quarta-feira, 6 de maio de 2009

Infraero reforça grupo de espionagem

Há algo a mais no ar além de aviões de carreira e dos cargos tomados do PMDB na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O plano do presidente da estatal, brigadeiro Cleonilson Nicácio Silva, moraliza e profissionaliza o órgão, mas amplia a militarização do setor e consolida uma ousada máquina de espionagem que vem sendo azeitada nos últimos três anos e se destacou com mudanças radicais que, em abril, pegaram de surpresa os políticos da base aliada do presidente Lula e seus apadrinhados.

A nova ordem dentro da Infraero vem sendo dada por um órgão de nome pomposo, a Superintendência de Inteligência Empresarial, ocupada por oficiais e profissionais de inteligência, cuja atuação norteou a reforma administrativa que resultou na redução dos contratos especiais preenchidos por indicação política. No início de abril deste ano, a limpeza promovida pelo brigadeiro Nicácio Silva resultou na eliminação de 97 postos entregues a políticos num nicho conhecido por contratos especiais – caiu de 109 para 12 – e na substituição de mais de 90% dos demais cargos de confiança na chefia das 96 superintendências espalhadas pelo país – 25 delas na sede da empresa em Brasília, quatro regionais (São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Recife) e 67 em aeroportos administrados pela Infraero nos Estados.

Aplaudidas pelos funcionários e bombardeado pelos políticos do governo, as mudanças foram pautadas pelo pente-fino dos agentes de inteligência – funções que maldosamente se habituou a tratar por arapongas –, que ganharam relevo na gestão do brigadeiro. Ele transformou em superintendência ligada diretamente a seu gabinete uma estrutura pelos antecessores como órgão de assessoramento.

O grupo é formado por oito profissionais, cinco deles dos quadros da Infraero e outros três contratados – originário da Força Aérea Brasileira (FAB) –, chefiados pelo coronel Hélcio Medeiros Ribeiro, oficial com experiência nas áreas de espionagem e contra espionagem e conhecido membro da “comunidade”, há dez anos lotado na Superintendência de Segurança Aeroportuária. No início deste ano, a Infraero juntou-se aos mais de 30 estatais federais que integram o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), cujo órgão central vem a ser a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Susto

É um salto necessário à atividade de inteligência numa área suscetível a ocorrências que vão do tráfico de drogas e corrupção ao terrorismo, mas um susto numa classe política que ainda vive a paranóia do período militar, onde a espionagem política era uma prática tão rotineira quanto o movimento nos saguões dos aeroportos. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, afirma que o reforço da estrutura de inteligência ilustra o fracasso do plano de desmilitarização da aviação civil, iniciado com a criação do Ministério da Defesa, em 1999.

– Os militares controlam o tráfego, a inteligência e todos os órgãos ligados à prevenção, administração e regulação do setor – diz Graziella. Ela acha que a militarização do setor, reforçada depois do apagão aéreo de 2007, é uma contradição do governo petista e um retrocesso no processo de desmilitarização do setor aéreo, para o qual o ministro Nelson Jobim, da Defesa, fechou os olhos para não se indispor com a tropa. Graziella acha que a presença do Nicácio Silva quebra o ritmo civil na administração da empresa, mas reconhece que a atuação do brigadeiro encontra ressonância entre os funcionários que, como ele, são nacionalistas (contra a privatização) e torcem o nariz para as ingerências políticas que resultaram em denúncias de corrupção e no cabide de empregos agora detonado.

– Ele aproveitou a onda pela ética e moralização. O poder militar na aviação civil aumentou porque representa uma carreira, reserva de mercado e controle ideológico – diz a presidente do Sindicato dos Aeronautas. Segundo ela, todos na aviação sabem que a Inteligência Empresarial espiona e foi o responsável pela produção de dossiês que, se de um lado escancarou supostos esquemas de corrupção, de outro afastou dos cargos de direção da empresa as indicações políticas. – O Carlos Wilson foi vítima e se queixava de não poder combater o grande poder militar dentro da Infraero.

Favorável à faxina que vem sendo feita na Infraero, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, diz que tem notícias do reforço da inteligência desde o motim dos controladores de vôo, em 2007. – A gente ouve comentários (apontando) que a Inteligência Empresarial é o pessoal da escuta – diz Lemos.

