terça-feira, 1 de junho de 2010

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O Fairchild C-82A Packet, prefixo PP-CEK, da Cruzeiro do Sul - Serviço de Carga, no Aeroporto Santos Dumont (SDU/SBRJ), no Rio de Janeiro, em 15 de junho de 1968.

Foto: Vito Cedrini (Airliners.net)

Explosão de bomba da Segunda Guerra Mundial mata 3 na Alemanha

Uma bomba da Segunda Guerra Mundial encontrada no centro da Alemanha explodiu nesta terça-feira matando três pessoas enquanto especialistas se preparavam para desativá-la, disseram autoridades locais.

Acredita-se que os três mortos eram membros do esquadrão antibomba.

A bomba explodiu em Goettingen, marcado no centro do mapa por um ponto vermelho

Seis pessoas ficaram feridas, duas gravemente, quando a bomba lançada por um avião das forças Aliadas sobre a cidade universitária de Goettingen explodiu inesperadamente, afirmou o corpo de bombeiros local.

Acredita-se que a bomba que explodiu pode ter vindo de um bombardeiro Avro Lancaster da RAF

Antes, as autoridades haviam retirado milhares de residentes para que os peritos pudessem desativar a bomba de 500 quilos encontrada a 7 metros de profundidade, disse o porta-voz dos bombeiros. Bombas da Segunda Guerra Mundial são regularmente desativadas na Alemanha e raramente explodem.

Fontes: Ralf Bode (Reuters) via UOL Notícias / Daily Mail - Fotos: Daily Mail / EFE

Divulgadas gravações sobre acidente que matou ex-presidente polonês

O Governo polonês publicou nesta terça-feira a transcrição das gravações das caixas-pretas do avião cuja queda matou o ex-presidente da Polônia Lech Kaczynski, registradas antes do acidente, que incluem gritos da tripulação.

O acidente aconteceu no dia 10 de abril, na cidade russa de Smolensk, e provocou a morte de seus 96 ocupantes, entre eles o ex-presidente Kaczynski e sua esposa Maria.

As gravações tornadas públicas hoje mostram que o chefe de protocolo do Ministério de Exteriores polonês, Mariusz Kazan, era uma das duas pessoas presentes na cabine do Tupolev 154M, como já era especulado, e que quando recebe a notícia dos pilotos sobre as dificuldades para aterrissar responde: "Temos um problema".

A segunda pessoa na cabine era o general da Força Aérea polonesa, Andrzej Blazik, cuja presença no momento do acidente já era conhecida.

As gravações também revelam que durante os dois últimos minutos de voo o sistema de alarme de obstáculos terrestres indicou em repetidas ocasiões a necessidade de elevar o aparelho para evitar a colisão.

A maior parte das gravações é "ininteligível", mas mostra com clareza os últimos instantes, quando a asa do avião bate contra a copa das árvores e é possível ouvir gritos, segundos antes do acidente que matou todos os passageiros.

Os ocupantes do avião iam para Katyn, onde assistiriam a uma cerimônia em memória dos mais de 20 mil oficiais poloneses assassinados no lugar, em 1940, por ordem de Josef Stalin.

Fonte: EFE via EPA - Imagem: Cortesia: Google Earth

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França promete acompanhar investigação sobre acidente com avião da Air France

Um ano depois do acidente, o Governo francês prometeu nesta terça-feira acompanhar as investigações para esclarecer as causas da queda de um avião da Air France que cobria a rota entre Rio de Janeiro e Paris.

"Custe o que custar" é preciso buscar a verdade, afirmou o secretário de Estado de Transportes francês, Dominique Bussereau (foto), na cerimônia em homenagem às 228 vítimas do acidente aéreo.

As três fases de buscas realizadas até agora pela entidade encarregada do caso, o Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês), não deram resultado, mas o secretário declarou poder "garantir" que a entidade não abandonará as investigações.

O BEA manterá as investigações destinadas a recuperar os "elementos-chave" para compreender as causa do acidente, como restos do avião e as caixas-pretas.

Além do secretário de Estado e de representantes da BEA e da companhia aérea Air France, assistiram à cerimônia, no Parque Floral de Paris, muitos parentes e amigos das vítimas, procedentes de diferentes lugares de Brasil, França e Alemanha.

O acidente aconteceu há exatamente um ano, quando um Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro rumo a Paris, caiu no mar perto do arquipélago de Fernando de Noronha, a 1.296 quilômetros de Recife.

Todos os tripulantes e passageiros, de 32 nacionalidades, morreram.

Fonte: EFE via EPA

Astronautas da ISS registram luzes noturnas da Europa

Imagem obtida em 28 de abril a partir da Estação Espacial Internacional (ISS) mostra a região dos Alpes, na Europa, com o reflexo da Lua cheia sobre o Mar Mediterrâneo. É possível identificar a cidade italiana de Torino (em cima, à esquerda), e as francesas Marselha (à direta, no litoral) e Lyon (embaixo, no centro). A foto foi tirada às 23h55, no horário local.

Fonte: G1 - Foto: Nasa/Divulgação

Tripulação da Estação Espacial será renovada

O trio vai se juntar aos russos Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e à astronauta americana Tracy Caldwell Dyson

A próxima tripulação formada por russos e americanos que irá a Estação Espacial Internacional disse hoje que já estão preparados para a missão, apesar de terem inicialmente fracassado no primeiro teste.

Os astronautas da NASA Doug Wheelock e Shannon Walker e o comandante russo Fyodor Yurchikhin afirmaram a repórteres que a nave Soyuz os levará ao espaço no dia 16 de junho, partindo do cosmódromo no Cazaquistão.

Yurchikhin disse que foi preciso fazer dois testes com equipamentos após a falha inicial, mas ressaltou que o problema fortaleceu o espírito de equipe da tripulação.

“Estou ciente de que os problemas enfrentados durante o teste foram minha total responsabilidade”, reconheceu, “E posso garantir que ficou claro como somos uma verdadeira equipe”.

O trio vai se juntar aos russos Alexander Skvortsov e Mikhail Kornienko e à astronauta americana Tracy Caldwell Dyson, cujos companheiros retornarão à Terra na quarta-feira.

Fonte: Associated Press via InfoOnline - Foto: Associated Press

NASA caça carrapatos com satélite

Satélites espaciais da NASA estão sendo usados para um fim nada comum: encontrar carrapatos em uma floresta.

A ideia pode parecer bizarra, mas faz parte de uma medida para evitar que pessoas contraiam doenças desses animais.

Nathan Renneboog e Stephen Firsing, da Universidade do Alabama em Birmingham, participaram de um programa da NASA chamado DEVELOP. Com a orientação do Dr. Jeff Luvall, do Centro Espacial Marshall (da NASA), eles aprenderam a ler as imagens via satélite do Terra.

Usando as leituras infravermelhas, eles analisaram a Floresta Nacional Talladega, no Alabama, para encontrar áreas onde carrapatos normalmente cresceriam.


Estes animais se alimentam de sangue – de animais ou humano – e, apesar de pequenos, representam um problema à saúde ao transmitirem doenças em suas picadas.

Os dados do satélite Terra foram usados para analisar a umidade do solo e a vegetação. As imagens eram compradas a regiões estudadas pelo método manual no passado, que serviam como referência. Com 12 locais estudados, foi criado um mapa digital que mostra prováveis habitats que concentram as características ideias para o crescimento dos carrapatos - densa vegetação e grande umidade do solo.

Com isso, a equipe criou áreas onde o contágio de doenças é mais provável – e ajuda a população a evitar estes locais.

Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Imangens: CDC / satélite Terra

TAM lança voo de Congonhas para Cabo Frio em julho

Voos terão capacidade para 144 passageiros, sairão às quintas-feiras e domingos e farão escala no aeroporto Santos Dumont, na capital fluminense

A partir de 1º de julho, a TAM inicia sua primeira frequência entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro. Os voos, operados com aeronaves Airbus A319 com capacidade para 144 passageiros, sairão às quintas-feiras e domingos e farão escala no aeroporto Santos Dumont, na capital fluminense.

O voo JJ 3966 partirá do aeroporto de Congonhas às 16h59, fará escala no aeroporto Santos Dumont às 18h06 e partirá às 18h48 para o aeroporto de Cabo Frio, onde chegará às 19h15. Já o percurso inverso será realizado pelo voo JJ 3967, que decolará de Cabo Frio às 19h45, pousará no aeroporto Santos Dumont às 20h12 e partirá às 20h45 para o aeroporto de Congonhas, chegando às 21h37.

Fonte: Agência Estado

Aeroporto Afonso Pena (PR) está defasado

O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, no Paraná, é um dos locais em que a demanda por pousos e decolagens está maior que a capacidade máxima de operação.

