sábado, 21 de março de 2009

Embraer nega ter dado bônus de R$ 50 milhões a diretores após demissões

Segundo sindicato, companhia concedeu bônus a grupo de 12 diretores.

Em comunicado, empresa diz que informação é 'absolutamente inverídica'.

Integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região disseram neste sábado (21) que a Embraer, que em fevereiro anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários, teria pagado um bônus de R$ 50 milhões a um grupo de 12 diretores da empresa, a exemplo do que fez a seguradora AIG nos Estados Unidos.

De acordo com o presidente recém-eleito do sindicato, Vivaldo Moreira, a concessão do bônus foi descoberta em estudos feitos pela entidade, que defende a re-estatização da empresa, a quarta maior fabricante de aviões do mundo, após o anúncio dos cortes.

“É um absurdo que os diretores que fizeram todas as trapalhadas, que perderam mais de R$ 170 milhões na Bolsa, sejam premiados enquanto os trabalhadores sofrem com as demissões”, disse.

Segundo Moreira, o sindicato está levantando dados sobre a Embraer para embasar um estudo mostrando que a fabricante de aviões deve ser estatizada. “Se a Embraer não sobrevive sem dinheiro publico, não pode ser privada”, diz.

Em comunicado publicado no seu site, a empresa nega a concessão de bônus a diretores. “É absolutamente inverídica a informação de que diretores e conselheiros da administração da Embraer receberam R$ 50 milhões de bônus da empresa”, diz o texto.

Segundo a empresa, o valor citado pelo sindicato corresponde ao limite a ser despendido com o conselho de administração e diretoria com honorários, encargos trabahistas, participação nos lucros da empresa, assistência médica, plano de aposentadoria complementar, indenizações e verbas rescisórias (leia a nota completa abaixo).

Recurso

Na última quarta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), com sede em Campinas (SP), manteve as 4,2 mil demissões feitas pela Embraer.

Entretanto, o TRT considerou os cortes abusivos e determinou pagamento de indenização de dois avisos prévios (dois salários mensais, até o limite total de R$ 7 mil) a título de indenização e a manutenção do plano de saúde por 12 meses aos funcionários demitidos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a entidade espera a publicação do acórdão para recorrer da decisão.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra do comunicado divulgado pela Embraer neste sábado (21):

"COMUNICADO

São José dos Campos, 21 de março de 2009 – Em face das declarações por parte do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, dando conta de suposto pagamento de bônus a integrantes da Diretoria e do Conselho de Administração da Embraer, totalizando R$ 50 milhões, a Empresa vem a público esclarecer que:

• Como todas as empresas brasileiras com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, a Embraer informa, anualmente, o valor limite a ser despendido com sua Administração - Conselho de Administração e Diretoria.

• Essa informação é pública e resulta da decisão exclusiva e soberana dos acionistas da Empresa, em Assembléia Geral Ordinária, conforme estabelecem a legislação e as regras que regulam as empresas de capital aberto no país.

• O valor limite definido pelos acionistas da Embraer para dispêndio com seus
administradores no período de maio de 2008 a abril de 2009 foi de R$ 50 milhões. Esse valor foi estabelecido em Assembléia Geral Ordinária ocorrida em abril de 2008.

• Esse limite compreende todas as despesas com i) honorários dos conselheiros de administração; ii) encargos trabalhistas sobre os honorários dos conselheiros de administração; iii) honorários dos diretores; iv) encargos trabalhistas sobre os honorários dos diretores; v) participação dos diretores nos lucros da Empresa; vi) encargos trabalhistas sobre a participação dos diretores nos lucros da Empresa; vii) despesas com assistência médica dos conselheiros de administração; viii) despesas com assistência médica dos diretores; ix) despesas com o plano de aposentadoria complementar dos diretores; x) indenizações e verbas rescisórias de ex-administradores; xi) encargos trabalhistas sobre as indenizações e verbas rescisórias de ex-administradores.

• Os valores efetivamente gastos com todas as despesas acima descritas serão informados publicamente nos demonstrativos financeiros e contábeis da Empresa relativos ao exercício de 2009, e serão mandatoriamente inferiores ao limite aprovado

É absolutamente inverídica a informação de que Diretores e Conselheiros da Administração da Embraer receberam R$ 50 milhões de bônus da Empresa.