Fonte: Vasconcelo Quadros (Jornal do Brasil)

Passaredo incorpora novo jato e espera mais quatro

A Passaredo Linhas Aéreas passa a operar a partir da segunda quinzena deste mês com o primeiro jato dos cinco programados para receber ainda este ano. O jato, modelo ERJ 145 da Embraer (foto abaixo), vai operar em rotas já atendidas pela empresa.

O jato transporta até 50 pessoas e tem como principais características o alto desempenho e os baixos custos de operação, por isto é tão indicado para a aviação regional. Ate o final de agosto, mais quatro jatos entram em operação, o que vai fazer a Passaredo mais que dobrar o número de passageiros atendidos em relação a 2008.

Com esta política de investimento, a empresa, que opera em 13 destinos, espera triplicar o faturamento com relação ao ano de 2008.

Fonte: Felipe Niemeyer (Panrotas)

Pilotos da SATA recusam voar ao mesmo tempo com dois novos aviões

Aeronaves compradas à Bombardier

Os pilotos da SATA Air Açores entregaram ao Sindicato Nacional de Pilotos da Aviação Civil (SNPAC) uma carta onde se recusam a voar em simultâneo com os dois novos modelos da Bombardier (Dash 200 e Dash 400) adquiridos pela empresa.

Na carta, subscrita por mais de três dezenas de pilotos da companhia aérea açoriana, são alegadas razões de segurança para a recusa em operar em simultâneo com os dois aparelhos, segundo revelou à Lusa uma fonte do SNPAC.

Os pilotos entendem que devem voar com um ou com outro modelo, mas não com os dois.

A decisão dos pilotos da SATA foi tomada numa reunião realizada em Ponta Delgada, na sequência do pedido de demissão do oficial de segurança de voo da transportadora, que colocou o seu cargo à disposição da empresa, alegadamente, pelos mesmos motivos.

A Lusa contactou com o comandante Pedro Moura, oficial de segurança demissionário, mas o piloto recusou-se a prestar esclarecimentos sobre esta matéria.

Uma fonte da companhia garantiu, no entanto, que, na carta enviada ao Conselho de Administração da SATA, Pedro Moura alega dois motivos principais para o pedido de demissão: não ter sido ouvido quanto à escolha dos novos aviões e discordar da atribuição do mesmo 'type-ratting', ou seja, o mesmo tipo de classificação, aos dois modelos.

Arnaldo Dias, técnico do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC), disse à Lusa que os dois novos aparelhos adquiridos pela SATA "têm o mesmo 'type-ratting'", salientando que os pilotos têm apenas que receber formação específica para poderem operar indiferentemente com os dois modelos da Bombardier.

A opção da SATA pelos aparelhos Dash DHC-8 200 e 400 para a renovação da frota nas operações entre as ilhas do arquipélago teve em conta o facto dos dois modelos terem especificações muito semelhantes, embora sejam diferentes em termos de tamanho.

Segundo Nathalie Blétière, do Gabinete de Comunicação e Imagem do Grupo Sata, uma das grandes vantagens dos aparelhos é terem o mesmo 'type-ratting, o que "possibilita a versatilidade das tripulações de cockpit".

A administração da companhia área minimizou uma eventual polémica com os pilotos, garantindo que a chegada da nova frota "é aguardada com expectativa e entusiasmo".

A SATA considera que teve em conta todas as "opiniões e pareceres" emitidos pelos técnicos da empresa aquando da escolha dos novos aviões, em especial pelos pilotos, que segundo a companhia, foram a classe que "melhor acolheu" a decisão da compra dos modelos Dash 200 e Dash 400.

Nathalie Blétière lembrou ainda que este sector da actividade é "altamente regulado e exigente em matéria de segurança e extremamente complexo e minucioso em matéria de procedimentos".

A SATA confirmou o pedido de demissão do oficial de segurança de voo da transportadora, mas garantiu que as razões invocadas pelo piloto são apenas de "carácter pessoal".

Os novos aviões da SATA Air Açores, que se destinam a substituir os actuais ATP e Dornier, só devem entrar ao serviço a partir de Junho, depois de concluída a formação que os pilotos estão a receber na sede da Bombardier, no Canadá.

Fonte: Agência Lusa via DN Economia (Portugal)

TAP reforça presença em voos para o Brasil

Companhia portuguesa amplia estratégias para conquistar mercado deixado por empresas aéreas nacionais

O encolhimento da Varig em voos para a Europa até ocorrer a reação da TAM nesse segmento abriram espaço para empresas aéreas estrangeiras aproveitarem um naco do mercado internacional a partir do Brasil. Uma dessas oportunidades foi ocupada pela TAP, que ampliou as operações e viu multiplicar os passageiros transportados.

