segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Leiloar slots em NY é ilegal e prejudicial ao setor aéreo, diz Iata

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) criticou a intenção do governo dos EUA de interferir na administração aeroportuária na região de Nova York. A entidade afirma ser "ilegal" e "injustificada" a intenção do governo de leiloar slots (permissões de pouso e decolagem) nos aeroportos da região metropolitana nova-iorquina.

Segundo a Iata, a proposta de confiscar e depois leiloar esses slots é "uma forma ineficaz e ilegal de aliviar os atrasos nos vôos" na região.

"A decisão é incrivelmente desapontadora", afirmou o diretor-geral e executivo-chefe da Iata, Giovanni Bisignani. "Em vez de atacar a raiz do problema de congestionamento nos aeroportos de Nova York, a administração (do presidente George W.) Bush está gastando seus últimos dias no poder perseguindo obsessivamente uma experiência dita de liberdade de mercado em um dos mais importantes terminais da aviação global", acrescentou.

Para a Iata, o Departamento de Transportes dos EUA (DoT, na sigla em inglês) está "fora de sintonia com a realidade". Para Bisignani, ao aumentar significativamente os custos das companhias aéreas com uma proposta ilegal em meio a uma tempestade no mercado - com altos preços de petróleo e queda na demanda - o governo dos EUA está tomando atitudes sem sentido. "Consumidores, companhias aéreas, aeroportos e comunidades locais, todos deverão perder com a decisão", afirmou.

De acordo com a Iata, falando em nome de suas associadas, principalmente, o confisco e posterior leilão de slots em Nova York é condenado universalmente. Bisignani, porém, lamenta que o DoT tenha deixado claro que irá ignorar essa resistência, que, inclusive, tem eco no Congresso dos EUA. "O Escritório de Contabilidade do Governo dos EUA já concluiu que essa proposta é ilegal. A indústria agora será forçada a usar o sistema judicial dos EUA para fazer com que o governo aceite seu próprio conselho", criticou Bisignani.

"O DoT ignorou 60 anos de procedimentos comprovados e internacionalmente aceitos para o gerenciamento de slots que faz parte das Linhas Gerais de Agendamento Mundial (WSG, na sigla em inglês) da Iata. Mais de 140 aeroportos em todo o mundo usam essas linhas gerais para gerenciar com eficácia o congestionamento ao mesmo tempo que mantêm um campo neutro para que as companhias aéreas possam competir", finalizou.

Fonte: José Sergio Osse (Valor Online)

Corpo de piloto de avião que caiu em Bauru é retirado de mata

O corpo do piloto Antônio Carlos Mendonça Campos foi retirado na madrugada desta segunda-feira (13) da região de mata fechada onde o avião que ele pilotava caiu no começo da noite deste domingo (12) em Bauru, a 329 km de São Paulo. Campos, que voava sozinho, morreu na hora. Ele tinha 63 anos.



O bimotor King Air, com capacidade para oito pessoas, decolou em Boa Vista, Roraima, e desceu em Bauru apenas para abastecer. De lá seguiria para Sorocaba, a 99 km da capital paulista.

A aeronave, que era nova, explodiu assim que bateu no chão. Os tanques estavam cheios de combustível, que havia sido colocado menos de cinco quilômetros antes, no Aeroclube de Bauru.

Com o impacto, foi aberta uma clareira na mata. Destroços ficaram presos no alto das árvores. Uma das hélices cortou parte do tronco. As peças maiores ficaram espalhadas em um raio de 200 metros.

O corpo do piloto foi encontrado junto ao cockpit do avião. O local continua interditado, e mais destroços da aeronave foram avistados a mais de 300 metros de distância.

Nenhuma peça da aeronave deve sair do local enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Força Aérea não fizerem a perícia. As causas do acidente ainda são desconhecidas.

