segunda-feira, 16 de março de 2009

Polícia ouve amanhã mulher de homem que roubou avião em Goiás

Érica Correia Santos, 23, mulher do homem que roubou um monomotor na última quinta-feira (12), em Goiás, deve prestar depoimento amanhã (17) à Polícia Civil, segundo seu advogado Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel. O avião caiu horas depois da decolagem matando Kleber Barbosa da Silva, 32, e a filha do casal de cinco anos.

Segundo o advogado, Érica ainda se recupera dos ferimentos provocados pelo marido, que a agrediu com um extintor antes de roubar o avião, mas afirmou não acreditar que os machucados e a condição emocional a impossibilitem de depor.

O delegado Manoel Borges de Oliveira, responsável pelas investigações afirmou que, a partir dos depoimentos, espera traçar um perfil de Silva e da motivação para o crime. De acordo com ele, informações preliminares apontam que Silva tinha um relacionamento conflitante com a mulher.

Antônio da Mota, tio de Érica, disse ontem (15) que ela aos poucos está conversando com a família. Segundo ele, Érica disse que só se deu conta de que o marido planejava algo quando a acertou na cabeça com o extintor de incêndio. "Não houve discussão durante aquele dia, nada. Quando ela saiu do carro e foi até o porta-malas, achou que ele fosse mostrar algo. Quando ele a acertou, ficou surpresa."

Érica está em uma chácara no interior de Goiás. No sábado (14), pediu para ler os jornais e leu que Kleber era acusado de estuprar uma menina de 13 anos. Segundo a amiga Valquíria Nascimento, ela não sabia de nada, desmaiou e foi sedada.

Nesta segunda (14), serão ouvidos duas testemunhas do caso - um tio de Érica que falou com Kleber antes da queda e um piloto que viu as manobras feitas por ele.

Destroços do avião monomotor roubado que caiu em Goiânia

Fonte: Folha Online - Foto: Weimer Carvalho (EFE)

Homem que roubou avião que caiu em Goiânia planejou despedida da família, diz advogado

Antes de roubar um avião monomotor e derrubá-lo em Goiânia (GO), Kléber Barbosa da Silva, levou sua mulher, Érika Corrêa Santos, e a filha Penélope, 5, a uma viagem em Caldas Novas (GO). De acordo com Érika, a viagem foi uma tentativa de "despedida" feita pelo marido, que já planejara cometer suicídio, informou o advogado da mulher, em nota enviada nesta segunda-feira.



Kléber e Penélope morreram na queda do avião, que ocorreu na última quinta-feira (12).

Segundo o advogado de Érika, Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel, ela diz acreditar que a tragédia tenha sido planejada pelo marido. "Na concepção de Érika, tudo foi previamente planejado, de modo que inclusive acredita que a viagem a Caldas Novas por eles realizada representou uma tentativa de 'despedida' por parte de Kléber", diz o advogado.

Para Érika, informa o advogado, o crime teria sido motivado por uma "predisposição antiga, mórbida" causada pela "depressão severa", "doença contra a qual sempre lutaram".

Em nota, Pimentel volta a negar que a mulher de Kléber tivesse conhecimento de que o marido era acusado de estuprar uma menina de 13 anos.

Nesta terça-feira (17), a Polícia Civil deve ouvir o depoimento da mulher, que foi agredida com um extintor antes do roubo do avião. Ainda segundo o advogado, a jovem nega que eles viviam uma crise conjugal. "Registra que viviam muito bem, a seu ver", afirma.

Fonte: Folha Online

EUA dizem que derrubaram avião iraniano no Iraque

Aviões de combate norte-americanos derrubaram um avião iraniano não tripulado no espaço aéreo do Iraque, ao norte de Bagdá, no mês passado. A informação foi divulgada por um porta-voz dos militares norte-americanos hoje. "Isso não foi um acidente de parte dos iranianos", afirmou o funcionário em comunicado, sem mais detalhes.

Segundo o texto, a aeronave estava em espaço aéreo iraquiano havia mais de uma hora quando foi abatida. O avião estava 100 quilômetros distante de Bagdá, segundo a fonte. O comunicado afirma que o incidente ocorreu em 25 de fevereiro. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado

Justiça condena TAM a pagar R$ 8.000 a casal por problemas em viagem

O TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) condenou a TAM Linhas Aéreas a pagar R$ 8.000 por danos morais a dois passageiros que tiveram problemas no retorno de uma viagem ao Chile. Os consumidores tiveram seu voo de retorno cancelado e tiveram que aguardar seis horas no aeroporto internacional.

Além disso, de acordo com informações do TJ-MG, o casal foi encaminhado a um hotel no qual a empresa aérea não tinha feito reserva.

A TAM, em sua defesa, não negou os fatos, porém alegou que foram imprevistos e que não tinham responsabilidade sobre o ocorrido. Porém, segundo os consumidores, o atraso de 15 horas do voo e a falta de reserva no hotel causaram danos morais. Os transtornos fizeram com que eles se sentissem desrespeitados, ocasionando sofrimento físico e psicológico.

