quarta-feira, 3 de junho de 2009

Novos destroços de avião desaparecido são encontrados



Na madrugada de terça para quarta-feira, militares da FAB encontraram novos pontos de destroços no oceano. Uma estrutura metálica de cerca de 7 metros, que pode ser parte do avião, foi localizada.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo) via G1

Divulgadas as imagens das buscas


Para ver a galeria de imagens, CLIQUE AQUI.

Tempestade pode ter tirado chance de manobra dos pilotos, dizem especialistas

Para comandantes e meteorologistas, tempestade foi excepcional.

Tenho ‘quase certeza’ que o avião foi destruído por turbulência, diz piloto.





Para comandantes e meteorologistas ouvidos pelo Jornal Nacional, a tempestade enfrentada pelo avião da Air France foi excepcional. Tão violenta que pode ter tirado qualquer chance de manobra dos pilotos.

Uma imagem do tempo pouco antes da decolagem mostra uma pequena nebulosidade no Rio de Janeiro, tempo bom até o Nordeste e na área onde o Airbus sumiu havia chuva, mas nada fora do normal.

“Normalmente, essa área é mais turbulenta por causa das nuvens, inclusive mais profundas, mas é comum todas as aeronaves passam por aí, particularmente no período da noite, e não há muito problema”, afirma Augusto José Pereira Filho, professor de meteorologia da Universidade de São Paulo (USP).

Mapa indica localização das buscas aos destroços do Airbus da Air France - clique na imagem para ampliá-la

Mas, ao chegar de fato ao local, o tempo fechou de vez e rapidamente se formou um paredão, uma sequência de tempestades formadas por cumulus nimbus, as nuvens brancas compostas por gelo e ventos de até 100 km/h.

Uma imagem do satélite Goes mostra que, na rota do voo 447, a formação da tempestade tinha 150 quilômetros de extensão. Em toda essa área, o satélite detectou áreas de forte turbulência vertical. São as partes mais claras dentro da tempestade.

No núcleo, as nuvens chegaram a 18 quilômetros de altura, sete a mais do que a altitude que o avião da Air France voava. Imagens de satélite foram feitas na hora do acidente. O azul mais forte indica tempo ruim e muita turbulência.

“Uma tempestade pequeninha, de repente, explode e ocupa uma área enorme, produzindo ventos verticais muito fortes e também horizontais, em um nível onde ela para de crescer. Isso pode surpreender uma tripulação”, explica o professor.

Se o comandante conseguiu ver a tempestade no radar do avião, ninguém sabe. Mas, reunindo as informações, pilotos e meteorologistas dizem que o equipamento, provavelmente, não ajudaria muito porque o radar detecta melhor a presença de água do que de gelo e, naquela altitude em que o Airbus estava, a quantidade de água era mínima.

Comandante com 50 anos de experiência, George Sucupira já teve o avião sugado por um cumulus nimbus. “Nós lutamos com o avião, de nariz para baixo. O avião subindo, quase fui parar a 30 mil pés, precisando pegar oxigênio, e ele foi cuspido para fora da nuvem, por felicidade nossa, senão não estaria aqui”, relata.

Para ele, quando um avião entra numa situação como aquela, o piloto não tem alternativa alguma.

“Você imagine, nessa velocidade, o avião recebendo granizo a 860 quilômetros dele e mais uns 100 quilômetros da velocidade do vento. Somados os dois, dá quase 1000 km/h. Uma bola de tênis de granizo é um tiro de canhão. Ele não devia ter entrado. Ele entrou não sabendo, e eu tenho quase certeza que esse avião foi destruído por essa turbulência violenta na formação”, avalia o piloto.

Fonte: Jornal Nacional (TV Globo) via G1 - Imagem: Editoria de arte (G1)

Resumo das últimas notícias sobre o acidente - 6

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QUARTA-FEIRA (3)

- 22h02. Lista oficial. A Air France divulgou os nomes de 53 passageiros brasileiros que estavam a bordo. Os nomes dos estrangeiros foram preservados por conta da legislação francesa, segundo a empresa.

- 21h37. Tempestade. Para comandantes e meteorologistas ouvidos pelo Jornal Nacional, a tempestade enfrentada pelo avião da Air France foi excepcional. Tão violenta que pode ter tirado qualquer chance de manobra dos pilotos.

- 21h35: Buscas. A Aeronáutica informou na noite desta quarta-feira (3) que já sobrevoou uma área equivalente a duas vezes o estado de Pernambuco na busca aos destroços do Airbus da Air France que desapareceu no domingo (31).

- 21h32: Imprensa. A imprensa internacional reproduziu nesta quarta-feira (3) informações publicadas em uma revista especializada em aeronáutica sobre o que teriam sido os momentos que antecederam a tragédia.

- 20h25: Confirmação. "O avanço maior foi termos a certeza de que a aeronave teve um acidente na posição calculada, o que foi reforçado com as descobertas dos destroços", disse Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

- 20h21: Sem comissão. A Agência Nacional de Aviação Civil divulgou uma nota na qual parentes das vítimas do voo 447 dizem que não foi criada uma comissão para acompanhar as investigações e as buscas dos restos mortais e destroços.

- 19h27: Movimento. O fluxo de aeronaves no aeroporto de Fernando de Noronha aumentou. Nesta quarta-feira, foram quase 20 pousos e decolagens até o fim da tarde, incluindo um avião fretado pela emissora de televisão francesa TF1, com quatro jornalistas.

- 18h59: Robô. A França despachou um navio equipado com um robô submergível e um minissubmarino para as buscas, como o objetivo de localizar a caixa-preta. Ela deve estar a mais de 3.000 metros de profundidade, onde a pressão é altíssima e o oceano é escuro.

- 18h40: Submarino. G1 explica como é a embarcação francesa Nautile, que vai ajudar na busca às caixas pretas do Airbus. Submarino, que deve chegar à região do acidente no início da próxima semana, ajudou no resgate da carcaça do Titanic. Confira aqui.

- 18h35: Velocidade. A forma como foram localizados os destroços seriam indicativos de que não houve explosão. “Se o avião caiu de bico, em poucos segundos já estaria na velocidade do som”, afirma o físico Claudio Furukawa, da Universidade de São Paulo (USP).

- 18h29: Corpos. "Não foram encontrados corpos e sobreviventes. Não há dúvida nenhuma que a situação de queda é neste local", afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Ele disse também que os navios da Marinha já se encontram no local de queda do Air France.

- 18h06: Arquiteto. O arquiteto alemão Moritz Koch está entre os passageiros. Ele esteve no Rio para um encontro com outros arquitetos do escritório de arquitetura de Oscar Niemeyer e ficou no Rio cerca de cinco dias.

- 17h52: 'Déjà vu'. O jornalista gaúcho Roberto Gomes, que perdeu o irmão na queda do avião da TAM, em 2007, classificou como um “déjà vu doloroso” o acidente. Ele é Assessor voluntário da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054.

- 17h16: Chinês. O pesquisador chinês Xiao Xiang, que veio ao Rio para visitar o programa de engenharia nuclear do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ (Coppe), está entre os passageiros. Xiao era integrante da Academia Chinesa de Ciências.

- 16h49: Resgate. A Marinha informou não ter resgatado nenhum destroço. As condições meteorológicas na região onde ocorreu a queda são regulares, com “visibilidade regular e chuvas esparsas”. Até o fim do dia, os militares contarão com dois navios brasileiros na região.

- 16h01: Definição. Os nomes dos parentes dos passageiros do voo 447, que farão parte da comissão para acompanhar as buscas pelo avião, foram definidos. A primeira reivindicação do grupo é participar das buscas em Recife.

- 15h38: No aguardo. O helicóptero Black Hawk da Força Aérea Brasileira, que deve ajudar no resgate, não está autorizado a pousar nos navios da Marinha, no local dos destroços. Os navios não passaram por vistoria para verificar se comportam o pouso desse tipo de aeronave.

- 15h35: ‘Sem receio’. O brasileiro Fernando Bastos Schnabl, cuja mulher, Christine Badre Schnabl, e o filho, Philipe, morreram no acidente do voo 447, negou que a família estivesse viajando separadamente por medo. "Nunca tivemos nenhum receio de viajar", afirmou.

- 15h05: Orkut. O site de relacionamentos Orkut fez uma homenagem em sua página inicial às vítimas e seus familiares. Ao lado de um símbolo de luto, o site escreveu: “a equipe do Orkut é solidária com todas as pessoas afetadas pelo acidente do voo AF447”.