Importa ainda ressaltar que a participação nos lucros, a assistência médica e o plano de aposentadoria complementar não são benefícios exclusivos dos administradores da Empresa, mas sim de todos os empregados da Embraer, sem exceção."

Fonte: G1

Prejuízo da Gol supera R$ 1 bilhão

A Gol teve prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão e resultado operacional negativo de R$ 88 milhões em 2008, segundo a Folha apurou. Apesar disso, a companhia aérea informa ter revertido as perdas com a operação no último trimestre do ano, quando teve lucro operacional de R$ 54 milhões.

O prejuízo no quarto trimestre, no entanto, foi de R$ 680 milhões, causado sobretudo pela desvalorização cambial sobre a dívida da empresa e por perdas com operações financeiras de proteção a oscilações cambiais, ligadas a combustível de aviação. O prejuízo é apenas contábil e não reflete o resultado operacional, diz a Gol.

A crise chegou aos resultados das companhias aéreas no fim do ano sob dois aspectos: demanda mais fraca e dólar mais caro. Para evitar que os aviões decolem mais vazios neste ano, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, afirmou nesta semana que as companhias deverão oferecer preços mais baixos. Ele admitiu que 2009 será um ano difícil para fechar as contas.

Nos últimos meses, o aspecto mais favorável para as empresas foi a queda no preço do petróleo. O combustível representa quase um terço dos custos de uma companhia aérea.

Este foi o primeiro trimestre de divulgação de resultados depois da fusão efetiva entre Gol e Varig. A reversão do resultado operacional foi encarada como positiva na empresa. A diretoria diz que não haverá demissões.

A companhia informou ainda que será feita uma capitalização da empresa de R$ 200 milhões, por meio de emissão privada de ações. Donos de 75% das ações, os controladores farão aporte proporcional e os minoritários entrarão com a diferença.

O objetivo da capitalização será fortalecer a estrutura de capital da companhia para fazer frente aos investimentos programados para 2009 e 2010.

A recuperação operacional no quarto trimestre já era esperada por analistas. "O resultado operacional mais forte no fim do ano reflete a queda do preço do petróleo, e a companhia se desfez de alguns contratos de "hedge" de petróleo, o que também ajuda. Além disso, ao longo do ano, a empresa mudou sua estratégia, unificou operações e revisou as rotas que pretende operar, o que aumentou a eficiência", afirma Kelly Trentin, analista da SLW Corretora.

Para Paulo Bittencourt Sampaio, consultor em aviação, a empresa tem enfrentado dificuldades referentes à devolução de Boeings-767, além de contar com taxa de ocupação baixa nos voos internacionais.

Fonte: Folha Online

Astronautas da ISS completam 2ª caminhada espacial

Segunda caminhada espacial da Missão STS-119

Os astronautas Steve Swanson e Joseph Acaba posicionaram hoje uma plataforma de armazenamento e prepararam uma substituição de baterias na segunda caminhada de sua missão na Estação Espacial Internacional (ISS).

A caminhada terminou com aproximadamente 40 minutos de atraso, às 20h21 (de Brasília), porque os astronautas encontraram problemas com um grampo que impedia o posicionamento correto de um sistema para o transporte de carga.

Segundo indicou a Nasa, os engenheiros avaliarão o incidente. A caminhada começou neste sábado às 13h51 (de Brasília), quando Swanson e Acaba se encaminharam aos geradores elétricos no posto avançado Starboard 6.

Os astronautas instalaram uma antena GPS no exterior do módulo e fotografaram os radiadores outros setores do posto.

A antena GPS ajudará a guiar um veículo de carga HTV de fabricação japonesa que começará a funcionar este ano, e que fornecerá a um dos laboratórios da estação espacial, o Kibo, alimentos e material científico.

Na caminhada anterior, há dois dias, Swanson e o astronauta Richard Arnold instalaram um novo segmento da viga central da plataforma, que viaja em uma órbita terrestre a quase 400 quilômetros da Terra.

A terceira e última das caminhadas espaciais desta missão está prevista para a segunda-feira.

A nave espacial Discovery deve retornar à Terra no próximo dia 28, dois dias depois de uma nave Soyuz partir à ISS com uma tripulação de três pessoas.

Fonte: EFE via UOL Notícias - Foto: NASA TV

Presidente da Anac diz que abertura do Aeroporto Santos-Dumont não irá prejudicar Galeão

A abertura do Aeroporto Santos-Dumont para vôos domésticos não vai reduzir o apelo comercial do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (foto acima) em um processo licitatório. Pelo contrário, essa modificação pode atrair interesse da iniciativa privada pois garante uma estabilidade regulatória.

