terça-feira, 23 de novembro de 2010

TAM testa com sucesso 1º voo experimental com biocombustível

Um avião da TAM fez o primeiro teste de voo com combustível feito de pinhão. A economia foi de 2%, o que pode levar a empresa a deixar de queimar 44 milhões de litros de querosene de petróleo.

A companhia aérea TAM, a maior do Brasil, realizou com sucesso o voo experimental de um avião movido a biocombustível, o primeiro teste feito na América Latina, anunciou a empresa nesta terça-feira.

A aeronave, um Airbus A320 com capacidade para 174 passageiros que a companhia usa para voos internos, voou na segunda-feira durante 45 minutos sobre o Oceano Atlântico graças a um combustível vegetal baseado em pinhão manso ("Jatropha curcas").

O voo de teste, que decolou e aterrissou no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, foi autorizado pela Agência Europeia de Segurança na Aviação (Easa, na sigla em inglês) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O presidente da TAM, Líbano Barroso, declarou que o primeiro voo com biocombustível concretiza a vontade da companhia de participar de projetos ecológicos que permitam, no futuro, iniciar uma cadeia produtora de biodiesel que funcione de forma estável no Brasil.

Nesse sentido, na próxima fase do projeto será iniciada uma plantação de pinhão manso em pequena escala na qual se realizarão estudos da viabilidade, que servirão para definir a implantação de uma cadeia em grande escala no Brasil.

"A produção do biocombustível como matéria-prima brasileira trará grandes benefícios econômicos e sociais para o país, além de contribuir para a redução da emissão de gases poluentes derivados do setor da aviação", assegurou Barroso.

Segundo o comunicado, a biomassa utilizada para produzir o biocombustível é de produção brasileira, obtida em projetos de agricultura familiar e de grandes plantações do interior do país.

Após a colheita, as sementes de pinhão manso são tratadas para obter óleo semirrefinado, material que posteriormente é tratado, transformado em bioquerosene e misturado com querosene convencional em partes iguais.

Segundo estudos da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos, os biocombustíveis produzidos com pinhão manso podem reduzir as emissões de carbono entre 65% e 80%.

No Brasil, um dos países incentivadores do biocombustível para o setor da aviação na América Latina, existem 60 mil hectares de cultivo de pinhão manso, de acordo com a associação de produtores.

Fontes: EFE via UOL Viagem / Jornal da Globo

Aeroviários ameaçam paralisação no fim do ano

Greve pode causar caos aéreo entre o Natal e o Ano Novo; categoria quer aumento salarial

Os trabalhadores do setor aéreo ameaçaram cruzar os braços no mês de dezembro caso as empresas não reajustem os salários. Manifestações ocorriam simultaneamente nos maiores aeroportos do país, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre, segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários).

Aeronautas e aeroviários iniciaram por volta das 9h desta terça-feira (23) uma manifestação no aeroporto Santos Dumont, na região central do Rio de Janeiro. No aeroporto Antônio Carlos Jobim também estava programado um ato a partir das 11h.

O sindicato ainda realiza atos no aeroporto de Congonhas (na zona sul de São Paulo), a partir das 10h; no Salgado Filho (em Porto Alegre), às 17h; e nos terminais aéreos de Recife, de Brasília e de Salvador devido ao Dia Nacional de Luta dos Aeroviários e Aeronautas.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) diz que os atos não prejudicam os voos em nenhuma das cidades.

Os aeroviários e aeronautas reivindicam um reajuste de 30% para as categorias que já têm piso salarial: agentes de aeroporto, agentes de proteção de aviação civil, mecânicos e auxiliares de mecânico.

Outra exigência é para que as demais categorias tenham reajuste de 15%. Além disso, eles reivindicam que seja instituído um piso de R$ 1.200 para operadores de equipamentos e de R$ 1.500 para agentes de check-in.

A presidente do SNA, Selma Balbino, diz que a greve dos aeroviários irá depender de uma reunião agendada para o dia 1º de dezembro com o SNEA (sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias). Ela não descarta que uma greve pare os aeroportos nos dias de maior movimento no fim do ano.

- A Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] deu uma declaração ontem [segunda-feira, 22] que não é verdadeira. Nossas relações não estão harmoniosas. Este movimento está acontecendo em todo o Brasil e em dezembro poderemos ter uma paralisação.