- 14h32: Foto. Formada em turismo, Adriana Moreira Henriques, de 27 anos, embarcou no voo 447. Sua família decidiu divulgar sua foto. “É uma homenagem. Tem muita gente querendo informações e eles decidiram divulgar”, contou Mariana Paes, amiga da irmã da vítima.

- 14h13: Obstáculos. A maior dificuldade das equipes de resgate do voo 447, da Air France, é chegar onde foram localizados os primeiros destroços. Eles estavam no ponto mais distante e isolado do Brasil: o arquipélago de São Pedro e São Paulo.

- 14h03: Comissão. Cerca de 30 parentes dos passageiros do voo 447 da Air France montaram uma comissão para acompanhar as buscas pelo avião. O grupo vai pedir ao governo brasileiro um avião da FAB para levar os parentes dos passageiros até Recife.

- 13h33: DNA. A Polícia Federal vai fazer o recolhimento de DNA dos familiares dos ocupantes do voo AF 447. "A busca de material genético será feita a medida que iniciar a descoberta de corpos", disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

- 13h28: Missa. O arcebispo do Rio, D. Orani Tempesta, convida a população para uma missa que será celebrada na próxima sexta-feira (5) para lembrar as 228 vítimas do acidente. Marcada para 18h, ela será realizada na Paróquia Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.

- 12h57: Criança. Alexander Bjoroy, de 11 anos, estava entre os passageiros. Ele estudava em Bristol e voltava à Europa após passar férias com os pais, que moram no Rio."Estamos profundamente consternados com a perda de nosso filho", diz comunicado emitido pelos pais.

- 12h45: História. O desaparecimento do Airbus 330-200 significou, para a história da aviação, uma estranha coincidência. Em 1973, um Boeing 707 da Varig que ia do Rio a Paris foi obrigado a fazer um pouso forçado. Dos 134 passageiros, 122 morreram.

- 12h40: Cerimônia ecumênica. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a primeira-dama, Carla Bruni, participaram da cerimônia ecumênica na Catedral de Notre Dame, em Paris. Em mensagem, o papa expressou suas condolências às famílias.

- 12h35: Blindagem. As Forças Armadas decidiram modificar as estratégias de comunicação, depois que jornalistas tiveram acesso a partes do diálogo entre tripulantes de um avião da Força Área Brasileira (FAB) com a torre, captados por radioamador.

- 12h31: Peritos. Uma equipe do Instituto de Criminalística no Recife deve viajar nesta quarta para Fernando de Noronha, para trabalhar na identificação das vítimas. A equipe vai para Noronha antes mesmo de serem encontrados corpos de passageiros ou tripulantes.

- 11h54: Voo da Gol. Familiares das vítimas do voo 1907, que caiu no Norte de Mato Grosso, em 29 de setembro de 2006, após se chocar com um jato Legacy, divulgaram, nesta quarta-feira (3), uma nota prestando solidariedade aos parentes das vítimas do voo 447.

- 11h42: Solução. “Estamos muito longe de descobrir a verdade.” Essa é a conclusão do pesquisador sênior da Coppe / UFRJ, doutor em situações emergenciais, Moacyr Duarte, sobre as causas do acidente no voo 447 da Air France.

- 11h23: Óperas. O fiscal Tadeu Dias de Moraes, 65 anos, costumava viajar o mundo para ver espetáculos de óperas. Segundo o comerciante Paulo Tecakiridis, 60 anos, o amigo embarcou no voo 447 da Air France, no domingo (31), que está desaparecido.

- 11h02: Sem chão. “Minha vida está de cabeça para baixo”, disse o advogado Marco Túlio Moreno Marques, que não consegue mais trabalhar desde que soube do acidente com o voo da Air France, onde estavam seus pais.

- 10h51: Visita. O ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, virá ao Brasil para assistir às cerimônias em homenagem às vítimas brasileiras do voo 447 da Air France.

- 10h42: Destroços. O coronel Jorge Amaral, da Aeronáutica, afirmou que foram encontrados quatro novos pontos com destroços que podem ser o avião que fazia o voo AF 447 e caiu no Oceano Atlântico.

- 10h34: No local. O primeiro navio da Marinha brasileira já está no local onde foram identificados destroços do avião que fazia o voo AF 447, da Air France, segundo disse nesta quarta-feira (3) o contra-almirante Sávio Nogueira, diretor de comunicação da Marinha.

- 10h26: Oceano. Na manhã desta quarta-feira (3), familiares de passageiros do voo 447 da Air France receberam a informação da Marinha de que teria aumentado de 5 para 20 km a faixa de destroços da aeronave que caiu no Oceano Atlântico no domingo (31).

- 10h03: Apoio. Uma equipe de 14 pessoas presta assistência médica e psicológica aos parentes de passageiros do voo 447 da Air France que caiu sobre o Oceano Atlântico depois de sair do Rio com destino a Paris no último domingo (31).

- 07h56: Região hostil. O local onde foram encontrados os primeiros destroços do avião do voo AF 447 é uma das regiões mais hostis do oceano. As correntes marítimas são fortes. E as buscas não pararam por nenhum instante, para que nada escape ao alcance dos equipamentos de localização.

- 07h22: Caixas-pretas. As caixas-pretas do Airbus A330-200 da Air France que caiu na madrugada da segunda-feira (1º) sobre o Oceano Atlântico podem nunca ser encontradas, segundo afirmou nesta quarta-feira (3) Paul-Louis Arslanian, chefe da agência francesa de investigações sobre acidentes aéreos.

- 07h14: Sem defeito. O chefe do escritório de investigação e análises de acidentes aéreos na França, Paul-Louis Arslanian, disse nesta quarta-feira (3), que pretende realizar um relatório minucioso para tentar esclarecer as causas do acidente. Ele afirmou que está descartada a hipótese de que a aeronave decolou do Rio com algum defeito.

- 00h45: Buscas. A coordenação de toda a operação de busca e resgate dos destroços e possíveis sobreviventes do vôo 447 acontece no Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Recife. Trinta militares têm se revezado dia e noite, na sala do Salvaero, no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

- 00h16: Ajuda dos EUA. O avião militar dos Estados Unidos que está no Brasil para apoio às buscas por destroços e possíveis sobreviventes do vôo 447 da Air France parte para a primeira missão às 3h desta quarta (3).


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Fonte: G1

Robô e submarino enfrentarão rigores do mar para buscar caixa-preta

Veículos submergíveis podem chegar a 6.000 de profundidade.

Autoridades admitem que é improvável a localização da caixa-preta.

Solucionar o mistério que levou à catástrofe do voo Air France 447 depende basicamente de localizar a caixa-preta do avião, que deve estar a mais de 3.000 metros de profundidade - onde a pressão é altíssima e o oceano se mostra completamente escuro. Uma missão nada fácil, mesmo que alguns dos destroços da aeronave sejam encontrados no fundo do mar. Para tentar realizá-la, o governo francês despachou para a região um navio equipado com um robô submergível e um minissubmarino.

O robô submergível Victor6000 ajudará nas buscas pela caixa-preta

A embarcação Porquois Pas, pertencente ao Ifremer (sigla para Instituto de Pesquisa Francês para a Exploração do Mar, em francês), foi enviada para a região em que os primeiros destroços foram avistados pela Força Aérea Brasileira e deve chegar lá no início da semana que vem.

O navio leva a bordo o robô Victor6000 e o submarino Nautile. O primeiro tem a capacidade de passar 72 horas ininterruptas submerso. Com braços robóticos operados remotamente, ele transmite imagens de vídeo para seus operadores, que o controlam do navio acima. Ele pode descer a 6.000 metros de profundidade. É um veículo útil para uma primeira inspeção do leito oceânico, mas tem um inconveniente: não pode transportar passageiros humanos.

Com capacidade para três pessoas, o submarino Nautile já explorou o Titanic

Para isso, o Porquois Pas também conta com o Nautile, um minissubmarino com capacidade para três pessoas que também pode descer até 6.000 metros. Com suas poderosas lanternas, ele ilumina o fundo escuro do oceano e permite que olhos humanos vejam padrões impossíveis de se distinguir por canais de vídeo. Os franceses têm orgulho de dizer que o Nautile pode investigar 97% do leito oceânico e listam entre a lista de feitos do veículo a exploração dos destroços do transatlântico Titanic, afundado em 1912 no Atlântico Norte.