A avaliação é do diretor de infra-estrutura da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Alexandre Gomes de Barros. Ele participou hoje (20), no Rio de Janeiro, de um debate sobre as mudanças no terminal aeroviário localizado no centro da capital fluminense, que antes operava somente a ponte aérea entre Rio e São Paulo e vôos de aeronaves com até 50 assentos.

Segundo o diretor, a revogação da Portaria 187, que restringia o uso do terminal, eliminou um conflito entre o que ela determinava e o conteúdo da Lei 11.182/05, que criou a agência. A lei prevê que a Anac deve estabelecer regras garantindo a liberdade das empresas aéreas e dos passageiros para escolherem em que aeroportos querem voar.

“Manter artificialmente essas restrições, como se estava fazendo, é que cria essa instabilidade e isso poderia afetar o valor de uma futura concessão do aeroporto [Tom Jobim]. A revogação da portaria é uma obrigação legal da Anac. Não estamos transferindo vôos para o Santos-Dumont, apenas concedendo liberdade às empresas que quiserem operar lá para qualquer rota”, afirmou Barros, durante o debate promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro e a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados.

O diretor informou que já foram recebidos pela Anac pedidos de 11 empresas, cinco delas novas no mercado, para operar no Santos-Dumont. Ele garantiu que o processo de abertura vai respeitar a capacidade limite de operação do aeroporto de 23 movimentos (pousos ou decolagens) por hora.

A primeira das novas rotas autorizadas para o Santos Dumont, a Rio-Campinas da companhia Azul Linhas Aéreas, deve entrar em operação hoje à noite.

Barros justificou as mudanças argumentando que o crescimento de 9,1% da aviação civil no Rio entre os anos de 2003 e 2007 ficou abaixo da média nacional para o período, que foi de 11,7%.

Ele também apontou que a transferência dos vôos antes operados pelo Santos Dumont para o Galeão, em 2004, não estimulou o tráfego internacional no aeroporto localizado na Ilha do Governador.

Contrário à medida, o subsecretário estadual de transportes do Rio de Janeiro, Delmo Pinho, rebateu os argumentos apresentados pelo diretor da Anac, reiterando as críticas que vêm sendo feitas pelo governador do Rio, Sérgio Cabral. De acordo com ele, os novos vôos no Santos Dumont podem causar o esvaziamento do Galeão.

“Não somos contrários à ampliação do Santos Dumont, mas é preciso esperar um pouco mais pelo crescimento natural da demanda, para primeiro fortalecer o Galeão. Abrir o aeroporto agora é criar concorrência dentro do mesmo estado”, disse.

Segundo ele, a concentração de vôos no Tom Jobim e o aumento da conectividade com vôos nacionais são fundamentais para isso.

O subsecretário destacou, ainda, que se não houve crescimento no número de vôos internacionais no Galeão nos últimos anos, isso ocorreu em função da quebra da Varig, que gerou impactos não apenas no país, mas em toda a América Latina.

Fonte: Thais Leitão (Jornal DIA DIA)

Famílias cobram mais nomes denunciados por acidente da TAM

Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam) pediu neste sábado ao procurador da República, Rodrigo de Grandis, que mais nomes sejam acrescentados à lista de 10 denunciados pelo Ministério Público Estadual de São Paulo (MPF-SP) sobre as responsabilidades pelo acidente que matou 199 pessoas em julho de 2007, em São Paulo. Como o inquérito corre em segredo de Justiça, por decisão da 1ª Vara Federal, os nomes pedidos pela associação não foram divulgados.

O encontro teve um culto ecumênico em homenagem às vítimas do acidente

Neste sábado, pela primeira vez, o procurador se reuniu com os familiares das vítimas para falar sobre o andamento das investigações da Polícia Federal sobre o caso. A reunião foi realizada a portas fechadas.

De acordo com Dario Scott, presidente da Afavitam, a reunião deste sábado foi uma vitória. Houve um acordo para que pelo menos os familiares fossem informados sobre o andamento dos trabalhos.

