quarta-feira, 10 de junho de 2009

Conheça aeronaves e embarcações brasileiras usadas nas buscas ao Airbus

Avião R-99 é equipado com radar que passa informações em tempo real.

Sete tipos de aeronaves e cinco de embarcações participam das buscas.


Desde o início das buscas por vítimas e destroços da aeronave que fazia o voo AF447, da Air France, na segunda-feira (1º), a Força Aérea Brasileira (FAB) vem acionando diversas aeronaves para auxiliar as operações em alto-mar. Uma delas é a de modelo R-99, responsável por buscas noturnas, segundo a FAB. A aeronave localizou, na madrugada da terça-feira, vestígios que poderiam ser do Airbus 330-200.

R-99 é usado pela FAB em operações de vigilância da Amazônia - Foto: Divulgação/CECOMSAER/FAB

A FAB descreve o modelo R-99 como a “aeronave de alerta aéreo antecipado e controle mais avançada e de menor custo do mercado. Ele proporciona alta eficiência em missões através de rápidos tempos de reação, atingindo elevadas altitudes e podendo cobrir áreas extensas”.

Radares de “abertura sintética”, sensores e sistemas de comunicação e inteligência eletrônica equipam a aeronave e permitem que ela forneça imagens e informações eletrônicas sobre pontos no solo em tempo real ou com mínima margem de atraso. O radar de abertura sintética, localizado na parte inferior do R-99 marcou as coordenadas geográficas e delimitou a área de busca pelos destroços.

Por essas características, a aeronave é usada pela FAB para, dentre outras funções, efetuar missões de vigilância na bacia do Amazonas. Atualmente, o R-99 faz parte do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).

Conheça outras aeronaves da FAB e embarcações da Marinha envolvidas nas buscas

O C-105, conhecido como Amazonas, é avião militar de transporte tático - Foto: Divulgação/CECOMSAER/FAB

O Amazonas C-105 é um avião militar de transporte tático e versátil. É capaz de realizar missões em larga escala, com eficácia máxima, como transporte tático e logístico, lançamento de pára-quedistas, cargas ou evacuação médica. Foi projetado para decolar de pistas curtas em diversos ambientes. Cargas volumosas podem facilmente ser carregadas ou descarregadas através da porta traseira da rampa, a qual pode ser aberta durante o voo. Uma aeronave C-105 está sendo usada pela FAB nas buscas por destroços.

O C-130 Hércules é descrito pela FAB como uma das 'lendas da aviação atual' - Foto: Divulgação/CECOMSAER/FAB

Um dos mais versáteis aviões de carga de sua classe, o C-130 Hércules foi encomendado em 1951 pela Força Aérea dos Estados Unidos. Atualmente, é utilizado em todo o mundo e se tornou uma das lendas da aviação atual. Foi usado no Vietnã como transporte aéreo. No Brasil, o C-130 é chamado por seus pilotos de "O Gordo" sendo responsável por inúmeras missões, que vão do lançamento de pára-quedistas ao reabastecimento em voo, passando por missões de busca e salvamento e de transporte aéreo. Atinge a velocidade máxima de 560 km/h e chega a 79,3 toneladas quando carregado. Três aeronaves Hércules estão participando da operação de buscas – um C-130 2474, um C-130 2466 e um KC-130 2462.

P-95 tem faróis noturnos que o tornam adequado para buscas noturnas - Foto: Divulgação/CECOMSAER/FAB

Versão do Bandeirante para patrulhamento marítimo, o P-95 "Bandeirulha" foi criado para preencher uma lacuna na aviação moderna. Seu desempenho é elevado em razão dos motores e dos tanques de ponta de asa que lhe aumentam a autonomia para 7 horas e 20 minutos de voo. Equipado com um potente aparelho de radar colocado no nariz, a aeronave conta também com faróis de longo alcance destinados à busca noturna. O Bandeirulha patrulha a costa, executa a identificação e o controle do tráfego mercante e é usado em operações de busca e salvamento. Ele é capaz de voar a 393 km/h e atinge 7 toneladas quando carregado. O P-95 participa das atuais operações de busca e uma aeronave Bandeirante SAR (SC-95 6545) está pousada em Natal à disposição da FAB, caso seja necessário.