Em compensação, o Nautile exige que seus ocupantes saibam exatamente onde estão indo: o veículo permite apenas cinco horas de navegação autônoma.

Apesar de todos os esforços, as autoridades reconhecem que será dificílimo encontrar a caixa-preta e admitem que o problema que vitimou o voo AF447 pode acabar como um enigma sem resposta.


Fonte: G1 - Fotos: Divulgação/Ifremer

Engenheiro defende recall de Airbus por causa de "equipamento que erra"

Na foto ao lado, o Air Data Inertial Reference Unit (Adiru) danificado do Airbus A330-303, voo 72 da Qantas

Um equipamento presente nos modelos da Airbus 330 e 320, chamado Adiru (sigla para Air Data Inertial Reference System, unidade inercial de informação), tem um histórico de falhas em vôos que pode ter se repetido no caso do avião da Air France que caiu no domingo na costa do Brasil.

Existe possibilidade de erro de projeto ou de manutenção do aparelho, que concentra todos os dados do avião, e, em casos de acidentes, ele pode tomar "decisões erradas automaticamente". As informações foram apuradas pela reportagem da rádio BandNews FM e confirmadas pelo professor da Escola Nacional de Seguros, o engenheiro Gustavo Tavares da Cunha Mello, autor de tese de mestrado sobre acidentes aeronáuticos.

A pedido da BandNews FM, o professor fez um levantamento dos acidentes mais recentes envolvendo esse equipamento no Airbus e semelhanças são observadas nos casos. O professor defende o recall das aeronaves desse tipo ou o fim do uso desse aparelho.

Abaixo, as informações passadas pelo professor Gustavo Tavares da Cunha Mello, a partir de levantamento pedido pela rádio BandNews FM.

"Em 7 de outubro do ano passado uma aeronave da companhia Qantas estava seguindo de Cingapura para a Austrália, com 313 pessoas a bordo, também um Airbus 330, e de repente o Adiru entendeu que estava em velocidade muito baixa, que o avião poderia despencar, e resolveu acelerar muito e mudar o ângulo do nada. Ele estava em rota de cruzeiro e deu grande voo para cima. Aí, percebeu que estava errado e despencou. 70% dos passageiros se feriram. Depois, o piloto conseguiu controlar a aeronave e pousar e as pessoas foram medicadas."

"No dia 27 de novembro, um outro Airbus, um 320, no sul da França, estava sendo entregue pela fábrica para uma companhia da Nova Zelândia, sem passageiro, e caiu com todos pilotos e técnicos. De novo porque o Adiru resolveu tomar conta do avião, entendeu que o vôo estava errado e acabou caindo no Mediterrâneo. Era um vôo de treinamento na França."

"No dia 20 de novembro do ano passado teve um outro acidente, de Sydney para Xangai, também da Qantas, e foi a mesma coisa. Inclusive, quando teve o lançamento do A320 pela Airbus, quando se estava fazendo o vôo de demonstração, ele colidiu com algumas árvores. O mesmo sistema falhou, o piloto quis arremeter e não conseguiu e bateu nas árvores ao final da pista, num vôo de demonstração em Paris."

"Então, o Airbus tem esse problema? Tem. Que se retire esse equipamento, ou que se modifique o equipamento, o projeto dele ou a sua manutenção. Isso tem de ser verificado e modificado. Tem de se fazer um recall dessas aeronaves e alterar esses procedimentos, para que o piloto consiga ter o controle da aeronave, se necessário até retirar essa peça do avião. O problema do Adiru é que é uma peça que concentra todas essas informações e resolve tomar decisões. Isso está errado. Você não pode ter um engenheiro a bordo e sim um piloto."

Fonte: UOL Notícias - Foto: ATSB

Entenda os termos usados no caso do acidente do voo 447 da Air France

Cumulus nimbus são nuvens que podem danificar seriamente a aeronave.

Conheça esse e outros vocábulos relacionados com o caso do Airbus.


Confira abaixo termos que estão sendo utilizados nas reportagens do acidente do avião Airbus 330-200 da companhia aérea Air France, que caiu no oceano Atlântico. A aeronave fazia a rota Rio de Janeiro-Paris e desapareceu na noite do último domingo.

- Airbus 330-200: é uma aeronave extremamente moderna. Tem 59 metros de comprimento, 17,4 metros de altura, 60,3 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas) e capacidade para até 293 passageiros (duas classes) ou 253 (três classes: primeira, executiva e econômica).

- Air France: companhia aérea francesa. A empresa foi fundada oficialmente em 7 de outubro de 1933. Segundo seu site, a Air France tem mais de 100 mil funcionários e opera em 225 destinos.

- Caixas pretas: são dispositivos que guardam informações sobre o voo e sobre a comunicação entre os pilotos e são usados para ajudar nas investigações sobre acidentes.

- Cindacta-3: centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo, que está localizado em Recife (PE).

- Cumulus nimbus: são nuvens que podem danificar seriamente o avião e até mesmo destruí-lo. Chamadas de CBs na linguagem dos pilotos, elas têm chuva e turbulência para cima e para baixo.

- C-130: aeronave Hércules com quatro motores turbohélice com grande autonomia, o que é fundamental em uma busca em alto mar. Tem boa capacidade de carga e decola e pousa de pistas curtas.

- Nautile: submarino de apenas oito metros de comprimento capaz de trabalhar a 6 mil metros de profundidade.

- Posição Intol: é o lugar na rota no qual o piloto obrigatoriamente faz contato com o controlador aéreo em terra.

- Posição Tasil: divide o espaço aéreo brasileiro com o senegalês e fica a cerca de 1.200 quilômetros de Natal (RN).

- Rat: equipamento com o qual contava o Airbus 330-200 da Air France, que desapareceu no Oceano Atlântico. Ele se abre debaixo do avião e produz energia de emergência a partir do vento.

- R99: é uma aeronave brasileira que utiliza um radar chamado de abertura sintética (SAR), que capta imagens por meio de um mecanismo de varredura.

Fonte: Reuters

Área de buscas por avião equivale à de dois 'Pernambucos', diz Aeronáutica

Segundo a FAB, já foram sobrevoados 176,9 mil quilômetros quadrados.

Buscas por destroços continuam durante a noite.

A Aeronáutica informou na noite desta quarta-feira (3) que já sobrevoou uma área equivalente a duas vezes o estado de Pernambuco na busca aos destroços do Airbus da Air France que desapareceu no domingo (31). A aeronave fazia o trecho Rio-Paris com 228 pessoas a bordo.

Segundo a FAB, já foram sobrevoados cerca de 176,9 mil km² do Oceano Atlântico e partes do avião continuam a ser encontradas. As buscas vão continuar durante a noite.

Mais cedo, em entrevista coletiva, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que os dois navios da Marinha que já se encontram no local de queda do Airbus até então não haviam localizado destroços, corpos ou sobreviventes.

Segundo ele, a mancha de óleo que foi encontrada pode excluir a hipótese de ter havido explosão. Questionado se havia algum sinal de terrorismo, ele afirmou que “não há nenhuma sinalização”. Jobim informou que foram visualizadas e deverão ser recolhidas nesta quinta-feira (4), duas pilhas de destroços.

À tarde, a Marinha havia informado que as condições meteorológicas na região do Oceano Atlântico onde ocorreu a queda do avião são regulares, com “visibilidade regular e chuvas esparsas" e mar calmo.

O subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, disse, em entrevista na manhã desta quarta, que foram encontrados quatro novos pontos com destroços que podem ser do Airbus. Entre os objetos visualizados, estava uma peça de sete metros de diâmetro, que pode ser a cauda ou parte da fuselagem da aeronave.

Fonte: Diego Abreu (G1)

Avião teria se desintegrado no ar e não há esperança de encontrar sobreviventes, diz Air France em Paris

A direção da Air France teria dito nesta quarta-feira (3) aos familiares das vítimas do vôo AF 447, que desapareceu na costa nordestina brasileira no último domingo, quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, que o avião se desintegrou, provavelmente no ar, e que não há nenhuma esperança de encontrar sobreviventes. A informação foi dada ao UOL Notícias pelo presidente da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint-Marc, que acompanhou a reunião realizada na tarde desta quarta-feira (horário local) entre o diretor-geral da companhia aérea, Pierre-Henry Gourgeon, e parentes dos passageiros. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da empresa aérea em Paris não confirmou a hipótese de desintegração do avião. O encontro foi realizado no hotel Pullman, no aeroporto internacional Charles de Gaulle, onde foram reunidos os parentes e amigos das vítimas.

