terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Anac: empresas têm tripulação suficiente para voos de dezembro

As seis maiores companhias aéreas têm tripulação suficiente para os voos programados para dezembro, incluindo fretamentos e charter, informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta segunda-feira. A agência recebeu os dados de TAM, Gol, Azul, Webjet, Avianca e Trip e concluiu que a escala prevista para este mês cumpre a legislação, que determina uma carga horária limite para os tripulantes de 85 horas mensais e 230 horas trimestrais.

No caso da TAM, por exemplo, o número de horas que os comandantes que pilotam os modelos A319, A320 e A321podem voar este mês é de 47.870, quando a previsão de horas de voo para esses aviões é de 42.095. Na Gol, os pilotos que voam os Boeings 737-300, 737-700 e 737-800 podem voar até 44.526 horas no mês, para uma programação de 41.620 horas de voo.

A Anac informou ainda que, após auditoria feita no centro de operações da TAM, em São Paulo, concluiu que a companhia tinha tripulação suficiente para realizar todos os voos programados nas últimas semanas. A empresa registrou elevados índices de cancelamentos e atrasos no fim de novembro, o que levou a Anac a suspender a venda de bilhetes da TAM segunda-feira passada, retomada dois dias depois.

Segundo nota divulgada pela Anac, os atrasos e cancelamentos ocorreram devido a "problemas na alocação da escala de trabalho e de folga de seus funcionários".

Os inspetores também concluíram que "a necessidade de mudança na escala também foi agravada pelo deslocamento de tripulações em função das chuvas provocando atrasos e cancelamentos acima da média do setor no fim de novembro". A Anac informou qinda que divulgará a tabela de horas de voo na internet semanalmente.

Fonte: Danielle Nogueira (O Globo)

Jobim fica; aeroportos terão secretaria

Seguindo mais uma "sugestão" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Nelson Jobim vai continuar no comando do Ministério da Defesa a partir do próximo dia 1.º de janeiro, quando a presidente eleita, Dilma Rousseff, assumir o governo.

Dilma também decidiu que vai mesmo criar uma secretaria só para cuidar da infraestrutura dos aeroportos e da aviação civil. Na tarde de ontem, Jobim confirmou aos membros do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) o projeto da presidente eleita.

A Secretaria Especial de Aviação Civil será ligada à Presidência da República e vai abrigar a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A intenção é deixar essa secretaria fora da partilha político-partidária entre a base aliada. O Estado apurou que a criação da secretaria especial deve ser acompanhada da abertura do capital da Infraero, o que daria mais agilidade à empresa estatal e multiplicaria as fontes de investimentos em aeroportos.

Caças. Dilma e Jobim reuniram-se ontem por quase três horas, na Granja do Torto. Jobim levou à presidente eleita um dossiê completo sobre as propostas dos fabricantes que querem fornecer à FAB a nova geração de caças - Rafale (França), Gripen (Suécia) e F-18 (EUA). O assunto deve ser discutido, na próxima semana, com o presidente Lula.

No encontro de ontem, também ficou acertado que Jobim deve entregar a Dilma, "dentro de uns dois dias", uma posição sobre a manutenção ou escolha de novos comandantes das três Forças (Exército, Aeronáutica e Marinha). Hoje, o ministro se reúne com o Conselho Militar de Defesa.

Pelas avaliações de Lula e Dilma, apesar dos avanços institucionais no trabalho de fortalecimento da autoridade civil sobre os militares, o processo só será consolidado quando o Congresso aprovar todo o pacote da chamada Estratégia Nacional de Defesa - o que, na opinião deles, começou com Jobim e deve ser concluído com o ministro na pasta.

Fonte: Tânia Monteiro (O Estado de S.Paulo)

Concorrência internacional 'obriga' Airbus a fazer 'A320' mais econômico

O construtor aeronáutico europeu Airbus decidiu finalmente propor uma nova motorização para o seu avião A320, muito mais econômica em termos de consumo de combustível.

Esta decisão visa dar um novo fôlego às vendas deste aparelho de médio curso, que estão sendo ameaçadas devido ao aparecimento no mercado internacional de novos concorrentes.

Depois de vários meses de hesitações, a Airbus vai produzir, a partir da Primavera Européia de 2016, uma nova versão do avião, o A320 NEO (New Engine Option), que promete uma redução de 15% no consumo de jet fuel.

Para o efeito, o consórcio europeu vai investir um milhão de euros no projeto, o que não representa um grande esforço uma vez que o lançamento de um novo avião custa cerca de dez milhões de euros em investigação e desenvolvimento.

As previsões apontam para vendas de 4000 aviões deste modelo num prazo de 15 anos.

A nova versão também terá "nadadeiras" verticais (winglet) nas extremidades das asas, que contribuem para a redução do consumo.