Em primeira instância, o juiz do caso julgou a ação improcedente, levando os consumidores a recorrerem ao TJ mineiro.

Para os desembargadores da 9ª Câmara Cível do tribunal, não foi o atraso ou cancelamento do voo que foi discutido, mas, a conduta da empresa para com os passageiros em um país estrangeiro.

“Afinal, os clientes estavam em país diverso, onde se fala outro idioma, aguardando posição da empresa sobre sua hospedagem e sua volta para casa, sem previsão de quando isso ocorreria”, lembrou o relator, desembargador Generoso Filho.

Os desembargadores Generoso Filho, Osmando Almeida e Pedro Bernardes votaram a favor dos consumidores, mas discordaram do valor estipulado.

Para o relator do caso, desembargador Generoso Filho, o valor estipulado para os danos sofridos seria de R$ 8.000 para cada um, mas os demais magistrados da 9ª Câmara do TJ de Minas entenderam que R$ 4.000 para cada um seria razoável para compensar os danos sofridos.

Fonte: Última Instância

Novo aeroporto de Lisboa: quatro consórcios apresentaram propostas para estudo de impacto ambiental

Quatro consórcios apresentaram propostas para a elaboração do estudo de impacto ambiental do novo aeroporto de Lisboa, disse hoje à Lusa fonte oficial da Naer, empresa responsável pelo projecto.

De acordo com a mesma fonte, apresentaram propostas os consórcios Aeroconsult - Engenharia Aeroportuária (que integra a Hidroprojecto, Dorsch Gruppe DC Airpo, Prospectiva, Pronengel e Ginger); CH2M Hill Espanha; DHV, Augusto Mateus & Associados e Bruno Soares Arquitectos e IDOM Ingenieria y Consultoria e IDOM Engenharia.

As propostas destes quatro agrupamentos estão agora a ser analisadas pelo júri do concurso.

Fonte oficial da Naer escusou-se a adiantar mais pormenores sobre as propostas entregues, afirmando que serão fornecidas mais informações depois de concluída a análise das propostas.

Segundo a mesma fonte, "não há um prazo definido legalmente para a conclusão da análise das propostas", mas a empresa prevê que o estudo de impacto ambiental arranque no segundo trimestre deste ano.

O calendário do Governo aponta 2017 como data prevista para a entrada em funcionamento do novo aeroporto, que será construído na zona do Campo de Tiro de Alcochete.

Fonte: noticias.rtp.pt (Portugal)

Avião que caiu em Goiás alterou rota de voo da Gol

Voo 1354, que saiu de São Paulo para Goiânia, transportava 77 pessoas.

Avião pousou em Brasília após fechamento de espaço aéreo em Goiás.



O destino do voo 1354 da Gol, previsto para pousar no Aeroporto de Goiânia, foi alterado para o Aeroporto de Brasília na mesma tarde de quinta-feira (12), quando Kleber Barbosa da Silva fez voos rasantes com uma pequena aeronave e depois caiu no estacionamento de um shopping.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o Aeroporto de Goiânia ficou fechado das 18h às 19h14 para pousos e decolagens, por razões de segurança. Silva chegou a fazer vários rasantes no local e foi acompanhado por dois caças da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Gol informou, em nota, que a aeronave do voo 1354 decolou do Aeroporto de Congonhas (SP), às 16h35 de quinta-feira, e deveria pousar no Aeroporto de Goiânia, às 18h. A rota foi alterada devido ao fechamento do espaço aéreo da região. A aeronave pousou em Brasília, às 18h40.

Ainda segundo a nota, a companhia aérea informou que os 77 passageiros a bordo receberam o atendimento necessário, conforme determinações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A queda

Uma aeronave modelo EMB 712, prefixo PT-VFI, fabricada pela Embraer caiu no estacionamento do Shopping Flamboyant, em Goiânia, no início da noite de quinta-feira. Morreram os dois ocupantes do avião, Kleber Barbosa da Silva e Penélope Barbosa Correia, pai e filha, respectivamente. Nenhuma outra pessoa ficou ferida no acidente.

Silva tinha roubado a aeronave do Aeroclube de Brasília, que fica em Luziânia (GO), após uma briga com sua mulher, Érica Mota. Ele chegou a bater nela com um extintor. O agressor ainda era investigado pelo estupro de uma menina de 13 anos em Goiás.

O delegado que ouviu o piloto do aeroclube disse que Silva escolheu o modelo em que queria voar e demonstrou ter algum conhecimento do funcionamento de uma aeronave. "Ele fez perguntas inclusive usando termos técnicos demonstrando conhecimento mesmo que vulgar sobre o voo, perguntando inclusive como era feita a distribuição de combustível", diz o delegado Fabiano Medeiros.

Fonte: G1

Aeroporto JK vai ganhar delegacia

Atenta ao aumento no volume de apreensões de drogas no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, a Polícia Federal conta os dias para inaugurar uma delegacia especializada no combate ao tráfico interno e internacional de drogas. A nova unidade deverá abrir as portas até o meio do ano. De janeiro até o dia 5 de março, os federais já apreenderam 50 quilos de cocaína que desembarcaram no Aeroporto JK. Em todo o ano passado, a PF apreendeu 139 quilos de cocaína que chegaram a Brasília pela rota aérea.