Fontes: G1 / Bom Dia São Paulo (TV Globo)

Vôo turbulento, sanduíches de presunto e muito transtorno na volta ao Brasil

Viagem de San Cristóbal ao Rio de Janeiro durou cerca de 17 horas e se tornou uma verdadeira maratona para a delegação canarinho

Jogadores entrando em avião: cena repetida nas 15 horas de viagem entre Venezuela e Brasil

Após golear a Venezuela por 4 a 0, a seleção brasileira enfrentou uma verdadeira maratona para sair de San Cristóbal e chegar ao Rio de Janeiro. No total, foram quase 17 horas desde o final da partida até a chegada na Cidade Maravilhosa. A delegação só desembarcou no aeroporto do Galeão nesta segunda-feira por volta das 9h15m (de Brasília).

A dor de cabeça começou com a notícia de que a pista da base militar, em Santo Domingo, que pousaria o avião da seleção estava fechada. O mau tempo e a falta de radar para auxiliar o piloto impediram a aterrissagem. Com isso, a solução foi colocar em prática um plano B.


Jogadores e comissão técnica, então, foram obrigados a seguir para o aeroporto Juan Pablo Pérez Alfonzo, no estado de Mérida. Uma viagem de ônibus fora do previsto por uma estrada cheia de buracos, quebra-molas e curvas sinuosas que durou cerca de quatro horas.

Aeroporto com cara de rodoviária

O aeroporto era pequeno e parecia mais uma rodoviária. Os banheiros não tinham água. No restaurante só havia sanduíche de pão de forma com queijo e presunto. Várias mesas foram juntadas com copos de plásticos e garrafas de refrigerantes de dois litros para receber os atletas. Mas a comissão técnica preferiu levar o lanche para a única sala mais reservada. Com isso, um garçom saiu com bandejas de sanduíches empilhados. Outro com refrigerantes e copos nas mãos.

Copos de plástico, refrigerantes... mas, cansada, seleção preferiu não sentar no 'mesão'

A aventura ainda estava longe do fim. O avião que levaria a seleção até Maracaibo não estava no local. Após a tentativa sem sucesso de pouso em Santo Domingo, a aeronave voltou para Caracas. E com isso a seleção precisou esperar cerca de 1h30m até a chegada do avião no aeroporto de Juan Pablo Pérez Alfonzo. Alguns jogadores ficaram conversando em uma pequena sala. Outros preferiram permanecer no ônibus.

Vôo turbulento

O vôo seguiu para Maracaibo apenas às 1h55m (de Brasília). Um avião de pequeno porte capaz de decolar da curta pista do aeroporto. O vôo teve momentos de turbulência, principalmente na decolagem. Os 30 minutos de duração pareciam mais longos que o normal.

Ao chegar em Maracaibo finalmente uma boa notícia. O avião fretado que levaria a seleção de volta ao Brasil não precisaria mais fazer uma escala em Manaus, uma exigência dos órgãos de aviação por causa do plano de vôo. Após uma negociação, a aeronave seguiria direto para o Rio de Janeiro, o que deixaria a viagem duas horas mais rápida.

Time espera uma conexão em Maracaibo

A alfândega para sair da Venezuela foi feita na pista mesmo, em uma mesa improvisada na pista. Às 3h10m, a seleção deixava Maracaibo. OS jogadores usavam as três poltronas da fileira como cama. Cada um sentou em uma. A maioria tirou os tênis e deitou para dormir logo após a decolagem sem mesmo esperar o jantar.

A viagem até o Rio de Janeiro durou pouco mais de seis horas e foi bastante tranqüila, para alívio da seleção brasileira. Chegava ao fim a maratona.

Fonte: Globoesporte - Fotos: Thiago Lavinas

Webjet anuncia novos vôos a partir de São Paulo e novo layout para aeronaves

Aviões da Webjet ganharão novas configurações

Com perspectiva de chegar até o final do ano a 11 aeronaves, mais três serão incorporadas a frota atual - a Webjet decidiu ampliar suas operações a partir de São Paulo. Segundo o presidente da companha, Paulo Henrique Coco a empresa já inicia neste dia 20 duas operações diárias interligando São Paulo a Porto Alegre.