O Black Hawk pode ser usado para içar destroços ou corpos das vítimas do acidente - Foto: Carla Lyra (G1)

O helicóptero Black Hawk é uma aeronave de combate. Além das metralhadoras laterais de seis canos, o helicóptero possui blindagem nos tanques de combustível, na cabeça do rotor e nos assentos dos pilotos. Ele tem a capacidade de transportar até quatro toneladas de carga externa. A aeronave é usada pela FAB para vigiar a Amazônia, além de situações de resgate militar e civil.

Super Puma se destaca por sua grande capacidade de transporte e resistência - Foto: Divulgação/SECOMSAER/FAB

O Super Puma é um helicóptero que se destaca por sua grande capacidade de transporte e resistência. As pás de seus rotores em fibra de vidro e as engrenagens e rolamentos que podem funcionar sem óleo por uma hora são itens que tornam a aeronave mais segura. Sua capacidade para transportar 20 soldados totalmente equipados faz dele um helicóptero apropriado para operações de assalto. Os Super Puma da FAB atuam constantemente na Amazônia e no auxílio à população em casos de calamidade.

O helicóptero Lynx é transportado pela Fragata Constituição - Foto: Divulgação/Marinha

O helicóptero Lynx é transportado pela Fragata Constituição. Ele resgatou, na tarde da quinta-feira (4), um suporte utilizado para acomodação de cargas, de aproximadamente 2,5 m². O helicóptero faz parte do trabalho de buscas no Oceano Atlântico do avião da Air France. O voo AF 447 decolou no domingo (31) do Rio de Janeiro em direção a Paris, com 228 pessoas a bordo.

Fragata Constituição transporta um helicóptero Super Lynx, que ajuda nas buscas - Foto: Divulgação/Marinha

A Fragata Constituição, que atualmente opera no local das buscas pelo Airbus, é uma embarcação de 129,2 m de comprimento, 13,5 m de largura e 5,5 m de altura. Pesa cerca de 3,3 mil toneladas e consegue se locomover com carga plena de 3,7 mil toneladas. A Constituição, que transporta um helicóptero Super Lynx, se desloca a uma velocidade máxima de 54 km/h.

Fragata Bosísio - F 48 entrou em operação no sábado (6) - Foto: Divulgação/Marinha

A Fragata Bosisio é uma embarcação de 131.2 m de comprimento, 14.8 m de largura, e 6.0 m de calado de altura. Pesa cerca de 3,9 mil toneladas e consegue se locomover com carga plena de 4,4 mil toneladas. A Bosisio, que transporta dois helicópteros Super Lynx, se desloca a uma velocidade máxima de 54 km/h.

Navio-Patrulha Grajaú suporta carga plena de 217 toneladas e leva até 31 tripulantes - Foto: Divulgação/Marinha

O Navio-Patrulha classe Grajaú atinge velocidade máxima de 43,2 km/h, e é capaz de se deslocar com carga plena de 217 toneladas. O navio tem 46,5 m de comprimento, 7,5 m de largura e 2,3 m de altura e leva uma tripulação de até 31 homens. A embarcação também está no local das buscas.

Corveta Caboclo atinge velocidade máxima de 43,2 km/h e leva 31 tripulantes - Foto: Divulgação/Marinha

A Corveta Caboclo, terceira embarcação no local de procura pelo Airbus, pesa 911 toneladas e suporta carga plena de 960 toneladas. Tem 56 m de comprimento, 9,3 m de largura e 3,6 m de altura. Atinge velocidade máxima de 43,2 km/h e pode levar até 31 tripulantes.

O NT Almirante Gastão Motta - G 23, partindo em 28 de maio de 2004, para prestar apoio aos navios que transportaram parte do contigente brasileiro para as operações de paz da ONU em Port-au-Prince (Haiti) - Foto: Luiz Padilha

O navio-tanque Almirante Gastão Motta tem 135 m de comprimento, 19 m de largura e 7,5 m de altura e atinge velocidade máxima de 36 km/h. Pode transportar até 121 homens. Pesa 9 mil toneladas e é capaz de transportar até 5 mil toneladas de combustível para abastecer outras embarcações.