Investigações da PF apontam que o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek transformou-se numa rota alternativa para traficantes que exportam cocaína do Brasil para outras partes do mundo, principalmente países europeus. Atualmente, existem seis voos internacionais que têm como destino o Aeroporto JK, cinco deles para a Argentina e um para Portugal.

O superintendente regional da Polícia Federal no DF, delegado Disney Rosseti, explica que o efetivo de agentes federais no aeroporto deve aumentar com a inauguração da Delegacia Especial do Aeroporto de Brasília (Deain). Duas unidades semelhantes já funcionam nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).

O principal alvo é intensificar o trabalho de inteligência para mapear os passos dos traficantes que costumam vir do Nordeste e fazer conexão em Brasília. " No caso do tráfico internacional de drogas, os transportadores tentam driblar a segurança do aeroporto do DF e seguir para estados da Região Sudeste. Somente depois rumam para a Europa", explica.

Com a inauguração da nova delegacia, a PF pretende aumentar o efetivo de 35 agentes para pelo menos 45. Dez federais que serão remanejados para o aeroporto devem ficar encarregados apenas de dar andamento ao trabalho de inteligência policial. "Vamos deixar o trabalho relacionado à parte administrativa, como controle de passaporte, para outros servidores", afirmou.

Novos voos

A preocupação da Polícia Federal deve aumentar com o o início de voos internacionais para Miami e Atlanta (EUA). Existe a hipótese de traficantes tentarem levar cocaína da América do Sul para cidades americanas. Segundo o delegado Gerson Luiz Müller, que esta à frente da delegacia do aeroporto, um quilo de cocaína pura chega a ser vendido na Europa por até US$ 80 mil. "Em razão desse valor astronômico, muita gente acaba se arriscando para cruzar o oceano carregado de drogas. Para se ter idéia do lucro, um quilo de cocaína pura é vendido no Brasil por R$ 10 mil", explica.

Müller ainda lembra que 50% dos flagrantes de tráfico internacional de drogas no aeroporto envolvem passageiros da empresa aérea TAP, que faz voos diários para Lisboa (Portugal). "Já prendemos pessoas de diversas nacionalidades, como holandeses, africanos, romenos e espanhóis. Todos tentando levar carregamentos de cocaína para fora do País", disse o delegado.

Fonte: Carlos Carone (Jornal de Brasília) - Foto: Roosewelt Pinheiro (Agência Brasil)

OGMA (Embraer) mantém contrato com a Líbia para manutenção de aviões militares

O ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, consguiu garantir, durante visita a Trípoli, a continuidade do contrato entra a OGMA-Oficinas Gerais de Manutenção Aeronáutica, controlada pela brasileira Embraer, para manutenção dos aviões militares líbios C-130, noticiou hoje a rádio TSF, de Lisboa.

"O contrato de manutenção dos aviões C-130 será prolongado e mais do que isso haverá um upgrading dos próprios aviónicos e da electrónica do avião C-130", disse o ministro português, citado pela TSF.

Nesta visita do ministro da Defesa à Líbia foi também garantido o reforço da cooperação militar com destaque para a troca de experiências e técnicas de operação entre as forças especiais dos dois países.

Fonte: África 21

Tráfego aéreo cai pela primeira vez em 17 anos no Reino Unido

Os aeroportos britânicos foram afectados pela recessão e pela escalada do preço do petróleo o que conduziu a que o tráfego aéreo no Reino Unido tivesse caído, em 2008, pela primeira vez em 17 anos.

Os aeroportos no Reino Unido registaram menos 4,6 milhões de passageiros, em 2008, menos 1,9% do que em 2007, uma queda agravada pelo clima económico recessivo e a escalada dos preços do petróleo, noticiou o “Times”, citando a Civil Aviation Authority (CAA).

O aeroporto de Stansted registou uma quebra de 6%, ou seja, registou menos 1,4 milhões de passageiros.

Gatwick registou uma descida de 2,8%, devido à falência de algumas companhias que voavam para aquela infra-estrutura aeroportuária, como a XL.

Enquanto os aeroportos de Londres caíram, os aeroportos de Paris, Charles de Gaulle e Orly, registaram um crescimento de 0,8%.

A CAA espera que o tráfego aéreo continue a cair. Harry Bush, director da CAA, diz que “a queda do número de passageiros deverá continuar em 2009”.

Fonte: Ana Torres Pereira (Jornal de Negócios - Portugal)

Avião da JAL faz pouso de emergência em Xangai

Um avião da Japan Airlines (JAL) com 222 pessoas a bordo com destino a Tóquio foi obrigado a fazer um pouso de emergência em Xangai pouco depois de decolar, em função de "problemas com o motor", informou a agência de notícias chinesa Xinhua.

Dez minutos depois de decolar de Xangai, tripulantes do Boeing 747-446, prefixo JA8086 notaram o problema e o avião começou a "sacudir levemente", segundo a Xinhua.

Investigações preliminares dão conta de que o avião teria se chocado com aves logo após a decolagem e esta seria a causa do problema.