"Estaremos operando estes dois vôos diários a partir de Guarulhos para a capital gaúcha, além de um diário de São Paulo para Salvador e a partir de 08 de novembro também começamos como o São Paulo - Fotaleza - Brasília diário. Todas estas operações fazem parte da nossa estratégia de ampliar nossas operações a partir de São Paulo".

Em relação aos projetos para 2009, o presidente da Webjet confirma os planos da chegada de quatro novas aeronaves, bem como o programa de reformulação do espaço interno das aeronaves da companhia que passarão a ter uma nova configuração com um layout mais moderno e confortável.

"Não sabemos ainda como ficará o panorama da aviação comercial em 2009 mas a idéia é dar prosseguimento ao nosso programa de expansão. Nós também estaremos já a partir deste final de ano apresentando uma nova configuração dos nossos aviões com mais espaço entre as poltronas. Esperamos que até o final do trimestre todo este processo esteja concluído", afirmou ele.

A Webjet estará presente ao Congresso da Abav divulgando suas novidades e oferecendo tarifas especiais aos participantes do evento.

Fonte: Mercado e Eventos - Foto: Luiz Marcos Fernandes

Guerra começa a ser montada em Natal

Uma guerra com data para começar e terminar. Um combate envolvendo seis nações, mas que não haverá lançamento de bombas e muito menos morte de civis ou militares. O que parece ser um roteiro de filme americano ou de um jogo de vídeo game é na verdade o maior exercício militar da América Latina e que será realizado em Natal, entre os dias 1º e 14 de novembro.

A Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex) chega a sua quarta edição, sendo realizada pela segunda vez na capital potiguar, prometendo movimentar o espaço aéreo da Região Nordeste durante duas semanas. Brasil, Argentina, Chile, França, Uruguai e Venezuela farão parte de um mapa dividido em três áreas no Nordeste. Áreas Vermelha, Azul e Amarela. A última, devido a problemas fronteiriços e de interesses econômicos ligados a recursos naturais, como o petróleo, será invadida pelos vermelhos. Caberá então aos Azuis atuarem como uma força de coalizão e garantir a hegemonia dos amarelos.

Coronel-aviador, Carlos Eduardo Alves da Silva, comandante da Base Aérea

A simulação ocorrerá durante exercícios militares conjuntos em que 1.600 homens atuando na Base Aérea de Natal irão combater as ‘‘tropas inimigas’’, sediadas na Base Aérea de Fortaleza (CE). Mais de 80 aviões nacionais e estrangeiros vão participar da operação, sendo que as unidades de transporte ficarão estacionadas na Base Aérea de Recife. ‘‘Teremos em Natal 600 militares estrangeiros e 1.000 brasileiros durantes estas duas semanas.

Mais de 90% deles ficarão hospedados em hotéis da cidade, porque não há como instalar todos na Base Aérea’’, afirma o comandante da Base Aérea de Natal (Bant), coronel-aviador Carlos Eduardo Alves da Silva. O comandante disse ainda que até o próximo dia 22, a Base Aérea estará pronta para receber o contingente de militares e equipamentos que chegará a Natal para a Cruzex. ‘‘Nossa rede de comunicação incluirá mais de 300 computadores, o que exige um Centro de Controle bem equipado para dar suporte. Além disso, Natal receberá 80 aviões durante o exercício’’, reforça o coronel-aviador.

Entre as aeronaves nacionais e estrangeiras, o natalense poderá ver nos céus, caças e aviões de carga, como F-5, f-16, F-2000, RA-1, R-99, A-29, C-130, KC-137, H-60 E H-1H. Um dos destaques da Cruzex desse ano será a presença de quatro aviões-radares R-99, que ampliarão o alcance dos radares da Base Aérea. ‘‘Outro diferencial desta edição será a presença de helicópteros brasileiros durante a operação’’, destaca. A primeira edição da Cruzex aconteceu em Canoas (RS) em 2002 e envolveu cerca de 50 aviões da Argentina, Brasil, Chile e França.