Fonte: G1

Perícia em Fernando de Noronha atrasa, e corpos só devem chegar à noite ao Recife

A demora na perícia inicial dos 16 corpos das vítimas do Airbus A-330 em Fernando de Noronha (PE) atrasa a chegada dos corpos à base aérea do Recife. A previsão inicial era de que os corpos chegassem às 15h à capital pernambucana e seguissem da base direto para a sede regional do IML (Instituto de Medicina Legal). Segundo a nova previsão da Aeronáutica, os corpos devem deixar o arquipélago por volta das 19h, com chegada ao Recife às 20h. Porém, as informações ainda não são oficiais.

Acessos ao IML de Recife são interditados para isolar perícia de corpos das vítimas do acidente com o Airbus A330 da Air France - Foto: Aldo Carneiro (AE)

Informações repassadas pela Aeronáutica no Recife revelam que o trabalho da perícia está sendo mais complicado do que o esperado. Em Fernando de Noronha, os corpos passam por uma análise inicial e por catalogação. A Polícia Federal e a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco dizem que no arquipélago também são realizadas inspeção visual, coletas de DNA e impressões digitais. Vestimentas e objetos resgatados junto com as vítimas também foram catalogados. Os corpos estão sendo conservados em câmaras frigoríficas a 8°C negativos.

Três peritos federais, um papiloscopista federal, um médico-legista de Pernambuco e um auxiliar de necropsia estão em Fernando de Noronha realizando este trabalho. Para isso, foram instaladas 10 mesas em uma sala improvisada no aeroporto do arquipélago.

Os exames médicos legais serão feitos no IML do Recife. Já a análise de DNA, se necessária, será feita no laboratório da PF em Brasília.

Os corpos chegarão a Recife a bordo de um avião Hércules C-130. Após a aterrissagem, os corpos serão transportados em viaturas do IML para necropsia. Além da equipe da Polícia Científica de Pernambuco, técnicos da França, da Polícia Federal e do IML da Paraíba estão na capital pernambucana para ajudar na análise dos corpos.

Resgate

Os corpos que chegarão a Recife esta tarde foram resgatados do mar no sábado e domingo últimos e levados a 50 km de Fernando de Noronha pela fragata Constituição. Nesse ponto, dois helicópteros da Força Aérea Brasileira os buscaram na embarcação.

Além desses corpos, mais 25 estão a caminho do arquipélago a bordo da fragata Bosísio, totalizando 41 resgatados até o momento. A previsão de chegada é para esta quinta-feira (11) pela manhã, quando helicópteros devem repetir a missão e resgatar os corpos a bordo do navio.

Segundo Marinha e Aeronáutica, as buscas nesta quarta-feira estão concentradas ao norte do local onde foram achados os primeiros corpos. Devido às correntes marítimas, a região das buscas já abrange a área juridicional do Senegal.

Na tarde desta quarta-feira, as buscas são prejudicadas pelo mau tempo. Pela manhã, em entrevista coletiva no Cindacta 3, no Recife, as autoridades informaram que nenhum corpo foi resgatado hoje.

Funcionários da Força Aérea Brasileira trabalham no interior do Cindacta 3, em Recife - Foto: Roberto Candia (AP)

Fonte: UOL Notícias

Aéreas dos EUA substituem sensores de velocidade dos Airbus

Companhias aéreas americanas que usam aviões da Airbus em rotas de longa distância iniciaram a instalação de novos sensores de velocidade antes do acidente com a aeronave A330 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo. A Delta Air Lines, a United Airlines e o US Airways Group disseram nesta semana que estão em processo de modificação dos sensores, conforme recomendação da fabricante francesa.

O sensor, conhecido como tubos de Pitot, se tornou o foco de investigação no acidente com o vôo 447 da Air France que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris. Investigadores disseram haver "inconsistências" nas leituras de velocidade, levantando especulações de que os tubos de Pitot poderiam ter congelado, fornecendo informações erradas ao cockpit e confundindo os pilotos ao atravessar uma tempestade.

A agência de acidentes aéreos francesa disse ser muito cedo para identificar a causa do acidente devido às poucas provas disponíveis. A Airbus recomendou em 2006 que os operadores do modelo A320 substituíssem os tubos de Pitot existentes com por novos com melhor desempenho. A Airbus fez a mesma recomendação em 2007, para os modelos A330/A340.