Fontes: InvestNews / avherald.com

Dólar alto faz aviação doméstica crescer 5,4% em janeiro em SP

Em janeiro, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos registrou crescimento de 5,39% no movimento de passageiros do setor doméstico em comparação ao mesmo período do ano passado, com 1,18 milhão de embarques e desembarques, ante 1,11 milhão registrado no primeiro mês de 2008. Os dados são do balanço de movimentação do aeroporto, administrado pela Infraero.

A procura por roteiros turísticos nacionais demonstra que a alta do dólar fez o brasileiro buscar novas opções. Tanto é assim que o setor internacional movimentou um total de 774,5 mil passageiros, 7,65% a menos que os 838 mil de janeiro de 2008. Segundo o balanço, a movimentação total de passageiros do aeroporto de Guarulhos foi de 1,90 milhão de pessoas, o que perfaz uma redução de 0,2% na comparação com o ano passado.

"Com a valorização do dólar, os usuários do transporte aéreo optaram por fazer viagens com destinos nacionais, certamente o crescimento registrado no setor doméstico deve ser reflexo dessa situação", comenta o superintendente do aeroporto, Jaime Parreira.

Brasília

O presidente da Infraero, brigadeiro Cleonilson Nicácio, apresentou ao vice-governador do Distrito Federal, Paulo Otávio, o cronograma de melhorias e obras do Aeroporto Internacional de Brasília/Presidente Juscelino Kubitschek. Segundo a Infraero, até 2013, mais de R$ 400 milhões serão investidos no JK. "Até lá, o aeroporto estará preparado para receber cerca de 25 milhões de passageiros por ano", disse Nicácio.

Como medida emergencial, a Infraero informou que vai montar uma estrutura removível que servirá como setor de embarque, em razão da alta demanda do fim de ano no aeroporto. Localizada no primeiro piso, a nova área terá cerca de mil metros quadrados e poderá atender com mais conforto os passageiros que transitam pelo aeroporto da capital brasileira.

Além de Brasília, outros aeroportos, como o de Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Macapá (AP), ganharão áreas removíveis para facilitar a demanda de passageiros na alta estação.

A Infraero teve lucro líquido de R$ 154 milhões no ano passado, ante prejuízo de R$ 76,2 milhões em 2007. A receita líquida da estatal subiu para R$ 2,4 bilhões e o Ebitda cresceu 15,5% entre os dois anos, para R$ 586 milhões.

De acordo com Nicácio, não há dentro do governo a intenção de privatizar a Infraero, mas não se descarta a ideia de abrir o capital da empresa e de o governo manter 49% das ações

Fonte: DCI

Não houve briga do casal antes de homem tentar jogar avião no shopping de Goiânia, diz advogado

O advogado de Érika Côrrea, 23 anos, Alexandre Pimentel, afirmou que não houve briga antes de Kléber Barbosa da Silva (foto), agredir a mulher com extintor de incêndio, levar a filha de 5 anos, roubar um avião e tentar jogá-lo sobre um shopping em Goiânia, na última quinta-feira. De acordo com o advogado, Érika acredita que o marido já tinha planejado o suicídio por conta da acusação de estupro de uma menina de 13 anos . Ele havia sido reconhecido pela menina na própria quinta. Ele tem passagem pela polícia por outros quatro crimes. Seu prontuário de motorista mostra 20 multas por excesso de velocidade, num total de R$ 2.140.

O advogado afirmou que o casal voltava de uma viagem a Caldas Novas, em Goiás, e resolveu continuar até Anápolis, retornando em seguida a Goiânia. No trajeto, agrediu a mulher. Esta versão difere da contata anteriormente por parentes. Na versão inicial, ele teria saído do apartamento do casal, em Goiânia, dizendo que fariam um passeio até Anápolis.

- Não houve discussão alguma. Foi uma coisa repentina - diz o advogado de Érika.

Érika deve prestar depoimento nesta terça-feira. A polícia acredita que ela poderá detalhar as razões do crime. Kléber e a filha Penélope morreram. Por milagre, ninguém se feriu na queda do avião do estacionamento do shopping. Cerca de 10 mil pessoas estavam no local.

O Ministério Pùblico abriu inquérito civil público para investigar os procedimentos de segurança adotados pela Aeronáutica.

O procurador Raphael Perissé afirmou que um obstáculo impediu que Kléber consumasse seu plano, o de jogar a aeronave sobre o shopping. Durante o voo ele falou com um tio da mulher, que é policial, e disse que faria algo ainda pior. "Ele queria se suicidar em grande estilo" disse o promotor.

No Aeroclube de Luziânia, no entorno de Brasília, Kléber ninguém desconfiou de nada. Ele afirmou que queria fazer um voo panorâmico com a filha.

- Ele estava até brincando muito com a filha, ao lado da aeronave. Estava até bastante alegre. Não daria para saber que ele ia fazer esse troço. Ela estava rindo e pulando no colo dele - conta Antônio Pereira dos Anjos, mecânico de aviação.

Kleber queria voar em um monomotor e saber tudo sobre o Tupi, um avião que voa a 200 km/h.