Em 2004, a segunda operação simulada foi realizada em Natal. O número de aviões dobrou e, em vez de chilenos, contou com a participação de militares venezuelanos. Peru, Uruguai e África do Sul participaram como observadores. A última edição foi realizada em Anápolis (GO) e em Campo Grande (MS) em 2006 e ficou marcada por um trágico episódio: um avião da Força Aérea Peruana sofreu um acidente logo após decolar do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho (RO), com destino a Anápolis, onde se juntaria aos demais participantes. Os dois pilotos do avião A-37 morreram.

MISSÃO

Apesar de ser uma guerra ôvirtualö, onde não há confrontos diretos, o comandante da Bant ressalta que a Operação Cruzeiro do Sul é muito importante para as forças aéreas dos países participantes. ‘‘A Cruzex é fundamental para que todo o sistema de comunicação da Força Aérea esteja preparado para conduzir uma operação de guerra’’.

De acordo com o comandante, os enfrentamentos simulados baseiam-se em conflitos de baixa intensidade, com base no modelo de operação empregado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Para garantir a segurança do espaço aéreo e evitar qualquer problema com o tráfego comercial, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) vai disponibilizar toda a estrutura de radares, equipamentos de comunicação e profissionais.

‘‘E para não atrapalhar o espaço aéreo de Natal vamos direcionar nossas ações aéreas para o município de Maxaranguape, que será a capital da Área Azul. A mesma preocupação ocorre em Fortaleza, que corresponde a área Vermelha. A capital desta área será a cidade de Quixadá’’, diz o coronel-aviador Carlos Eduardo. Além disso, um hospital de campanha capaz de realizar atendimentos críticos e cirurgias será montado na Base Aérea de Natal, onde profissionais da área de saúde atenderão eventuais emergências.

Durante a operação, estagiários de comunicação da UFRN, em conjunto com profissionais do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), trabalharão na produção de notícias e na assessoria de imprensa, além de alimentar o site oficial da operação. ‘‘Tudo isso ocorrerá de maneira simultânea, conjugados por um sólido aparato de tecnologia de informação’’.

Portões abertos

Um dos pontos altos da Cruzex, pelo menos para os civis, é o dia em que a Força Aérea Brasileira abre os portões para que o público possa visitar as instalações da Base Aérea de Natal e as máquinas presentes. Nesta edição, a operações Portões Abertos será realizada no sábado, 8 de novembro. Durante este dia, os visitantes poderão conferir de perto toda a tecnologia e força dos caças e aviões de carga que estarão em Natal.

‘‘Será também neste final de semana que os participantes da Cruzex poderão fazer turismo por Natal e conhecer a cidade. Para o público que vem à Base Aérea, este ano teremos uma novidade: os visitantes poderão chegar bem próximo aos aviões’’, explica o comandante. Outro atrativo para o dia de portões abertos será a apresentação da Esquadrilha da Fumaça.

Memória Cruzex

O primeiro exercício Cruzex foi realizado em Canoas, no sul do Brasil, em 2002 e foi a primeira vez em que os procedimentos da OTAN foram utilizados em um exercício combinado sul-americano. A primeira edição do exercício contou com a presença de Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Chile e França, com aproximadamente 50 aeronaves. Dois anos depois, em novembro de 2004, o Teatro de Operações da Cruzex 2 foi modificado para o Nordeste, sendo a cidade de Natal a sede do exercício, que contou com Argentina, Brasil, França e Venezuela como participantes e Peru, Uruguai e África do Sul como observadores.

Em 2006, o cenário envolvia a cidade de Anápolis, como sede da coalizão e Campo Grande, como base da força inimiga.. Na Cruzex 3 participaram cerca de 1.500 militares e 100 aeronaves, oriundos da Argentina, Brasil, Chile, França, Uruguai e Venezuela. Bolívia, Colômbia e Paraguai fora observadores. A última edição foi registrada por mais de 125 profissionais de imprensa, sendo 16 jornalistas estrangeiros.