"Até que estas instalações estejam completas estamos nos comunicando com nossos tripulantes para reiterar os procedimentos corretos a serem usados em caso de indicações de velocidade não-confiáveis", disse uma porta-voz da Delta. A troca dos equipamentos tem sido realizada desde que a Airbus emitiu suas recomendações, disse a porta-voz.

Fonte: Reuters via Terra - Foto: AntoniusJ (Wikipédia)

Airbus 330 é seguro mesmo com sondas de velocidade antigas, diz fabricante

Empresa enviou nota a aéreas confirmando segurança das aeronaves.

Problema no sensor é uma das hipóteses para explicar a queda do voo 447.


A fabricante Airbus enviou nesta quarta-feira (10) a todos os seus clientes donos de aviões modelos A330 e A340 uma nota técnica dizendo que os aviões são seguros, mesmo com os modelos antigos de sensores de velocidades -suspeitos de terem provocados o acidente do voo 447 na semana passada.

Segundo um porta-voz da empresa, a nota afirma que os aviões podem continuar sendo usados normalmente, sem riscos à segurança.

Depois do acidente com o Airbus A330, a empresa Air France acelerou a substituição dos sensores de velocidades conhecidos como tubos de Pitot, segundo o sindicato dos pilotos.

Na madrugada da sexta-feira passada, a Airbus havia divulgado uma nota em que confirmava aos pilotos os procedimentos que deveriam ser aplicados em caso de "medições de velocidade incoerentes".

Fonte: G1 (com agências internacionais)

Suspeitos de ligação com terrorismo estariam no voo 447, diz revista francesa

Identificação de 2 passageiros tem de ser confirmada, segundo 'L'Express'.

Forças Armadas da França não confirmaram a informação.

Os serviços franceses de informação disseram que dois dos passageiros do voo 447 seriam ligados ao terrorismo, informou nesta quarta-feira (10) o site da revista francesa 'L'Express'.

Segundo a matéria, a identidade da dupla precisa ser confirmada, e há a hipótese de que se trate apenas de homônimos.

Um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da França, questionado pela agência Reuters sobre o fato, disse que não podia confirmar essa informação.

As autoridades francesas afirmaram diversas vezes que a hipótese de um atentado contra o voo da Air France 447 do Rio de Janeiro a Paris não estava totalmente descartada, mesmo sendo pouco provável.

As autoridades, no entanto, disseram que nenhum grupo reivindicou o atentado, o que seria de esperar num caso desse.

Fonte: G1 (com agências internacionais)

Airbus A320 faz pouso de emergência nas Canárias, Espanha, após ter problema no motor

Avião ficou 10 minutos no ar e teve de voltar a aeroporto nas Canárias.

Ninguém se feriu, segundo a autoridade aeroportuária espanhola.


Um avião Airbus A320 teve problemas logo após decolar das Ilhas Canárias nesta quarta-feira (10) e teve de voltar ao aeroporto e fazer um pouso de emergência, segundo a autoridade aeroportuária da Espanha.

O modelo é semelhante ao Airbus A330 acidentado na semana passada quando ia do Rio de Janeiro a Paris, com 228 pessoas a bordo.

O avião que teve problemas nas Canárias, da empresa espanhola Iberworld, ia de Las Palmas para Oslo, na Noruega.

Ninguém ficou ferido. A aeronave ficou dez minutos no ar antes do pouso.

Uma porta-voz do governo negou que um dos motores tenha pegado fogo, explicando que apenas ocorreu um "problema não identificado".

Os passageiros do voo 6201 foram retirados da aeronave, e a companhia planejava recolocá-los em outro voo. A imprensa local disse que havia 180 pessoas a bordo, mas a informação não foi confirmada oficialmente.

Fonte: AP via G1

Avião alemão sofre turbulências na região do acidente do Airbus

Um avião da companhia alemã Lufthansa sofreu fortes turbulências - deixando até mesmo um ferido entre seus passageiros - ao sobrevoar a mesma região onde aconteceu o acidente do aparelho da Air France no qual morreram 228 pessoas.

