sábado, 22 de novembro de 2008

A agonia da velha Varig continua

Gigantesca e poderosa no passado, a marca está prestes a desaparecer e suas ex-subsidiárias definham

Pouco mais de dois anos após o leilão judicial que sacramentou o desmembramento da Varig, realizado em julho de 2006, o que restou do grupo em nada lembra o poder e o gigantismo que foram características da companhia. A própria marca Varig está prestes a desaparecer, engolida pela sua nova dona, a Gol. Entre as ex-subsidiárias, a Sata, de serviços aeroportuários,e a VarigLog, de cargas, perderam espaço no mercado e definham. Já a VEM (manutenção de aviões) e a rede Tropical Hotéis apostam na reestruturação para sobreviver.

No final do mês passado, a Sata anunciou a demissão de 1 mil trabalhadores, ou 40% do seu quadro de empregados. O motivo foi a perda de seu maior cliente - a Varig -, que respondia por pouco mais de 40% do seu faturamento. O presidente da empresa, João Luis Bernes de Sousa, conta que entrou na Justiça para questionar a rescisão unilateral do contrato, que vencia no próximo dia 26, mas foi rompido no dia 19 de outubro. De acordo com o executivo, a Varig, ou, no caso, a Gol, a nova controladora, deveria ter dado um aviso prévio de pelo menos seis meses.

“Tudo o que a gente quer é a reconsideração pela Varig, ou, se necessário, o apoio da Justiça, para que esse prazo seja mais longo. Não queremos fazer da Varig refém ou perpetuar um contrato que não interessa à outra parte”, afirma Sousa. O executivo também contou que, no entendimento dele, uma dívida de cerca de R$ 80 milhões que está nos autos do processo de recuperação judicial da Varig antiga - a parte da Varig que não foi vendida no leilão, herdou as dívidas da companhia e tem hoje o nome de Flex - é de responsabilidade da Varig/Gol.

A Gol informou, por meio de nota, que adquiriu a VRG Linhas Aéreas S.A. amparada na Lei de Recuperação Judicial (nº 11.101/05). “A companhia acredita que ela seja o respaldo legal aplicável no caso de sucessão de dívidas.”

Segundo o presidente da Sata, os serviços que eram realizados para a Varig foram repassados para a empresa que atende a Gol, a Swissport. A Sata, assim como a rede Tropical, são empresas controladas pela Fundação Ruben Berta Participações (FRB-Par), ex-controladora da Varig, e não entraram em processo de recuperação judicial.

SEM CAIXA

A Flex, que permanece em recuperação judicial, enfrenta sérias dificuldades de caixa. A empresa, segundo o último relatório que consta dos autos do processo, havia informado que só teria caixa positivo até outubro. Mas a empresa tem alguns ganhos de receita que garantem sua sobrevida, com o centro de treinamento de pilotos e o aluguel de alguns imóveis, entre outras fontes.

A empresa conta com apenas um avião, um Boeing 737-300, e tem um acordo no qual faz vôos para a Gol, emprestando também a tripulação. São vôos que ligam o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, a Recife (Pernambuco), Campina Grande (Paraíba) e Juazeiro do Norte (Ceará).

Recentemente, o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Flex, anunciou a possibilidade de o seu monitoramento terminar em janeiro. Mesmo assim, a companhia continua com o dever de cumprir as obrigações assumidas durante sua reestruturação. A Fundação Ruben Berta, que foi afastada judicialmente da administração da Flex, deve voltar ao poder.

Em situação um pouco melhor está a Tropical Hotéis. O grupo está reestruturando sua operação, após ter perdido em setembro do ano passado a concessão do hotel mais rentável da rede, nas cataratas de Foz do Iguaçu. O presidente da empresa, Adenias Gonçalves Filho, estima que o antigo Tropical Cataratas respondia por 15% do faturamento da rede, hoje com cinco hotéis - dois em Manaus (Amazonas), dois na Bahia (Salvador e Porto Seguro) e outro em João Pessoa (Paraíba).

“Estamos mudando a atitude da corporação, que ficou um pouco abalada com a perda da concessão em Foz do Iguaçu. Era o empreendimento mais rentável da rede”, afirma Gonçalves Filho. Segundo ele, a Tropical investe, em média, R$ 500 mil por ano na manutenção e reforma dos hotéis da rede. Só no hotel de João Pessoa, a rede está investindo R$ 4 milhões.