O aparelho terá um preço ligeiramente superior à versão actual, que é atualmente vendido por 81 milhões de dólares (62,3 milhões de euros), de acordo com a tabela de catálogo.

Fonte: dn.sapo.pt - Foto: Reprodução

Empresa privada dos EUA tentará pôr em órbita cápsula espacial

A empresa americana SpaceX tentará pôr em órbita, não antes de quarta-feira, sua primeira cápsula espacial e trazê-la de volta, em uma prova chave para o futuro dos voos comerciais espaciais.

A nave Dragon, que não irá tripulada, tem assentos para sete pessoas e um amplo compartimento de carga. Na viagem, terá como objetivo alcançar a órbita terrestre, retornar e pousar no oceano Pacífico cinco horas depois, informou a companhia.

O lançamento estava oficialmente previsto para esta terça-feira, mas problemas técnicos com o foguete Falcon 9 forçaram a empresa a adiar a decolagem de teste, segundo o presidente da SpaceX, Gwynne Shotwell.

"Parece que a primeira tentativa deste voo não acontecerá antes da quinta-feira", disse Shotwell em entrevista coletiva.

A cápsula em forma de bala, que algum dia poderá transportar provisões para Estação Espacial Internacional (ISS), será lançada do centro espacial Kennedy, em Cabo Cañaveral (Flórida, sudeste).

A operação tem como objetivo mostrar a habilidade da cápsula de decolar e se separar do foguete Falcon 9, orbitar a Terra, transmitir sinais, receber ordens e em seguida reingressar na atmosfera do planeta para ser recuperada no oceano.

Nunca antes uma nave espacial privada realizou esta façanha com sucesso e a operação traz riscos importantes.

Entre eles, a nave deve manobrar em órbita a velocidades de mais de 27.000 Km por hora, sobreviver a uma abrasadora volta ao planeta e manobrar um pára-quedas de segurança para o pouso no mar.

A SpaceX informou em um comunicado que a Dragon, que não tem asas, diferentemente dos ônibus espaciais, controlará seu retorno através de seus "propulsores Draco a bordo, que permitem à nave aterrissar em um local muito preciso, a poucas centenas de metros de seu objetivo".

O presidente americano, Barack Obama, espera que o setor privado ajude a preencher o vácuo deixado assim que a frota de ônibus espaciais da Nasa for retirada de circulação no ano que vem, e até que seja desenvolvida a próxima geração de naves espaciais. Durante este período, os Estados Unidos dependerão das naves russas Soyuz para chegar à ISS.

Fonte: AFP

NASA começa teste com vela solar

A abertura da vela solar está marcada para a madrugada desta quinta-feira, às 03h31 no horário de Brasília. Nesta ilustração é possível ver o corpo do NanoSail-D no centro da vela - Imagem: NASA

Nesta segunda-feira, a NASA lançou pela primeira vez com sucesso um nanossatélite a partir de um microssatélite em órbita.

O nanossatélite é o NanoSail-D, que fará o primeiro teste de uma vela solar da agência espacial norte-americana, que tem estado rotineiramente atrás dos japoneses nos testes desta tecnologia inovadora.

As velas solares, que impulsionam as naves usando a força dos fótons que incidem sobre uma finíssima película de material reflexivo, são vistas como promissoras tanto para tirar satélites em desuso de órbita, evitando o acúmulo de lixo espacial, como para levar espaçonaves além do Sistema Solar, aproveitando unicamente a luz do Sol e das estrelas.

A abertura da vela solar está marcada para a madrugada desta quinta-feira, às 03h31 no horário de Brasília. Quatro mastros telescópicos serão estendidos automaticamente e, em seguida, a vela começará a se estender, até atingir uma área total de 30 metros quadrados.

A NASA tem estado insistentemente atrás da agência espacial japonesa nas pesquisas de velas solares. Os primeiros testes em laboratório com a vela solar da NASA foram feitos em 2004, e o NanoSail-D deveria ter sido lançado em 2008.

Já o veleiro solar Ikaros, da JAXA, está usando seus cristais líquidos para navegar deste Julho deste ano.

Lançamento de um satélite por outro

O lançamento de um nanossatélite a partir de um outro satélite já em órbita é uma alternativa muito interessante para a realização de vários experimentos científicos independentes a partir usando um único foguete.

Outra vantagem é que os nanossatélites, também conhecidos como CubeSats, são muito baratos, estando ao alcance de pesquisadores universitários e de empresas privadas.

Os nanossatélites são lançados a partir de uma estrutura maior, chamada Poli-PicoSatellite Orbital Deployer (P-POD) - lançador orbital de múltiplos picossatélites, em tradução livre.