Com 67 frequências semanais transportando cerca de 15 mil passageiros entre Portugal e Brasil, a companhia não se limita a voar para Rio ou São Paulo, operando em capitais do Nordeste, Belo Horizonte e Brasília, num total de oito destinos.

– O crescimento se deu pela criação de um novo mercado – afirma Luiz da Gama Mór, vice-presidente da TAP Portugal. – O nosso foco sempre foi a criação de tráfego novo, abrir rotas não exploradas.

As linhas para o Nordeste, por exemplo, são voltadas para trazer europeus em busca das praias brasileiras.

– Promovemos muito o Brasil, conquistando turistas que antes iam para outros destinos no mundo – acrescenta.

No ano passado, o maior crescimento entre as regiões operadas pela TAP ocorreu no Brasil, com elevação de 20%, consolidando-se como o segundo mercado para a companhia, somente atrás de países europeus.

A turbulência global que atingiu diretamente o setor de aviação também prejudicou as operações da TAP para o Brasil. Entre janeiro e abril, a ocupação dos voos ficou entre 64% e 65% nas rotas para o Nordeste e em 68% para o centro do país – resultado, em média, dois pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2008.

Quando voltar a estabilização do setor, a empresa pretende estudar voos para mais cidades, como Belém, Manaus e Curitiba. Apesar do pedido de entidades porto-alegrenses para a companhia fazer uma ligação de Lisboa para a capital gaúcha, Mór afirma que há um complicador técnico. Porto Alegre fica numa extremidade do país e não atrairia passageiros de outros destinos. No caso de um voo de Curitiba, gaúchos e catarinenses poderiam ir até o Paraná para seguir viagem.

Capitais brasileiras apresentadas em reportagens de capa da revista de bordo desde março confirmam a importância do mercado nacional para a companhia portuguesa. Mas não ficam por aí as estratégias para atrair brasileiros. A empresa também realiza pesquisas com a finalidade de verificar as preferências do passageiro em relação à alimentação, filmes e música.

A recente medida da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de liberar a concessão de descontos nas passagens internacionais deve ser utilizada pela companhia quando houver necessidade de mercado. Conforme Mór, o Brasil é o único país operado pela TAP no qual há controle tarifário. De forma progressiva, a decisão da Anac não limitará mais o percentual de desconto nas passagens internacionais a partir de abril de 2010.

Além-mar

DESTINOS DA TAP NO MERCADO NACIONAL


> Fortaleza
> Natal
> Recife
> Salvador
> Brasília
> Belo Horizonte
> Rio de Janeiro
> São Paulo

AVIÕES UTILIZADOS NO BRASIL

Airbus 330
Capacidade 263 passageiros

Airbus 340
Capacidade 280 passageiros

Fonte: Zero Hora

EUA: Jovem sueco acusado de ter pirateado a Nasa

Um jovem sueco de 21 anos foi acusado terça-feira de ter pirateado o sistema informático da Nasa e da empresa de telecomunicações norte-americana Cisco, indicou o ministério da Justiça.

Philip Gabriel Pettersson, conhecido também sob o nome "Stakkato", foi acusado de intrusão (num sistema informático) e de desvio de segredos comerciais, precisou o ministério americano num comunicado.

O homem é acusado de ter penetrado em Maio de 2004 no sistema informático da Cisco, uma empresa com sede em São José, Califórnia, e de ter roubado um código operacional.

Fonte: Expresso (Portugal)

Justiça exclui sócios brasileiros da VarigLog

Audi e Haftel perdem direito de apelar e são eliminados definitivamente da sociedade por falta de pagamento de custas processuais

A Justiça de São Paulo confirmou a exclusão definitiva dos brasileiros Marco Antonio Audi e Marcos Haftel da sociedade Volo do Brasil, holding que controla a VarigLog. O juiz Carlos Dias Motta, da 17ª Vara Cível de São Paulo, em sentença publicada em 30 de abril, entendeu que os réus perderam o direito de apelar da decisão por não terem pago corretamente as custas do processo previstas em lei.