- Ele perguntou se estava o tanque estava cheio e sobre a autonomia de voo. Ele foi bastante esperto - diz José Luiz de Sousa Filha, instrutor de voo.

Kleber perguntou até mesmo como se faz a troca de combustível de um tanque para outro.

- Você voa uma hora, troca para outro tanque. Voa mais duas horas e troca para outro tanque. É para balancear o peso do avião - explica Omar do Espírito Santo, vice-presidente do aeroclube.

Já a bordo do avião Tupi, com a filha, Kleber rendeu o instrutor na cabeceira da pista.

- Ele gritou comigo, segurou a minha mão e colocou alguma coisa no meu pescoço que, para mim, no momento, eu pensei que fosse uma arma - lembra José Luiz.

O comandante Volney Dutra, que está acostumado a viajar em aviões pequenos na região de Goiás, afirmou que Kléber tinha um conhecimento mínimo de aviação. Ele não tinha brevê.

- Uma pessoa sem conhecimento não daria conta de decolar um monomotor desses. Ele deve ter rendido o instrutor quando ele viu que a aeronave estava pronta para decolar. Pronta para decolagem, ele precisa apenas direcionar a aeronave na pista e acionar o motor na mão - diz o comandante Volney.

Depois que o avião ganhou certa altitude, Kleber teve que adotar um outro procedimento de certa complexidade. Apontar para a direção certa, apontar para a proa de Goiânia. E fazer isso, visualmente de cima, não parece ser muito fácil.

- A pessoa tem que conhecer muito bem e ter uma noção básica de navegação aérea para seguir estrada, seguir visual - complementa o comandante.

Um Mirage da Força Aérea Brasileira saiu da base de Anápolis para localizar o monomotor. O radar do Mirrage indicou a posição exata do Tupi, depois foi sobrevoar Brasília. Em seguida, a Aeronáutica mandou um Tucano, também da base de Anápolis, para seguir o Tupi. O Tucano posicionou-se mais atrás e um pouco mais alto, em uma operação chamada de acompanhamento discreto à distância. Os pilotos tentaram contato por rádio e não conseguiram.

O Ministério Público quer saber se o Mirage foi orientado apenas a proteger Brasília, deixando Goiânia em segundo plano.

Em Goiânia, Kleber passou raspando por um prédio por três vezes e começou a fazer uma série de rasantes arriscados sobre a cidade, principalmente sobre o bairro onde ele morava com a mulher e com a filha.

Um vizinho fez imagens pelo celular. O avião passa muito perto do prédio onde ele morava.

Um helicóptero da Polícia Militar de Goiás passou a seguir o Tupi. Um dos tios de Érika, Adão da Mota Correia, que por coincidência é sargento da PM, estava no helicóptero e conseguiu falar com Kleber pelo celular.

- Eu falei assim: 'Cadê a criança?' Ele falou: 'A criancinha está comigo aqui, vou fazer uma besteira'. E aí desligou o celular - conta o sargento.

O delegado Jorge Moreira diz que Kléber é um maníaco. Para o delegado Manoel Borges, que investiga o caso, ele era psicopata.

- Ele é emocionalmente perturbado. Há histórico de que ele alimentava ideias suicidas - diz Borges.

Maria Luísa Nunes Nicola, vizinha de Kleber no bairro onde ele passou a infância e a adolescência, diz que ele tinha ideias suicidas.

- Sempre falava que queria morrer em um avião. Então, nas últimas semanas que ele esteve com a minha filha, falou: 'Você vai muito ouvir falar de mim ainda, quando eu morrer você vai ouvir muito falar de mim - afirma Maria Luísa.

Ela conta ainda que ele elogiou os terroristas do atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

- Ele achou muito bonito. Só que ele achou bonito, não pelas outras vidas, mas pelo piloto, que teve a coragem. Ele falou assim, tipo engraçado, 'Que cara corajoso!' - relembra a vizinha.

Telma Nunes Nicola, amiga de infância de Kléber, diz que ele adorava aviões e bombas.

- Teve uma época que ele começou a fazer bombas caseiras. Aquele fixação por tudo que era perigoso, ele gostava - diz Telma.

Funcionários da locadora do bairro, que não quiseram se identificar, dizem que os filmes preferidos dele eram os da série "Faces da morte", que mostram imagens violentas e acidentes aéreos de todos os tipos.

A polícia de Goiás pediu exames toxicológicos do corpo de Kleber.

Fonte: O Globo - Foto de família/Reprodução

Obstáculo impediu queda de aeronave sobre shopping de Goiânia, diz MP

O avião pilotado por Kléber Barbosa da Silva, de 31 anos, só não caiu em cima do shopping Flamboyant, em Goiânia, porque uma árvore ou algum outro tipo de obstáculo impediu que alcançasse o maior centro de compras da cidade, segundo o procurador da República Raphael Perissé. Na avaliação do procurador, a intenção de Kléber só não foi concretizada por sorte. ( TV GLobo: veja imagens gravadas pela câmera do shopping ) O avião caiu no estacionamento do shopping no início da noite da última quinta-feira.

