quinta-feira, 12 de março de 2009

Helicóptero com 18 pessoas a bordo cai na costa do Canadá

Acidente ocorreu próximo à província de Newfoundland.

Aeronave levava pessoal para uma plataforma de petróleo.

Mapa mostra o local da queda

Um helicóptero Sikorsky S-92A, prefixo C-GZCH, da empresa Cougar Helicopters com 18 pessoas a bordo caiu nesta quinta-feira (12) no Oceano Atlântico, na costa da província canadense de Newfoundland, segundo o Centro de Resgate Marítimo de Halifax.

O acidente ocorreu às 9h18 locais (8h18 de Brasília), quando o helicóptero transportava pessoal de uma plataforma de petróleo no campo de Hibernia. Ele caiu a cerca de 90 km a sudeste da cidade de St. John's.

Uma pessoa já foi resgatada. Um avião Hercules e quatro helicópteros Cormorant participam das buscas, e um navio da Guarda Costeira também está a caminho.

Fontes: G1, com agências internacionais / ASN - Mapa: G1

Boeing procura parceiros no Brasil para FX2

No momento em que a crise econômica derruba com mais força a aviação comercial, a produção de caças da Boeing voa mais alto. E no Brasil, onde a recessão não é tão voraz, o pouso talvez seja mais seguro. Representantes da divisão de aviões militares do grupo conversaram na semana passada com 60 empresas brasileiras, conforme revelou à Gazeta Mercantil Jim Albaugh, presidente da Integrated Defense Systems (IDS), divisão de equipamentos militares da Boeing. Estabelecer parcerias com empresas nacionais é fundamental para a IDS no estágio atual e futuro do projeto F-X2, concorrência capitaneada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a encomenda de 36 caças multiemprego.

"Nós queremos parceria com quantas empresas pudermos fazer no Brasil", afirmou o CEO da IDS. Em passagem de três dias pelo País, Albaugh se encontrou com representantes da FAB e do governo brasileiro, mas fez mistério sobre as reuniões. Também não comenta as cifras que envolvem a licitação das aeronaves. O mercado fala em mais de US$ 2,2 bilhões, número que ultrapassará US$ 10 bilhões, se o governo brasileiro abraçar a idéia de comprar 120 aviões de guerra. Este número só é comparável à licitação da força aérea da Índia, de 126 caças. A Boeing está no páreo para a construção de aviões na Dinamarca, Japão e Grécia.

No Brasil, três modelos foram selecionados para o programa de defesa. Além do F 18 Super Hornet, da Boeing; Rafale F3, da francesa Dassault, e o Gripen NG, da sueca Saab. O governo brasileiro exige a produção nacional dos aviões além da transferência de tecnologia da empresa vencedora para a Embraer, além de outros fornecedores locais. O executivo da Boeing descarta a possibilidade de não cumprir com as exigências dos brasileiros, e minimiza a fama que o governo americano tem de negar conhecimento tecnológico a parceiros comerciais.

"No que diz respeito a transferência de tecnologia nós estamos realmente trabalhando para fazer o possível", disse o executivo, contudo, admitiu que o aval do governo americano para a transferência de tecnologia é um processo lento.

Gazeta Mercantil - A Força Aérea Brasileira (FAB) planeja a compra de 36 aviões militares, número que pode chegar a 120. Qual a importância desta encomenda para a Boeing?

A encomenda da FAB é muito importante para a Boeing, e estes aviões representam um novo round de produção para nós. E é claro que uma encomenda de 36 aviões traria consigo uma oportunidade de desenvolver um relacionamento duradouro com a FAB. E acreditamos que ganhar essa licitação pode trazer ainda mais oportunidades de vender outros produtos da Boeing para o Brasil.

Gazeta Mercantil - Qual o valor das encomendas para a FAB? O mercado estima algo superior a US$ 2 bilhões....

Estamos em processo de competição neste momento e não podemos comentar valores.