Em novembro do ano passado, o juiz já havia decidido pela exclusão por considerar que os dois executivos praticaram "gestão temerária" na condução dos negócios da VarigLog, com suspeita de desvio de recursos da companhia. Na época, outro acionista brasileiro, Luiz Eduardo Gallo, optou por reconhecer a prática de irregularidades na gestão da empresa e conseguiu encerrar o processo. Para isso, Gallo fechou um acordo com o acionista estrangeiro da Volo, o fundo americano Matlin Patterson.

Pela decisão do juiz Dias Motta, além de perder o direito a recorrer, Audi e Haftel são obrigados a pagar custas e honorários dos advogados da Volo, de R$ 4 milhões, cifra que representa 10% do valor estabelecido para a causa. Os sócios brasileiros já estão afastados da companhia desde abril de 2008.

O advogado de Audi e Haftel, Marcello Panella, alega que a decisão ainda cabe recursos. Isto porque, segundo ele, não houve erro no pagamento das custas do processo. "Estou tranquilo. Ainda não fomos intimados pela Justiça, mas vamos recorrer. O que fizemos foi obedecer a legislação vigente no Brasil, que determina um teto de cerca de R$ 40 mil para o pagamento em São Paulo", explicou.

Segundo Panella, existe apenas um pedido de apelação. Por isso, não haveria motivo para a Justiça estabelecer o pagamento de três guias nesse caso, o que somaria mais de R$ 80 mil.

DENÚNCIA

Em junho do ano passado, a ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, revelou, em entrevista ao Estado, que a compra da Varig pela VarigLog só foi concretizada devido ao relacionamento do advogado Roberto Teixeira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Abreu revelou que a Casa Civil pressionou a Anac para aprovar a compra da VarigLog pela Volo do Brasil (Audi, Haftel,Gallo ), em sociedade com o fundo americano Matlin Patterson. Da forma como foi constituída, a sociedade contrariava a limitação de 20% de capital estrangeiro no setor aéreo, prevista no Código Brasileiro de Aeronáutica.

No mesmo dia da publicação da entrevista de Denise,Audi, que já estava brigado com o fundo americano, declarou ao Estado que a influência de Roberto Teixeira, que havia sido contratado por ele com o objetivo de ver aprovada a compra da VarigLog e, posteriormente, da Varig, foi "decisiva" para o sucesso da operação.

Fonte: Mônica Ciarelli (Estadão.com.br)

Infraero demite afilhados de aliados de Lula e limitará a 12 os cargos comissionados

Na contramão do Congresso e de outros órgãos do governo federal, a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, decidiu tentar pôr fim à partidarização de cargos políticos em seus quadros. O movimento de moralização da empresa, que tem como próximo desafio a privatização de alguns aeroportos, provocou a ira do maior aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PMDB, revoltado com o corte dos apadrinhados. nesta segunda mesmo, os principais líderes do partido conseguiram ser recebidos por Lula no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) para reclamar.

Com carta branca do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que é do PMDB, o presidente da estatal, brigadeiro Cleonilson Nicácio, conseguiu blindar a diretoria da empresa num novo estatuto, livrando-a de indicações políticas, e restringiu a 12 o número de contratos especiais - ainda hoje são 109 os funcionários com contratos especiais, os cargos comissionados, ou cargos por indicação de políticos e de partidos. Pelo novo estatuto, há agora a obrigatoriedade para que a indicação de quatro das cinco vagas da diretoria (administração, operações, finanças, comercial e engenharia) sejam preenchidas por nomes do quadro da Infraero. Atualmente, todos os diretores se enquadram nessa exigência.

Desse universo, 28 já foram demitidos nos últimos dias, o que provocou a reação irada dos políticos aliados que fizeram grande parte das indicações, como publicou sexta-feira passada a coluna Panorama Político do Globo. O salário desse grupo de servidores varia de R$ 3.598 a R$ 13.870. Dos 12 cargos comissionados que vão restar, o presidente tem direito a indicar sete e os outros cinco diretores, um cada. Segundo a Infraero, o fim dos contratos especiais vai gerar uma economia de R$ 19,5 milhões ao ano.

Apesar da insatisfação do PMDB com os cortes, interlocutores do ministro da Defesa dizem que ele está disposto a contrariar interesses do próprio partido para evitar o aparelhamento da Infraero e também da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O objetivo, disse uma fonte, é enxugar e reestruturar a empresa, diante da proposta de repassar alguns aeroportos à iniciativa privada. O assunto é conduzido pelo BNDES.