A revista alemã "Stern" revela em sua próxima edição que um Boeing 747-400 que cobria a rota entre São Paulo e Frankfurt (voo 507) sofreu fortes turbulências a três horas do litoral brasileiro, 48 horas antes do acidente do aparelho francês.

A própria Lufthansa confirma na revista que um passageiro ficou ferido ao ser jogado contra o teto do avião quando este sofreu uma forte turbulência.

As turbulências foram tão fortes que carrinhos com bebidas e alimentos e parte da bagagem de mão caíram nos corredores do avião, enquanto outros objetos voaram pela cabine.

Vários passageiros que não estavam com o cinto de segurança foram atirados contra o teto do aparelho e um deles sofreu um corte que foi tratado no próprio avião para evitar um forte sangramento.

"Geralmente acontecem turbulências nessa rota", assinala um porta-voz da Lufthansa na "Stern", que ouviu os testemunhos de vários passageiros deste voo.

Fontes: EFE / Stern - Foto: Boris Roessler (DPA)

Avião da American Airlines faz pouso de emergência após incêndio em banheiro

Um Boeing 767-300 da American Airlines com 206 pessoas a bordo precisou fazer um pouso de emergência, nesta terça-feira (9), às 20:15 (hora local) em Halifax, no leste do Canadá. A medida foi tomada depois que um incêndio atingiu o banheiro da aeronave. As informações foram divulgadas pela AFP.

Segundo o porta-voz do aeroporto de Halifax, Peter Spurway, o avião aterrissou "sem incidentes", e os 194 passageiros e os 12 membros da tripulação foram evacuados por meio de uma escada do próprio avião ("airstair"). Ninguém se feriu. O vôo 64 tinha partido de Nova York com destino a Zurique, na Suíça.

Na foto, a "airstair" de um Boeing 767 sendo recolhida

Spurway disse que o problema foi causado no motor do ventilador de um dos banheiros. De acordo com informações ainda não confirmadas, um membro da tripulação teria apagado as chamas com um extintor.

Fontes: Terra / Globe and Mail / AFP - Foto: Aero Tecs

Satélite mostra que voo AF 447 enfrentou bloco de nuvens a 83°C negativos

Uma imagem captada por um satélite da Eumetsat (Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos) às 23 horas do domingo (31) revela que o Airbus da Air France que caiu no mar com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio cruzou uma tempestade de nuvens aglomeradas a uma temperatura de 83°C negativos. Os dados foram captados pelo satélite Meteosat-9 e processados pela estação meteorológica localizada na Universidade Federal de Alagoas. Quatorze minutos após o momento de registro da imagem pelo satélite, o avião enviou a última mensagem automática informando que houve despressurização.

Dados captados pelo satélite Meteosat-9 e processados pela estação meteorológica da Universidade Federal de Alagoas mostram condições climáticas raras numa rota de voo, segundo o meteorologista Humberto Barbosa

Com base nos dados captados no momento em que o voo AF 447 cruzava a região do oceano (a cerca de 565 km de Natal-RN), o coordenador da estação e doutor em sensoriamento remoto pela Universidade do Arizona (EUA), Humberto Alves Barbosa, meteorologista, aponta uma nova teoria para o acidente. Ele acredita que a aeronave pode ter enfrentado condições climáticas inéditas em percursos aéreos.

Para Barbosa, a situação climática no momento do acidente pode ser decisiva para explicar a tragédia.

"Alguns dos aglomerados convectivos podem ter se intensificado muito rapidamente durante a passagem do avião. As temperaturas de brilho (nos topos das nuvens) apresentaram valores de -83 ºC. Pode ter havido condições únicas encontradas pelo avião na passagem da região, que apresentava alta turbulência", explicou, acrescentando que "isso leva à especulação de que turbulências nas proximidades das tempestades de rápido desenvolvimento podem ter desempenhado um papel no acidente".

Uma situação como essa é considerada muito rara numa área de rota de voo. "É a primeira vez que vi uma situação na vida numa rota de voo", disse Barbosa.