Gazeta Mercantil - A licitação da FAB se torna mais importante neste momento de crise mundial?

Certamente todas as empresas foram impactadas pela crise, e ter um pedido garantido certamente importante nesse período de incertezas.

Gazeta Mercantil - E a divisão de defesa da Boeing se tornou um negócio mais seguro para o grupo por causa da queda da demanda por aeronaves comerciais?

Quinze anos atrás Boeing iniciou uma estratégia, que era ter um portfólio equilibrado de produtos, com a intenção de ter 50% comercial, e 50% de defesa. A razão disso é que eles perceberam que as vendas de aviões comerciais funcionam em ciclos, que variam de acordo com a conjuntura econômica, enquanto a parte de defesa é mais estável no longo prazo. Por isso a divisão, e por isso é importante que a parte de defesa tenha uma boa performance, devido ao momento atual da aviação comercial.

Gazeta Mercantil - De que outras grandes concorrências na área de defesa a Boeing está participando mundo afora?

Há um bom número de processos de compra de aviões táticos de defesa em curso. Uma na Índia, para a compra de 126 aeronaves. Outra na Dinamarca, de 48 aviões. Também há uma concorrência no Japão, que estamos acompanhando bem de perto, onde vão encomendar 60 aviões. E 40 na Grécia.

Gazeta Mercantil - Até que ponto a crise preocupa o grupo Boeing? Crédito é problema para a companhia?

A Boeing tem uma posição muito sólida, um caixa adequado. E temos ainda uma companhia financeira (braço da Boeing para financiamentos) que podemos usar para financiar a compra de aviões militares ou comerciais junto a parceiros comerciais. E a nossa saúde financeira não foi impactada pela crise.

Gazeta Mercantil - Uma das maiores preocupações do governo brasileiro se trata do offset (compensação industrial, comercial e tecnológica) e especificamente do processo de transferência tecnológica militar para a Embraer. Há um temor de que haja resistência dos americanos neste processo. Isso é verdade? Até que ponto a Boeing está comprometida com este processo?

Primeiro a questão do offset. Nós estamos presentes com US$ 29 bilhões em participação em trabalho industrial em 38 países diferentes na última década. Nós entendemos como se fazer offset e participação industrial. Na questão da transferência de tecnologia, estamos trabalhando com ênfase com o cliente daqui e o governo americano para conseguir a liberação [das licenças e autorizações de transferência] que a FAB precisa, na questão relativa à tecnologia. É um processo lento, mas já vendemos este tipo de avião no mundo, e sempre conseguimos a liberação do nível apropriado de tecnologia para nossos clientes.

Gazeta Mercantil - Como foi o encontro em Brasília? Com quem o senhor conversou, ou ainda vai conversar aqui no Brasil?

Tive encontros com representantes do governo, com representantes da FAB e com parceiros, mas não posso divulgar exatamente com quem foram os encontros. Os encontros foram construtivos, e nos deram ideias do que é importante nessa competição específica.

Gazeta Mercantil - É possível formar parceria com a Embraer e outras companhias?

Estamos conversando com sessenta empresas diferentes, temos um time no Brasil fazendo isso aqui. Claramente a Embraer é uma companhia do setor extremamente capaz no setor aeroespacial, é a terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais. E tenho certeza que a Embraer terá enorme participação neste programa, caso sejamos nós os vencedores, ou qualquer outra das empresas participantes. Nós queremos parceria com quantas empresas pudermos fazer no Brasil. A idéia desta concorrência não é somente fornecer aeronaves para a força aérea brasileira, mas também criar empregos no Brasil, transferir tecnologia para as empresas brasileiras, e como resultado deste programa, elevar a capacidade de uma indústria aeroespacial que já é muito capaz e eficiente.

Gazeta Mercantil - Outra preocupação do governo brasileiro são as restrições do Estado americano quanto à transferência de conhecimento tecnológico de empresas americanas, condição que pode ser reforçada diante desse cenário atual de recessão e protecionismo. O senhor acha que isso é provável?

