-la.

Entenda o caso

A VarigLog é a ex-subsidiária da Varig de transporte de cargas. A companhia é alvo de um imbróglio empresarial envolvendo o fundo Matlin Patterson e os três sócios brasileiros, que travam disputas judiciais no Brasil e no exterior desde a metade do ano passado.

O fundo se associou, por meio da Volo do Brasil, com três brasileiros para controlar a empresa, mas houve um desentendimento na gestão dos recursos recebidos pela venda da Varig para a Gol - a VarigLog comprou as operações da Varig em leilão por US$ 24 milhões e depois revendeu a companhia aérea à Gol por US$ 320 milhões.

Por conta das disputas judiciais, há meses a VarigLog enfrenta sérios problemas, como suspensão de serviços e arresto de aeronaves por falta de pagamento a fornecedores e prestadores de serviços. Os funcionários também estão com salários atrasados.

Em abril, o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, determinou a volta do fundo americano para a gestão da VarigLog e excluiu os brasileiros da sociedade. À época, o advogado Nelson Nery Junior, que representa o Matlin, informou que havia sido fixado pagamento de US$ 428 mil para cada um dos três sócios.

Logo em seguida, o juiz mandou bloquear uma transferência de recursos da conta na Suíça da VarigLog para o Brasil e afastar Lap Chan, então gestor do fundo, do comando da empresa. Sobre isso, Nery Junior afirmou que o dinheiro seria usado na criação de uma linha de crédito para socorrer a empresa e não era uma tentativa de desvio.

Fonte: Folha Online

Lucro da Bombardier quase triplica no primeiro trimestre

Resultados da empresa saltaram de US$ 79 milhões para US$ 226 milhões.

Receita no período foi de US$ 4,79 bilhões.

A Bombardier, maior fabricante de trens do mundo e terceira maior fabricante de aviões civis, informou nesta quarta-feira (4) que o lucro trimestral quase triplicou, puxado por aumento na entrega de aeronaves. Com isso, a companhia voltou com sua política de pagamento de dividendos.

A Bombardier, principal rival da Embraer no mercado de aviação, teve lucro de US$ 226 milhões no primeiro trimestre encerrado em 30 de abril. No mesmo período do ano passado, a companhia teve resultado positivo de US$ 79 milhões.

O lucro, equivalente a US$ 0,12 por ação, ficou acima da expectativa média de analistas, de resultado positivo em US$ 0,09 por ação, segundo dados da Reuters.

Receita

A receita no trimestre somou US$ 4,79 bilhões, alta de 21% sobre os US$ 3,97 bilhões obtidos um ano antes e ajudada por aumento nas encomendas em suas duas principais divisões: transportes e indústria aeroespacial.

As entregas de aviões foram de 87 durante o trimestre contra 78 unidades entregues no primeiro trimestre fiscal do ano passado.

A companhia não divulgou novas informações sobre busca de clientes para o lançamento do novo jato CSeries. A empresa tem buscado pedidos firmes antes de decidir formalmente prosseguir com o plano de desenvolvimento de um novo avião de 110 a 130 assentos. O projeto é orçado em US$ 3,2 bilhões e o CSeries deve entrar em serviço em 2013.

A Bombardier informou na semana passada que planeja investir US$ 250 milhões em uma nova fábrica no Estado mexicano de Queretaro.

Fonte: Reuters

Governo testa radar para monitorar espaço aéreo

Equipamento localiza aviões em baixa altitude com raio de vigilância de 60 km.

‘Saber M60’ é o primeiro radar de vigilância aérea desenvolvido com tecnologia nacional.


Um novo radar que deve monitorar o espaço aéreo no país foi apresentado, nesta terça-feira (3), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O equipamento, chamado de “Saber M60”, consegue localizar aviões em baixa altitude com um raio de vigilância que chega a 60 km. É o primeiro radar de vigilância aérea desenvolvido e produzido com tecnologia nacional.

“Ele tem como objetivo proteger o espaço aéreo e como característica principal a mobilidade. Passa da condição de completamente desmontado e embalado, para transporte, para a condição operacional em menos de 15 minutos. Então, pode ser montado no topo de edifícios, de morros, em ambientes urbanos ou no campo. Assim, é ideal para fazer a defesa de grandes eventos, como reuniões de cúpula e conferências”, explica o tenente-coronel Roberto Castelo Branco Jorge.

Fontes: G1 / TV Globo

Muçulmano admite que pretendia detonar bomba em aeroporto londrino

Ahmed Ali disse que queria provocar 'alvoroço', mas não mortes.

Os alvos eram vôos que partiam de Heathrow com destino aos EUA.