- Isso (enxugamento) será feito independentemente de a Infraero ter o capital aberto ou não - contou uma fonte.

O apetite dos partidos pelos cargos na Infraero é justificado pela alta visibilidade da empresa, que toca grandes e milionárias obras em todo o país. A estatal administra os 67 aeroportos mais movimentados e tem orçamento de R$ 1,454 bilhão para este ano. Em 2008, registrou lucro líquido de R$ 154 milhões.

Mudança começou com caos aéreo

Nos primeiros anos do governo Lula, o número de servidores comissionados chegou a 240, na gestão do falecido deputado petista Carlos Wilson. A situação começou a mudar com as ações patrocinadas pelo governo para enfrentar a crise aérea em agosto de 2007. Entre elas, a indicação de Jobim para dar uma nova ordem de comando aos órgãos do setor e a substituição do brigadeiro José Carlos Pereira por Sérgio Gaudenzi na presidência da estatal.

Gaudenzi ameaçou demitir os funcionários comissionados, mas o seu perfil político - foi deputado federal pelo PSB da Bahia - o impediu de enfrentar pressões e enxugar a empresa. Caiu desgastado em dezembro de 2008, depois de um ano e meio à frente da estatal, por ter se oposto publicamente à posição defendida pelo ministro de privatizar aeroportos.

Ficou no seu lugar o então diretor de operações da Infraero, brigadeiro Nicácio. Sem ligações partidárias e alinhado com Nelson Jobim, ele fez intensa mobilização entre os funcionários, segundo as necessidades das unidades em todo o país, enfrentando, inclusive, resistência do sindicato da categoria. Tudo sem alarde. Em 16 de abril, conseguiu aprovar o novo estatuto e deu início aos cortes.

Semana passada, foram demitidos o irmão e a cunhada do líder Romero Jucá (PMDB-RR), Oscar Jucá e Taciana Canavarro, que prestam serviços de consultoria na Superintendência de Pernambuco. Outros nomes da lista são Mônica Azambuja, ex-mulher do líder do partido, Henrique Alves (RN), lotada em Brasília; Eurico Loyo, indicado por Carlos Wilson, que trabalhava em Pernambuco; Pedro Azambuja, ligado ao Sindicato dos Aeronautas e ao PT, que prestava consultoria à empresa no Rio; e Edgar Brandão, da Superintendência de São Paulo, indicado pelo ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia.

O presidente da Associação Nacional de Empregados da Infraero (Anei), Carlos Guapindaia, disse que a entidade apoiou a mudança no estatuto e as consequentes modificações, como o fim dos quadros comissionados.

- Os políticos sabem gritar para proteger seus afilhados, mas não servem para defender os interesses da empresa - afirmou ele.

O presidente da Infraero não quis falar sobre a reação dos políticos. Ele fica no cargo até agosto. Como tem interesse na carreira militar, retorna à Força Aérea Brasileira (FAB) a fim de não ter de se desligar das fileiras de forma compulsória.

Fonte: Geralda Doca, Gerson Camarotti e Chico de Gois (O Globo)

Reajuste das passagens chega a 72% nos trechos regionais em MT

No balcão, empresas informam que alta é reflexo do novo preço nacional do querosene

A alta de 6,2% nos preços do Querosene da Aviação (QAV) refletiu diretamente nos preços das passagens dos vôos regionais. As altas mais expressivas atingiram os voos para Sinop e Alta Floresta, que chegaram a 38,46% e 72,19%, respectivamente. Para Rondonópolis, Juara, Juína e Aripuanã, os reajustes não passaram de 7%.

No aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, funcionários das empresas não souberam explicar os motivos da alta, mas deram a entender que ela foi motivada pelo reajuste nos preços do combustível, autorizado pela Petrobras, em vigor desde o último dia 1º.

Com a alta, o preço da tarifa para Alta Floresta (808 quilômetros ao norte de Cuiabá) saltou de R$ 374 para R$ 644, aumento de 72,19% decretado pela Trip Linhas Aéreas. Para Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá), a alta foi de 38,46%, com os preços passando de R$ 364 para R$ 504. Para Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) o reajuste foi de apenas 4%, avançando de R$ 225 para R$ 234.