O governo brasileiro foi bem claro conosco: querem 100% de offset e temos certeza de que podemos atender a essa condição. No que diz respeito a transferência de tecnologia nós estamos realmente trabalhando ativamente para fazer o possível, e acreditamos que conseguiremos a liberação do nível de tecnologia apropriado que é exigido pela FAB. Portanto, não considere que essa questão será um empecilho.

Gazeta Mercantil - O novo governo americano, de Obama, pode ser melhor para a Boeing? Dizem que o governo de Bush não colaborou para aproximar a Boeing da FAB ...

Não sou político, sou engenheiro e um homem de negócios. Temos que ser flexíveis, governos vão e vem, líderes vão e vem, e temos que continuar nosso negócio independente de quem esteja na casa Branca, no pentágono, e somos fortes apoiadores do presidente Obama e das posições que ele tomou até agora.

Gazeta Mercantil - O senhor acha que o governo brasileiro pode dividir a licitação para mais de uma empresa se realmente encomendar 120 caças?

Não vou tentar adivinhar o que o cliente pode fazer. Nós vamos responder ao pedido que ele faça. Mas considero que ter múltiplos tipos de aviões não é eficiente, do ponto de vista de manutenção. Faz muito mais sentido ficar só com um tipo de avião.

Gazeta Mercantil - Recentemente Dassault realizou um encontro com a federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), para se aproximar da indústria brasileira. Há alguma estratégia parecida da Boeing ?

Como eu disse, nós estamos conversando com 60 companhias diferentes, e acho que estamos sendo bem agressivos na tentativa de entender quais as capacidades da indústria aeroespacial brasileira. Queremos ter o maior número de empresas no nosso time, quando entregarmos a proposta, no final de maio. Acredito que vamos descobrir empresas que a gente nem sabia que existia, e que vão adicionar valor a nossa proposta aqui no Brasil.

Gazeta Mercantil - E quanto a investimentos no Brasil, quais são os planos?

O que estamos vendo de interessante, enquanto conversamos com as empresas, é que há muitas mais que podemos fazer no Brasil, além de vender 36 caças. Há cenários para cooperação que poderão nos ajudar em ofertas nos EUA, há oportunidade para nós trabalharmos em coisas como biocombustíveis, e muitas coisas que extrapolam o propósito dessa competição.

Gazeta Mercantil - Houve uma oferta da Boeing sobre a construção de uma linha de produção no interior do estado de São Paulo. Como vai ser?

Os detalhes específicos da oferta eu não posso abrir no meio da competição, e não falaria aqui se estamos ou não propondo isso.

Gazeta Mercantil - Que tipo de acesso ao mercado de defesa norteamericano as empresas brasileiras teriam, caso a Boeing vença a concorrência?

Acreditamos que há tecnologias existentes no Brasil que podemos agregar nos produtos que vendemos ao governo americano e ao resto do mundo. E uma das grandes questões dessa competição é que estamos ganhando exposição com essas empresas.

Fonte: Sabrina Lorenzi e Bruno De Vizia (Gazeta Mercantil)

American Airlines deve indenizar passageiro por extravio de malas

O TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) condenou a empresa de aviação norte-americana American Airlines a indenizar um passageiro por danos morais e materiais por extravio de bagagem. Com a manutenção da sentença de primeira instância, a companhia aérea deverá pagar R$ 3.221,23 ao cliente.

De acordo com informações do TJ mineiro, o passageiro alegou ter tido prejuízos irreparáveis pela perda da bagagem por duas vezes, em sua viagem com destino a Washington, nos Estados Unidos.

O relator, desembargador Luiz Carlos Gomes da Mata, considerou justo o valor decidido em primeira instância. “O serviço foi prestado de forma inadequada ao consumidor, com falha na segurança, tendo a própria empresa reconhecido o extravio de bagagem do apelante”, destacou o magistrado.