Medidas anticaos

A manifestação e ameaça de greve da categoria ocorre no dia seguinte ao anúncio da Anac de que medidas seriam tomadas para evitar um possível caos aéreo no fim do ano. Uma das principais seria proibir férias dos funcionários entre 15 e 31 de dezembro.

Entre outras medidas adotadas ainda estão a proibição ao overbooking (quando a companhia vende mais passagens do que o número de lugares disponíveis no avião), endossar o passageiro caso ele perca o seu voo (ou seja, o cliente poderá procurar a companhia aérea e pedir um assento em outra empresa caso perca o voo).

As companhias terão também, obrigatoriamente, que divulgar aviso aos passageiros domésticos em voos internacionais (para que eles saibam o tipo de bagagem que podem levar e a antecedência no aeroporto para o destino desejado), tripular todas as posições de check-in nos horários de pico, além da obrigatoriedade da antecipação das manutenções de aeronaves e de apresentações dos planos de contingência entre os dias 1 e 31 de dezembro – período de pico no setor, em razão das festas de final de ano.

Segundo a presidente da Agência, Solange Vieira, tradicionalmente dezembro é um mês que aumenta o número de passageiros. Desde julho deste ano já se verifica um padrão de crescimento no número de embarques.

- O setor já está chegando em dezembro bem estruturado. Esperamos 14 milhões de embarques e desembarques, dentro do padrão de crescimento verificado desde julho.

Fonte: Evelyn Moraes (R7) - Foto (no Aeroporto Santos Dumont): André Muzell/R7

Helicóptero cai em Goiânia e duas pessoas ficam feridas

Um helicóptero modelo Robinson R-22 de propriedade particular, e arrendado pelo Aeroclube de Goiânia, caiu na tarde desta terça-feira (23), deixando o piloto e um passageiro feridos. A queda foi próxima ao Residencial Solar Ville, em Goiânia.

O piloto identificado como Cristiano Felipe Rocha tentou fazer um pouso de emergência, mas a aeronave ficou sem controle. Após a queda, foi o próprio piloto quem pediu socorro ao aeroclube e acabou sendo resgatado por outro helicóptero.

Ele foi levado para o Hospital de Urgências e, posteriormente, encaminhado ao Hospital Neurológico, onde passou por exames. Segundo o Corpo de Bombeiros, o outro passageiro, que ainda não teve a identidade divulgada, também não se feriu com gravidade. Ainda não se sabe o que provocou o acidente.

Uma equipe da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) vai avaliar o que será feito com os destroços da aeronave, já que a cabine e a hélice do aparelho ficaram completamente destruídas. A perícia que deve investigar as causa da queda deve ser concluída em 90 dias.

Fonte: CBN Goiânia via O Globo - Foto: Ricardo Rafael

Helicóptero do Exército de Camarões cai e deixa 9 mortos

Um helicóptero do Exército camaronês que levava a bordo nove pessoas, caiu nesta segunda-feira (22) entre Douala (Sul, capital petrolífera e econômica) e Yaoundé, nos Camarões, informou a AFP, tendo causado nove mortes.

Anunciado à AFP por duas fontes próximas das forças de defesa camaronesas, o acidente foi confirmado por um oficial do exército que declarou "a queda está confirmada. Estamos no local para recolher informações sobre o concretamente se passou", recusando-se entretanto entrar em mais detalhes.

Segundo uma primeira fonte próxima das forças de defesa que pediu anonimato, o aparelho, um helicóptero Bell 412, teria partido de uma base militar em Limbo (60 quilômetros a oeste de Douala) levando à bordo cinco pessoas.

Uma outra fonte próxima das forças de defesa camaronesas, também falou do acidente: indicando que nove pessoas se encontravam a bordo da aeronave, o que já foi confirmado.

As duas fontes concordavam numa coisa: a presença no helicóptero do comandante do Batalhão de intervenção rápida (BIR, unidade de elite do exército camaronês), Avraham Avir Silvan, de nacionalidade israelita.

De acordo uma das fontes, o comandante do BIR ocupava-se igualmente de todo que se tratava com a segurança do presidente camaronês Paul Biya.

Um dos contingentes, o BIR-Delta, está desdobrado desde 2009 na península de Bakassi (sudeste) para a segurança dessa região pantanosa de 1. 000 km2, difícil acesso mais rico em petróleo e gás, onde se multiplicaram os ataques no mar e raptados atribuídos pelas autoridades aos "piratas".