O termo picossatélite mostra a intenção de lançar satélites ainda menores - enquanto o NanoSail-D, que fará o teste da vela solar, tem a dimensão aproximada de um pacote de pão de forma, os picossatélites são cubos com cerca de 10 centímetros de lado.

Doug Huie, pesquisador da Universidade do Alabama, segura o NanoSail-D, que mede 10 cm de altura, por 10 cm de largura e 33 cm de comprimento, e pesa 4 quilogramas - Imagem: NASA/MSFC/D. Higginbotham

O satélite FASTSAT, lançado no último dia 19 de Novembro, da base de Kodiak, no Alasca, é um P-POD que levou seis nanossatélites para o espaço.

"A ejeção perfeita do NanoSail-D demonstra a capacidade operacional do FASTSAT como um meio independente e barato de colocação de CubeSats em órbita com segurança," disse Mark Boudreaux, coordenador da missão. "Ao cumprir esta etapa, demonstramos que podemos lançar uma série de diferentes tipos de cargas usando este sistema baseado em um microssatélite autônomo."

Lixeiro espacial

Após a ejeção, o NanoSail-D começou uma contagem regressiva de três dias. Ao chegar a zero, seus braços telescópicos se abrirão e a vela solar, que está dobrada em seu interior, se estenderá para começar a captar os fótons.

O objetivo da missão é fazer com que o empuxo gerado pela colisão dos fótons do Sol com a vela solar faça com que o NanoSail-D reentre na atmosfera mais cedo do que aconteceria normalmente.

Ou seja, quanto antes o nanossatélite cair na Terra, queimando-se inteiramente durante a reentrada, maior será o sucesso da vela espacial como um mecanismo de propulsão - os cientistas calculam que ele deverá permanecer em órbita entre 70 e 120 dias.

O uso de velas solares para trazer de volta satélites sem uso é mais barato e mais simples do que equipar essas naves com motores, propelentes e sistemas de controle para dirigir sua reentrada.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Caixa-preta do Boeing 777 da TAAG recolhida para inspeção

A caixa negra do Boeing 777 da TAAG que ontem teve de aterrar de emergência em Lisboa devido à perda de peças sobre a cidade lusa de Almada está já na posse do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves.

A análise da caixa negra, tal como das peças do avião que se soltaram, será determinante para a elaboração do relatório preliminar sobre as causas do acidente, o que deverá acontecer dentro de um mês.

A Polícia portuguesa anunciou que recebeu 15 queixas relacionadas com a queda de peças do avião da TAAG, 12 por estragos em veículos automóveis e três em habitações, reitenando que não houve qualquer acidente pessoal a lamentar.

Estima-se que foram quase duas mil as pequenas pelas que cairam do Boeing 777, quase todas relacionadas com o motor direito da aeronave, que embateram no solo a cerca de 200 quilómetros por hora, ou seja, armas letais se tivessem atingido pessoas.

Enquanto o relatório preliminar não estiver concluído - que será depois entregue às autoridades lusas de aviação civil - a TAAG anunciou já que se responsabiliza por todos os estragos.

Esta processo que agora se inicia, acredita-se, pode demorar bem mais de um ano até chegar a uma conclusão.

Fonte: A Bola (Portugal) - Foto: Reprodução

Lisboa: polícia recebeu 15 queixas atribuídas a queda de peças de avião

Treze denúncias por danos materiais em viaturas e três em prédios foram feitas nas últimas 24 horas ao Comando Distrital de Setúbal da PSP. Os queixosos atribuíram os prejuízos à queda de peças de avião.

Pelas 11h30 de segunda-feira também um Boeing 777 das Linhas Aéreas de Angola (TAAG) com destino a Luanda regressou ao aeroporto da Portela numa aterragem de emergência devido a uma avaria técnica.

Por essa altura, surgiram queixas na zona de Almada de pequenas peças que teriam caído sobre viaturas. Enquanto não for feita uma vistoria ao avião da TAAG não é possível apurar se as referidas peças pertenciam àquele avião.

A chefe Manuela, do Comando Distrital de Setúbal da PSP (Polícia de Segurança Pública), disse ao 'Público' que os 15 casos relatados dizem respeito às freguesias de Almada e Cacilhas, as que estão sob jurisdição daquele comando, desconhecendo se há queixas em outros locais.

Fonte: Luciano Alvarez (Público.pt) - Foto via A Bola

Avião causa apagão no nordeste de Portugal

Aeronave danificou linha de distribuição de electricidade e deixou perto de dois mil clientes da EDP sem luz

O avião que assegura a carreira aérea Bragança-Lisboa colidiu com uma linha de distribuição de electricidade, deixando duas mil pessoas sem luz, mas sem qualquer consequência para a aeronave e ocupantes.