Os menores índices de reajuste foram aplicados pela Cruiser Linhas Aéreas, que opera a rota Juara, Juína e Aripuanã. Para Juara (709 quilômetros ao norte) o preço foi mantido em R$ 512. Para Juína (735 quilômetros ao noroeste), o valor da passagem passou de R$ 562 para R$ 567 e, para Aripuanã (1.002 quilômetros ao noroeste), a tarifa saltou de R$ 562 para R$ 602, alta de 7,11%.

No mês passado, mesmo antes da alta repassada pelas companhias, os usuários já reclamavam dos preços das passagens. “Viajo seis vezes por mês para o Nortão e percebo que os preços estão elevados para a nossa região. Se a tarifa não melhorar, serei obrigado a fazer apenas uma viagem”, disse o empresário Amâncio Batista.

Paulo Scolatti, com negócios em Sinop, também avalia que será difícil manter a sua agenda de viagens em um ritmo de cinco deslocamentos mensais. “Com certeza terei que reprogramar, pois os preços das passagens estão elevadas para a nossa realidade”.

Trecho que apresenta a maior elevação é Várzea Grande/Alta Floresta. Bilhete saltou de R$ 374 para R$ 644

COMBUSTÍVEL

Funcionários das empresas aéreas que operam rotas no interior de Mato Grosso apontam os altos preços do QAV como o principal vilão do reajuste das passagens.

Com a alta de 6,2% autorizada pela Petrobras, o litro do combustível, em Cuiabá, passou de R$ 2,35 para R$ 2,49. No interior do Estado, o QAV teve seu preço reajustado de R$ 2,97 para R$ 3,15.

O reajuste, o primeiro desde o ano passado após quatro meses de quedas consecutivas, está em vigor desde o dia 1º deste mês em todo o país. O querosene da aviação acumula nos primeiros quatro meses do ano uma queda de 24%, depois de fechar abril com redução acumulada de 29%.

O QAV iniciou o ano com uma queda de 16,76%. Em fevereiro, havia caído 0,39% e, em março, a retração foi de 10,29%. Em abril, a queda foi de 4,69%. Em 2008, o preço do QAV fechou negativo em 3,7%, o que aconteceu pela primeira vez desde dezembro de 2002, quando o produto chegou a subir 75,6% no resultado acumulado do ano.

Desde então, o produto vem fechando o ano com variações positivas: 3,2% no período dezembro 2002/dezembro 2003, 26,0%, em dezembro 2003/dezembro 2004, 7,6%, em dezembro de 2004/dezembro 2005, novamente 7,6%, em dezembro 2005/dezembro 2006, e 11,7%, em dezembro 2006/dezembro 2007.

O QAV é reajustado mensalmente pela Petrobras de acordo com a variação de uma cesta de produtos derivados do petróleo, assim como o óleo combustível e nafta. Para o diesel e a gasolina, não há qualquer alteração prevista.

SEFAZ

O secretário de Fazenda, Eder Moraes, disse ontem que vai determinar uma averiguação sobre o reajuste, apesar de esclarecer que não há como regular o mercado. Ele lembra que em março, o Estado reduziu em 50% a alíquota sobre o QAV, que passou de 25% para 12,5%. “Além de contribuir com a operacionalização das empresas, incentivar o turismo interno, nosso foco foi reduzir custos aos passageiros. Se há de fato alta como esta é algo inaceitável e o consumidor tem de recusar isso. A Sefaz firmou o protocolo de intenção com as empresas que operam regionalmente e elas para se beneficiar da alíquota, concordaram em reduzir os custos das tarifas. O que não pode, e a Sefaz vai checar, é o aviltamento dos bilhetes e a conseqüente elevação dos lucros. Se isso se mantiver, cabe aqui também, intervenção do Ministério Público”. Questionado sobre a permanência do benefício da alíquota, Moraes informou que “a política será mantida”.

Fonte: Marcondes Maciel (Diário de Cuiabá) - Colaborou Marianna Peres

Continental Airlines celebra 12 anos em Portugal

A Continental Airlines celebra este mês 12 anos de operações em Portugal com uma série de acções . A primeira decorre hoje, com uma visita de agentes de viagens ao Boeing 757 que efectua a rota diária Lisboa-Nova Iorque-Lisboa.

Conhecer melhor a aeronave, bem como os procedimentos da companhia no que respeita a check-in, segurança, e bagagem, é o principal objectivo da visita que decorre hoje no aeroporto. No Boeing 757-200 o destaque vai para a divulgação da classe BusinessFirst, e do sistema de entretenimento pessoal a bordo, com ecrãs tácteis.