Segundo especialistas entrevistados pelo jornal francês Le Figaro, há pistas de que o avião se desintegrou em pleno voo. Um dos indícios seria a extensão de cerca de 300 km em que os destroços do avião se espalharam no Oceano Atlântico. No entanto, essa hipótese ainda carece de maiores informações para ser confirmada. Uma desintegração do avião a cerca de 10 mil metros de altura poderia ter ocorrido em decorrência de "um fenômeno meteorológico excepcionalmente violento, o que é plausível na zona de convergência intertropical por onde passava o voo, ou uma brusca despressurização ou atentado terrorista", escreve o jornal.

Um especialista consultado pelo Le Figaro afirmou que a dispersão de destroços em uma área de centenas de quilômetros quadrados também foi observado no caso do avião 747 da PanAm, em Lockerbie. Em 21 de dezembro de 1988, o Boeing 747 explodiu durante voo sobre a Escócia por causa de uma bomba e provocou a morte de 270 pessoas.

Esperança de encontrar sobreviventes

Segundo Saint-Marc, mesmo após as informações divulgadas pela imprensa, alguns parentes ainda mantinham uma "última esperança" de encontrar sobreviventes ou de que o piloto do avião pudesse ter conseguido pousar a aeronave no oceano. "A Air France disse claramente que não havia mais nenhuma esperança", afirmou.

Durante o encontro, um dos familiares das vítimas teria perguntado à Air France se era verdadeira a informação de que alguns passageiros teriam enviado SMS de despedida. De acordo com Saint-Marc, o diretor da Air France disse que "não havia nenhuma possibilidade de que isso acontecesse".

Guillaume Denoix de Saint-Marc também participou da cerimônia religiosa em homenagem às vítimas do acidente, realizada na Catedral de Notre Dame, em Paris, com a participação de funcionários da Air France, parentes das vítimas e autoridades, entre elas o presidente francês Nicolas Sarkozy. "A emoção era muito grande", afirmou.

Em entrevista à uma emissora de TV local, Fabrice Monteiro, irmão de uma das vítimas, criticou a iniciativa, considerando precipitada a decisão de realizar a missa.

Fonte: UOL Notícias

Air France divulga a lista dos passageiros brasileiros do voo AF 447

A Air France divulgou na noite desta quarta-feira (3) a lista com os nomes dos passageiros que ocupavam o Airbus A330-200, voo AF 447, que desapareceu dos radares na noite do último domingo (31) enquanto fazia a rota Rio de Janeiro - Paris. Apenas o nome de 53 passageiros brasileiros, cujos parentes autorizaram a divulgação, estão na lista. Entre os 228 ocupantes da aeronave, há 58 brasileiros, de acordo com a companhia.

Leia a íntegra da nota:

É com muito pesar que a Air France vem a publico apresentar a lista com o nome dos brasileiros - apenas os autorizados pelos familiares - a bordo do voo AF 447, desaparecido em 31 de maio de 2009. São eles:

Adriana Henriques
Adriana Sluijs
Ana Carolina Silva
Ana Luisa Curty
Angela Cristina De Oliveira Silva
Antonio Augusto Gueiros
Bianca Cotta
Bruno Pelajo
Carlos Mateus
Carlos Eduardo De Mello
Deise Possamai
Eduardo Moreno
Ferdinand Porcaro
Francisco Vale
Gustavo Mattos
Izabela Kestler
Jean Claude Lozouet
Joao Marques Silva
Jose Souza
Jose Gregorio Marques
Jose Roberto Gomes Da Silva
Julia Chaves De Mirandas Chmi
Juliana De Aquino
Leonardo Dardengo
Leonardo Pereira Leite
Leticia Chem
Luciana Seba
Luis Claudio Monlevad
Luis Roberto Anastacio
Marcela Pellizzon
Marcelo Oliveira
Marcia Mosconde Faria
Marco Mendonca
Maria Vale
Maria Teresa Marques
Mateus Antunes
Nelson Marinho
Octavio Antunes
Patricia Antunes
Paulo Vale
Pedro Luiz De Orleans e Braganca
Roberto Chem
Silvio Barbato
Simone Elias
Solu Wellington Vieira De Sa
Sonia Ferreira
Sonia Maria Cordeiro Porcaro
Tadeu Moraes
Valnizia Betzler
Vanderleia Carraro
Vera Chem
Veronica Ivanovitch
Walter Carrilho Junior

Fonte: UOL Notícias

Richard Branson: uma ou mais grandes companhias aéreas dos EUA vão sucumbir à crise

Empresário britânico quer investir em novas rotas entre a Austrália e o Japão

O empresário britânico Richard Branson, dono da companhia Virgin Atlantic, acredita ser muito difícil que todas as grandes transportadoras aéreas norte-americanas sobrevivam à crise que atormenta a economia mundial, durante os próximos 12 a 18 meses.

"Não acredito que o governo norte-americano irá voltar a colocar milhares de milhões de dólares na indústria de transporte aéreo. Eles já aprenderam lições com a indústria automóvel", disse o multimilionário, numa entrevista à Reuters.

"Acredito que será pouco provável que todas as grandes companhias aéreas norte-americanas irão sobreviver durante os próximos 12 a 18 meses", afirmou também, acrescentando que pelo menos duas destas empresas estão vulneráveis, mas sem especificar.

Branson afirma também, numa entrevista à Reuters, que está interessado em lançar novos voos entre a Austrália e o aeroporto de Haneda em Tóquio, que está neste momento com obras de expansão da capacidade.

Prevê que as novas ligações tenham início entre um ano e um ano e meio, até ao final de 2010.

A Virgin Atlantic anunciou a 26 de Maio que os seus lucros anuais quase duplicaram, mas avisou que a conjuntura económica irá tornar "quase impossível" que as empresas de transporte aéreo apresentem lucros no actual exercício.

Fonte: Reuters via Expresso (Portugal)

Passaredo Linhas Aéreas inaugura rota que atenderá Ji-Paraná (RO) com voos de diários

A empresa Passaredo Linhas Aéreas inaugurou na tarde de domingo (31/05) a sua mais nova rota de viagens, ligando o centro oeste ao norte do país. Com mais de 40 passageiros a primeira chegada ocorreu às 14hs16 no aeroporto José Coleto de Ji-Paraná. O voo inaugural teve como comandante o presidente da empresa, José Luiz Felício. Ainda no período da tarde vários diretores visitaram o prefeito, José de Abreu Bianco.

Com uma nova frota de aviões a Passaredo Linhas Aéreas passa a atender em sua nova rota o interior de São Paulo, Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Ji-Paraná (RO). A chegada do voo em Ji-Paraná acontece às 13hs30, horário de Rondônia, enquanto a saída é prevista para 30 minutos após a chegada, de segunda à sábado.

Já no domingo, o voo tem chegada prevista para as 23h15 com saída para a madrugada de segunda feira às 03h45. Segundo as agencias de viagens, esta será a melhor opção ao empresariado jiparanaense que necessite resolver questões comerciais fora do Estado.

Fonte: Diário da Amazônia

Passageiro expulso de voo por passagem falsa será indenizado em R$ 25 mil

A Ibéria Líneas Aéreas de España foi condenada pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) a pagar indenização por danos morais, no valor de R$25 mil, a um passageiro que foi expulso do avião acusado de portar uma passagem falsa com destino a Portugal.

De acordo com o relato do autor da ação, Gilberto Browne de Paula, ele comprou o bilhete em uma agência de viagens representante da companhia, com um mês de antecedência, e pretendia passar a noite de Natal com a filha, grávida na ocasião, que mora na cidade de Porto.

No dia da viagem, depois de receber cartão fidelidade para obtenção de milhagens e votos de boas-vindas pela escolha da Ibéria Líneas Aéreas, Browne fez o check in normalmente e, já no interior do avião, foi abordado por uma funcionária da empresa que pediu para ele apresentar o ticket de embarque. Em seguida, informou em voz alta que a passagem era falsa e pediu que se retirasse imediatamente da aeronave.

Além do constrangimento do momento, o passageiro perdeu a viagem e passou o Natal sozinho, adquirindo novas passagens apenas no dia seguinte. Ao chegar em Porto, foi notificado que suas malas tinham sido extraviadas.