Fonte: Bruno Vasconcelos (Diário de Natal) - Foto: DLuca (DN)

Os 50 anos dos ‘falcões’ mais ferozes do Mundo

A história dos ‘falcões’ – os pilotos da Base Aérea de Monte Real, concelho de Leiria, em Portugal – já vai nas 50 páginas, uma por cada ano da esquadra de referência da FAP. No domingo, os ‘falcões’ reviveram momentos aos comandos dos aviões F-86, A-7P e F-16.

No dia em que o primeiro caça da Força Aérea Portuguesa ultrapassou a barreira do som, causando enorme estrondo, a população foi informada do que se passou e o piloto distinguido com um emblema. A bordo do F-86, o major Moura Pinto, o primeiro ‘falcão-mor’, sentiu a asa esquerda oscilar com a onda de choque gerada pela velocidade supersónica. Passaram-se 50 anos, a tecnologia evoluiu e os pilotos já quase não mencionam o facto, que fica registado nos instrumentos de apoio ao voo dos modernos F-16. O caça mantém a trajectória definida e uma vez em terra os pilotos não recebem um emblema a assinalar o feito. Só é notícia se o estrondo causar algum prejuízo.

A proeza de ‘esburacar’ a barreira do som marcou gerações de pilotos de caças e ainda domina as conversas entre os Falcões – a esquadra de referência da Força Aérea Portuguesa (FAP), que assinalou o cinquentenário reunindo na Base Aérea de Monte Real (BA-5) ‘falcões’ de todas as épocas (286 ganharam o emblema). Desde os pioneiros generais Lemos Ferreira e Brochado Miranda, entre outros antigos chefes de Estado-Maior da Força Aérea que combateram na guerra em África e acumularam milhares de horas de voo nos ‘históricos’ F-86, aos actuais pilotos da Esquadra 201. Incluindo os instruendos – os ‘abibes’ – que ainda não conquistaram o direito a cruzar a entrada, onde se lê: "Por esta porta passam os falcões mais ferozes do Mundo."

"Gosto de dizer que fui ‘falcão’ e que passei a barreira do som. Era um feito, não pela dificuldade mas por ser algo invulgar que até era assinalado com um emblema próprio, que ainda hoje uso", diz o general Brochado Miranda, um dos pioneiros. Apesar de ter saído da Força Aérea há 20 anos, quando cumpria o segundo mandato como chefe de Estado- -Maior, ainda revive com os actuais ‘falcões’ o prazer de voar. "Hoje, em termos operacionais, é preciso os pilotos atingirem velocidades supersónicas, mas antigamente só se fazia para conhecer bem a máquina", explica. Em Portugal mas também no Ultramar, pilotou vários aviões – "voei em tudo o que tinha asas" – mas foi aos comandos do F-86 que se sentiu um ‘falcão’ de garra.

"Para ultrapassar o mach 1.02 ou 1.03 e atingir uma velocidade supersónica, tínhamos de fazer uma picada sobre o mar, e quando o fazíamos para terra a onda de choque dava más notícias", recorda o coronel Vítor Silva, um ‘falcão’ da postura de 1966 agora na reserva, frisando que "era um mito fazer essa missão". Foi o último comandante da Esquadra 51, que operou os históricos F-86 entre 1958 e 1980, e o primeiro comandante da Esquadra 302, onde ficaram estacionados os primeiros A-7P Corsair II. Integrou o núcleo de nove pilotos que fez o treino para pilotar o novo avião nos EUA, regressando aos comandos das primeiras aeronaves. "Viemos a voar de Dallas para Monte Real, parando para reabastecer nas Bermudas e nos Açores", recorda, elogiando as "capacidades fantásticas" do A-7P enquanto avião de ataque. "Foi um mal-amado, porque tivemos alguns acidentes, mas era muito capaz para a missão que tínhamos na altura."