De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem, o terminal paranaense pode suportar até 14 operações por hora.

No entanto, a demanda para a região, em horário de pico, é por 18 voos por hora. A entidade prevê, ainda, que a defasagem pode até piorar: se o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) crescer num ritmo de 3,5% ao ano, o mercado doméstico de transporte aéreo pode aumentar três vezes nos próximos 20 anos.

Nenhum dos dez aeroportos pesquisados pelo Ipea tem capacidade para dar conta dos pedidos de pousos e decolagens nos horários de pico. Todos eles estão localizados em cidades que provavelmente sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014.

A situação do Aeroporto de Curitiba é parecida com os terminais de Confins (16 voos por hora, com demanda para 19), em Belo Horizonte, e Santos Dumont (15 operações e demanda para 18), no Rio de Janeiro. No aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde a capacidade é idêntica à de Curitiba, a demanda é ainda maior, para 20 operações.

A situação mais crítica é no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, onde a demanda é para 17 voos por hora, mas a capacidade do terminal atende apenas 9 operações.

“Quando a solicitação de pousos e decolagens é maior do que a capacidade máxima de operação dos aeroportos, a solução é deslocar o voo para outros aeroportos ou para outros horários”, disse o coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos, ao lançar o estudo Panorama e Perspectivas para o Transporte Aéreo no Brasil e no Mundo.

O estudo, que faz parte da série Eixos do Desenvolvimento Brasileiro, aponta o Brasil como o país de maior potencial de desenvolvimento na área de transporte aéreo entre os emergentes.

Campos explica que apesar de a América Latina ter pequena expressão neste mercado, a região é a que tem registrado as maiores taxas de crescimento nesse tipo de transporte.

“Os maiores aeroportos já estão operando no limite. Parte disso se deve aos preços mais acessíveis e ao crescimento da economia brasileira. Há também a influência da complexidade industrial, que está promovendo um crescimento recorde do transporte de mercadorias, tanto no âmbito interno como externo”, disse o pesquisador.

Concessão

Consultor do Ipea para a pesquisa, Josef Barat explica que 97% de toda a movimentação de passageiros e cargas passam necessariamente pelos 67 aeroportos administrados pela Infraero.

“Temos de discutir o futuro dessa empresa. Um fator complicador é o de que não há contrato de concessão entre ela e a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil]. E por a empresa não se caracterizar como uma concessionária, a Infraero acaba exercendo o papel de reguladora dela mesma”, argumenta.

“Claro que se não forem feitos investimentos adequados o país corre risco de não dar conta e enfrentar um apagão”, avalia Barat. “Os aeroportos deveriam se preparar para receber mais passageiros e aviões mais modernos com uma antecedência de 40 anos”, acrescenta.

Fonte: Helio Miguel (Paraná Online - com agências)

Voo da Seleção da Nigéria tem problemas e é obrigado a retornar ao aeroporto

O Boeing 767-300ER, prefixo CS-TQI, fretado da Luz Air (foto acima) que levava a delegação da Nigéria para a África do Sul apresentou problemas logo depois da decolagem e teve que retornar ao aeroporto, informou o site africano Kick Off.

O assessor da Federação Nigeriana de Futebol, Idah Peterside, disse que o piloto informou que havia uma luz vermelha acesa no painel de controle, e que não tinha certeza sobre a origem do problema. Dessa forma, o comandante da aeronave optou por retornar ao aeroporto para tentar estabelecer a causa do problema.

Jogadores e comissão tiveram que ser acomodados nas proximidades do aeroporto, e ainda esperam por uma providência da companhia aérea para embarcar rumo ao sul do continente africano.

A Nigéria está no Grupo B da Copa do Mundo, ao lado de Grécia, Coreia do Sul e Argentina, primeiro rival no torneio. A partida será disputada no dia 12, no Estádio Ellis Park, na cidade de Johannesburgo.

Fonte: Terra - Foto: if (JetPhotos)

MAIS

A Luzair é uma companhia aérea portuguesa, criada em 1997, que opera voos charter e ACMI. O código ICAO é LUZ e o seu call-sign é Lisbon Jet.

Acidente no Aeroporto deixa um ferido

Queda de tapume

Um funcionário da TAM ficou ferido após o desabamento de três tapumes que isolavam uma área de reformas do Aeroporto Internacional Pinto Martins, ontem. O acidente aconteceu por volta das 13 horas, em frente aos guichês de check in da empresa de transportes aéreos (foto).

A obra é de responsabilidade da Infraero. Os companheiros de trabalho da vítima foram desautorizados pela chefia da TAM de se pronunciarem sobre o caso. Contudo, O POVO apurou que o impacto foi tão forte que o homem, conhecido como Pinheiro, precisou ser removido numa cadeira de rodas. ``Se você reparar bem, um dos tapumes chegou a trincar``, observou um funcionário.

Segundo testemunhas, Pinheiro recebeu atendimento médico imediato e, em seguida, foi levado para uma unidade hospitalar. No setor de primeiros socorros, outra proibição para comentar o episódio, que poderia ser bem pior. Outro funcionário escapou por pouco de ser atingido pelos tapumes. ``Ele (Pinheiro) saiu com uma lesão nas costas e reclamando de muita dor. Saiu andando. Caxingando, mas andando``, acrescentou mais um funcionário.

Colaboradores do Aeroporto denunciaram que faixas de isolamento da área só foram colocadas no local após o incidente de ontem. De acordo com eles, a obra se arrasta há meses. ``Pelo visto, esses tapumes foram mal instalados. Poderia ter caído em cima de qualquer pessoa! E se fosse um cliente passando? E se fosse uma criança? Aqui tem muita criança correndo pra lá e pra cá``, disse um funcionário.

O POVO procurou pessoalmente a administração da Infraero logo que soube do acidente. Contudo, foi informado de que nenhum representante do órgão poderia comentar o caso. Durante o restante da tarde e parte da noite, quatro ligações foram feitas para a assessoria de imprensa, que não atendeu à reportagem. Mesmo após pedidos de retorno, não houve um posicionamento oficial da Infraero até o fechamento da edição.

Fonte: O Povo Online

Sorriso: readequação de projeto para aeroporto será concluída em 30 dias

O governo do Município de Sorriso, no estado do Mato Grosso, espera finalizar nos próximos 30 dias o projeto de readequação do aeroporto para que seja retomada o processo de construção, paralisada desde o final de 2008. "Contratamos uma empresa para fazer a readequação do projeto. Já licitamos e acredito que deve ficar pronto entre 20 e 30 dias, para encaminhar para aprovação da Anac (Agência Nacional de aviação Civil)", explicou o secretário de Indústria e Comércio, Cláudio Zancanaro, ao Só Notícias.

Entre as causas da paralisação da construção estava um litígio envolvendo a área, o que foi solucionado ainda no final do ano passado, quando o juiz federal Murilo Mendes, da comarca de Sinop, decidiu pela averbação nas matrículas dos imóveis reivindicados, determinando assim que não há mais impedimento para que a construção continue. "O problema fundiário impedia inclusive de fazer o projeto, tão logo resolveu isto, foi dado início ao processo para a readequação do projeto", destacou.

Segundo Zancanaro, o "novo" projeto deve estimar quanto será destinado para a continuação da construção e o que ainda falta ser feito. A empresa que está responsável é de Brasília e, conforme o secretário, é especializada em aeroportos. Após finalizado, o projeto será encaminhado à Anac para análise e aprovação.

As obras no aeroporto, localizado às margens da BR-163, a cerca de 10 quilômetros da cidade, começaram ainda no final de 2006, com a elaboração da pista. Atualmente, a unidade está com a base da pista pronta e tem aproximadamente 800 metros de capa asfáltica executados.

Fonte: Karoline Kuhn/Só Notícias

Taxistas são multados em local de trabalho, no Aeroporto

Motoristas que trabalham no Aeroporto Internacional de Brasília pelo serviço de rádio enfrentam problemas para receber passageiros. O movimento é grande e o espaço, muito disputado

Apesar de a frota da Rádio Táxi no DF ser próxima de mil veículos, apenas três vagas são destinadas aos motoristas do setor para o embarque e desembarque de passageiros no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Diante dessa realidade, os taxistas que trabalham no local vêm colecionando uma série de multas por buscarem passageiros em locais não regulares. Apenas na última semana, 39 condutores foram multados. Ontem, o Correio contabilizou, durante cerca de duas horas, outras cinco notificações pelo mesmo motivo. As infrações registradas nesse mesmo período de tempo foram incontáveis.