Um “Concierge” da Continental Airlines acompanha a visita, apresentará esse mesmo serviço, ”Concierge”, de acompanhamento personalizado aos passageiros BusinessFirst, classe em que é servido um pequeno-almoço aos visitantes de hoje.

A propósito do aniversário da operação em Portugal, Sérgio Pantín, director-geral da Continental para Portugal e Espanha, declara que “É com muito orgulho que a Continental Airlines está há doze anos a voar para Lisboa. Continuamos empenhados em manter e reforçar o compromisso com o mercado Português, para o que contamos com a colaboração de toda a equipa. A nossa aposta continua a ser prestar o melhor serviço possível aos clientes”.

Refira-se que em Julho próximo a Continental, a quinta maior companhia aérea no mundo, celebra 75 anos.

Fonte: Turisver (Portugal)

NASA vai eliminar 900 empregos

As primeiras 160 demissões foram informadas na semana passada e atingiram principalmente profissionais que fabricavam os tanques de combustível das naves e impulsionadores de foguetes sólidos (da sigla em inglês SRBs).

As empreiteiras que prestavam serviços à agência são a Lockheed Martin e a ATK Thiokol.

“Esse foi oprimeiro corte da capacidade de produção”, disse John Shannon, gerente de programa de espaçonaves.

A frota de três ônibus espaciais será utilizada somente em mais oito viagens para terminar de construir e equipar a Estação Espacial Internacional, além de recolher dados obtidos pelos telescópio espacial Hubble.

Vista do Centro Espacial Kennedy: frota de espaçonaves será desativada em 2010

Fonte: Reuters via InfoPlantão - Foto: Reuters

TAM recebe prêmio pela qualidade no financiamento de aeronaves da sua frota

A Tam recebeu uma dupla premiação do Airfinance Journal em reconhecimento à qualidade das operações de financiamento que realizou no ano passado para as aeronaves de sua frota. O prêmio Latin America Deal of the Year 2008 foi concedido à companhia por conta de duas operações negociadas com grupos distintos de instituições financeiras internacionais. Além disso, o fato de a Tam ter assegurado a incorporação de 32 novas aeronaves em 2008 com o suporte de financiamentos estruturados levou o Airfinance Journal a reconhecer a equipe da companhia responsável pelas negociações, liderada pelo diretor de Contratos Internacionais da Tam, José Zaidan Maluf, como a melhor do mundo com a entrega do prêmio Aircraft Finance Team of the Year 2008.

Das duas operações que justificaram o prêmio Latin America Deal of the Year 2008, uma foi estruturada pelo Banco Santander e ING denominada Spanish Operating Lease (SOL), tendo sido concluída em julho de 2008, às vésperas da crise financeira global, para duas aeronaves Airbus.

A segunda operação foi estruturada com a garantia financeira do Export-Import Bank of the United States (Ex-Im Bank), que viabilizou o financiamento de quatro aeronaves Boeing 777- 300ER e teve a participação de quatro instituições financeiras internacionais: Calyon, Natixis, Pefco (Private Export Funding Corporation) e Société Générale.

Os prêmios foram entregues ao vice-presidente de Finanças, Gestão e TI da Tam, Líbano Miranda Barroso, e ao diretor de Contratos Internacionais da companhia, José Zaidan Maluf, em cerimônia realizada em abril no Rainbow Room do Rockefeller Center, em Nova York. A Tam foi homenageada em Londres, em dezembro passado, pela revista britânica Jane's Transport, com o prêmio Aircraft Leasing Deal of the Year, em reconhecimento às condições inovadoras e favoráveis que obteve para financiar as quatro aeronaves B777 por meio de leasing financeiro.

"Recebemos essa dupla premiação como o reconhecimento internacional da sólida situação financeira da Tam e da excelência no relacionamento com clientes e fornecedores desenvolvido pelas nossas equipes, guiadas pela Paixão pela Aviação e pelo Espírito de Servir", afirma Líbano Barroso.

Fonte: Mercado & Eventos

Sala de isolamento da nova gripe será inaugurada no Tom Jobim

Espaço funcionará a partir desta quarta (6) para atender passageiros.

Campanha vai orientar população sobre a nova doença.