Um muçulmano britânico acusado de liderar uma trama para cometer atentados contra aviões transatlânticos em vôo admitiu nesta terça (3) perante um tribunal que planejava detonar uma bomba em um terminal do aeroporto Heathrow, de Londres.

Em seu depoimento perante o júri da Corte de Woolwich, Ahmed Ali, de 27 anos, afirmou, no entanto, que o plano era simplesmente uma iniciativa publicitária para provocar "alvoroço", e não pretendia causar mortes.

A Promotoria acusa Ali e outros sete homens de planejar atentados contra pelo menos sete aviões transoceânicos em vôo com explosivos líquidos elaborados com peróxido de hidrogênio os quais pretendia introduzir a bordo da aeronave através da bagagem de mão.

Os vôos, com destino aos Estados Unidos, partiriam do aeroporto londrino de Heathrow, segundo a Promotoria.

Em seu segundo comparecimento perante o tribunal, Ali explicou que o plano era detonar os explosivos não em aviões, mas nos escritórios das companhias aéreas americanas localizadas no terminal 3 do principal aeroporto de Londres.

Essas explosões, com artefatos de fabricação caseira que seriam colocados em vasos ou lixeiras, reforçariam o conteúdo de um vídeo de elaboração própria no qual criticavam a política externa britânica, prosseguiu Ali.

"Nem sequer pensamos em entrar em um avião. Nosso objetivo era detonar uma bomba em um terminal, causar alvoroço e depois divulgar nosso vídeo", afirmou o acusado.

Ali entrou em contato com vários conhecidos, também acusados no caso, para gravar a fita, inspirada nas realizadas supostamente pela Al Qaeda.

A acusação mostrou ao júri vídeos que poderiam ter sido gravados em um apartamento do leste de Londres em 2006, nos quais seis dos homens, entre eles Ali, fazem ameaças contra os países ocidentais.

Segundo a Promotoria, o apartamento do bairro de Walthamstow era a base de operações dos supostos terroristas, que, de acordo com sua versão dos fatos, planejavam esconder seus explosivos em garrafas de refrigerantes.

Ali disse que queria fazer o vídeo da forma "mais realista e sensacionalista possível" para "atrair a máxima publicidade" e dar "credibilidade" às ameaças.

O acusado contou ao júri que, em julho de 2006, um mês antes de os suspeitos serem detidos, notou que estava sendo vigiado pelas autoridades e, por isso, decidiu adiar o plano.

Além de Ali, são acusados de conspirar para assassinar e pôr em perigo aviões Waheed Zaman, de 24 anos; Tanvir Hussain, de 27; Assad Sarwar, de 28 anos; Mohammed Gulzar, de 26; Ibrahim Savant, de 27 anos; Arafat Waheed Khan, também de 27 anos, e Umar Islam (também conhecido como Brian Young), de 30 anos.

Todos os acusados, que moravam em Londres ou nos arredores, negam as acusações.

Fonte: EFE

TJDF determina que Gol pague R$ 5 mil por mês a viúva de vítima do acidente

Vítima sustentava mulher e filha com salário de R$ 6.325,41.

Justiça concedeu liminar por entender que a viúva dependia do salário do marido.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou, em caráter liminar, que a Gol pague pensão à viúva de uma das 154 vítimas do acidente do vôo 1907, que aconteceu em setembro de 2006. A empresa aérea ainda pode recorrer da decisão. A decisão foi divulgada na página do tribunal na internet na terça-feira (3).

No pedido feito à justiça, a viúva explicou que eles eram casados desde 2004 e que no mesmo ano nasceu a filha do casal, hoje com quatro anos. Ela afirmou ainda que as duas viviam apenas com o salário do marido. Ele trabalhava na Infraero e exercia função comissionada de coordenador, com salário mensal de R$6.325,41.

A viúva pediu pensão mensal no valor do salário da vítima. No entanto, a pensão estipulada pela juíza foi de cerca de R$ 5,3 mil, que corresponde à remuneração total deduzida de 15%, valor provável de gastos pessoais do próprio funcionário enquanto vivo e que não entravam na receita da família.

A autora da ação já tinha tentado acordo com a empresa, mas a conciliação não foi firmada porque os pais do falecido também entraram com pedido de indenização e a empresa colocou como condição a desistência dessa ação, que corre na Justiça de Recife.

De acordo com a juíza, “a liminar foi concedida diante da evidência do perigo da demora, já que a sobrevivência das requerentes, como demonstrado nos autos, dependia exclusivamente da renda da vítima”.

A Gol disse ao G1 que "não comenta a decisão, pois, até o momento, não foi intimada sobre o teor desta liminar."

Fonte: G1