De acordo com os motoristas de Radio Táxi (1), nos dias e horários de maior movimento no aeroporto, cerca de 20 carros são solicitados de uma só vez ao serviço. Como eles não têm onde parar para pegar os passageiros, as multas acabam sendo diárias. A fila, que era para ter apenas três carros, reúne mais de 10 motoristas que aguardam os clientes e acabam atrapalhando o trânsito na região. De acordo com policiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) que atuam no local, os carros impedem a passagem dos veículos e muitos ficam parados nas vagas por mais tempo do que deveriam. “Não queremos atrapalhar o trabalho de ninguém, mas precisamos manter a ordem. Temos aqui um problema de estrutura: são poucas vagas, mas não podemos deixar que isso atrapalhe a fluidez do trânsito”, explicou o tenente Newton, oficial do BPTran.

Taxista há 11 anos, José Geraldo Ribeiro, 42, recebeu duas multas pelo mesmo motivo nos últimos seis meses. Atualmente, ele acredita que a fiscalização ficou ainda mais rigorosa. “Nós estamos com o chamado do cliente registrado e não conseguimos pegar o passageiro porque, se paramos, eles nos multam. Nós ficamos dentro do carro, ou então passamos bem devagar e mesmo assim somos multados. Faltam vagas, mas também falta compreensão com relação ao nosso serviço”, defende-se o taxista. Galvânio Lúcio Soares, 44, foi multado ontem pela manhã. “Eu preciso pegar o meu passageiro. Para isso tenho que encostar, não estou estacionando. É um absurdo, daqui a uns dias nós vamos trabalhar apenas para pagar multa”, indignou-se o motorista, que trabalha com o transporte de passageiros há 14 anos. A multa é de R$ 86 e em caso de reincidência passa para R$ 126.

Protesto

Para reclamar contra as autuações, os taxistas fizeram um protesto na manhã de ontem em frente à plataforma inferior do Aeroporto. “Os motoristas da Rádio Táxi trabalham devendo diariamente R$ 220 por dia para as empresas. Eles não fazem o transporte por conta própria, e mesmo assim a Infraero, responsável pela demarcação das vagas, não toma uma atitude”, considerou o presidente do Sindicato de Taxistas Locatários do DF, Sandro Heleno Pereira. Segundo Sandro, muitas vezes os taxistas são multados, inclusive com duplicidade. Isso porque, além do BPTran, a Subsecretaria de Infraestrutura e Transporte Público Individual do GDF também é responsável pela fiscalização no Aeroporto e tem o poder de notificar os motoristas. “Desse jeito, a multa muitas vezes vem dos dois lados, e nem adianta recorrer. Além disso, o tratamento dos policiais não é nada amigável, vamos reclamar no Comando da PM”, acrescentou o presidente do sindicato.

Para Lourdes Brito, fiscal do GDF desde 1997, as multas aplicadas aos taxistas no Aeroporto já não são mais capazes de conter o problema no local. “É humanamente impossível multar todo mundo e isso não resolve, porque não tem espaço para que as coisas possam realmente ficar organizadas. Ao mesmo tempo, não podemos deixar os carros pararem onde quiserem”, explicou. Quatro policiais do BPTran são responsáveis pela fiscalização no Aeroporto em cada turno. Os fiscais também trabalham em duplas e por período. “Apoiamos os taxistas no sentido de que as vagas são poucas, mas temos que continuar cumprindo a nossa função de fiscalização”, explicou o tenente Newton, oficial do BPTran. A reportagem entrou em contato com a assessoria da Infraero, que não esclareceu o que fará com relação às vagas, nem a respeito dos pedidos encaminhados pelos taxistas.

O número

1 mil - Frota estimada das 12 cooperativas da Radio Táxi que atuam no DF.

* (1) - Com desconto: o DF conta hoje com 12 cooperativas de Rádio Táxi. Do total de taxistas, cerca de 800 trabalham com 30% de desconto sobre o valor marcado no taxímetro, o que os diferencia dos demais motoristas que têm ponto em uma central fixa no Aeroporto e que contam com 30 vagas para deixar e embarcar passageiros.

Fonte: Noelle Oliveira (Correio Braziliense) - Daniel Ferreira (CB/DAPress)

Avianca aposta em mais voos para Pernambuco

A partir do dia 21, a Avianca passa a oferecer três novas opções de voos diários para Pernambuco. Petrolina ganha mais um voo, que vai atender Recife e Salvador. Já a capital pernambucana terá duas novas frequências da empresa, para Salvador e São Paulo.

Pernambuco tem atualmente cerca de 140 voos diários, ligando 29 destinos, dos quais 26 cidades no Brasil e três internacionais: Lisboa (Tap), Miami (American Airlines) e Buenos Aires (Tam). No ano passado, Pernambuco recebeu 3,9 milhões de visitantes, contra 3,7 milhões em 2008, o que representou uma variação positiva de 4,8%. Foi recorde no fluxo do Estado.

Segundo pesquisa realizada pela Empetur, 93% destes turistas são brasileiros. Os paulistas representaram, no ano passado, 20,8% dos turistas que desembarcaram em Pernambuco. Já os baianos aparecem na segunda posição, com 7,37%.

Em 2009 o aeroporto dos Guararapes/Gilberto Freyre registrou uma movimentação recorde, com mais de cinco milhões de passageiros transportados. A expectativa para este ano é que a capital pernambucana atinja a marca dos 5,5 milhões de usuários. Já o aeroporto Nilo Coelho, em Petrolina, teve um acréscimo de 31% em relação a 2008, firmando-se como um dos principais do interior do Nordeste.

Fonte: Portal Panrotas

Paris: famílias reclamam de apurações do AF 447 em cerimônias

Os familiares e amigos das 228 vítimas da catástrofe aérea com o voo AF 447, que caiu no oceano Atlântico há um ano no trajeto entre Rio de Janeiro e Paris, participaram nesta terça-feira de duas cerimônias ecumênicas na capital francesa. Em meio a momentos de muita emoção e homenagens aos passageiros, os convidados também aproveitaram a oportunidade para reclamar do trabalho realizado pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), responsável por apurar as causas da tragédia.

Pilotos da Air France chegam ao cemitério Père Lachaise para participar de inauguração de monumento em homenagem às vítimas

A primeira cerimônia aconteceu pela manhã no Parque Floral de Paris. Os familiares foram levados em ônibus para local, onde a imprensa era afastada pela polícia e organizadores do evento. Foram lidos poemas e passagens religiosas em 15 línguas diferentes, em um ato que reuniu 1.150 participantes de 29 países, representando 77% das vítimas. A Air France, companhia que operava o voo, arcou com os custos da viagem.

O momento de maior emoção, conforme relatos dos presentes, foi quando foram lidos os nomes de todas as 228 vítimas, sob o som de uma orquestra. "Não tinha como resistir. Nesta hora, os poucos que estavam contendo a emoção foram às lágrimas", afirmou Sylvain Owondo, 28 anos, cujo pai morreu no acidente. "Várias pessoas tiveram que sair da sala para respirar e se recompor. Parece que foi ontem", disse a irmã de Sowondo, Julienne.

Segundo a Air France, 138 brasileiros estavam presentes. O ministro francês dos Transportes, Dominique Bussereau, discursou e reiterou o empenho do país em prestar auxílio e encontrar a verdade sobre o acidente. Bussereau deu a entender que haverá uma nova fase de buscas pelas caixas-pretas, uma reivindicação das famílias. "Eu posso lhes garantir que nós não abandonaremos as buscas. O BEA vai continuar as suas investigações para ter mais uma chance de encontrar a carcaça e as caixas-pretas do avião, que são elementos-chave para compreender as razões deste drama", disse o ministro.

À tarde, as famílias seguiram para o cemitério Père Lachaise, um dos mais tradicionais de Paris, onde foi inaugurado um monumento de lembrança às vítimas. Os familiares puderam depositar flores no local e, os que desejarem, poderão ter o nome do parente falecido gravado no marco. A emoção, no entanto, não substituiu a indignação de algumas famílias diante da demora do BEA em encontrar as caixas-pretas do avião e apontar as causas para o acidente.

O presidente da Associação de Familiares das Vítimas do Voo AF 447, Nelson Marinho, que perdeu o filho, preferiu não participar dos eventos porque considera o trabalho realizado pela França insuficiente. Para ele, a companhia deveria fornecer mais apoio psicológico às famílias ao invés de realizar cerimônias.

Desde que chegou em Paris, Marinho se encontrou com pilotos e sindicatos franceses ligados à aeronáutica, e afirma que os relatos lhe permitem concluir que o acidente poderia ter sido evitado. "Chegamos à conclusão de que a França não quer investigar coisa nenhuma. A aeronave estava com defeito de fabricação e a Air France não estava fornecendo a manutenção adequada", afirmou Marinho. "Se eles tivessem trocado certas peças, toda essa tragédia poderia ter sido evitada."