Para o relator do processo, desembargador João Carlos Braga Guimarães, o consumidor foi lesado duplamente, já que a empresa “agiu de maneira irregular ao alegar ser falsa a passagem adquirida de forma regular e por tratar o autor com indelicadeza e desrespeito”.

Fonte: Última Instância

Membros do Smiles voltam a poder acumular milhas com voos para Europa

Integração de aéreas deve gerar tráfego de 140 mil passageiros por ano para a Gol e 40 mil para a Air France-KLM

O acordo firmado entre as empresas aéreas Gol e Air France-KLM permite que os membros do programa Smiles possam acumular milhas em todos os voos da franco-holandesa, do mesmo modo que os participantes do Flying Blue também passam a ter acesso às milhas dos voos da Gol e da Varig.

"Os 6 milhões de participantes do nosso programa de relacionamento agora passam a ganhar com as viagens pela Air France-KLM", afirmou hoje o executivo diretor da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

Segundo ele a cooperação gerará um tráfego de cerca de 140 mil passageiros por ano para a Gol e 40 mil para a Air France-KLM. "São cinco voos diários entre o Brasil e a Europa. Nossa empresa ficou agora mais competitiva", enfatiza ele.

A parceria entra em vigor em 1º de maio. Nesta data os participantes dos programas começarão a acumular suas milhas e, em 1º de julho, poderão trocar as milhas por bilhetes aéreos.

A cooperação entre as duas companhias inclui também uma parceira operacional de compartilhamento de voos, o chamado code-share. Desde outubro do ano passado, as empresas já tinham fechado um acordointerline, pelo qual os passageiros podiam viajar com apenas um bilhete, sem a necessidade de múltiplos embarques.

Além disso, a partir de agora, a Air France-KLM vai adicionar seu código a voos oferecidos pela Gol, com origem em São Paulo e Rio de Janeiro para mais 13 cidades brasileiras. "Esses novos destinos oferecidos aos nossos clientes são ativos muito fortes", afirmou o executivo-diretor da Air France-KLM, Jean-Cyril Spinetta. Os dois grupos juntos oferecem 3,3 mil voos diários para cerca de 300 destinos em 114 países.

Fonte: Vanessa Dezem (Valor Online)

Azul Linhas Aéreas começa a operar em Alagoas

Empresa amplia malha aérea e inclui Maceió como a 4ª capital nordestina a contar com seus serviços; meta é ampliar participação com dois voos diários

O governador Teotonio Vilela Filho e diretores da Azul Linhas Aéreas Brasileiras lançaram na manhã de segunda-feira (1º), durante café da manhã no Hotel Ritz Lagoa da Anta, o primeiro voo da companhia em Maceió.

A capital alagoana é a quarta capital do Nordeste e o 13º destino no Brasil a contar com o serviço da Azul, que está expandindo sua malha aérea. No Nordeste, a Azul já operava em Recife, Fortaleza e Salvador. O lançamento foi prestigiado por representantes do trade turístico alagoano.

Para o diretor comercial da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Paulo Nascimento, que representou no evento o presidente da companhia, Pedro Janot, a Azul chega a Alagoas com muita expectativa no mercado, com um serviço pensado de forma a atender às necessidades e às características da região. “Os preços acessíveis e a alta conveniência dos nossos voos irão suprir as carências existentes hoje no mercado do transporte aéreo”, explicou.

De Campinas para Maceió, os preços variam a partir de R$ 169 (por trecho para viagens de ida e volta); de Maceió para o Rio de Janeiro o valor varia a partir de R$ 219 (por trecho para viagens de ida e volta); e de Porto Alegre para Maceió a tarifa começa em R$ 239 (por trecho para viagens de ida e volta).

Fonte: GazetaWeb

Gol adia início da operação em Bauru

O início da operação da Gol Linhas Aéreas no Aeroporto Moussa Tobias, inicialmente previsto para o domingo (31/05), foi adiado. Segundo informações do assessor de infra-estrutura aeroportuária da empresa, Isaac Miguel Ferrarezi, houve um atraso na documentação e, por isso, os primeiros voos da companhia aérea partindo de Bauru para São Paulo devem ocorrem apenas no final deste mês.

“Não deu tempo de providenciar toda a documentação. Ainda não tenho uma data correta para passar, mas o início das operações esta previsto para o final de junho”, explica Ferrarezi. No aeroporto Moussa Tobias ainda não há nenhum sinal da instalação da empresa. Atualmente, a única empresa que faz o trajeto Bauru-São Paulo é a Pantanal Linhas Aéreas. Porém, a Passaredo Linhas Aéreas está fazendo levantamento e verificando as possibilidades de atuar na cidade.

Fonte: Maíra Soares (Jornal da Cidade de Bauru)

Dois terços dos aeroportos do Brasil dão prejuízo

Somente 23 terminais aéreos brasileiros dos 67 administrados pela Infraero apresentaram números positivos no ano de 2008

Segundo dados divulgados pela Infraero, dos 67 aeroportos administrados pela estatal, 44 deram prejuízo no ano de 2008. Estes aeroportos gastaram, juntos, R$ 115 milhões a mais do que arrecadaram.

Apesar disso, o saldo do ano passado foi positivo em R$ 372 milhões. Os três aeroportos de São Paulo (Cumbica, Viracopos e Congonhas) administrados pela estatal estão no topo dos que mais ganharam. Cumbica, em Guarulhos, lucrou R$ 340 milhões, e Viracopos, em Campinas, outros R$ 108 milhões.

De olho nesses lucros, empresas nacionais e internacionais já procuraram a (Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para saber detalhes das futuras concessões. Entre elas, está a Fraport, grupo com sede na Alemanha e que administra aproximadamente 60 aeroportos em todo o mundo. No Brasil, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e outras empreiteiras de grande porte também já demonstraram interesse nas concessões.

Fonte: Folha de São Paulo via Avião Revue

Gol passa a cobrar serviço de bordo

A Gol substituiu o serviço de bordo minguado e grátis por um mais substancioso e cobrado à parte. O novo modelo é inédito no Brasil e começou a ser aplicado na segunda-feira (01) nas rotas que ligam o aeroporto de Cumbica às capitais Salvador, Porto Alegre, Recife e Belém. No futuro, passará a valer em todos os voos acima de duas horas.

Os passageiros receberão cardápios enquanto voam para escolher entre quatro tipos de sanduíche a R$ 10 cada, acompanhamentos (como batata e chocolates) e bebidas frias e quentes a partir de R$ 3. Combinados desses itens sairão por R$ 12 ou R$ 15. Dinheiro e cartão serão aceitos. Quem não comprar nada receberá apenas amendoim e bebidas frias não alcoólicas - esses produtos, junto com bolachas e barrinhas, compõem o serviço de bordo da Gol até agora.

É a primeira vez que uma empresa brasileira cobrará pela alimentação dentro dos voos, embora essa seja prática comum de aéreas de baixo custo como a Gol nos EUA e Europa. No Brasil, a líder de mercado TAM mantém serviço de bordo mais tradicional e a Azul, criada no ano passado, oferece ao cliente guloseimas como biscoito e batata à vontade. Os custos estão inclusos nos preços dos bilhetes.

Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da Gol, diz que aérea fez pesquisas e identificou que "a grande maioria" dos clientes concorda com a cobrança à parte por um lanche mais completo, mas quer ainda receber alguma coisa se não optar pela compra. O novo modelo, segundo o executivo, é mais democrático, porque deixa de embutir no preço da passagem uma alimentação que o cliente pode não querer.

Gargioni diz que os preços cobrados são o suficiente para cobrir o aumento dos custos da Gol e que as margens de lucro sobre a venda serão "muito pequenas".

A alteração no serviço de bordo da Gol foi abordada no fórum Contato Radar, que discute aviação na internet. De 51 comentários publicados entre sábado e a tarde de domingo, 12 eram a favor da mudança e oito, contra. Os outros não traziam posições claras.

Para André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, que atende a TAM, a cobrança pelo serviço de bordo tende a contrariar o comportamento mais usual do brasileiro, que sempre quer " mais por menos " . Segundo ele, também é muito complexo para a empresa aérea diferenciar os serviços entre passageiros quando todos estão dentro do avião.

Fonte: Roberta Campassi (Valor Econômico) via O Globo

Avião faz pouso forçado em canavial em Minas Gerais e piloto fica ferido

O piloto Leonardo Sampaio Padrão, 39 anos, quebrou o tornozelo direito no início da noite desta terça-feira (02) após fazer um pouso forçado num canavial da zona rural de Lagoa da Prata, região central de Minas Gerais.