A VarigLog, ex-subsidiária de logística e transporte de cargas, tem passado por um momento peculiar. Uma disputa judicial entre seus sócios originais deixou a empresa engessada, com recursos bloqueados pela Justiça e indefinição de quem é que manda. A briga custou a redução dos negócios e do faturamento da VarigLog. Em 2007, a receita da empresa foi de R$ 760 milhões, ou uma média mensal acima de R$ 60 milhões. No primeiro trimestre deste ano, o resultado mensal desabou para R$ 35 milhões.

Fonte: Alberto Komatsu (O Estado de S.Paulo)

Caça da FAB intercepta cargueiro de Gana no Rio

O caça F-5M

O avião de grande porte interceptado na tarde de sexta-feira por um caça F-5M, da Força Aérea Brasileira (FAB), quando fazia um vôo irregular no litoral sul do Rio, era um cargueiro DC-8 de Gana, matrícula 9G-AXA, operado pela empresa Air Charter Express. O supersônico de combate estava armado com um canhão de 20 milímetros e dois mísseis.

O jato comercial fora fretado pelo governo da Grã-Bretanha para um vôo desde Port Stanley, no arquipélago das Malvinas, no sul do Atlântico, até a Ilha de Ascensão, na linha do norte da África.

Os pilotos do DC-8, um peruano e um francês, pretendiam fazer uma escala para reabastecimento no aeroporto de Cabo Frio e declararam aos controladores do Cindacta-II (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego) que se tratava de aeronave militar. “Verificou-se em poucos segundos que não havia registro nessa categoria, nem a documentação adequada à autorização de pouso”, informou ontem, por nota, o Comando da Aeronáutica.

Nesse momento, pouco antes das 15 horas, foi acionado o sistema de alerta do 1º Grupo de Aviação de Caça, da base aérea de Santa Cruz. O cargueiro foi interceptado às 15h10, a 35 mil pés de altitude.

Segundo a Aeronáutica, “a tripulação estrangeira obedeceu à ordem de aterrissagem no Aeroporto Internacional do Galeão”. Em terra, oficiais da FAB e agentes da Polícia Federal inspecionaram o DC-8. Segundo o titular do Comando de Defesa Aérea (Coda), coronel Álvaro Mário Pandolpho da Costa e Silva, “liberado, o avião estrangeiro decolou no sábado de manhã rumo à Ilha de Ascensão”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: G1 - Foto: Defesa.net - Atualizado em 24/11/08 Às 10:27 hs.

Air France com esquema antigo de pintura em seus A320

O modelo mais antigo da Airbus da empresa francesa foi pintado para aniversário de 75 anos

A Air France repintou uma de suas aeronaves modelo A320 em comemoração aos 75 anos de aniversário da empresa de bandeira francesa Este A320 em particular tem 19 anos de construção de prefixo F-GFKJ e foi fotografado em no aeroporto de Blagnac em Toulose. A Air France foi criada de uma fusão feita em outubro de 1933 das quatro maiores operadoras do país como base a Société Générale de Transport Aérien que data de 1919.

O visual retro reflete o visual dos antigos Douglas DC-3, DC-4, Vickers Viscount e de Havilland Comet nos anos de 1940 a 50. As empresas Finnair, Lufthansa, US Airways, Iberia e SAS possuíam esquemas de pintura similares.

Fonte: Airway Online

Noruega rejeita Gripen NG e pensa em JSF

Caça americano F-35 deve ser adquirido por ser mais adequado aos requisitos propostos diz o governo de Oslo

O Gripen NG

A Noruega rejeitou a oferta do caça de combate da Saab, o Gripen NG, e o governo daquele país está estudando a compra do Lockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter para substituir sua antiga frota de F-16. Oslo anunciou oficialmente: “O JSF é o único candidato que preenche todos os requerimentos operacionais especificados pelo governo norueguês e o baixo preço não foi suficiente na oferta do Gripen NG”.

A performance de ambos candidatos foram avaliadas em múltiplos cenários nos planos de defesa de longo prazo da Noruega, e Ministro da Defesa Anne-Grete Strom-Erichsen disse: “O JSF é considerado o melhor dos dois candidatos pela sua inteligência computacional, sobrevivência em campo, contra-medidas, interdição aérea e ataque a superfície”.

O governo norueguês disse que auditores externos concluíram que esta avaliação foi conduzida “com preceitos éticos e profissionais”. A Noruega quer uma nova frota de 48 aeronaves de caça para substituir seus F-16AM/BM. Esta parceria Nível 2 no atual sistema de desenvolvimento e fase de demonstração no programa JSF já foi estabelecida pela entrega de modelos de pouso e decolagem convencional F-35A entre 2016 e 2020.