O brasileiro também reclamou da falta de transparência do BEA e de o escritório não possuir a independência necessária para aprofundar a investigação, devido à íntima ligação que possui com a Air France, a fabricante Airbus e o Estado francês. O representante da associação de famílias alemãs, Wini Schmidt, tem a mesma queixa. "Há muito tempo se sabe que o BEA não é suficientemente independente. Mas se eles não nos trouxerem as respostas que procuramos, vamos acionar a União Europeia", disse Schmidt, que também perdeu uma filha no acidente.

"O governo francês protege descaradamente a Airbus e a Air France e não quer que se encontrem essas caixas-pretas. Com a culpabilidade dessas empresas sendo esclarecida, as indenizações seriam de valores altíssimos", afirma.

Dagmar Hellhammer, mãe de uma das vítimas, acha que as informações acerca das investigações estão sendo manipuladas. "Tudo está sendo filtrado e eles só divulgam o que querem. Tenho certeza de que sabiam delimitar há pelo menos 11 meses a zona onde provavelmente estão as caixas-pretas", disse.

Já os franceses são mais comedidos e parecem confiar no trabalho realizado pelos investigadores. "Sei que existem interesses por trás, como em qualquer lugar do mundo. Mas acho que eles querem, sim, encontrar a verdade, senão não teriam envolvido tantas pessoas e equipamentos nessas buscas", afirma Camille Lacome. Ela perdeu o marido, de quem estava grávida, e hoje cria sozinha o filho do casal, de nove meses. "O que importa para mim são as lembranças que tenho dele e a memória que vou resgatar para o nosso filho."

Fonte: Lúcia Müzell (Terra) - Foto: Lúcia Jardim/Terra

Infraero deixou de investir R$ 3,4 bilhões nos últimos seis anos

Estudo divulgado ontem (31) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o setor aéreo brasileiro poderá entrar em colapso se não houver investimentos urgentes nos aeroportos.

Segundo o órgão vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o movimento irá triplicar nos próximos 20 anos. Enquanto isso, a Infraero, responsável pela administração dos aeroportos do país, voa lentamente quando o assunto é investimentos (execução de obras e compra de equipamentos). Entre 2004 e 2009, a entidade deixou de investir 60% dos R$ 5,6 bilhões previstos para serem desembolsados na melhoria da infraestrutura aeroportuária, ou seja, R$ 3,4 bilhões do total (veja tabela abaixo).

Neste ano, a situação não é diferente. Até abril, a Infraero aplicou pouco mais de R$ 96 milhões em obras e equipamentos, o equivalente a apenas 7% do montante autorizado para 2010, R$ 1,5 bilhão. Se a média de investimentos continuar nesse ritmo, ao final do ano a empresa terá usado apenas R$ 773 milhões dos recursos, ou 53% do total. Apesar disso, a expectativa da empresa é superar a média atingida nos últimos exercícios e executar entre 80% e 90% do previsto, conforme informado ao Contas Abertas em março.

No ano passado, a Infraero investiu R$ 421 milhões em obras e equipamentos, de um total de R$ 981,6 milhões orçados para o ano, ou seja, 43% da verba. Neste montante estão incluídos R$ 215 milhões aplicados exclusivamente em serviços de engenharia, como a instalação de módulo operacional no aeroporto de Florianópolis (SC), as novas torres de controle dos aeroportos de Fortaleza (CE) e Congonhas (SP), entre outras ações. Em 2008, somente 17% da dotação foi utilizada.

Para os pesquisadores do Ipea, a falta de infraestrutura é um dos principais problemas dos aeroportos brasileiros. “Considerando que nós temos dois eventos importantes em escala mundial [Copa do Mundo e Olimpíadas], eu acho que o tempo já está correndo e temos de apressar essas soluções”, afirma Josef Barat. Já para Carlos Campos, coordenador de infraestrutura econômica do instituto, uma opção para a Infraero é tentar conseguir mais capital principalmente para “planejar melhor de forma a concentrar os recursos escassos onde eles são necessários”.

Vinculada ao Ministério da Defesa, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) administra ao todo 67 aeroportos, 80 unidades de apoio à navegação aérea e 33 terminais de logística de carga. Estes aeroportos concentram aproximadamente 97% do movimento do transporte aéreo regular do Brasil, o que equivale a 2 milhões de pousos e decolagens de aeronaves nacionais e estrangeiras. Cerca de 113 milhões de passageiros são transportados, número que irá aumentar principalmente devido à realização da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016) no país.

Segundo informações da empresa, a infraestrutura aeroportuária brasileira “pode ser equiparada aos padrões internacionais” e está sendo modernizada para atender à demanda dos próximos anos. Para isso, a Infraero “pratica um plano de obras arrojado, que abrange praticamente todos os aeroportos administrados e que gera mais de 50 mil empregos em todo o Brasil”.

De acordo com a Infraero, as obras são realizadas com receita própria, gerada principalmente pela armazenagem e capatazia de carga aérea, concessão de espaços comerciais nos aeroportos, tarifas de embarque, pouso e permanência, e prestação de serviços de comunicação e auxílios à navegação aérea.

Sobre o estudo do Ipea, a Infraero informou que só vai se pronunciar depois de analisar as informações.

Intervenções do TCU

A assessoria de imprensa da Infraero justificou ao Contas Abertas, em março deste ano, que grandes obras programadas para 2008 sofreram intervenção por parte do Tribunal de Contas da União. “Para atender às recomendações do tribunal, o cronograma inicial de execução ficou comprometido, ocasionando atrasos que impactaram significativamente na realização prevista para o exercício”, afirmou em nota. Por consequência, de acordo com a empresa, as realizações de 2009 também ficaram comprometidas, “ocasionando um índice aquém do estimado”.

No entanto, a estatal vê como significativo o salto de 17% para 43% o percentual de execução entre 2008 e 2009 e atribui a conquista aos “esforços envidados na busca de soluções dos entraves”. Segundo o relatório da empresa, a gestão financeira, em 2009, esteve concentrada na redução de custos para “minimizar o descompasso entre o crescimento da receita e da despesa operacional e na otimização dos recursos disponíveis, para garantir os investimentos prioritários nas áreas operacionais e de segurança”. Em linhas gerais, segundo avaliação da empresa, 2009 foi um ano em que a Infraero ocupou posição de destaque no desenvolvimento social e econômico do país.

Até 2014, a Infraero promete realizar investimentos nos principais aeroportos do país. Estão previstas obras como a construção do 3º terminal de passageiros no aeroporto de Guarulhos (SP), reformas do terminal 1 e 2 no Galeão (RJ), ampliação do pátio em Salvador (BA), ampliação do terminal sul de passageiros em Brasília (DF), entre outras.

Fonte: Leandro Kleber (Contas Abertas)

Embraer participa da EUR-AVIA Cannes 2010, na França

Empresa mostra o jato executivo Phenom 100, da categoria entry level, no evento.

A Embraer participará da Eur-Avia Cannes 2010 [www.eur-avia.com], na França, de 4 a 6 de junho. Esta é a quarta edição da exposição anual internacional dedicada à aviação geral na Europa. O evento será realizado no Aeroporto Cannes-Mandelieu (CEQ), localizado no prestigiado centro de negócios e importante destino turístico.

O jato executivo Phenom 100, da categoria entry level, é um integrante da família Phenom, lançada em 2005, e estabeleceu novos padrões em sua classe. O agradável interior, projetado em parceria com o Grupo BMW DesignworksUSA, incorpora a seção transversal Oval Lite TM, exclusividade da Embraer, que beneficia os passageiros com mais espaço e conforto, destacados pela abundante luminosidade natural proveniente das maiores janelas da categoria entry level. Além disso, o armário dianteiro e o lavatório traseiro privativo aumentam a conveniência e a sensação de uma viagem inigualável.

Com alcance de 1.178 milhas náuticas (2.182 km) e reservas de combustível NBAA IFR, o Phenom 100 pode voar sem escalas de Londres para Roma, na Europa, de Nova York para Miami, nos EUA, ou ainda de São Paulo (Brasil) para Montevidéu (Uruguai). O jato foi certificado em dezembro de 2008 e provou ser o mais rápido e ter o maior compartimento de bagagem da sua categoria. Atualmente, mais de 110 aviões deste modelo operam em todo o mundo.

O portfólio de jatos executivos da Embraer também inclui o light Phenom 300, o super midsize Legacy 600 e o ultra-large Lineage 1000. Os futuros modelos incluem o midlight Legacy 450 e o midsize Legacy 500, ambos em desenvolvimento, além do large Legacy 650, cuja certificação está prevista para este ano.