A aeronave ficou totalmente destruída, mas o passageiro que fazia a viagem saiu ileso do acidente. Segundo informações preliminares, o avião apresentou problemas em uma das turbinas.

A aeronave experimental, de fabricação francesa modelo Fouga Magister, prefixo PT-ZIS, bateu com a frente no solo e teve destruídas parte da cabine e as asas. O passageiro André Mauro de Castro e Silva, 20 anos, não ficou ferido.

"O piloto informou que durante um vôo de rotina o avião sofreu pane em uma das turbinas e precisou descer no canavial", explica a soldado Karina Paim Oliveira, da Polícia Militar de Lagoa da Prata. O avião Fouga Magister foi fabricado em 1957, e é uma aeronave militar de propulsão a jato com duas turbinas. As causas do acidente vão ser apuradas pela Polícia Civil.

Clique aqui e assista a um voo da aeronave (AeroTV)

Fontes: Ney Rubens (Terra) / alexandremarques.com - Fotos: Jornal O Papel/Divulgação

Cinco mortos em queda de helicóptero na Venezuela

Um helicóptero caiu no começo da manhã de quarta-feira (3) na região andina venezuelana causando a morte das cinco pessoas que estavam a bordo.

A aeronave, um Bell 407, prefixo YV-O130, com dois pilotos e três ocupantes, caiu na localidade de Santa María de Caparo, localizada no limite dos estados de Mérida e Táchira, nos Andes venezuelanos.

O helicóptero pertencia ao complexo hidrelétrico Desenvolvimento Uribante Caparo (Desurca) e patrulhava a área das bacias da região. A bordo estavam o piloto, dois técnicos da companhia, um funcionário estatal e um militar.

Uma das hipóteses do acidente é que tenha sido causado pelo mau tempo.

O trabalho de resgate foi realizado pela Defesa Civil local e por especialistas da companhia.


Fontes: El Universal (Tradução: Jorge Tadeu) / Portal UAI / Stella Nogueira (Internauta) - Imagens: rescate.com - Atualizado em 20/06/09 às 19:52 hs.

Dois mortos em queda de avião no Mississipi, nos EUA

Duas pessoas morreram nesta terça-feira (02) em acidente com um pequeno avião perto do aeroporto de Copiah County, em Crystal Springs, Mississipi, nos EUA.

O avião era o Zenith STOL CH 801, prefixo N1399X.

As vítimas foram identificadas como Gary Mosley, de Hazlehurst, um instrutor de voo, e Steve Davis, de Brookhaven, um técnico em aviões e piloto licenciado. Davis também foi bombeiro e policial em Lincoln County.

As autoridades estão tentando determinar a causa do acidente que ocorreu às 15:30 (hora local). Testemunhas disseram a WJTV em Jackson que o avião estava fazendo um pouso de emergência quando caiu.

O NTSB (National Transportation Safety Board) enviará um investigador para o local até ao final da semana.

Fonte: Sun Herald - Foto: WJTV - Tradução: Jorge Tadeu

Air France deve confirmar que pane elétrica causou acidente com Airbus, diz especialista

Uma falha grave na parte elétrica do Airbus da Air France ou na manutenção de equipamentos, somadas à turbulência, devem ser confirmadas em breve pela companhia aérea como as causas da queda do avião no oceano Atlântico. A análise foi feita com exclusividade à BandNews FM pelo integrante do comitê de segurança de aeronaves da Agência Federal de Aviação norte-americana, Hans Weber.

Clique aqui para ouvir a reportagem de Sheila Magalhães

Ele investigou as causas dos incidentes envolvendo dois Airbus da companhia aérea australiana Qantas, de modelo idêntico ao que desapareceu dos radares de controle quando fazia o trajeto Rio de Janeiro - Paris no último domingo (31). No total, 228 pessoas estavam a bordo, sendo 216 passageiros e 12 tripulantes.

Hans Weber explica que esse modelo de Airbus tem a capacidade de conduzir manobras automaticamente a fim de evitar uma queda iminente, e alguns dos aparelhos não permitem que um piloto cancele a atuação desse mecanismo de autoproteção.

Nos dois casos da Qantas, os sensores enviaram informações incorretas aos computadores de voo, o que fez com que o avião automaticamente acionasse medidas de emergência também erradas.

E o mesmo deve ter ocorrido com o Airbus da Air France, afirma o especialista, com base no que a Airbus e a companhia aérea já têm de informações obtidas em tempo real da hora do voo.

Assim como outros especialistas ouvidos pela BandNews FM, Hans Weber afirma categoricamente que a turbulência sozinha não é capaz de derrubar um avião.

Fonte: UOL Notícias

Aeronáutica diz que localizou peça de sete metros de diâmetro

Foram encontrados novos quatro pontos com destroços nesta madrugada.

Onze aeronaves que saem de Natal e Noronha participam das buscas.


Imagem divulgada pela Aeronáutica mostra mancha de óleo em área de busca pelo voo AF 447 - Foto: Divulgação/Aeronáutica - clique na foto para ampliá-la

O subchefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, coronel Jorge Amaral, disse, em entrevista na manhã desta quarta-feira (3), que foram encontrados quatro novos pontos com destroços que podem ser o avião que fazia o voo AF 447 e caiu no Oceano Atlântico, depois de decolar do Rio de Janeiro em direção a Paris. A bordo, estavam 228 pessoas.

De acordo com Amaral, às 3h40 desta madrugada, uma aeronave R-99 localizou, a 90 quilômetros ao Sul da região inicialmente coberta pelas buscas, uma peça de sete metros de diâmetro, dez objetos, sendo alguns metálicos, e uma mancha de óleo que teria chegado a 20 quilômetros de extensão. Os novos destroços foram localizados em uma nova área vasculhada, de cinco quilômetros.

Depois da entrevista, a Aeronáutica divulgou as primeiras imagens das buscas pelo avião.

Veja abaixo o vídeo com as primeiras imagens divulgadas pela Aeronáutica na área de buscas



Jorge Amaral afirmou que a Aeronáutica ainda não tem confirmações de que os objetos tenham símbolos que os identifiquem como patrimônio da Air France. Quanto ao objeto de sete metros de diâmetro encontrado, ele disse que pode ser uma parte da cauda da aeronave. “Pode ser a lateral, um pedaço de aço ou qualquer parte da fuselagem ou cauda”, destacou.

O coronel acrescentou que a Aeronáutica continua trabalhando com a possibilidade de haver sobreviventes do acidente e garantiu que, até o momento, nenhum corpo foi encontrado no Oceano Atlântico.

Veja abaixo a entrevista sobre a localização de mais destroços



Os materiais localizados no mar serão levados em um primeiro momento para Fernando de Noronha (PE) e depois para o Recife. Segundo Amaral, é possível que o centro de investigações de acidentes aéreos francês, responsável pela investigação do acidente, queira levar materiais para a França.

No total, 11 aeronaves da Aeronáutica estão percorrendo a área de busca. Elas saem de Natal e Fernando de Noronha.

A Air France diz que deve divulgar ainda nesta quarta a lista com os nomes dos ocupantes do voo 447.

Parentes

Mais cedo, familiares de passageiros do voo 447 da Air France já haviam dito ao G1 que receberam a informação de que mais peças foram encontradas pela Aeronáutica. "Segundo eles, havia ainda uma peça única de sete metros", disse Maarten Van Sluys, irmão de Adriana Van Sluys, jornalista da Petrobras, que não perde a esperança de encontrá-la viva.

"Enquanto alguém não disser que isso é humanamente impossível, acredito que possa haver sobreviventes, mas não sei se é o meu desejo prevalecendo sobre a razão", disse Marten, que está no Rio de Janeiro.

Veja onde foram localizados os novos destroços - clique no mapa para ampliá-lo

Marinha

Também nesta quarta, o primeiro navio da Marinha brasileira chegou ao local onde foram localizados os primeiros destroços do avião que fazia o voo AF 447, A informação foi dada pelo contra-almirante Sávio Nogueira, diretor de comunicação da Marinha, em entrevista à Globo News.

Ele ressaltou, porém, que até o momento não foram resgatados restos da aeronave. O navio está no local onde a Aeronáutica localizou os materiais.