- A princípio, os peritos dizem que não foi pane seca. A aeronave colidiu com alguma coisa, que pode ser uma árvore. Tudo indica que ele queria mesmo atingir o shopping e não obteve êxito. Ele disse que queria fazer algo bem pior. Se tivesse conseguido, a tragédia seria ainda maior - diz o procurador.

Segundo Perissé, a conversa que Kléber teve com o sargento Adão da Mota Corrêa, tio da mulher dele, Érika Corrêa dos Santos, mostra que a intenção dele era provocar um acidente de grandes proporções. A íntegra da gravação foi requisitada pelo Ministério Público Federal, que abriu inquérito civil público para apurar a ação da Força Aérea Brasileira (FAB) no episódio.

Várias manobras perigosas foram feitas antes de o avião cair.

Cerca de 10 mil pessoas estavam no shopping no momento em que a aeronave caiu no estacionamento, destruindo 23 veículos. Os únicos mortos foram o próprio Kléber e a filha dele, Penélope, de 5 anos, levada junto na aeronave. Ninguém se feriu.

- Pelo que sabemos da conversa dele com o tio da mulher, que é um militar, a intenção dele era se suicidar em grande estilo - diz o procurador.

É justamente o fato de a intenção não ter sido concretizada por sorte que levou o procurador a abrir o inquérito. O procurador quer saber não só se o protocolo de procedimentos para este tipo de ação foi seguido como se as regras atuais são suficientes para proteger o espaço aéreo das cidades brasileiras.

- A Aeronáutica se manifestou dizendo que o Mirage decolou para proteger Brasília, não Goiânia. Uma cidade como Goiânia não merece proteção aérea? Queremos entender qual é esta diretriz - pergunta o procurador.

Perissé requisitou a gravação da conversa entre o piloto do Mirage da FAB e a torre, para saber exatamente quais foram as orientações de procedimento para o caso. O MP quer saber como o pouso do avião roubado por Kléber no Aeroclube de Luiziânia poderia ter sido interceptado antes de chegar a uma cidade de grande porte. Requisitou ainda os procedimentos de aluguel do aeroclube, pois suspeita que não foi feito sequer um cadastro antes de permitir acesso de Kléber ao avião, onde o piloto acabou rendido.

- Desde que o avião decolou do aeroclube havia um trecho descampado grande. O percurso foi de 180 km até Goiânia - afirma.

O prazo para entrega das gravações ao Ministério Público Federal é de 15 dias. Segundo Perissé, a investigação será paralela à da Aeronáutica, que quando estiver pronta será anexada.

Kléber era procurado por estupro de uma menina de 13 anos em Aparecida de Goiânia e tinha passagens pela polícia por mais quatro crime s. Antes de roubar o avião, agrediu a mulher com extintor de incêndio e a jogou para fora do carro em uma rodovia.

Em nota, a Aeronáutica informou na noite de quinta-feira que assim que foi notificado o roubo o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) ordenou a imediata decolagem de aeronaves em alerta de defesa aérea.

Segundo a nota, o acompanhamento por caças da FAB aconteceu durante todo o tempo em que o PT-VFI permaneceu em vôo, inicialmente, por um Mirage 2000 e, posteriormente, por um avião T-27 Tucano.Por medida de segurança, pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto de Goiânia e até o momento em que a a aeronave colidiu com o solo, "os órgãos de controle de tráfego aéreo e os pilotos da FAB que acompanharam a aeronave roubada não conseguiram contato-rádio com o piloto do PT-VFI". Os procedimentos, diz a nota, foram acompanhados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Fonte: O Globo - Foto: Reprodução TV Globo/O Popular

Sete anos após 11/9, indenizações geram dúvidas em parentes

Depois dos ataques terroristas do 11 de setembro, milhares de pessoas precisavam encarar uma difícil e desconfortável decisão nos Estados Unidos. O Congresso criou um fundo especial para indenizar os sobreviventes e as famílias das vítimas, mas determinou que os beneficiários dessas indenizações deviam abrir mão do direito de processar linhas aéreas, aeroportos, empresas de segurança e outras entidades.

As pessoas que tinham direito a indenização precisavam decidir se aceitavam um pagamento rápido e garantido com o dinheiro do Congresso ou arriscavam a sorte nos tribunais, possivelmente enfrentado táticas hostis, demoras e o risco de derrota.

Por isso, não surpreende que a maioria tenha por fim decidido aceitar o dinheiro do fundo, que pagou mais de US$ 7 bilhões aos sobreviventes de mais de 2,88 mil pessoas mortas e milhares de outras que saíram feridas dos atentados.

Agora, passados mais de sete anos dos ataques, um novo relatório judicial sugere que a pequena minoria que optou por seguir caminho próprio e recorrer à Justiça se saiu melhor: 93 dos 96 processos abertos foram encerrados por acordos, de valor médio de US$ 5 milhões, ou mais de duas vezes o equivalente ao pagamento médio oferecido pelo fundo especial.