O último ataque, na noite de 16 a 17 de Novembro, visou uma plataforma petrolífera onde opera um grupo franco-britânico Pereco, segundo fontes próximas dos serviços camaroneses da segurança e de Perenco O Governo camaronês evocou como alvo um navio de Perenco afecto ao transporte de produtos petrolíferos para Moudi (golfo da Guiné, perto das fronteiras da Nigéria e da Guiné - Equatorial).

Fontes: Angola Press / ynetnews.com - Mapa: AFP

Empresa privada recebe autorização pra realizar reentrada na atmosfera

A SpaceX pretende lançar sua cápsula Dragon em dezembro, e recuperá-la no Oceano Pacífico

A Administração Federal de Aviação dos EUA, a FAA, concedeu na segunda-feira, 22, a primeira autorização para que uma empresa privada faça a reentrada de uma nave na atmosfera da Terra.

O receptor foi a companhia SpaceX, uma das empresas que disputam para fornecer voos orbitais à Nasa depois da aposentadoria dos ônibus espaciais, prevista para 2011.

A SpaceX pretende lançar sua cápsula Dragon em dezembro. No voo de teste, a Dragon - projetada para transportar astronautas - será lançada em órbita baixa e fará uma reentrada, pousando no Oceano Pacífico.

Se for bem-sucedida, a empresa será a primeira entidade privada a recuperar uma nave enviada ao espaço.

Fonte: estadão.com.br - Ilustração da cápsula Dragon: SpaceX/Divulgação

Avião está abandonado há mais de 20 anos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre

Bimotor Cessna 310 de 1978 teria dívida acumulada no valor de cerca de R$ 100 mil

Um avião abandonado desde 1989 no pátio do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, acumula dívidas e histórias sobre a sua verdadeira procedência. O modelo Cessna 310 teria sido trazido dos EUA por um gaúcho que morava em Miami e morreu recentemente. Fabricada em 1978, a aeronave foi adquirida por um americano, que teria pago as primeiras parcelas mas não chegou a levar a aquisição de volta para os EUA.

O relato é de Orivaldo Beloto Martins, 45 anos, que é auxiliar de pista da Transul, empresa que faz manutenção de aeronaves. Segundo ele, em boas condições o avião chegaria a custar US$ 90 mil.

— É um dinheiro jogado no tempo. Várias pessoas ficam impressionadas com esse avião parado aqui. É uma pena. Ele é muito bom para voos executivos. Tem capacidade para até cinco passageiros, autonomia de cinco horas e velocidade média de 300 km/h — explica Martins.

O modelo, que seria o primeiro bimotor desenhado pela empresa norte-americana após a 2ª Guerra Mundial, é encarado como uma relíquia por Martins. O problema é que, ao ficar ao relento e sem manutenção, o avião sofreu danos que reduziram seu preço pela metade, acredita ele:

— O avião precisaria de uma inspeção geral para voltar a funcionar. Ele ficou muito tempo sem óleo de conservação e foi danificado pela corrosão. Seria um investimento alto, mas o avião está em condições de ser recuperado. Ele poderia ser transferido para um museu ou uma escola de aviação já que o painel está inteiro.

O superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Jorge Herdina, confirma que a dívida do avião com tarifa aeroportuária e estadia chegaria a cerca de R$ 100 mil. Segundo Herdina, em 2008, a Infraero avisou o dono por e-mail e ele informou que não tem mais interesse no avião.

O superintendente explica que a responsabilidade sobre a área onde está a aeronave é discutida na Justiça entre Transul e Infraero. De acordo com ele, uma audiência marcada para o próximo dia 25 pode definir a questão.

— Esse avião ficou no limbo. Virou uma história de empurra daqui e dali, com muito folclore e pouca verdade. Esperamos que se encerre o processo e que, definitivamente, a área retorne para a administração do aeroporto. O equipamento deve ser incorporado pela União, que vai decidir o destino que será dado. É o que determina o Código Brasileiro de Aeronáutica — diz Herdina, que não dá prazos para o término do processo.

Fonte: Matheus Beust (Zero Hora) - Foto: Ronaldo Bernardi

Novo rigor em controle de aeroportos irrita americanos

Medida recente obriga passageiro que não se exponha a raio-x de corpo inteiro a submeter-se às inspeções manuais

Resignados a tirar sapatos, cintos e casacos nos aeroportos, os americanos começam a se revoltar contra inspeções manuais nas suas partes íntimas. A medida foi adotada este mês pela Administração da Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) como prevenção de casos como o do nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, em dezembro de 2009, que embarcou num voo para os EUA com uma cueca com explosivos. Nesta semana de feriado de Ação de Graças, cerca de 24 milhões de viajantes nos EUA estarão sujeitos a tal constrangimento.