"Estamos tentando essa quebra de sigilo desde o ano passado, mas pelo menos somos informados sobre o que está acontecendo. Para nós, existem mais responsabilidades. Eu não quero aqui dizer quem, mas eu acho que existe toda uma hierarquia, pessoas cumprindo o seu dever na companhia, e elas respeitam uma norma. Isso tudo tem de vir na esfera federal. Todos os nomes têm de ser apontados. É isso que falamos para ele (de Grandis) na reunião, e é isso que nós esperamos", disse.

O procurador disse que a denúncia deve acontecer ainda este ano, no segundo semestre. "A investigação da Polícia Civil apontou alguns nomes, mas o Ministério Público Federal não fica vinculado a esses nomes. Nós podemos entender que outros crimes foram praticados e outras pessoas foram responsáveis", disse.

Segundo ele, nomes podem ser retirados ou acrescentados da lista apresentada pelo MPF-SP. "Os nomes apontados pelo Ministério Público Estadual representam um indicativo concreto, na visão do promotor de Justiça da responsabilidade dessas pessoas. Não posso dizer que esses nomes serão ratificados ou não".

Entre os nomes apontados pelo MPF-SP estão Aguinaldo Molina e Esdras Ramos, funcionários da Infraero responsáveis pela avaliação e liberação da pista do Aeroporto de Congonhas no dia do acidente. Também estão na lista Denise Abreu, ex-diretora da Anac; Milton Zuanazzi, ex-diretor-presidente da Anac; o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-presidente da Infraero; Luiz Kazumi, Marcos Santos e Jorge Velozo, superintendentes da Anac; Marco Castro, diretor da TAM; e Abdel Salam, ex-gerente da TAM.

Em comunicados, a TAM informou que foram fechados acordos de indenização com familiares de 172 vítimas do acidente.

Ao final da reunião foi realizado um ato religioso em memória das vítimas do vôo da TAM.

Fonte: Vagner Magalhães (Terra) - Foto: Marcelo Pereira

Aviões sem piloto viram arma preferida contra o terrorismo

Aeronaves Predator são vistas em hangar em Poway, na Califórnia

Um míssil disparado por um avião sem piloto norte-americano matou ao menos quatro pessoas no último domingo, na casa de um comandante insurgente no noroeste do Paquistão, o que representa o exemplo mais recente de uso daquilo que funcionários dos serviços de informações dos Estados Unidos definiram como sua mais efetiva arma contra a Al-Qaeda.

E funcionários do Departamento da Defesa informam que os aviões de controle remoto, que podem transmitir sinais de vídeo ao vivo por até 22 horas, fizeram mais do que qualquer outro sistema de armas para rastrear insurgentes e salvar vidas norte-americanas no Iraque e no Afeganistão.

Aeronaves Predator são vistas em hangar em Poway, na Califórnia

Os aparelhos se tornaram uma das armas favoritas das forças armadas, a despeito das muitas deficiência de que sofrem devido à pressa de colocá-los em serviço. Uma alta na demanda pelos aparelhos está contribuindo para as novas idéias do Pentágono sobre como desenvolver e colocar em operação sistemas de armas novos.

Funcionários da força aérea reconhecem que mais de um terço de seus aviões de espionagem sem piloto Predator - máquinas de 8 m de comprimento, acionadas por motores de snowmobile e com custo de US$ 4,5 milhões por unidade - caíram em acidentes, a maioria dos quais no Iraque e no Afeganistão.

Os operadores que os controlam, trabalhando em trailers estacionados do outro lado do mundo, com o uso de joysticks e telas de computador, dizem que alguns dos controles são toscos. Por exemplo, o botão de disparo de mísseis está instalado em posição perigosamente próxima à do comutador que desativa os motores do aparelho. Além disso, a escassez de operadores é tamanha que a força aérea recentemente apelou a oficiais reformados para que voltassem à ativa, em busca de ajuda.

Mas os líderes militares dizem que é possível viver com essas deficiências. Desde o pico da guerra fria, as forças armadas tendem a procurar as soluções mais ousadas e mais avançadas em termos tecnológicos para todas as ameaças, o que gera longas demoras e estouros de custos e resulta em caças a jato raramente usados que custam US$ 143 milhões, e em planos para destróieres de US$ 3 bilhões, um preço que a marinha diz não se enquadrar ao seu orçamento.

Membro do 214º Grupo de Reconhecimento pilota aeronave à distância, na Base Aérea de Tucson

Agora, o Pentágono parece estar aprendendo a aceitar o velho ditado de Voltaire - "o perfeito é inimigo do que é bom". Em discursos, o secretário da Defesa Robert Gates instou seus compradores de armas a adotar "soluções 75% que funcionam em meses" em lugar de esperar por "soluções douradas".