Uma sala de isolamento para atender pacientes com sintomas da nova gripe, batizada de Influenza A, será inaugurada nesta quarta-feira (6), no Aeroporto Tom Jobim-Galeão, na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio.

A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, na manhã desta terça-feira (5), em entrevista a rádio CBN.

Segundo o secretário, qualquer passageiro que desembarcar apresentando os sintomas será levado para a sala de isolamento para avaliação clinica.

“A sala deve estar operando a partir de amanhã e já prevê uma capacidade de acolhimento bastante considerável. Qualquer pessoa que se enquadre, relate sintomas que seja compatível com suspeita de gripe A, vai para a sala. E, a partir daí, vão ser tomadas as condutas de transferência para hospitais sentinelas, se for o caso, depois de uma entrevista mais detalhada com a equipe técnica, que vai estar lá. Se não houver necessidade, caso não se enquadrem, serão liberados para casa e manteremos contatos telefônicos diários de monitoramento”, explicou Dohmann.

De acordo com o Ministério da Saúde, no Rio existem três casos suspeitos e outros três que estão sendo monitorados. A Secretaria de Saúde informou ainda que , se confirmado algum caso,a primeira providência será o isolamento para evitar a transmissão da doença. Até o momento nenhum caso foi confirmado.

O secretário Hans Dohmann admitiu que, se a gripe se espalhar, a estrutura hospitalar do Rio não comportará todos os pacientes com a doença, já que nenhum lugar do mundo isso seria possível, durante uma epidemia. Por isso, será desenvolvida uma campanha educativa pública orientando a população de como cuidar de pacientes em casa. A campanha também vai orientar sobre os cuidados básicos para evitar a doença.

“Teremos um limite de acomodação dentro do sistema, por isso que uma das recomendações é orientar as pessoas de como cuidar de seu parente em casa, como, lidar com a pessoa em seu domicilio”, acrescentou o secretário.

Um grupo de trabalho, criado por decreto, envolvendo autoridades de saúde, vai se reunir com responsáveis de outras secretarias e órgãos públicos para definir estratégias para o caso de disseminação da doença, como o fechamento de escolas e espaços públicos.

Fonte: G1 (com informações da CBN) - Foto: Wilson Dias (ABR)

França aumenta combate à gripe com novas medidas em aeroporto

O aeroporto Charles De Gaulle (foto), em Paris, aumentou ontem as medidas de segurança em saúde para os três voos diários que chegam do México, em um processo que contou com participação do secretário de Estado de Transportes francês, Dominique Bussereau.

O primeiro dos aviões da Air France e da Aeroméxico que conectam diariamente ambos os países aterrissou, como vinha ocorrendo há vários dias, em uma região isolada, restrita e vigiada desse aeroporto.

A partir de hoje, um grupo de médicos examina os viajantes quando chegam e perguntam sobre possíveis sintomas da doença, explicou Bussereau, que justificou o novo dispositivo pelo fato de a gripe suína ter alcançado o nível 5 de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, nem todos os passageiros foram atendidos pela equipe médica, como afirmam muitos dos viajantes, entre um grande número de jornalistas e fotógrafos que cercavam o secretário de Estado cumprimentando os recém chegados, como pôde comprovar a Agência Efe.

"Isto é um circo", declarou a espanhola Clara Cauce, que faria conexão depois com um voo para a Espanha e que assegurou à Efe que ninguém tinha perguntado "nada" a ela quando chegou à França.

Entre os passageiros foram ouvidas diferentes opiniões sobre o novo dispositivo, desde os que compreendiam as medidas da saúde em prol da prevenção até os que entendiam que era uma operação de comunicação.

Os 407 viajantes precisaram preencher um formulário antes de embarcar no México e foram desinfectados no avião e vigiados pela tripulação, que tinha ordens de avisar caso alguém mostrasse sintomas da gripe.

Funcionários da Cruz Vermelha distribuíram entre os viajantes cópias com informação do procedimento a ser seguidos para o caso de aparecerem sintomas da gripe nos próximos dias.

Segundo funcionários do aeroporto, os passageiros eram livres para decidir se utilizariam ou não máscaras e luvas.

O Ministério da Saúde francês anunciou ontem dois novos casos confirmados do vírus da gripe suína, com os quais sobe a quatro o total de infectados na França, todos eles correspondentes a pessoas que viajaram ao México.

Fonte: EFE via Último Segundo (IG) - Foto: AFP/Getty Images