Insatisfeito com a decisão, ele entrou com um recurso exigindo um aumento no valor na indenização, devido aos transtornos com deslocamento na tentativa de recuperação das malas.

Entretanto, a fixação do valor da indenização foi mantida, sendo confirmada a sentença pelo TJ mineiro. Os demais desembargadores da 13ª Câmara Cível votaram de acordo com o relator.

Fonte: Última Instância

Justiça Federal afasta gerente da Anac no Pará

Policiais federais fizeram apreensões de documentos, durante operação realizada na manhã e na tarde de segunda-feira, na sede do 1º Comando Aéreo Regional (Comar), em Val-de-Cans, e da 1ª Gerência Regional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), situada na avenida Senador Lemos, no bairro da Sacramenta, em Belém.

Nas mesmas diligências, foi comunicado o afastamento do gerente regional da Anac, coronel da reserva da Aeronáutica José Augusto Soeiro, e outros servidores envolvidos em supostas fraudes na construção de um estacionamento. A Justiça Federal só liberou a informação na terça-feira porque a operação ocorrida ontem estava sob segredo de justiça.

A PF agiu por determinação do juiz federal substituto da 5ª Vara, Antonio Carlos Almeida Campelo. A diligência policial na Gerência Regional de Aviação Civil foi acompanhada pessoalmente pelo procurador regional da República José Augusto Torres Potiguar, procurador-chefe do Ministério Público no Pará, e por dois oficiais de justiça, da Justiça Federal.

Na sede do Comar, onde estiveram dois oficiais de justiça, acompanhados do delegado da Polícia Federal Maurício Castelo Branco, foram apreendidos os autos originais de processo licitatório referente à "readaptação das instalações da área social do estacionamento da Primeira Gerência Regional GER1”, obras que teriam sido feitas pela Construtora Miranda Sobrinho Ltda.

Na GER1, foram feitas cópias do disco rígido do computador do coronel da reserva da Aeronáutica José Augusto Soeiro, gerente Regional da 1ª Gerência Regional de Aviação Civil, além de cópias de outro arquivos, todos referentes à licitação que está sendo questionada judicialmente.

A busca e apreensão foi deferida liminarmente pelo juiz diante de suspeitas apresentadas pelo Ministério Público Federal de irregularidades no processo licitatório referente às obras na área do estacionamento da GER1.

O pedido de liminar foi feito no âmbito de ação civil pública que o MPF ajuizou contra o coronel da Aeronáutica José Augusto Soeiro, gerente Regional da Anac; o tenente-coronel da Aeronáutica Caetano José Xavier de Brito, que era cordenador de despesas do 1º Comando Aéreo Regional (I Comar) - hoje comandante do Hospital da Aeronáutica de Belém; o major das Forças Armadas Baltazar Antônio Bicca de Alencastro, antigo presidente da Comissão Permanente de Licitações (CPL) do I Comar - que foi transferido para Recife (PE); Eliane dos S. M. Matos, agente administrativo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil); a 2º tenente Jeanne de Aquino Araújo dos Santos, ex-membro da CPL do I Comar; Cláudio Martins Arruda, também ex-membro da CPL do 1º Comar; Murillo Sérgio Souza de Miranda, sócio representante da empresa Construtora Miranda Sobrinho Ltda., e Paulo Roberto Souza de Miranda.

O comandante do I Comar, tenente-coronel Robson Ferreira Igreja, informou através da assessoria de imprensa, que todos os envolvidos no processo já foram afastados das funções que exerciam. Apenas, o coronel Soeiro que ainda estava no cargo até ontem.

PROVAS

Na decisão liminar que autorizou, Campelo determinou o afastamento provisório de todos os envolvidos porque, segundo ressalta, “ressaem evidentes não apenas a gravidade das alegações envolvendo alegações de aplicação indevida de verba pública, como também está em questão a própria imprescindibilidade de se manter a integridade das provas a serem produzidas nos autos por decorrência da busca e apreensão ora deferida em sede de liminar.”