E à medida que o governo Obama prepara seu primeiro orçamento, representantes dizem que o plano é liberar mais dinheiro para sistemas mais simples, tais como aviões sem piloto capazes de propiciar resultados agora, especialmente em meio à intensificação dos combates no Afeganistão e no Paquistão.

Uma rara oportunidade de acompanhar de perto o uso do Predator exibe tanto as dificuldades quanto as recompensas de colocar sistemas de armas em uso com mais rapidez. "Serei realmente franco", disse o coronel Eric Mathewson, que comanda o grupo de trabalho da força aérea sobre sistemas aéreos não tripulados. "Estamos operando no limite".

Ele diz que a força aérea está correndo para treinar mais operadores, que controlam os aparelhos via conexões de satélite, do oeste dos Estados Unidos, com o objetivo de cobrir as necessidades geradas por um crescimento de quase 300% no número de missões diárias, ao longo dos dois últimos anos.

Aparelhos se tornaram uma das armas favoritas das forças armadas

Os comandantes de campo no Iraque e no Afeganistão, onde a força aérea controla os Predators, dizem que a capacidade do aparelho de sobrevoar uma área por horas e transmitir alertas em vídeo sobre as atividades dos insurgentes vem sendo crucial para reduzir a ameaça de bombas instaladas à beira das estradas e para a identificação de instalações terroristas. A CIA cuida dos vôos de aparelhos não tripulados no Paquistão, onde mais de três dúzias de ataques com mísseis contra líderes da Al-Qaeda e do Talibã foram lançados nos últimos meses.

Considerados como novidade ainda alguns anos atrás, a frota da força aérea cresceu para 195 Predators e 28 Reapers, uma versão mais nova e mais pesadamente armada do precursor. Os dois aparelhos são produzidos pela General Atomics, uma empresa de San Diego.

Incluindo os modelos usados pelo Exército para detectar explosivos instalados à beira de estradas e pequenos modelos portáteis que podem ajudar soldados a observar o que existe atrás da próxima colina ou edifício, o número total de aviões sem piloto operado pelas forças armadas cresceu de 167 em 2001 a 5,5 mil agora.

Cada unidade do Predator tem um custo de US$ 4,5 milhões

A necessidade urgente de mais aparelhos resultou no abandono de alguns dos procedimentos usuais. Parte dos 70 Predators que caíram, por exemplo, sofreram acidente como resultado da decisão de colocá-los em operação antes que concluíssem seus testes, e de adiar a substituição das estações de controle para não estancar o fluxo de informações.

"O contexto era fazer o absoluto mínimo necessário a sustentar a luta agora, e aceitar os riscos, consertando os problemas ao longo do caminho", disse Matthewson.

As queixas sobre baixas civis, especialmente nos ataques no Paquistão, causaram algumas preocupações aos defensores dos direitos humanos. Representantes das forças armadas dizem que a capacidade dos aparelhos para observar um alvo por longos períodos torna os ataques mais precisos, e que os disparos são cancelados caso os operadores acreditem que há civis por perto.

Aeronaves têm 8 m de comprimento e são acionadas por motores de snowmobile

Predators e Reapers hoje realizam 34 vôos de vigilância no Iraque e no Afeganistão a cada dia, ante 12 em 2006. Também transmitem 16 horas de vídeo ao mês, parte deles diretamente a tropas no local.

Fonte: The New York Times via Terra - Tradução: Paulo Migliacci

Piloto herói fecha acordo para contar sua história em livro

Chesley "Sully" Sullenberger, que fez um pouso de emergência de um jato da US Airways no rio Hudson, em Nova York, em janeiro, escreverá um livro sobre sua vida, mas não deixará de voar.

A editora William Morrow informou que o piloto deve trabalhar com um escritor para produzir dois livros.

O primeiro, cujo lançamento está marcado para o final deste ano, será uma autobiografia. Abordará sua infância, a época em que prestou serviço militar e os eventos que o tornaram herói. O segundo livro ainda não possui nome.

Todas as 155 pessoas a bordo da aeronave sobreviveram ao pouso de emergência do Airbus A320. O avião foi atingido por pássaros que se chocaram contra os motores do avião. O incidente fez as turbinas pararem de funcionar instantes depois que o jato decolou do aeroporto LaGuardia, em Nova York, em janeiro.