Fonte: Portal Fator Brasil

Odebrecht faz acordo com EADS para criar empresa dedicada à área militar

Perspectivas. Com a parceria, cujo valor de investimento não foi divulgado, empresas ganham força para disputar contratos das Forças Armadas, governos e indústrias nacionais; para a Odebrecht, acordo também é oportunidade para crescer no exterior

O projeto da Odebrecht para atuar amplamente no mercado nacional e internacional de equipamentos e serviços militares avançou consideravelmente: ontem, o grupo brasileiro e o europeu EADS DS - Defence & Security, com sede na Alemanha, anunciaram em Munique a criação de uma joint venture destinada a operar com as Forças Armadas, governos e indústrias nacionais, além de contemplar o mercado exportador.

A nova empresa será instalada em São Paulo. É um acordo de gigantes - a Odebrecht é um dos três maiores grupos empresariais do País e a EADS DS é a segunda maior corporação do mundo no campo de defesa, produtos e serviços - a empresa faz parte do grupo EADS, que controla a fabricante de aviões Airbus.

Segundo o superintendente da Odebrecht Industrial, Roberto Simões, "a EADS DS é um parceiro com amplo interesse em transferência de tecnologia avançada". Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, "o acordo, mostra que a indústria nacional está disposta a ser um ator global - aliás, como preconizamos na Estratégia Nacional de Defesa".

A primeira área de atuação conjunta será no campo da integração de sistemas. Simões destacou as capacidades da Odebrecht em projeção geopolítica, marketing internacional e ações comerciais de grande porte. "De olho no futuro, é também uma plataforma de exportações", disse, lembrando que a EADS pretende ter uma forte atuação fora da Europa até 2020. O valor do investimento e o formato da nova marca serão definidos até 15 de julho.

Compromisso. O presidente da EADS DS, Stefan Zoller, afirmou que o negócio "é a comprovação de nosso compromisso com o Brasil". Os dois parceiros mantêm importantes contratos no Brasil no campo da Defesa. A EADS vai fornecer 51 helicópteros pesados para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica. Quase todos serão produzidos na fábrica da Helibrás, em Itajubá (MG). O contrato é de R$ 1,8 bilhão.

Esse negócio, entretanto, nada tem a ver com a joint venture. Trata-se de ramos diferentes do mesmo conglomerado europeu. O novo acordo empresarial envolve exclusivamente o braço de defesa e segurança - e não o de aeroespaço, todo independente.

A Odebrecht já é a parceira dos armadores franceses DCNS no programa Pro Sub, do qual resultarão um estaleiro, uma base naval, quatro submarinos Scorpéne, de propulsão diesel-elétrica, e um submarino nuclear - um contrato de 6,7 bilhões, cerca de R$ 16,7 bilhões.

O prazo do empreendimento é 2015, na Ilha da Madeira, em Itaguaí, no litoral fluminense. Ao lado das instalações da Nuclep, o braço industrial do complexo nuclear do Brasil, começou a obra da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, UFEM. Depois, virão as instalações industriais e a base de submarinos. O presidente Lula visitará o local em agosto, após dois adiamentos. O pacote completo da infraestrutura vale 1,86 bilhão para a Construtora Norberto Odebrecht, majoritária no CBS (Consórcio Baía de Sepetiba), formado pela DCNS da França e pela Marinha do Brasil, que detém a "golden share" - o direito de veto. As áreas envolvidas somam 980 mil metros quadrados, dos quais 750 mil m² na lâmina de água do mar.

Fonte: Roberto Godoy (O Estado de S.Paulo)

Expo Aero Brasil 2010

A Expo Aero Brasil acontece de 17 a 20 de junho no DCTA, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial de São José dos Campos, a 80km da cidade de São Paulo.

A última edição, em julho de 2009, contou com 151 expositores, reuniu mais de 350 empresas de 18 países diferentes e contabilizou quase R$ 60 milhões em intenções de compras. Desta vez, a expectativa é maior. É que, para o dia 20, estão agendadas duas atrações: show da Esquadrilha da Fumaça, às 14h, e telões para o jogo do Brasil na Copa, às 15h30.

Além de exposições estáticas, produtos, serviços relacionados e voos performáticos, a Expo Aero Brasil é a única que reúne empresas dos três setores da aeronáutica: o comercial, o civil e o militar. É aberta ao público das 10h às 18h e o ingresso custa R$ 20,00.

História

13 Anos e uma história de sucesso

A Expo Aero Brasil – Feira Internacional de Aeronáutica, surgiu em 1997, na cidade de Sorocaba - São Paulo e, após 10 edições, transferiu-se para o Departamentode Ciência e Tecnologia Aeroespacial - DCTA, na cidade de São José dos Campos, sede das maiores indústrias aeronáuticas e a cerca de 80 quilômetros de distância da cidade de São Paulo.

Em sua última edição, ocorrida entre os dias 02 a 05 de Julho de 2009, a EAB 2009 contou com a participação de 151 empresas expositoras, representando mais de 350 empresas de 18 países, contabilizando mais de US$ 32 milhões de dólares em intenções de compras.

Com um território de 8.5 milhões de quilômetros quadrados e uma população de mais de 180 milhões de habitantes, o Brasil conta com o transporte aéreo como uma das principais ferramentas para a manutenção de seu desenvolvimento, integração e sustentação econômica.

Expo Aero Brasil é hoje uma das dez maiores feiras de aviação civil do mundo e a maior – em Aviação Civil - da América Latina; é a única feira que reúne expositores de todos os segmentos aeronáutico, com a participação das mais importantes empresas nacionais e internacionais do setor.

Fontes: Avião Revue / expoaerobrasil.com.br

Setores aeronáutico e naval precisam de investimentos contínuos, dizem especialistas na CI

Representantes dos setores aeronáutico e naval defenderam, nesta segunda-feira (31), em painel promovido pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), a aplicação constante de recursos públicos a fim de possibilitar o desenvolvimento desses ramos industriais no país. O painel, o 12º da Agenda Desafio 2009-2015 - Recursos Humanos para Inovação e Competitividade, abordou os desafios, necessidades e perspectivas da formação e capacitação de recursos humanos na área aeronáutica e de transportes aquaviários.

Hermann Ponte e Silva, vice-presidente-executivo de Organização e Recursos Humanos da Embraer, destacando a importante posição ocupada pela indústria aeronáutica brasileira em nível mundial, reclamou da falta de mecanismos adequados de apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil, semelhantes aos existentes em países como Estados Unidos e outros da União Européia.

O vice-chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Coppe/UFRJ, Luiz Felipe Assis, considerou necessário não apenas elevar os investimentos na formação de recursos humanos para o setor naval, mas também manter as aplicações na manutenção dos equipamentos, como tanques oceânicos, já existentes nas escolas de engenharia naval.

- A gente fica com receio, pois o Brasil já conseguiu ter uma frota pujante e uma importante indústria naval, mas decaiu muito rápido. É importante pensar no longo prazo. A gente precisa ter produção com custos e prazos em padrão internacional, a fim de garantir perenidade e competitividade à indústria nacional de navios - disse Luiz Felipe Assis.

Na mesma direção, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, reclamando da redução de recursos orçamentários para sua entidade, considerou fundamental a priorização da indústria aeroespacial para que o país possa ter um desenvolvimento tecnológico adequado. Ele lembrou que são inúmeras as áreas beneficiadas, por exemplo, com o domínio da tecnologia de produção e lançamento de satélites. De acordo com Carlos Ganem, os gastos do Brasil apenas com o lançamento por um país estrangeiro de um satélite geoestacionário chega a US$ 477 milhões.

Já o tenente-brigadeiro-do-ar, Ramon Borges Cardoso, diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), apresentou uma síntese da política de formação de recursos humanos de seu órgão. Segundo ele, a excelência dos cursos ministrados pelo Decea pode ser atestada pela boa classificação da entidade em auditoria internacional que colocou o Brasil entre os cinco países com melhor sistema de controle de tráfico aéreo.

Participou também da reunião o diretor de Administração da Infraero, Mauro Lima, que apresentou informações os recursos investidos pela estatal na formação de pessoal. Respondendo a crítica do senador Mão Santa (PSC-PI), que presidiu a audiência pública, sobre a falta de vôos diretos entre capitais das Regiões Nordeste e Norte, explicou que o alto número de voos com escala em Brasília, em linhas que ligam capitais do Norte e Nordeste, se deve a falta de demanda de passageiros para vôos diretos.