O juiz acrescentou, no entanto, que todos continuarão a receber normalmente suas remunerações, “como forma de se evitar afronta direitos fundamentais dos demandados, a exemplo do postulado do devido processo legal, já que a ação está na fase inicial sem que ainda se tenha oportunizado o contraditório aos demandados.”

Representação

A ação de improbidade proposta pelo MPF, segundo diz o magistrado na decisão, é decorrente de procedimento administrativo instaurado no âmbito do Ministério Público, após representação formalizada por um servidor da Anac que teria constatado “sérias irregularidades existentes nos procedimentos licitatórios e contratos firmados pelo GER1.”

As supostas irregularidades detectadas pelo servidor consistiriam não somente na contratação direta sem realização de licitação, como também teriam envolvido a realização de procedimentos licitatórios artificiais, por meio da modalidade carta-convite que era utilizada em virtude da pouca publicidade dada ao certame licitatório.

Assim, segundo afirma o MPF na petição inicial, “havia simulação de processo licitatório com adjudicação do objeto da licitação à empresa já previamente designada, procedimento que estaria sendo realizado com cumplicidade entre os agentes envolvidos.”

O servidor apontou, especificamente, “irregularidade na obra de readaptação das instalações da área social do estacionamento da GER1, quando procedimento licitatório fantasioso haveria ocorrido, declarada vencedora a empresa Construtora Miranda Sobrinho Ltda.”, conforme alegado pelo Ministério Púbico Federal.

Fonte: Diário do Pará (com informações da Justiça Federal - Seção Judiciária do Pará)

Suspenso lançamento do Discovery depois de vazamento de hidrogênio

O lançamento do ônibus espacial Discovery foi adiado por tempo indefinido depois que engenheiros da Nasa descobriram um vazamento de hidrogênio no tanque externo da nave, poucas horas antes de seu lançamento previsto para esta quarta-feira, informou a agência espacial americana.

O lançamento seria o primeiro de um ônibus espacial em 2009, para missão de 14 dias com o objetivo de transportar e instalar o quarto e último par de painéis solares da ISS, a Estação Espacial Internacional.

Fonte: AFP

Embraer oferece R$ 1.600 a demitidos

Sindicatos querem discutir propostas como a redução da jornada de trabalho, a concessão de licença remunerada e a abertura de um plano de demissões voluntárias

A reunião entre diretoria da Embraer e do sindicato dos trabalhadores terminou sem acordo. Realizada na segunda-feira (09/03), a ideia era discutir as mais de 4,2 mil demissões anunciadas há cerca duas semanas pela empresa de aviação.

Em encontro patrocinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, a empresa reiterou que não há chances de readmitir os empregados. Mas ofereceu o pagamento de R$ 1.600 a cada funcionário, a título de verba de indenização, independentemente do tempo de trabalho na empresa. Antes, a Embraer já havia oferecido a manutenção do seguro-saúde por um prazo de um ano, segundo informou O Globo.

A nova proposta, porém, foi rejeitada por representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos e de Botucatu, que acreditam na reintegração de funcionários como ponto inicial da negociação. Uma segunda audiência de conciliação está marcada para a próxima sexta-feira (13/03).

Se o impasse continuar, o presidente do TRT de Campinas, desembargador Luís Carlos Sotero, deve apresentar uma proposta própria. Se, ainda assim, não haver acordo, o processo seguirá para a seção de dissídios coletivos do tribunal, onde será julgado por uma junta de 12 desembargadores, que se reúne sempre na primeira quarta-feira de cada mês.

“Não dá para aceitar uma proposta como essa. A própria empresa tem noticiado que manterá os R$ 10 milhões de lucros em 2009, mesmo com redução de faturamento além de pagar bonificação de R$ 50 milhões aos executivos”, afirmou Luis Carlos Prates, secretário-geral do sindicato.

“Nós queremos fazer um acordo. É a empresa que não quer”, disse José Maria de Almeida, presidente do Conlutas, à qual está ligado o sindicato de São José dos Campos.