Foi aos comandos de um A-7P que Vítor Silva atingiu as cinco mil horas de voo, por isso sabe do que fala quando se refere ao Corsair II e aos seus pilotos: "É uma pilotagem diferente de qualquer outra, em que se é o comandante e senhor do avião. Mas com muitas responsabilidades para com os outros pilotos, porque se voa sempre em parelha ou em esquadrilha, não há voos isolados. Tem de haver disciplina, espírito de sacrifício e um treino físico muito apurado."

"Quando toca a sirene de alerta de defesa aérea, os pilotos têm de estar prontos a descolar em 15 minutos", diz o tenente-coronel Luís Serôdio, comandante da Esquadra 201 e actual ‘falcão-mor’, salientando a exigência de cada missão, que obriga "a uma atenção redobrada e a um esforço continuado: hoje, com a evolução das tácticas e do armamento, temos de estar sempre em estudo". A preparação dos pilotos de caças é agora diferente de há 50 anos, desde logo porque não havia simuladores de voo nem aviões bilugares: "O piloto colocava-se aos comandos, com o instrutor sentado na asa, levava o avião para a pista, fazia os procedimentos, e se o instrutor achasse que não tinha falhado deixava-o descolar. Sozinho. Durante o voo era acompanhado por outro avião mas tinha de aterrar sem qualquer ajuda. Dos ‘falcões’ pioneiros, que há muito guardaram os fatos de voos no armário das recordações, Luís Serôdio lembra "uma grande lição: apesar das dificuldades, do terem de ir para África, sempre cumpriram as missões para as quais tinham sido mandatados, não interessa o que custasse".

"SÃO A PRINCIPAL ESCOLA DE PILOTOS DA FORÇA AÉREA"

O exemplar desempenho, a forte liderança e o elevado rigor táctico dos ‘falcões’ foram salientados pelo general Luís Araújo, chefe de Estado-Maior da Força Aérea, na cerimónia que assinalou os 50 anos daquela esquadra sediada em Monte Real, Leiria, que considerou uma referência e a principal escola de pilotos da Força Aérea.

Fonte: Correio da Manhã (Portugal)

Turista espacial quer comprar terreno na Lua

Richard Garriott, o turista espacial que partiu ontem a bordo de uma nave "Soyuz" rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), afirmou no sábado que gostaria de ter um terreno na Lua.

"Sou a única pessoa na Terra que já conta com uma propriedade privada na Lua e quero que me pertença uma parte da Lua", declarou em coletiva de imprensa na base de Baikonur, no Cazaquistão, onde aconteceu o lançamento da nave.

Ele lembrou que há algum tempo comprou um veículo lunar soviético, que ainda está na Lua e que agora é de sua propriedade.

Segundo acordos internacionais, nenhum país tem direito a reivindicar território além das fronteiras da Terra, mas ele, como pessoa física, pode fazê-lo, ressaltou o turista, citado por agência de notícias russas.

O turista espacial assinalou que entre sua coleção de raridades cósmicas existem também duas cópias do primeiro satélite artificial terrestre lançado pela União Soviética.

O lançamento do foguete portador "Soyuz-FG", pôs em órbita a nave "Soyuz TMA-13", com o cosmonauta russo Yuri Lonchakov, o astronauta americano Michael Fincke e o sexto turista espacial a bordo.

Garriott voltará à Terra em 24 de outubro junto a alguns tripulantes da ISS na nave "Soyuz TMA-12", atracada atualmente na plataforma orbital.

Fonte: EFE

Avião cai na pista do Aeroclube de Manaus

Um avião Cessna 337A Skymaster caiu, na sexta-feira (10), a cem metros da pista de decolagem do Aeroclube de Manaus, no bairro de Flores, zona Centro-Sul da cidade, quando tentava decolar com destino ao município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus).

O tenente-coronel do Seviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-7), Vladimir Passos, informou que não havia passageiros dentro do bimotor e que o piloto não sofreu nenhum ferimento. Segundo o Seripa 7, durante a decolagem a hélice da aeronave começou a se desprender, causando a queda do avião.