Fonte: Laércio Franzon / Agência Senado - Foto: CI

Relatório do Senado diz que projeto da Defesa dá superpoderes a Nelson Jobim

Polêmica

Parecer da consultoria técnica do Senado faz uma série de restrições ao projeto do governo que reestrutura o Ministério da Defesa e conclui que a proposta dá poderes em excesso para Nelson Jobim (Defesa) ao dar autonomia ao ministro nas escolhas dos três comandantes das Forças - Marinha, Exército e Aeronáutica - e dos oficiais a serem promovidos generais. Para os consultores, a proposta gera a "hipertrofia das atribuições e competências do ministro da Defesa e a politização na escolha os oficiais generais"

Esse relatório, chamado de "solicitação de trabalho à consultoria legislativa", foi pedido pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), relator da matéria na Comissão de Relações Exteriores. Numa reunião tensa, há duas semanas, no gabinete do ministro, Jobim queixou-se a Heráclito e aos consultores da demora da tramitação. O projeto pode ser votado esta semana, mais de um mês após ser votado na Câmara.

Pela proposta do governo, Jobim e os ministros que o sucederem terão poderes de praticamente nomear os três comandantes. Hoje, eles são "nomeados" pelo presidente, "ouvido" o ministro. Pelo texto, os comandantes passam a ser "indicados" pelo ministro e nomeados pelo presidente. A análise dos consultores critica a concessão dessa prerrogativa ao ministro.

"Isso não só dá significativo poder ao ministro, como também acaba por transferir, de fato, o comando das forças àquele, em detrimento da autoridade do chefe do Estado. A escolha dos comandantes, livre ao presidente, passa a ser restrita devido à indicação feita pelo ministro da Defesa", diz o texto.

O projeto, de setembro de 2009, cria também o Estado Maior Conjunto das Forças Amadas, que substituirá o Estado Maior de Defesa, cargo que pode ser de oficial do último posto, da ativa ou da reserva, também "indicado" pelo ministro e "nomeado" pelo presidente. Esse artigo também foi alvo dos consultores: "Sem dúvida, tem-se aí um grande poder nas mãos do titular da pasta da Defesa". Para os consultores, o projeto tem o "perfil" de Jobim.

Se aprovado o texto, o ministro ainda terá o controle sobre a nomeação dos generais das três Forças. Hoje, os comandantes apresentam a lista de escolha para promoção aos postos de generais e "indicam" os oficiais para a nomeação. Pelo projeto, eles passarão apenas a "propor" a lista. A palavra final será do ministro, o que, para a consultoria do Senado, é a politização das Forças Armadas.

"O ministro avoca a competência de escolha dos nomes oficiais generais, com risco grave de politização dessa escolha".

Único deputado a votar contra o projeto na Câmara, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), afirma que, se o regime é presidencialista, a escolha dos generais deve ser de sua incumbência. Hauly criticou também a criação do chefe do Estado Maior Conjunto.

- É um retrocesso. É colocar um intermediário no diálogo do ministro civil, uma conquista, com os três comandantes militares - disse Hauly.

O Ministério da Defesa rebateu as críticas dos consultores e afirmou que suas posições são "repetidamente reproduzidas por setores absolutamente minoritários da sociedade que ainda se opõem à prevalência do poder civil, democraticamente eleito, sobre as instituições militares", informou o ministério. Na opinião do ministro, não existe ministério forte e nem ministro forte.

O ministério negou que ocorrerá a politização da pasta se o ministro vier a ter, de fato, poder de escolher os oficiais que merecem ser promovidos a generais.

- Pelo contrário, as mudanças dão continuidade ao processo de concentração dos militares nas suas atividades profissionais.

Fonte: Evandro Éboli (O Globo) - Foto: IstoÉ Imagens

TRIP Linhas Aéreas passa a oferecer Check-In pela internet para todos os voos

A TRIP Linhas Aéreas, líder da aviação regional na América do Sul, passou a integrar o sistema de Web Check-In para todos os aeroportos em que opera. Disponível no endereço [www.voetrip.com.br], o serviço passa a ser oferecido nos mais de 70 aeroportos atendidos pela TRIP no país, garantindo praticidade, rapidez, facilidade e conforto, principalmente aos clientes que não precisam despachar bagagens.

Com o Web Check-In da TRIP os passageiros podem reservar assentos e imprimir seus cartões de embarque com dois dias de antecedência, ou até 90 minutos antes do horário do voo. O serviço requer apenas um computador com conexão à internet, é seguro e permite ao passageiro ter certeza sobre os dados fornecidos para sua viagem.

TRIP Linhas Aéreas

Com mais de 12 anos de atividade no Brasil, a TRIP é hoje a maior companhia aérea regional do País e também da América do Sul por atender o maior número de cidades e contar com a maior frota de aeronaves regionais. É controlada pelos Grupos Caprioli e Águia Branca, ambos com tradição em transporte de passageiros e um histórico de resultados sólidos e crescimento sustentado. A TRIP tem como um de seus investidores a norte americana Skywest Inc., maior empresa de transporte aéreo regional do mundo, com 450 aeronaves, que adquiriu 20% de participação no capital da companhia. Com um faturamento bruto em 2009 de R$ 450 milhões, a empresa gera 2,1 mil empregos diretos, conta com 32 aeronaves e opera em mais de 70 cidades em todo o País.

Fonte: Portal Fator Brasil

TAM mantém voos a Congonhas se Marília (SP) ampliar aeroporto

Reunião entre comitiva de empresários e diretores da TAM não teve resultados imediatos

A reunião entre a comitiva de empresários de Marília e a direção da TAM, realizada ontem em São Paulo, não teve resultados imediatos, mas de antemão já está certo que a eventual manutenção da rota Marília/São Paulo com desembarques em Congonhas passa necessariamente por uma reformulação do aeroporto mariliense.

Isso porque a companhia, que assumiu recentemente a Pantanal Linhas Aéreas, definiu que todos os voos operados com a aeronave ATR, com capacidade para cerca de 60 passageiros, terão como destino Guarulhos.

Para desembarcar em Congonhas o pré-requisito mínimo passou a ser voos operados com airbus, e como Marília ainda não tem capacidade para receber regularmente esse tipo de aeronave, ou se articula uma reforma emergencial, ou os passageiros terão mesmo que descer em Cumbica.

De acordo com o diretor regional do Ciesp, Flávio Peres, que participou do encontro, uma resposta definitiva sobre a possibilidade de reverter a situação só será dada em 10 dias, após a TAM avaliar o pedido de suspensão da determinação que encerra os pousos em Congonhas a partir de 1º de agosto.

“Pedimos que a medida seja prorrogada até dezembro para que a prefeitura possa pleitear junto ao Governo do Estado as adequações necessárias para recebermos os airbus”.

Detalhes do encontro serão divulgados hoje em coletiva.

Fonte: Jornal Diário - Foto: Ricardo Prado

China relaxa controles sobre preços de passagens aéreas

As companhias aéreas chinesas podem decidir agora os preços das passagens de primeira classe e da classe executiva para voos domésticos, segundo o novo regulamento da Administração da Aviação Civil da China (AACC) e da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) divulgado nesta terça-feira.

Anteriormente, essas passagens eram fixadas entre 1,5 e 1,3 vez o preço da classe econômica da companhia. Agora os preços das passagens podem flutuar segundo o mercado, e as companhias também poderão oferecer descontos nos preços.

As companhias aéreas deverão informar seus planos para ajuste de preços à AACC e CNDR 30 dias antes de anunciar a mudança dos preços publicamente, de acordo com o novo regulamento.

A China Eastern Airlines, uma da empresas líderes do setor aéreo da China, já introduziu passagens com desconto para a primeira classe e classe executiva em voos de Beijing para Wuhan partindo no dia 10 de junho. A passagem de primeira classe foi reduzida de 1.620 yuans (cerca de US$ 238) para 1.080 yuans. Os passageiros devem fazer suas reservas com pelo menos três dias de antecedência para ter o desconto.

Além disso, as passagens de primeira classe da Sichuan Airlines partindo de Beijing para Chengdu no dia 4 de junho tiveram seus preços reduzidos de 2.160 yuans para 1.440 yunas, o mesmo que uma passagem da classe econômica.

Fonte: Agência Xinhua via China Radio International - CRI

TAM é a companhia aérea mais lembrada

Pela primeira vez, a TAM conquistou o Top of Mind Internet na categoria "companhias aéreas". A premiação anual do UOL foi definida após pesquisa encomendada ao Instituto Datafolha e aplicada em capitais brasileiras. Na sua 4ª edição, o prêmio aponta as marcas mais lembradas pelos internautas em 25 categorias, em respostas espontâneas.