Para João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, a proposta foi positiva. “Pelo menos mostrou que a Embraer está saindo da intransigência.”

Uma liminar concedida pelo próprio presidente do TRT suspendeu a efetivação das demissões . Até o julgamento do mérito da ação ou a cassação da liminar, a Embraer tem de pagar os dias dos empregados.

Durante a reunião desta segunda-feira, os representantes da empresa também apresentaram proposta para pagamento de outras vantagens financeiras que seriam calculadas de acordo com o tempo de trabalho dos demitidos. Mas, segundo os sindicalistas, isso já está previsto na convenção coletiva da categoria. Por esse mecanismo, a partir de 2 anos e meio de trabalho na Embraer, o empregado ganha bonificação de meio salário. O teto, de quatro salários, vale para quem tem mais de 20 anos como funcionário da empresa.

“A Embraer tentou vender isso como novidade para o juiz. Mas isso foi esclarecido depois por nós”, afirmou Paulo Pereira da Silva, o presidente da Força Sindical.

Em troca da reintegração dos funcionários demitidos, os sindicalistas afirmam que seria possível discutir propostas como a redução da jornada de trabalho, a concessão de licença remunerada e a abertura de um plano de demissões voluntárias. O resultado da reunião no TRT será levado para assembléia dos trabalhadores, e os sindicatos dizem que vão recomendar a rejeição da nova proposta da Embraer. Os representantes da empresa sairam sem dar declarações.

Na quarta-feira (11/03), haverá ato contra demissões na Câmara Municipal de Campinas, além do lançamento da campanha para reestatização da fabricante de aeronaves.

Redução de jornada

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) participou na segunda-feira de encontro com os demitidos da Embraer no sindicato. O parlamentar defendeu a redução de jornada para 40 horas semanais para reverter a demissão em massa. Suplicy também se comprometeu a apresentar, para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, pedido de audiência pública para discutir as dispensas.

“Pelo lucro que a empresa obteve no último período e até por ter jornada semanal de trabalho acima das demais empresas da região (43 horas), acho que a readmissão é possível”, afirmou o senador, lembrando que nos últimos 12 anos foram repassados US$ 8,39 bilhões para a Embraer.

Para o secretário-geral do sindicato, a redução de jornada seria possível salvar muitos empregos.
“Em 2008, a Embraer perdeu R$ 180 milhões em investimentos no mercado futuro de derivativos. Portanto, não é justo agora jogar essas perdas nas costas dos trabalhadores.”

Fonte: Época NEGÓCIOS Online

Piloto errou o endereço e pousou no heliporto de uma grande propriedade

Claudia Leitte entra de penetra em aniversário

Pense que você é a aniversariante e está fazendo seu churrasco com seus amigos, se divertindo, e eis que, de repente, aterrissa um helicóptero na sua festa. Um susto, mas algo que daria para ser contornado, não fosse a descida de uma musa do axé: a cantora Claudia Leitte. É de enlouquecer, né?

Pois foi o que aconteceu no último sábado, 7 de março, com uma aniversariante paulista. "Ai, meu Deus, eu não acredito! Vocês me fizeram essa surpresa. Eu adoro essa menina. Se eu contar, ninguém acredita", gritava abraçada à cantora a anfitriã da festa sem saber que tudo não tinha passado de um grande engano e não de uma surpresa.

Entenda: a fim de fugir do engarrafamento que o show da própria loira estava causando em São Paulo, a mãe de Davi optou pelo helicóptero para chegar em seu show sem atraso. No entanto, o piloto errou o endereço e pousou no heliporto de uma grande propriedade vizinha ao espaço de eventos que Claudia faria seu show. Um erro, que fez uma aniversariante ganhar a noite. E Claudinha, entre muitas desculpas, fotos e autógrafos se despediu da turma e partiu rumo à sua festa. É mole ou quer mais?

Fonte: Fredson Navarro (emsergipe.com) com informações do Correio da Bahia