Passos declarou que ainda é cedo para dizer o que de fato aconteceu, mas acrescentou que um acidente aéreo acontece devido a falhas humanas, por pane no material (no projeto na aeronave), ou devido à falha operacional (de manutenção).

- O que não podemos é dar uma resposta sem fundamento -, afirmou o tenente.

Fonte: Portal da Amazônia

Dois morrem em queda de avião no Novo México (EUA)

Os corpos de duas pessoas ficaram completamente calcinadas quando o avião Beech/Raytheon A36 Bonanza (outras fontes identificaram a aeronave como um Maule MXT-7A Tri-Pod) no qual viajavam caiu no domingo (12) a tarde, nas imediações do Aeroporto de Santa Teresa, no Novo México (EUA).

O acidente ocorreu entre às 17:30 e 18:00 (hora local), a 2,4 quilômetros a oeste do terminal aéreo.

O acidente foi reportado às autoridades por uns vizinhos que testemunharam a queda, segundo declarou no local Joe Ballesteros, oficial do Distrito Quatro da Polícia do Novo México.

Ballesteros relatou que “as testemunhas disseram que a aeronave atravessou uma tormenta, caiu em terra e, posteriormente, se incendiou".

A bordo da aeronave, pertencente a companhia ST Incorporated, com sede no estado de Arizona, viajavam apenas duas pessoas do sexo masculino, Michael Perry, 46 e Jim Crosbyque, que lutaram para sobreviver em meio às chamas e a fumaça após a queda.

“As investigações revelaram que, pela posição em que foram encontrados os corpos, um dos homens tentava ajudar ao outro a sair pelo lado direito do aparelho”, explicou Ballesteros.

O representante que comentou que foi impossível determinar a identidade das vítimas devido ao estado dos cadáveres, mas que existe um comprovante de compra com o nome de Michael (no qual o aparece o nome) de quando os tripulantes abastaceram com combustível a aeronave no Aeroporto de Santa Teresa.

Não foi confirmado de maneira oficial a causa que provocou a fatalidade. Se presume que as condições climáticas existentes no local foram um fator contribuinte.

O Serviço Nacional de Clima reportou que, na hora da ocorrência, a visibilidade na área era de 16 quilômetros e que existiam uns 50 por cento de probabilidade de chuvas e os ventos se registravam a uma velocidade de 16 a 19 quilômetros por hora.

Ballesteros informou que “se está recolhendo a maior quantidade de informações possíveis para esclarecer os acontecimentos”, e que das investigações “participam o NTSB (National Transportation Safety Board ) e a FAA (Federal Aviation Administration)”.

Fontes: El Diario / El Paso Times (Novo México)

Avião cai em estrada na Espanha

Um pequeno avião caiu ao lado de uma estrada no no sábado (11), em Oiartzun, na Provícia de Guipúzco, região basca, na Espanha.

Os bombeiros foram mobilizados para a área para evitar qualquer pequeno incêndio. O avião tinha sido abastecido no Aeroporto Huesca-Pirineos (HSK/LEHC) e qualquer faísca poderia revelar-se desastrosa. Eles estavam preparados para a aterrissagem no aeroporto de San Sebastián (EAS/LESO). Após algum tempo chegou-se a pensar que o avião havia caido na área do aeroporto quando chegou a notícia da queda na estrada.

Uma vez atendidos os três ocupantes do avião, o aparelho foi retirado. Segundo informou o piloto, Hugo Puigdefabregas, o avião foi desmontado e guardado em um hangar na área e será enviado ao fabricante, nos Estados Unidos, que será responsável por analisar e concluir o que pode ter acontecido com a aeronave.

Como em qualquer outro acidente de avião, um inquérito deverá determinar qual a causa do acidente, mas não se deixa de notar, que os fortes ventos e turbulências na região podem ter contribuído como causas que levaram à queda do avião.

Fonte: Diario Vasco (Espanha) - Foto: Mikel Fraile