A calma do ex-piloto da Força Aérea dos Estados Unidos diante de uma situação de pressão o tornou herói durante tempos de crise econômica.

"Sully acredita que sua experiência de vida antes do pouso de emergência foi uma preparação para esse sucesso; e os maiores desafios da vida podem ser superados se você estiver preparado para eles", informou a William Morrow, em um comunicado.

Um porta-voz da família de Sullenberger, Alex Clemens, afirmou no comunicado que o piloto pode voltar para seu posto na US Airways em junho ou julho.

"Enquanto ele concorda em escrever um livro sobre sua vida e os eventos dramáticos de 15 de janeiro de 2009, ele está ansioso para retornar à sua profissão e à família de 34 mil funcionário da US Airways num futuro próximo", disse Clemens.

William Morrow é uma marca da HarperCollins, que faz parte do conglomerado de mídia News Corp, de Rupert Murdoch.

Fonte: Reuters via Abril.com

Avião supostamente com armas e drogas cai na Bolívia; não há feridos

Um pequeno avião Cessna 206, prefixo ZP-TVX, que, segundo fontes, seria paraguaio e supostamente transportava armas e drogas, caiu hoje em uma comunidade no município de Okinawa, ao leste da Bolívia, sem que tenham sido reportadas vítimas, informou a imprensa local.

Testemunhas do acidente afirmam que o pequeno avião caiu por volta das 14h30 (15h30 de Brasília) em uma comunidade religiosa conservadora menonita de origem canadense no departamento de Santa Cruz, leste.

A Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) foi ao local após o acidente e encontrou armas, fuzis e pistolas, que eram transportados no pequeno avião, e duas bolsas supostamente com cocaína.

Fontes da corporação disseram à Agência Efe que o pequeno avião é estrangeiro, mas não informaram o país de origem, e confirmaram que, no interior, foram encontrados uma pistola e um fuzil.

Também explicaram que na aeronave viajavam o piloto e outra pessoa que aparentemente foram retirados pelos moradores da região.

Segundo as testemunhas citadas pela imprensa, duas pessoas de nacionalidade paraguaia foram transferidas a um hospital do centro do município de Okinawa.

Fontes: EFE via G1 / El Deber (Bolívia)

Avião faz pouso de emergência após bater com cauda na pista

O Airbus A340-541, prefixo A6-ERG, da companhia Emirates com cerca de 225 pessoas à bordo precisou fazer um pouso de emergência na noite de sexta-feira (20) quando a cauda da aeronave bateu na pista durante a decolagem.

O vôo EK407, que seguia para Dubai, sobrevoou por 45 minutos o aeroporto de Melbourne, na Austrália, para se desfazer de combustível, e pousou sem deixar nenhum ferido.

O acidente fez com que fumaça entrasse na cabine do A340 e teria também destruído algumas lâmpadas na pista de pouso.

Um passageiro disse ao canal Australian Broadcast Corp que o acidente foi "assustador".

"Eu detestaria passar por isso novamente", disse Catherine Edmunds.

A empresa aérea Emirates, de Dubai, disse em um comunicado que irá realizar uma investigação sobre as causas do acidente.

Um porta-voz do aeroporto de Melbourne afirmou à agência AFP que o avião "decolou muito inclinado, a cauda tocou o fim da pista de decolagem e (a aeronave) subiu, se estabilizou e voltou".

O porta-voz da autoridade de segurança de transportes australiana, Ian Brokenshire, afirmou que vários fatores podem fazer com que a cauda toque na pista, incluindo condições climáticas e problemas no carregamento do avião.

Os passageiros e a tripulação foram acomodados em hotéis e viajarão nos próximos vôos disponíveis.

Fontes: BBC Brasil / ASN

Anac apura se aterro sanitário prejudica voos na Pampulha

Local destinado ao lixo atrai pássaros que podem colidir com aeronaves

Denúncia. Informação é que aterro não estaria respeitando o raio de 20 km de distância em relação ao aeroporto da Pampulha

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) investiga se a Central de Tratamento de Resíduos Macaúbas, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi construída dentro da Área de Segurança Aeroportuária (ASA) da Pampulha, na capital.