De acordo com Manoela Amaro, diretora de Marketing, o prêmio concedido pelo UOL em parceria com o Datafolha é um reconhecimento público do esforço da companhia na web. "Estamos cada vez mais presentes na internet, estreitando o relacionamento com nossos clientes e lidando com diferentes públicos para fortalecer ainda mais o reconhecimento da nossa marca. Este prêmio comprova que estamos no caminho certo e que devemos prosseguir com as estratégias de posicionamento de mercado no meio digital, que é muito mais dinâmico e segmentado", afirma Manoela.

Renato Ramos, gerente de Marketing Interativo, explica que o crescimento do relacionamento com o consumidor na web é estratégico porque 83% dos viajantes buscam informações sobre viagens nesse meio. "Demos um grande salto devido a um trabalho que se iniciou há três anos, com a reestruturação do site e com as campanhas web. Além disso, desenvolvemos campanhas de comunicação digital e passamos a fazer parte da vida do internauta no Twitter, no Youtube, e nos portais e buscadores", afirma o gerente.

Para o prêmio Top of Mind Internet 2010, foram ouvidas mais de 2 mil pessoas com 14 anos ou mais, que acessam a internet pelo menos três vezes por semana. A pesquisa foi realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Brasília.

Fonte: Brasilturis

Aeroporto da Guatemala será reaberto nesta terça-feira

Habitantes de San Vicente de Pacaya se refugiam em um abrigo

Autoridades da Aviação Civil da Guatemala anunciaram que na tarde desta terça-feira o aeroporto internacional da capital, fechado desde quinta-feira passada devido à erupção do vulcão Pacaya, poderá ser reaberto.

"Temos certeza de que amanhã (terça-feira) à tarde será aberto o aeroporto" internacional La Aurora, na periferia sul da capital, depois que forem retiradas toneladas de areia da pista, disse o interventor, Juan José Carlos.

As companhias aéreas expressaram sua intenção de iniciar as operações quando a pista for habilitada, por isso, estão supervisionando os trabalhos para não terem problemas nas turbinas devido às cinzas, completou.

"Estamos fazendo um esforço grande para habilitar o aeroporto", afirmou, completando que de toda forma ele segue 100% aberto para helicópteros.

O aeroporto foi fechado na quinta-feira devido à forte erupção do vulcão Pacaya que jogou cinzas, areia e gases em um perímetro de 100 km, deixando um morto, 59 feridos e 2.000 desabrigados.

Fonte: AFP

Apesar de tragédias recentes, viajar de avião nunca foi tão seguro

Especialistas ouvidos pelo R7 dizem que taxa de acidentes caiu dois terços em 20 anos

Voluntários e bombeiros trabalham no local de acidente com avião da Air India Express, em Mangalore; especialistas dizem que nunca foi tão seguro voar

O acidente com o avião da Air France que fazia a rota Rio-Paris completa um ano sem explicações nesta segunda-feira (31). Na noite de 31 de maio de 2009, (pelo horário brasileiro, madrugada de 1º de junho no horário europeu), o Airbus A330 da companhia francesa caiu no meio do oceano Atlântico, matando 228 pessoas.

Como acontece a cada tragédia desse tipo, o acidente gerou preocupações sobre a segurança do transporte aéreo. E, nas últimas três semanas, três outros grandes desastres levantaram ainda mais dúvidas sobre esse aspecto, especialmente em países pobres ou em desenvolvimento. Mas, segundo especialistas ouvidos pelo R7, nunca foi tão seguro voar.

No último dia 21, um Boeing 737 da Air India Express caiu em Mangalore, sul da Índia, matando 158 dos 166 ocupantes. Menos de uma semana antes, no dia 17, a queda de um avião da Pamir Airways nas montanhas perto de Cabul, capital do Afeganistão, matou todos os 43 ocupantes da aeronave. No dia 12 de maio, o acidente com o Airbus A330 da Afriqiyah Airways em Trípoli, capital da Líbia, matou 103 pessoas. Um menino holandês foi o único sobrevivente da tragédia na África.

Apesar de o número de mortos em acidentes aéreos em 2010 ser o maior para o período desde 2003, especialistas ouvidos pelo R7 dizem que o avião ainda é o meio de transporte mais seguro.

Para William Voss, diretor-presidente da Flight Safety Foundation (FSF) e um dos maiores especialistas em segurança aérea no mundo, os temores em relação ao transporte aéreo são desmentidos pelas estatísticas.

- É natural que as pessoas se perguntem fiquem receosas após acidentes como esses, mas os números mostram que nunca foi tão seguro voar como hoje.

Voss diz que, 20 anos atrás, a taxa de acidentes mundial era de 1,5 por milhão de decolagens. Hoje, de acordo com a FSF, esse número caiu para 0,5 por milhão, em média.

O diretor da FSF afirma que a redução de dois terços no número de acidentes aconteceu especialmente graças a melhorias nos projetos de aeronaves, ao melhor controle do tráfego aéreo e a normas mais rígidas de segurança.

Treinamento é ponto crucial

Para Luiz Alberto Bohrer, diretor da assessoria Air Safety no Brasil, a manutenção ou a melhoria dos atuais padrões de segurança vai depender principalmente do treinamento de tripulações, encarregados de manutenção e controladores de tráfego aéreo.

- O treinamento deve ser prioridade. Esse ponto será crucial, não só no Brasil, mas no mundo todo.

Doug Church, diretor da Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo dos EUA, país que registra o maior número de pousos e decolagens no mundo (mais de 87 mil por dia), concorda com a opinião do brasileiro.

- No que diz respeito ao controle de tráfego aéreo, treinamento é um ponto crucial, que deve sempre receber mais investimento.

Voss afirma que, em países em desenvolvimento, em que a demanda por viagens aéreas cresce rapidamente, os governos e as agências reguladoras devem ficar especialmente vigilantes.

- Dificilmente a infraestrutura de segurança pode ser implantada no mesmo ritmo de um eventual crescimento vertiginoso. É um desafio para governos e agências equalizar essa conta.

Fonte: Lucas Bessel (R7) - Foto: Reuters

Comissários de bordo falam de viagens e cantadas

Ontem, dia 31 de maio, comemoramos o ‘Dia do Comissário de Bordo’, profissão que presta serviço aos passageiros e preza pelo conforto e segurança durante o voo. Com uma história que nos leva à década de 1930, quando enfermeiras eram convocadas para fazer parte da equipe tripulante dos voos, a carreira mexe com a imaginação de diversas pessoas e é uma profissão muito sonhada. A reportagem da JP conversou com dois personagens especiais, que nos contaram um pouco de sua história de amor a carreira, além de nos acompanhar em um dia especial de treinamento. Confira!



Fonte: Jovem Pan Online/TV UOL

Aeroportos das cidades-sede da Copa de 2014 operam acima da capacidade

Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, pelo menos dez aeroportos brasileiros operam no limite da sua capacidade máxima

Guarulhos recebe 65 pedidos de pousos e decolagens por hora, mas suporta apenas 53





O movimento dos aeroportos está acima da capacidade em oito das 12 cidades brasileiras que receberão partidas da Copa do Mundo de 2014: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O alerta está em um estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta segunda-feira (31).

Os casos mais graves são os de Manaus, São Paulo e Brasília. Na capital do Amazonas, o aeroporto da cidade recebe 17 pedidos de pousos e decolagens por hora, enquanto que a capacidade é de apenas nove. O aeroporto de Congonhas, em São Paulo, tem 34 pedidos por hora, mas a capacidade é para 24. Em Brasília, o aeroporto foi construído para 36 pousos e decolagens por hora, mas recebe 45 em média.

Segundo o coordenador de infraestrutura econômica do Ipea, Carlos Campos, esse é um dos principais desafios que o Brasil terá de resolver para a Copa do Mundo de 2014. Ele afirmou que o caso de Manaus é tão grave que já chega a atrapalhar as atividades das indústrias localizadas na Zona Franca. Ele lembrou que muitos componentes eletrônicos são importados e chegam à cidade de avião.

- Com a dificuldade nos aeroportos, muitas indústrias tiveram de reprogramar para baixo sua produção.

Na última quarta-feira (26), durante a abertura do 5º Salão do Turismo, o governador de São Paulo, Alberto Goldman, aproveitou a presença do ministro do Turismo, Luiz Barretto, e alertou para a situação dos aeroportos do Estado, que estão com “gargalos que estrangulam o turismo de São Paulo e do Brasil”.

- São 40 milhões de passageiros por ano nos três principais aeroportos de São Paulo [Guarulhos, Congonhas e Viracopos]. Temos um aumento no movimento de 10% ao ano, ou seja, são mais 4 milhões de pessoas todo ano. Precisamos de um novo aeroporto de Congonhas a cada ano para dar conta da demanda.