Sem defeito

O escritório de investigação e análise de acidentes aéreos da França investiga as causas do acidente. Na França, o chefe do escritório, Paul-Louis Arslanian, disse que pretende realizar um relatório minucioso sobre o caso. Ele afirmou em entrevista coletiva que está descartada a hipótese de que a aeronave tenha decolado do Rio com algum defeito. "Nenhuma conclusão pode ser tomada agora", disse.

Segundo ele, o trabalho de investigação será dividido em várias frentes distintas e contará com informações e com a colaboração do Brasil. Arslanian quer entregar um esboço do relatório no fim de junho.

Fonte: G1

Entenda como o Cindacta 3 coordena operação de buscas

Cindacta 3 coordena operação de busca a destroços de Airbus.

30 militares se revezam no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

Nos monitores, mapas mostram a área onde destroços foram localizados.


Militares do Cindacta 3 orientam operação de busca e resgate de destroços de avião

A coordenação de toda a operação de busca e resgate dos destroços e possíveis sobreviventes do voo 447 acontece no Cindacta 3 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Recife. Trinta militares têm se revezado dia e noite, na sala do Salvaero, no trabalho de planejamento e execução de tarefas.

“O Salvaero é um órgão do Cindacta que, no contexto da organização, tem por responsabilidade todos esses trabalhos que nós estamos efetuando na busca da aeronave da Air France”, explica o coronel-aviador Luís Gonzaga Leão Ferreira, comandante do Cindacta 3.

Nos monitores do Salvaero, gráficos e mapas mostram a área onde os destroços foram localizados, 150 quilômetros a noroeste do arquipélago de São Pedro e São Paulo, onde a procura foi intensificada desde o aparecimento dos primeiros objetos.

Esta noite, o R-99 da FAB vai fazer novo sobrevoo, na tentativa de localizar mais destroços e possíveis sobreviventes.“Nós vamos continuar dando prosseguimento às buscas, uma vez que já temos alguns pontos de localização de objetos e destroços da aeronave. Estamos colocando esses posicionamentos em mapa e isso permitirá que a gente possa ter uma otimização dos trabalhos de busca”, diz o comandante.

Com o avião norte-americano que se junta à equipe brasileira na operação, durante a madrugada, chega a 11 o número de aeronaves envolvidas nos trabalhos de busca. Nesta quarta (03), um avião francês virá de Dakar, no Senegal, para reforçar o grupo.

De acordo com os militares, o mais difícil da operação é o tamanho da área de busca. Até o momento, as equipes já cobriram um perímetro de 10 mil quilômetros quadrados, que pode parecer muito, mas é pequeno em relação ao tamanho do Atlântico.

Mapas orientam buscas aos destroços de Airbus da Air France

“Por isso é importante o maior número possível de aeronaves envolvidas nesse trabalho, para que o nosso espectro de busca continue crescendo”, diz o tenente-coronel Henry Munhoz, assessor de imprensa da Aeronáutica.

À medida que forem recolhidos pela Marinha, os destroços serão levados inicialmente para Fernando de Noronha. “Estamos dependendo da Marinha em relação a esse trabalho, porque são eles que vão recolher os objetos. A princípio, eles vão ser trazidos para Fernando de Noronha. Dependendo da possibilidade, podem chegar ao Recife por aeronave”, informa o coronel Leão.

A caixa-preta, dispositivo que registra as conversas entre os tripulantes e dados técnicos do voo, não está no foco principal das buscas. “Estamos conduzindo o nosso trabalho para levantar a localização dos destroços e de um eventual sobrevivente. A caixa preta é primordial para o processo de investigação, mas não é nossa prioridade no momento”, afirma o comandante do Cindacta 3.

Depois que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que Pernambuco vai ficar responsável pelo recolhimento e pela identificação dos corpos das vítimas, a Secretaria de Defesa Social do estado informou que chega a Fernando de Noronha, nesta quarta-feira, uma equipe formada por médico legista, perito criminal e datiloscopista.

Fonte: G1 - Foto: Fabíola Blah (G1)

"País que acha petróleo, acha avião", diz Lula

Ontem, em entrevista na Guatemala, onde esteve em visita oficial, Lula disse que "um país que teve condições de achar petróleo a 6.000 metros de profundidade pode achar um avião a 2.000 metros".

Pela manhã, Lula tem mantido contatos permanentes com o presidente em exercício, José Alencar, e com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.

Lula disse que será feito o "possível" e o "impossível" para a localizar os passageiros da aeronave.

"O melhor que poderia acontecer é se tivesse gente viva, mas, se não tiver, que possamos ao menos encontrar as pessoas para entregar às famílias", declarou o petista.

O governo decretou luto oficial de três dias ontem à noite em homenagem aos 228 passageiros que estavam a bordo do voo 447 após o ministro Nelson Jobim (Defesa) assegurar que os destroços encontrados no Oceano Atlântico são do Airbus 330-200.

O governo está organizando um culto ecumênico que deverá ser celebrado na volta de Lula ao Brasil amanhã ou sexta-feira.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

Ato terrorista é improvável, mas não impossível

A hipótese de um atentado terrorista é considerada remota pelo governo francês, mas não foi inteiramente descartada. Enquanto as causas do desastre não ficarem claras, a possibilidade continuará sendo considerada, disse ontem o ministro da Defesa, Hervé Morin.

"Não podemos descartar um ato terrorista, já que o terrorismo é a maior ameaça às democracias ocidentais. Mas neste momento não temos qualquer elemento indicando que tal ato tenha causado o acidente", disse Morin à rádio Europe 1.

Em meio aos inúmeros cenários levantados pela mídia francesa, o de um ato terrorista tem sido descrito como improvável desde o início por dois motivos principais: não houve reivindicação de autoria e o Brasil não é tido usualmente como alvo desse tipo de ataque.

Alguns alertam que é cedo para deixar de lado a hipótese. Porta-voz da Associação Francesa de Vítimas do Terrorismo, Guillaume Denoix de Saint Marc foi uma das únicas visitas recebidas ontem pelos familiares de passageiros do voo, que foram isolados pela Air France em um hotel perto do aeroporto Charles de Gaulle.

De Saint Marc disse que foi ao hotel confortar os familiares, não levantar hipóteses. Mas lembrou que o atentado que matou seu pai e outras 169 pessoas há 20 anos, sobre o deserto do Saara, também parecia inicialmente um acidente.

As investigações acabaram provando que o DC10 da empresa UTA (Union des Transports Aériens), que partiu de Brazzaville (República do Congo) rumo a Paris em 19 de setembro de 1989, foi derrubado pela explosão de uma bomba. "Demorou cinco dias até ficar claro que era um ato terrorista", afirmou de Saint Marc.

Ele disse que conversou com vários dos parentes, inclusive uma jovem brasileira, da qual não quis revelar o nome. "Ela está muito mal", disse De Saint Marc. Como ocorre em situações de choque, explicou, ela está "confusa e perdeu a cronologia dos fatos".

O hotel em que estão os parentes foi fechado para abrigar cerca de 50 famílias de vítimas. Está totalmente isolado pela polícia, que só permite o acesso a profissionais de saúde e autoridades. O consulado brasileiro em Paris não soube informar quantos cidadãos do país estão no hotel.

Fonte: Marcelo Ninio (jornal Folha de S. Paulo)

Tempestade durou 12 minutos, diz meteorologista dos EUA


ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Quando emitiu um alerta automático indicando pane elétrica e despressurização da cabine, último sinal do Airbus-330 da Air France, o avião enfrentava uma tempestade tropical, mesmo panorama dos 12 minutos ou 125 quilômetros anteriores.

O cenário provável da tragédia foi reconstituído pelo meteorologista americano Tim Vasquez, da Weather Graphics, empresa que desenvolve softwares de análise do tempo. "A menos que os dados oficiais informados à imprensa estejam errados, não há dúvida de que o avião voava dentro da tempestade", disse ele à Folha.

Para chegar a essa conclusão, Vasquez combinou as últimas coordenadas do voo, imagens de satélites e outros fatores como ventos.

Ele diz que o mau tempo foi certamente um fator da tragédia, embora muito provavelmente não o único. Segundo ele, combinado com outros fatores, como por exemplo um incêndio a bordo, a tempestade e a turbulência causada por ela podem ter causado o acidente.

Sozinho, o mau tempo dificilmente derrubaria um avião do porte do A-330. "Tempestades como estas provavelmente já foram atravessadas centenas de vezes ao longo dos anos sem sérios incidentes".