O questionamento foi motivado por uma denúncia recebida pela Anac em fevereiro. Segundo a informação, a área do aterro não respeitaria o raio de 20 km de distância do aeroporto da Pampulha, o que estaria comprometendo a segurança das atividades aéreas. O aterro é considerado um foco de atração de pássaros e a colisão desses animais com as aeronaves pode provocar acidentes.

O aterro sanitário em Sabará opera desde 2005 sob a administração da empresa Vital Engenharia Ambiental e é responsável pelo tratamento do lixo da capital desde o final de 2007. Conforme a assessoria de imprensa da Anac, um ofício será encaminhado à prefeitura da capital solicitando a medição exata entre a central e o aeroporto. Ainda conforme a agência, caso a área de tratamento de resíduos esteja dentro do trecho de segurança do aeroporto, a prefeitura e os órgãos de aviação serão acionados. Se comprovada a irregularidade, as atividades do aeroporto podem ser restringidas.

Exigência

A distância de segurança de 20 km foi estabelecida pela resolução 04/95 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para aeroportos que operam com aparelhos. Para os demais, a distância permitida é de 13 km. Outras áreas como culturas agrícolas, matadouros e curtumes também são considerados pontos de riscos à navegação aérea.

Das 3.800 colisões entre pássaros e aeronaves registradas entre 1998 e 2008, cerca de 800 ocorreram com urubus, animais comuns em aterros. De acordo com o procurador geral da Prefeitura de Belo Horizonte, Marco Antônio Rezende, a medição pode ser checada caso a Anac faça a solicitação. No entanto, ele ressalta que a contratação do aterro foi feita mediante apresentação do licenciamento ambiental e da licença de operação, que, na época, estavam em conformidade. "A licitação exigiu o licenciamento completo. "Acho pouco provável haver alguma irregularidade", disse.

Licença

A permissão para operar em Sabará foi concedida à empresa Vital Engenharia Ambiental pelo Conselho de Política Ambiental (Copam), que é órgão responsável pela concessão dos licenciamentos ambientais no Estado. De acordo com a assessoria de imprensa do Sistema Estadual do Meio Ambiente, ao qual o Copam está ligado, o processo de licenciamento foi acompanhado pelo Ministério Público e aprovado pelo Copam. Em relação ao aeroporto, a assessoria afirmou que vai consultar a documentação e checar se há algum tipo de irregularidade.

Contrato

Custo. O contrato para tratamento do lixo da capital (3,2 t por dia) foi assinado em 2008 e tem validade de 25 anos. O custo médio do tratamento dos resíduos de BH é de R$ 3,1 milhões ao mês.

Entenda a história do lixo em BH

Aterro público

O aterro sanitário da capital, localizado no KM 531 da BR-040, próximo ao bairro Califórnia, foi inaugurado em fevereiro de 1975 e operou até dezembro de 2007 depois de ter sua capacidade de armazenamento esgotada.

Aluguel

A solução encontrada a curto prazo pela prefeitura para destinar o lixo da cidade foi a contratação do serviço feito por uma empresa privada, a Vital Engenharia Ambiental, em Sabará, por meio de um contrato de emergência.

Licitação

O contrato foi renovado duas vezes enquanto a prefeitura dava continuidade ao processo licitatório para contratação de uma empresa para realizar as atividades.

Contrato

A empresa Vital venceu a concorrência. O contrato foi assinado em novembro de 2008.

Esmeraldas

A construção de um aterro público faz parte do plano de governo do atual prefeito, Marcio Lacerda. Uma das áreas em estudo está no município de Esmeraldas.

Acidentes no território brasileiro

3.800 colisões ocorreram entre aviões e pássaros últimos dez anos.

434 colisões de aeronaves brasileiras com pássaros ocorreram em 2008.

Empresa diz que obra é regular

A Vital Engenharia Ambiental S.A. nega que existam irregularidades na construção do aterro sanitário em Sabará. Por meio de nota, a empresa informou que durante o processo de licenciamento, submeteu-se a todas as exigências dos órgãos ambientais e da Aeronáutica para a obtenção da licença de instalação.

Conforme a Vital Engenharia, a implantação do centro de tratamento de resíduos foi feita de acordo com altos padrões de qualidade e de respeito ao meio ambiente. Logo, a localização do aterro não representa risco às atividades do serviço aeronáutico.