O Ipea informa no estudo que “situações preocupantes são aquelas em que o nível de utilização das instalações ultrapassa 80% de sua capacidade”. Em casos críticos, o instituto afirma que “o nível de utilização das instalações supera a capacidade instalada”, o que pode provocar uma “deterioração do nível de serviço” e, consequentemente, uma “colapso operacional”.

O levantamento não traz informações sobre os aeroportos de Cuiabá (MT), Salvador (BA), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

Investimentos

O ex-diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Josef Barat, que atuou como consultor da pesquisa, ressaltou que a solução do problema passa necessariamente por investimentos nos aeroportos, sejam eles feitos pela Infraero - estatal responsável por aeroportos que correspondem a 97% do movimento de cargas e passageiros no Brasil - ou por meio da iniciativa privada.

Para viabilizar investimentos, Barat mencionou cinco sugestões: abertura do capital da Infraero, com captação de recursos no mercado financeiro; concessão à iniciativa privada por lotes de aeroportos rentáveis e não rentáveis, com obrigação de investimentos; concessão à iniciativa privada apenas dos aeroportos rentáveis; construção de novos terminais nos aeroportos saturados por meio de PPP (Parceria Público-Privada) ou concessão à iniciativa privada; e construção de novos aeroportos por PPP ou concessão.

Fontes: R7 / Jornal Nacional (TV Globo)

R$ 200 mil em busca de resposta sobre tragédia

Irmão de vítima da queda do Airbus A330 da Air France, que matou 228 pessoas, afirma ter alterado rotina e gasto milhares de reais

Há exato um ano, a vida do consultor de desenvolvimento hoteleiro Maarten Van Sluijs, de 48 anos, mudou radicalmente. No dia 31 de maio de 2009, ele e outras centenas de pessoas perderam parentes na queda do Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio do Janeiro com destino a Paris, na França, mas acabou no Oceano Atlântico.

Maarten Vans Sluys mostra foto da irmã (à direita) com o presidente Lula

A rotina de Sluijs hoje pouco se assemelha há de 12 meses. Neste curto período de tempo, viajou nove vezes à França em busca de respostas para a tragédia que tirou a vida da irmã, a jornalista Adriana Francisca Van Sluijs, de 40 anos. Ele, que além de português, já fala outras três línguas, aprendeu também francês para poder entender melhor o que as autoridades lhe falavam.

“Éramos totalmente inexperientes no assunto, entramos de maneira abrupta em tudo isso e tivemos um começo muito conturbado”, lembra ele, que também entrou em contato com pilotos e especialistas.

Sem qualquer tipo de ajuda financeira da companhia aérea, Sluijs calcula ter gasto R$ 200 mil entre as viagens e trabalhos na Associação de Familiares das Vítimas do Voo 447. “A única viagem que nos deram foi essa (para participar das cerimônias de um ano do acidente). Já pedimos apoio para que um representante da associação pudesse ir à França saber das investigações, mas eles negaram”, afirma ele, por telefone, de Paris, ao iG. “Eles não estão dispostos a facilitar em nada e não queremos favor, nem esmola. Nossa discussão é mais ampla, são vidas que se perderam e não têm preço”, afirma.

Com a morte da irmã, Sluijs, que mora em Belo Horizonte (MG), passou a ir semanalmente ao Rio de Janeiro cuidar da mãe, de 70 anos. “Vou dar assistência. Era a Adriana quem estava sempre presente e agora minha mãe perdeu a referência”, lamenta. Ele diz que o trabalho lhe permite horários mais flexíveis, mas ainda assim conta que teve que abrir mão de diversos compromissos para poder viajar e se dedicar à memória da irmã: para que acidentes como o que lhe tiraram a vida não voltem a acontecer. “É uma caminhada árdua. Exorcizei meus próprios demônios, mas ainda me vejo muito abalado”, diz.

Se é possível encontrar algo positivo em meio a dor, Sluijs destaca a solidariedade e apoio que encontrou junto aos outros familiares de vítimas. “A gente descobre na tragédia amizades que vai carregar pela vida. É uma ajuda mútua. Hoje, alguém te empurra; amanhã, você empurra o outro”, afirma.

Corpos

Dos 228 passageiros e tripulantes do Airbus, apenas 50 corpos foram localizados. Adriana está entre as vítimas reconhecidas e Sluijs agradece por isso. “Não ter o corpo para enterrar é muito pior, vemos essa diferença entre as famílias. Eles vivem uma condição ainda mais traumática, é um ciclo que não se fecha”, considera.

Situação essa que é vivida por Nelson Marinho, que não pôde enterrar o filho Nelson Marinho Filho, de 40 anos, mecânico de engrenagens. “Sem o corpo a gente não materializa a morte da pessoa”, afirma ele, que preside a associação dos parentes das vítimas. “Falta um pedaço da gente”.

Investigação e indenização

De acordo com Marinho e Sluijs, a maioria das famílias entrou com pedido de indenização nos Estados Unidos. Acreditam que lá ele deve sair mais rápido. “No Brasil é tudo muito difícil, sabemos que as empresas sempre recorrem das sentenças e esperam chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nos Estados Unidos eles sabem que se recorrerem, geralmente, ela fica ainda mais cara”, afirma Sluijs.

Segundo eles, até o momento, nenhuma família foi indenizada. “Quatro meses depois do acidente a indenização da aeronave já tinha sido paga. A nossa não temos nem previsão”, critica Nelson Marinho, que está na França, mas afirma que não irá participar de nenhuma das homenagens organizadas pela Air France. “Vim aqui para protestar”.

Os dois criticam o “distanciamento estratégico” da companhia aérea e afirmam que interesses econômicos impedem uma investigação mais rigorosa das causas do acidentes. “Quando você faz uma pergunta difícil, eles somem. Sabemos que houve um problema nos sensores de velocidade, mas que sozinho não derrubaria uma aeronave. Houve falhas em outros equipamentos, o que implicaria em mudança em todas as aeronaves”, afirma. “Além do ônus econômico gigantesco, teria impacto no prestígio da empresa de assumir um problema. A verdade é cara, então, é melhor não ser dita”, avalia Sluijs.

“O que eles fazem é criar cortinas de fumaça para desviar a atenção das pessoas que estão sofrendo”, completa Marinho.

Fonte: Lecticia Maggi (iG) - Foto: Fabrício Costa (G1)

Famílias das vítimas do voo 447 pedem ajuda de especialistas internacionais

Avião com 228 pessoas a bordo caiu no Atlântico há um ano

Associações de familiares das vítimas do voo 447 Rio-Paris, que há um ano caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo, reclamaram nesta segunda-feira, em Paris, a participação de especialistas internacionais nas investigações do acidente e que se crie uma comissão pan-europeia de peritos.

— Especialistas internacionais devem participar nas investigações da tragédia. Exigimos a criação de uma comissão pan-europeia de peritos sob a presidência da AESA (Agência Europeia de Segurança Aérea) — reclamou, em coletiva de imprensa, o representante da associação alemã HIOP de vítimas do Airbus A330, Bernd Gans.

A reclamação se refere à investigação penal conduzida pelo Birô de Investigações e Análise (BEA), organismo estatal francês encarregado das investigações técnicas do acidente.

— Vamos pedir expressamente à juíza de instrução que designe especialistas internacionais para tranquilizar as vítimas — afirmou o presidente da associação francesa Entreaide, Jean Baptiste Audousset.

— Realmente necessitamos saber o que aconteceu naquela noite. Não é normal que um avião desapareça em meio ao oceano sem deixar vítimas. Em um ano, aprendemos muito sobre aviação (...), mas ainda não sabemos o que aconteceu nesse caso — afirmou o representante das famílias das vítimas brasileiras, Maarten van Sluys, que ainda reclamou uma quarta operação de busca das caixas pretas:

— Queremos outra fase de buscas. Achamos que é importante seguir tentando. Estamos no século XXI e há meios técnicos para encontrá-las — disse.

Já foram realizadas três operações de buscas, em vão, o que provocou a frustração de pilotos e famílias das vítimas, que querem que os investigadores continuem procurando. Essas operações já custaram 20 milhões de euros.

Até agora, o BEA considera que um funcionamento equivocado das sondas Pitot é um dos fatores do acidente, mas só as caixas pretas permitirão compreender as causas exatas da tragédia.

Nesta terça-feira, exatamente 12 meses depois da catástrofe com o Airbus A330, a companhia organizará em Paris uma cerimônia privada em homenagem às 228 vítimas, seguida pela inauguração de uma placa no cemitério de Père Lachaise. São esperadas de mil a 1,2 mil pessoas, parentes das vítimas, que consideram que não foram investigadas todas as pistas.

Fonte: AFP via Diário Catarinense