No sábado, durante a reunião da Otan, em Lisboa, o presidente dos EUA, Barack Obama, deu seu apoio à iniciativa. No domingo, a secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou que o governo estuda um meio de aliviar a avaliação manual. Mas reconheceu que, se pudesse, evitaria passar por essa situação. O chefe da TSA, John Pistole, confirmou a orientação para minimizar o procedimento e lembrou ser este um programa de segurança sujeito a adaptações.

"Agradecemos imensamente a cooperação e a compreensão do povo americano. Não podemos nos esquecer, que há menos de um ano, um suicida com explosivos na roupa íntima tentou derrubar um avião sobre Detroit", insistiu, referindo-se a Abdulmutallab.

A inspeção manual vem sendo aplicada nos 450 aeroportos do país. Somente escaparão do constrangimento os passageiros que embarcarem nos 70 aeroportos munidos de raio-x de corpo inteiro. Mesmo assim, os que não quiserem ou não puderem se expor à radiação, terão de se sujeitar à revista completa. A resistência pode custar um interrogatório por funcionários da TSA, pagamento de uma multa de US$ 11 mil e possível prisão.

Alguns casos abusivos foram abordados em reportagens da rede americana WBTV.

A comissária de bordo Cathy Bossy (foto) relatou ter se esquivado do raio-x de corpo inteiro, em um aeroporto da Carolina do Norte, por ter sofrido recente mastectomia e por não poder sofrer radiações adicionais aos do tratamento contra o câncer. Na inspeção manual, a segurança exigiu que ela retirasse a prótese presa ao sutiã. Outro caso abusivo deu-se com Thomas Sawyer, de 61 anos, no aeroporto de Orlando, na Flórida. Sobrevivente de um câncer na bexiga, Sawyer pediu uma inspeção em local reservado porque carrega uma bolsa para a drenagem da urina, conectada por um cateter a seu abdômen. Vencida a resistência dos seguranças, ele foi levado a uma sala onde a inspeção foi tão indelicada que a bolsa se rompeu.

Fonte: Denise Chrispim Marin (O Estado de S.Paulo)- Fotos: Reprodução/WBTV

Qantas anuncia que voltará a voar com aviões A380

Turbinas dos Airbus da Qantas são da britânica Rolls-Royce

A empresa aérea australiana Qantas anunciou nesta terça-feira (horário local) que voltará a voar com os aviões Airbus 380 a partir de sábado, mas com apenas duas das seis aeronaves desse modelo que tem em sua frota.

O executivo-chefe Alan Joyce disse que os outros quatro A380 ainda não voltarão a operar, já que algumas de suas turbinas (da marca Rolls-Royce) estão em manutenção.

A Qantas havia suspendido os voos com os A380 após um incidente em 4 de novembro, quando um avião desse modelo com 430 passageiros e 26 tripulantes a bordo teve que fazer um pouso forçado em Cingapura por causa da explosão de uma de suas turbinas.

Ninguém se feriu, mas foi o mais grave incidente envolvendo o A380. Dias depois, a Qantas disse ter identificado vazamentos nas turbinas do avião.

"Estamos completamente confortáveis com a (volta de) operação da aeronave", disse nesta terça Joyce, explicando que os aviões passaram por inspeções da Airbus e da Rolls-Royce, segundo o site News.com.au. "Estamos trabalhando com as empresas no que é necessário para (restaurar) as outras (quatro) aeronaves".

O executivo disse que o público pode "ter confiança que todo o possível está sendo feito para entender o que aconteceu com a turbina do A380 e para prevenir que isso se repita".

Também segundo o site News.com.au, a agência estatal de aviação civil australiana concordou com os regresso dos A380.

Componente

No dia 12 de novembro, a britânica Rolls-Royce afirmou ter identificado o componente da turbina que apresentou problemas.

Segundo a empresa, as investigações mostraram que o problema iniciou um incêndio no óleo que vazou, um disco da turbina então se soltou e a turbina desintegrou.

A companhia britânica informou que vai substituir o componente em outras turbinas do mesmo tipo.

Fonte: BBC Brasil via O Globo