Fonte: Valquiria Lopes (O Tempo) - Foto: Rodrigo Clemente

Aeroporto de Aracati está com obras em ritmo acelerado

As obras do Aeroporto de Aracati, orçadas em R$ 20 milhões, são feitas por consórcio de empresas

Os 2.230 metros de pista do Aeroporto de Aracati já estão completamente pavimentados. São 1.800m para pousos e decolagens

Apesar das chuvas que caem no Ceará, e da crise mundial, as grandes obras não podem parar. E os trabalhos de construção do Aeroporto de Aracati, no Vale do Jaguaribe, custeados em R$ 20 milhões, estão em ritmo acelerado. A nova pista de pousos e decolagens, de 1.800 metros, já está em fase de acabamento. Atualmente é construído o pátio das aeronaves e, em seguida, o terminal de passageiros. O local, que terá capacidade para receber aviões de grande porte, será entregue ainda neste ano. Mas o prazo estimado, próximo mês de julho, pode ser prorrogado, a pedido da empresa de engenharia que, para fazer o restante da obra, ainda aguarda aditivo financeiro, a ser repassado nas próximas semanas.

O aeroporto atrairá empresas e empreendimentos turísticos para os Estados do Ceará e o Rio Grande do Norte. O governador Cid Gomes defende que Aracati se posicione como a “segunda capital do Ceará”, devido à grande atração para o turismo internacional.

Os 2.230 metros de pista (1.800m para pousos e decolagens, 30 metros de largura e outros 400 metros para área de escape), já estão completamente pavimentados com asfalto, faltando a sinalização horizontal, que constitui de sinalização na pista e iluminação noturna. A obra, que já empregou 140 pessoas, é feita por um consórcio de construtoras. A maior parte dos recursos, totalizados no valor de R$ 20 milhões, vem do Ministério do Turismo, com contrapartida do Governo do Estado do Ceará.

A Top Engenharia — que também reformou o Aeroporto de Juazeiro do Norte — é responsável pela construção da pista (orçada em R$ 11,6 milhões), dos acessos gerais ao aeroporto e construção do pátio de taxiamento das aeronaves, atualmente em construção. Conforme Edvaldo Caires, engenheiro responsável por essa etapa da obra, deverá pedir um prolongamento do prazo, tendo em vista a espera por um aditivo financeiro para o término do pátio das aeronaves. Em seguida, será construído o terminal de passageiros (ao custo médio de R$ 5 milhões) e o terminal de combate a incêndios.

A Taff Linhas Aéreas construirá dois hangares com oficina de manutenção de aviões, com centro de treinamento de técnicos e engenheiros, conforme Ariston Filho, diretor executivo da Taff, para quem o aeroporto atrairá público europeu como alternativa ao México e ao Caribe. Além disso, é meta do Ministério do Turismo a interiorização do turismo, com o desenvolvimento de 65 destinos no País, dentre os quais, o litoral cearense.

A nova pista terá vida útil de 20 anos e capacidade para movimentar até 1.200 vôos por ano, desde pequenas aeronaves a Boeings do tipo 737. O pátio das aeronaves terá 152 metros de comprimento para 90m de largura. A expectativa é de que o Aeroporto de Aracati incremente o desenvolvimento tanto do Ceará como do Rio Grande do Norte – Aracati fica distante 100km de Mossoró (RN), portanto bem mais próximo do Aeroporto de Natal, capital daquele Estado.

Acessos reformados

Mesmo que não esteja totalmente concluído, mas com o mínimo de operacionalidade, o Aeroporto de Aracati será reinaugurado no segundo semestre deste ano. Está previsto o pouso de um avião da TAM, com turistas de São Paulo, para os hotéis e pousadas de praias como a internacional Canoa Quebrada.

Como uma reação em cadeia da construção do aeroporto, os acessos pela BR-304 estão sendo reformados, bem como a ponte sobre o Rio Jaguaribe. O aeroporto, distante 140km de Fortaleza, começa a operar com vôos charters e dinamizará o turismo nas cidades de Aracati, Fortim, Icapuí e também Beberibe.

Fonte: Melquíades Júnior (Diário do Nordeste)

Pista principal do aeroporto de Salvador será interditada

O Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, terá o número de voos reduzido temporariamente ainda este ano.

Acontece que está em andamento o recapeamento asfáltico da pista principal, de 3 km, que será interditada, ainda sem data definida, fazendo com que os pousos e decolagens ocorram na pista auxiliar, que possui 1,5 km e não comporta aviões de grande porte.

Fonte: A Tarde