A decisão soa como uma bomba para a Saab, que desenvolve o Gripen NG contra o JSF para assegurar encomendas da Dinamarca e Holanda. “Eu estou desapontado e surpreso com esta decisão do governo norueguês, já que o nosso Gripen preenche totalmente os requerimentos operacionais além do baixo preço.

Em adição a isso nós oferecemos um grande e forte pacote de cooperação industrial” disse o chefe executivo da Saab, Akke Svensson. O parlamento Norueguês espera votar a decisão pelo caça americano em 19 de dezembro.

Fonte: Airway Online

Grécia e Rússia firmam contrato de parceria para produção do MS-21 e pós-venda do Be-200

Depois de realizar uma visita à Grécia, o ministro das indústrias da Rússia, Viktor Khristenko, anunciou a parceria entre a fabricante Irkut e a Helenic Aerospace Industry (Grécia) para a produção do jato regional russo MS-21 e a nomeação do país europeu para realizar todo o serviço de pós-venda do Beriev Be-200.

“Nós estamos interessados em vender o Be-200 para os países da Europa. Para nós, a criação de um centro de serviços na Grécia depende principalmente das demandas e vendas do anfíbio para o mercado europeu”, declarou Viktor Khristenko.

Graças as suas características, o Be-200 pode ser utilizado para busca e regate, patrulha marítima, transporte de cargas e passageiros, evacuação aeromédica e, principalmente, na Europa, em combate a incêndios florestais. O Be-200 pode voar a 710km/h, tem alcance de 2.100km e teto operacional de 8.000m.

No verão de 2007, atendendo a uma requisição da Grécia, a Rússia enviou vários Be-200 para auxiliar no combate aos incêndios que destruíram nada menos que 200.000 hectares de florestas, incluindo casas e cidades inteiras, além de matar 68 pessoas.

“Esta aeronave é única, importante e, principalmente, necessário não somente para a Grécia, mas também para o resto dos países da União Européia”, concluiu Khristenko.

O MS-21 está em desenvolvimento pelas principais fabricantes aeronáuticas da Rússia, como a Ilyushin, Tupolev e Yakovlev, visando substituir a frota dos antigos e veteranos Tu-154, que representam nada menos que 80% do transporte de passageiros e cargas no país.

O MS-21 pode transportar de 150 a 200 passageiros, tem alcance de 5.000km e está previsto para entrar em serviço em meados de 2012. O MS-21 será de 10-15% mais eficiente que os equivalentes da Boeing e Airbus e deverá custar US$ 35 milhões, US$ 20 milhões a menos que o similar Boeing 737-700.

Fonte: Revista Asas

Turista japonês decide morar em aeroporto mexicano

O japonês Hiroshi Nohara, 40 anos, mora há quase três meses no aeroporto da Cidade do México e, aparentemente, não tem intenções de voltar ao seu país de origem. Por alguma razão, que nem mesmo Nohara conseguiu explicar direito, o japonês tem estado no terminal um do Aeroporto Internacional Benito Juarez desde 2 de setembro, sobrevivendo de alimentos doados pelos restaurantes do local e dormindo nas cadeiras do terminal.

Nohara conversa com seu tradutor

Na última terça-feira, uma passageira do aeroporto disse que Nohara havia revelado o motivo de sua "visita" ao México. O japonês teria saído de Tóquio em busca de sua namorada que, ao que parece, está no Brasil. Sua intenção era a de passar pelo México, mas teria perdido o passaporte, já reposto pela embaixada. Nohara não confirma a história. "Não entendo porque estou aqui", disse com a ajuda de um tradutor.

No começo, o ilustre morador assustava os passageiros do aeroporto e, por isso, as autoridades mexicanas pediram para que a embaixada japonesa investigasse o caso. No entanto, agora Nohara se tornou em uma espécie de celebridade, com cobertura diária da televisão. Os turistas param, tiram fotografias e, até mesmo, pedem autógrafo.

Esse nativo de Tóquio tem um visto de turista e uma passagem para voltar para casa. Porém, em uma entrevista, disse que ainda não sabe quando irá sair do aeroporto.

A embaixada japonesa não pode obrigá-lo a regressar, já que seu visto é válido até março. Durante os três meses no México, a barba de Nohara cresceu, seu cabelo se encheu de caspa e sua jaqueta ficou bastante suja. Ele mesmo admite não tomar banho há alguns meses.

Nohara passa a maior parte de seu tempo conversando com seu intérprete e com passageiros. O japonês disse que o filme "O Terminal" com Tom Hanks não serviu de inspiração, mas considera que há algumas similaridades entre a ficção e sua história. "Minha vida é a segunda parte do filme", disse.

Fontes: UOL / AP / EFE