Na região onde a aeronave sumiu, no meio do oceano Atlântico, são comuns as tempestades como a que enfrentou o avião da Air France. Para se ter uma ideia, na semana que antecedeu a tragédia, a Aeronáutica emitiu 52 alertas de mau tempo na área.

Pilotos

Nos dez últimos anos as alterações meteorológicas na faixa equatorial do Atlântico tornaram-se mais violentas, pondo em risco a navegação aérea, disse o diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho.

Embora defenda a tese de que o tráfego aéreo na região tornou-se mais perigoso com a maior intensidade de tempestades e turbulências, Camacho não deu exemplos de aviões que correram risco no trajeto entre o Brasil e a Europa.

Camacho creditou o fato de desconhecer episódios de risco à pressão que as empresas aéreas exercem sobre os tripulantes, proibindo-os de relatar os incidentes ao sindicato.

"Isso é real. As condições meteorológicas estão mudando. As tempestades na zona intertropical são de fortes para severas. E tem ficado pior. Mas isso não quer dizer que foram responsáveis pelo que aconteceu. Os pilotos são sempre arredios com o sindicato. Vários eventos aconteceram, tenho convicção", afirmou Camacho.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo - Imagem: EFE

Air France sabe mais do que divulgou, dizem especialistas

O avião que desapareceu no Atlântico tem um sistema que transmite por satélite à empresa aérea dados sobre os principais componentes da aeronave no decorrer do voo. Isso leva alguns especialistas a crer que a Air France tem mais informações do cenário da queda do A330 do que as que já divulgou -e que podem ajudar a entender as causas do acidente.

Esses dados, porém, não substituem a caixa-preta do avião. Por dois motivos, principalmente:

1) a conversa entre os pilotos na cabine da aeronave, que fica gravada na caixa-preta, não é transmitida; e

2) o conjunto de dados sobre o avião não é tão completo quanto o que a peça armazena.

Mas a companhia aérea tem condições de saber informações como consumo de combustível e de óleo, temperatura e potência dos dois motores e até a inclinação do avião, segundo afirma Respicio do Espírito Santo, especialista em aviação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Foi esse sistema, que existe em alguns aviões mais modernos, que transmitiu a informação de pane elétrica e de despressurização na aeronave.

O especialista em segurança de voo Jorge Barros diz que esse envio de dados é feito em tempo real e que, por isso, "a Air France provavelmente já tem todas as informações".

Mas Adalberto Febeliano, professor da Anhembi-Morumbi, diretor da companhia aérea Azul, e Moacyr Duarte, pesquisador da Coppe-UFRJ, ressaltam que essas informações não substituem as da caixa-preta. "Elas podem ajudar, mas não é a mesma coisa", diz Febeliano, acrescentando que esse sistema tem ajudado as empresas principalmente com informações úteis para a operação -por exemplo, saber do nível de óleo do motor para uma troca logo depois do pouso.

A caixa-preta (a cor dela geralmente é laranja, mas as primeiras eram negras, daí a sua denominação) tem um tamanho semelhante ao de uma caixa de sapatos. É feita com capacidade para suportar um impacto de 2,25 toneladas e temperaturas de mais de 1.000ºC durante 30 minutos.

Ela é composta de um gravador de voz (CVR, Cockpit Voice Recorder), que grava a conversa da cabine dos últimos 30 minutos, e um gravador de dados do voo (FDR, Flight Data Recorder). Este segundo componente tem sensores que registram parâmetros do avião como direção, altitude, aceleração, controle do manche, dos pedais, movimento do eixo da nave e performance do motor.

Embora tenha um dispositivo que emite um sinal localizador debaixo d"água, alguns especialistas temem que ela não seja encontrada porque a área do desaparecimento do Airbus-A330 é de águas profundas, onde esse sinal pode se perder.

Parte dos técnicos avalia que, sem a caixa-preta, a investigação nunca chegará a uma conclusão sobre a causa do acidente. Porém as informações desse sistema por satélite podem ajudar a tentar saber mais sobre os momentos anteriores ao desaparecimento do avião.

Fonte: Ricardo Sangiovanni e Alencar Izidoro (jornal Folha de S. Paulo)

França assume as investigações sobre as causas do acidente

As investigações sobre as causas do acidente com o Airbus da Air France estão sob responsabilidade da França, país onde o avião tem registro legal. Ao Brasil cabe o resgate dos destroços e desaparecidos.

"As investigações, para efeitos de apuração das circunstâncias, são feitas pelo governo francês, pois os tratados internacionais, a legislação da Icao (Organização Internacional da Aviação Civil), em Montreal, estabelece que a investigação é feita pela autoridade aeronáutica do governo de registro da aeronave", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa).

A França iniciou as investigações antes mesmo de receber o que poderá ser resgatado no mar. O Bureau d'Enquêtes et Analyses (BEA), ligado ao Ministério dos Transportes francês, analisa o histórico da aeronave acidentada.

A Airbus já cedeu ao BEA uma equipe engenheiros especializados na aeronave.
O governo francês alertou ontem que a investigação "pode levar muito tempo".
Especialistas brasileiros consultados pela Folha afirmam que talvez nunca se saiba a razão do acidente. O motivo é a dificuldade de localizar a caixa-preta e peças completas, além da ausência de testemunhas.

"A causa mesmo não será descoberta", diz Moacyr Duarte, da UFRJ, lembrando as dificuldades para achar as peças do helicóptero que caiu no mar e levou à morte do deputado Ulysses Guimarães, em 1992.

Adalberto Febeliano, da Anhembi-Morumbi, também acha difícil localizar no mar algo do tamanho de uma caixa de sapatos. A avaliação, porém, não é unânime. O especialista em aviação da UFRJ Respicio do Espírito Santo avalia que, por envolver países como França e EUA, a procura pela caixa-preta tem boas chances de ser bem sucedida, ainda que possa "levar tempo".

Fonte: jornal Folha de S. Paulo

Pilotos de Airbus não seguiram altitude de plano de voo

Mudanças são comuns, desde que avisadas; motivo ainda é desconhecido

Às 22h48, avião deixou radar com a altitude de 35 mil pés; neste ponto, ele deveria estar a 37 mil pés, segundo o plano de voo original

ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

IGOR GIELOW
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO

Os pilotos do AF 447 não seguiam a altitude prevista em seu plano de voo quando a aeronave foi registrada pela última vez pelo radar de Fernando de Noronha, às 22h48 (horário de Brasília) do domingo.

Elaborado antes da decolagem, o plano de voo previa que o Airbus deveria subir de 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (565 km ao norte de Natal). O avião, porém, se manteve a 35 mil pés à frente do ponto, segundo informou a FAB no dia do acidente.

O motivo para isso é desconhecido. A informação pode ser relevante para as investigações ou tratada apenas como um procedimento de rotina. Alterações são comuns, desde que comunicadas. Os pilotos muitas vezes têm de alterar sua rota devido a mau tempo, turbulências ou porque voos diferentes têm planos coincidentes.

"O plano é elaborado com o objetivo de que o voo seja o mais eficiente possível, mas nem todo mundo pode voar na mesma rota", diz o diretor da Azul e ex-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral, Adalberto Febeliano.

Só é possível comparar o plano de voo obtido pela Folha com a rota efetivamente percorrida pelo Airbus em um único ponto, onde a aeronave deixou a área de cobertura dos radares brasileiros. As altitudes em outros pontos virtuais não foram informadas pela FAB.

Também não há registro de que os controladores tenham autorizado o Airbus a se manter a 35 mil pés no ponto onde ele deveria estar a 37 mil pés.

A FAB informou que no último contato dos controladores com o piloto, este informou a localidade (ponto Intol) e o próximo ponto de contato por rádio (ponto Tasil) -a aeronave sumiu antes de chegar lá.

Após deixar a área de controle de Noronha, o que havia à frente do voo AF 447 era uma grande tempestade, composta por nuvens chamadas cumulus nimbus, em cujo interior há fluxos turbulentos, correntes ascendentes e descendentes, chuva e raios. Pilotos sempre tentam evitá-las.

A própria FAB havia alertado, em sua rede de meteorologia na internet, que a tempestade era forte e tinha seu topo variando entre 37 mil e 38 mil pés (11,6 km), ou seja, acima do nível em que o Airbus estava quando deixou a cobertura de radar brasileira (35 mil pés).

Se a manutenção do nível de voo tem alguma relação com a tempestade, essa é uma pergunta que ficará sem resposta até que se tenha acesso às informações das caixas-pretas.

Fonte: jornal Folha de S. Paulo