No entanto, calcular custos e benefícios nunca é fácil quando há vidas em questão. O efeito do relatório, divulgado na semana passada pelo juiz federal Alvin Hellerstein, do distrito sul de Nova York, que supervisionou os processos, chama a atenção quanto à variedade de metas -dinheiro, respostas, justiça, paz de espírito - que os sobreviventes e os parentes das vítimas fatais precisavam considerar depois de sofrerem perdas tão graves.

Kenneth Feinberg, o administrador especial que se encarregou de gerir o Fundo de Indenização de Vítimas do governo, declarou em entrevista que comparar os acordos extrajudiciais obtidos nos processos aos pagamentos mais rápidos feitos pelo fundo não tinha propósito.

As pessoas que decidiram recorrer a processos, tiveram de pagar custas e honorários de advogados, e esperaram anos por dinheiro que poderiam ter recebido mais cedo e investido. "Eu me surpreenderia caso eles tenham conseguido um resultado financeiro melhor ou mais satisfação psicológica do que se tivessem recorrido ao fundo", ele disse.

"Nós encorajamos as pessoas a tentar deixar para trás o que perderam", diz. "Melhor superar o acontecido. Casar de novo. Refazer a vida. Não viver com isso durante cinco ou 10 anos".

Mas Donald Migliori, um advogado cujo escritório cuidou de cerca de 60 processos e de 40 indenizações pelo fundo, disse que não havia dúvida de quem em média, as vítimas que optaram pelos processos se saíram melhor, financeiramente, do que as que aceitaram dinheiro do fundo de indenização. "Pode-se comparar esses números de maneira absoluta", ele disse.

Migliori alega que Feinberg "vendeu a idéia do Fundo de Compensação a Vítimas recorrendo ao medo, e usando a sugestão de que as pessoas não poderiam se sair melhor do que aquilo".

Feinberg descarta a crítica. "Isso é conversa de advogado", ele diz. Muitas famílias optaram pelo fundo porque este oferecia uma solução relativamente rápida - o processo se completava em 33 meses.

Herbet Nass, advogado que representou os pais de Ingeborg Lariby, 42 anos, gerente administrativa que trabalhava no World Trade Center, disse que seus clientes desejavam encerrar o caso o mais rápido que pudessem. "Eles jamais tiveram o dinheiro como motivação", afirma. "Mesmo que acreditassem ser possível conseguir o dobro do que obtiveram do fundo, isso não teria importado para eles".

Gillian Hadfield, professor de Direito na Universidade do Sul da Califórnia, pesquisou cerca de 140 pessoas que perderam parentes em função dos ataques e que tinham direito de solicitar indenizações ao fundo, como parte de um estudo publicado no ano passado sobre os fatores determinantes na escolha entre recorrer ao fundo ou à Justiça, pelas vítimas.

Ela diz que muita gente optou pela indenização do fundo devido a necessidades financeiras prementes, como a perda de um arrimo de família, mas que posteriormente sentiram diversas emoções negativas - "esconforto, arrependimento, vergonha, raiva" - por não terem aberto processos, o que poderia ter provido mais informações, forçado as responsabilidades a se tornarem mais claras e promovido maiores mudanças.

Uma viúva sofreu grande desconforto ao imaginar se recorrer ao fundo poderia representar desserviço ao seu marido e às famílias de outras vítimas, porque um processo parecia ser a única maneira de descobrir por que os ataques aconteceram, disse Ralph Sbrogna, advogado da vítima, de Worcester, Massachusetts.

Ele disse que a mulher também temia que as famílias que optassem pela Justiça pudessem perder e terminar sem nada. A viúva terminou por aceitar um pagamento do fundo, diz ele, "a bem de seus filhos" - para obter o que pudesse para garantir a educação e o futuro deles.

Mas para alguns daqueles que decidiram recorrer a processos, o medo de uma derrota judicial nunca foi preocupação.

"Isso nunca representou um risco para mim, porque meu objetivo nunca foi o de obter mais dinheiro", disse Julie Sweeney Roth, que processou a United Airlines e outros acusados pela morte de seu marido, Brian Sweeney, 38, que estava a bordo do voo 175 quando o avião colidiu com a torre sul do World Trade Center.

"Eu queria saber o motivo, e de que modo isso aconteceu ao nosso país", disse Roth. "De abrir um processo e solicitar indenização em dinheiro é o caminho para isso, então é o que farei".

Mas ela declarou que o processo judicial se tornou opressivo, e que ela aceitou um acordo para encerrá-lo dois anos atrás, depois de se casar de novo. "Eu levei minha vida adiante" diz, confiante em que outras pessoas "levariam a disputa até o fim para obter as respostas que todos merecemos"

Em seu relatório, o juiz Hellerstein resumia a situação dos processos, abertos em nome de 96 vítimas - 85 por responsabilidade judicial em casos de morte e 11 por ferimentos.

Ele apontou que algumas famílias de vítimas de alta renda optaram pela Justiça porque acreditavam que o fundo não as indenizaria adequadamente. O pagamento médio do fundo em caso de morte era de US$ 2,1 milhão por vítima.

O juiz disse que tomou providências para assegurar a lisura dos processos, limitando os honorários de advogados a 15% do valor de qualquer acordo e garantindo que "partes assemelhadas possam esperar pagamentos assemelhados".