Para explicar o que são "aglomerados convectivos", ele usa como exemplo o algodão-doce. "É como você apertar vários desses algodões até eles não terem mais condições de comprimirem. Foi isso que aconteceu com as nuvens, o que teria ocorrido a uma temperatura baixíssima", exemplifica.

"Pior que um furacão"

Caso a temperatura tenha mesmo sido a calculada pela estação, o avião teria encontrado um cenário pior que o de um furacão. "Um furacão, em média, alcança 70°C negativos. Ela pode ter reduzido significativamente a velocidade do avião. Daí, o piloto automático teria de corrigir esta perda de velocidade por meio dos sensores, que também podem ter entrado em colapso com a tempestade", afirma. Uma outra teoria apontada como suposto motivo para o acidente seria falha dos sensores de velocidade dos modelos Airbus 330 e 340.

A queda na velocidade também é apontada pelo meteorologista como uma hipótese complementar para o acidente. "Com a intensificação da turbulência, é normal que a velocidade da aeronave caia significativamente devido ao atrito do ar, somado à presença de partículas de gelo e de água super congelada. À medida em que a aeronave atravessa a tempestade, por causa da corrente de vento em alto nível, a situação só piora. Ou seja, na hora pode ter acontecido uma 'tempestade perfeita', somente naquele instante", afirma.

Segundo ele, esses dados não foram repassados ou solicitados por autoridades que investigam o acidente, embora ele acredite que a situação climática seja decisiva para explicar a tragédia. "Existem outras imagens de satélites. Porém, essas mostram exatamente o núcleo do aglomerado convectivo e a temperatura de -83°C. Esse cálculo é resultado de uma tecnologia desenvolvida aqui na Ufal", explicou Barbosa.

Ainda segundo o professor, devido à falta de cobertura por radar na região, satélites como o Meteosat-9 acabam sendo a única fonte de dados meteorológicos sobre oceanos.

Fonte: Carlos Madeiro (especial para o UOL Notícias) - Imagem: Evaristo Sá (AFP)

Cumbica fica em 128º e Galeão é 135º em ranking de aeroportos

Os aeroportos internacionais de São Paulo e do Rio de Janeiro aparecem, respectivamente, em 128º e 135º lugar em um ranking elaborado pela consultoria Skytrax, com base em uma pesquisa realizada com 8,6 milhões de passageiros em 195 aeroportos.

De acordo com o ranking, divulgado nesta terça-feira, o aeroporto Incheon, em Seul, na Coréia do Sul, é o melhor do mundo, seguido de perto pelos aeroportos internacionais de Hong Kong e de Cingapura.

O questionário respondido pelos passageiros levava em consideração experiências como o check-in, as partidas, as conexões e a chegada.

Seis aeroportos da região asiática do Pacífico estão na lista dos dez melhores, junto aos aeroportos de Zurique, Munique, Amsterdã e Auckland, na Nova Zelândia.

Segundo a Skytrax, a disputa foi apertada entre os três primeiros lugares. Hong Kong havia recebido o título no ano passado. O aeroporto de Incheon esteve entre os cinco primeiros do mundo nos últimos cinco anos.

O aeroporto, a cerca de 60 km de Seul, foi aberto em 2001 para substituir o aeroporto de Kimpo como porta de entrada internacional da Coreia do Sul. Em 2006, ele foi o 11º mais movimentado do mundo.

Rankings regionais

Na América do Sul, o aeroporto de Lima, no Peru, foi considerado o melhor, seguido por Santiago, Buenos Aires, São Paulo e Rio.

Nos outros rankings regionais, o aeroporto da Cidade do Cabo, na África do Sul, foi considerado o melhor da África, Zurique foi apontado como o melhor da Europa e o de Tel Aviv foi escolhido como o melhor aeroporto do Oriente Médio.

O aeroporto de Fort Worth, em Dallas, foi considerado o melhor da América do Norte e o do Panamá, o melhor da América Central.

De acordo com a consultoria, o aeroporto de Dubai, nos Emirados Árabes, tem as melhores lojas, o de Hong Kong tem os melhores restaurantes e o de Helsinki, na Finlândia, tem o melhor sistema de entrega de bagagens.

O aeroporto de Kansai, no Japão, foi apontado como o que tem os "banheiros mais limpos".

Fonte: BBC Brasil via O Globo

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