Hellerstein chegou a rejeitar quatro acordos extrajudiciais, em valores que variavam entre US$ 5,5 milhões e US$ 8 milhões, por serem "altos demais".

O juiz diz que o procedimento foi muito melhorado quando ele indicou uma mediadora, Sheila Birnbaum, sócia do escritório de advocacia Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom. Com a ajuda de seu colega, Thomas Fox, ela ajudou a resolver 72 casos.

Birnbaum declarou em entrevista que o valor dos acordos foi influenciado por fatores como renda, situação familiar e leis estaduais para esse tipo de caso, mas acrescentou que "em última análise, tudo gira em torno da oferta que é feita e daquilo que as pessoas aceitam".

Desmond Barry, do escritório de advocacia Condon & Forsyth, que representou os acusados, se recusou a comentar, limitando-se a dizer que os acordos foram fechados sem admissão de responsabilidade judicial ou de qualquer delito. Os termos dos acordos requerem que os montantes recebidos sejam mantidos em sigilo.

Hellerstein escreveu ter encorajado os litigantes a recorrer ao fundo e "obter uma boa indenização - talvez não a melhor, mas não seria preciso provar coisa alguma para obtê-la".

O juiz sabia por experiência que "processos judiciais não são muito efetivos em demonstrar às pessoas quais eram os verdadeiros problemas". Hellerstein escreveu que "eles não são boas ferramentas de investigação".

Fonte: Benjamin Weiser (The New York Times) - Tradução: Paulo Migliacci - Terra

Falha na sinalização da pista suspende pousos e decolagens em Salvador

Os pousos e decolagens na pista principal do Aeroporto Internacional de Salvador têm funcionamento normal na manhã deste domingo (15). Uma pane no sistema de iluminação suspendeu os voos por cerca de três horas na noite de sábado (14).

Os passageiros de pelo menos sete voos foram prejudicados, enquanto a equipe de manutenção da Infraero trabalhava para identificar as causas do problema. A pista auxiliar destinada a aviões pequenos não teve o funcionamento afetado.

De acordo com a Infraero, três voos tiveram que ser redirecionados para os aeroportos de Aracaju e Recife e outros quatro aguardaram condições para deixar a capital baiana e seguir viagem para Guarulhos (SP), Fortaleza e Brasília.

Passageiros reclamaram da divergência entre as informações passadas pelas companhias aéreas e pela Infraero e informaram que mais voos foram prejudicados.

Pane na iluminação

O apagão nas luzes dispostas ao longo da área destinada ao trânsito das aeronaves, na pista principal, teve início por volta das 19h. A iluminação permite aos pilotos identificar o local exato para realizar os pousos e decolagens com segurança.

A iluminação só foi normalizada por volta das 22h. Em nota oficial, a Infraero disse apenas que os problemas foram ocasionados por 'problemas técnicos em seu balizamento luminoso'.

Fonte: Correio da Bahia - Foto: Carlos Casaes (Agência A Tarde)

Discovery decola rumo à estação espacial internacional com mais de um mês de atraso

O ônibus espacial Discovery parte rumo ao espaço

O ônibus espacial Discovery decolou com sucesso neste domingo para uma missão na Estação Espacial Internacional, com mais de um mês de atraso por problemas no sistema de combustível. O lançamento aconteceu na hora programada, às 20h43 (horário de Brasília)

A nave ficará no espaço por 13 dias, um a menos que o previsto inicialmente, e seus tripulantes farão três caminhadas no espaço, ao invés das quatro programadas anteriormente. Durante a missão, será entregue um jogo de painéis solares de 300 milhões de dólares e um novo destilador para o sistema de reciclagem de urina da estação. Os painéis estão dentro de um módulo de 16 toneladas que irá completar a estrutura principal exterior de 11 segmentos da Estação Espacial Internacional.

A tripulação da Discovery para esta missão é formada por sete homens e inclui o japonês Koichi Wakata, veterano de duas viagens em ônibus espacial

O lançamento estava programado para a quarta-feira da semana passada, mas foi adiado para que o ônibus espacial recebesse reparos devido a um vazamento de combustível. Os engenheiros da Nasa instalaram novos lacres em uma válvula do tanque para resolver o problema. O vazamento foi descoberto quando técnicos que trabalhavam na plataforma de lançamento começavam a encher o tanque do ônibus com 1,9 milhão de litros de hidrogênio líquido e oxigênio líquido.

A tripulação é formada por sete homens e inclui o japonês Koichi Wakata, veterano de duas viagens em ônibus espaciais que será deixado na estação espacial para trabalhar como engenheiro de vôo após a partida do Discovery. Ele substituirá a astronauta da Nasa Sandra Magnus, que está em órbita desde novembro.

Projeto de US$ 100 bilhões de 16 países, a estação vem sendo construída há mais de uma década a 350 quilômetros acima da Terra. A agência espacial dos EUA ainda tem nove vôos para finalizar a montagem, assim como um serviço final no telescópio espacial Hubble, antes de aposentar a frota de ônibus espaciais no ano que vem.

Fonte: O Globo - Fotos: Scott Andrews / Reuters