O incidente ocorreu na passada quinta-feira (2), cerca das 17:20 horas, quando o avião fazia manobras de aproximação à pista do aeródromo municipal de Bragança e tocou com a roda dianteira nos cabos de uma linha de distribuição de energia eléctrica, danificando-a.

Fonte do aeródromo municipal referiu que na altura estava a nevar e havia nevoeiro. “Quando a aeronave voava a baixa altitude, ao tentar voar mais alto terá tocado com a roda da frente na linha”, explicou. Ao que o Jornal Nordeste apurou, a situação não provocou qualquer tipo de danos ao aparelho, nem consequências aos passageiros, nomeadamente ao presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, que regressava à cidade naquele voo.

O autarca não quis prestar declarações, mas desdramatizou a situação, garantindo que o sistema de segurança do aeródromo municipal foi accionado de imediato e com eficácia. Na manhã seguinte, o avião fez a ligação com destino a Lisboa e escala em Vila Real, “com toda a normalidade”, acrescentou a fonte do aeródromo. A empresa responsável pela concessão da ligação aérea, a Aerovip, também não quis comentar o assunto.

Energia eléctrica foi restabelecida cerca de duas horas após o acidente

O acontecimento deixou dois mil clientes da EDP sem luz, confirmou Maria Antónia Fonseca, da EDP Distribuição. "A linha de distribuição de electricidade quebrou e 12 postos de transformação ficaram fora de serviço, o que provocou o corte de energia", explicou.

A energia eléctrica foi restabelecida cerca de duas horas depois, porque uma equipa da EDP encontrou como alternativa provisória a ligação a outra linha de distribuição. O problema foi solucionado definitivamente na manhã seguinte, assegurou a empresa. Na passada sexta-feira, este foi o tema do dia na aldeia de Baçal, onde os residentes estiveram sem energia eléctrica durante algum tempo.

Fonte: jornalnordeste.com (Portugal)

Radialista ajuda piloto em pouso de emergência

Esta história poderia ser trágica e ganharia a manchete de todos os jornais do país, mas como tudo deu certo, os personagens continuaram anônimos.

Por volta das 8h20 da sexta-feira passada (3), uma aeronave bimotor modelo Piper PA-31 Navajo, de uma empresa de taxi aéreo não identificada, sofreu com uma pane em um dos motores quando sobrevoava o município de Alagoinhas, no nordeste do estado da Bahia.

O avião, que partiu de Salvador rumo a Paulo Afonso, trazia apenas o piloto e copiloto, e transportava documentos bancários. O piloto tentou entrar em contato com as torres de comando da Infraero, quando percebeu que na região havia um verdadeiro buraco na cobertura de rádio. Sem comunicação com os controladores de voo, ele circulou a área por aproximadamente 20 minutos, na tentativa de visualizar uma pista ou espaço em que pudesse realizar um pouso de emergência. Foi quando, ao sintonizar uma FM local, ouviu o número de telefone da redação e entrou em contato, via celular, com a radialista Patrícia França, da Rádio 93 FM.

Em entrevista ao Bahia Notícias, a radialista relata que o piloto, em desespero, pediu informações sobre a existência de pistas de pouso na região. Como na cidade não há aeroportos, Patrícia França procurou policiais da cidade, que recorreram à cervejaria Schincariol, instalada em Alagoinhas. Foram mais 20 minutos de grande tensão e expectativa até que a iluminação da pista foi acesa e o pouso liberado, às 8h51, segundo consta no boletim de ocorrência policial. Segundo a radialista, neste tempo, ela entrou ao vivo com o piloto na rádio, que sem esperanças chegou a projetar um desfecho trágico para o episódio. “No fim da ligação ele falou ‘não vai dar tempo. Muito obrigado e boa noite’. Eu fiquei desesperada e comecei a chorar”, conta. Ao pousar, o piloto e seu auxiliar estavam em prantos, segundo relata Patrícia, mas não deixaram de brincar com a situação. “Já que estamos em uma cervejaria, vamos tomar uma”, teria dito.

Fonte: Rafael Rodrigues (bahianoticias.com.br) - Foto: Divulgação

Falta de vagas em pátio limita voos em Viracopos

O gargalo estrutural foi apontado por um relatório reservado do Departamento de Controle do Espaço Aéreo

O número de posições de estacionamento do pátio de aeronaves do Aeroporto Internacional de Viracopos é insuficiente para o local operar em sua capacidade máxima de 31 voos por hora, entre pousos e decolagens — hoje, ela está limitada a 26 voos. O gargalo estrutural foi apontado por um relatório reservado do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), que estudou as necessidades de adequação dos principais aeródromos do Brasil, observadas sob o ponto de vista do tráfego aéreo atual.

Viracopos se tornou um dos principais aeroportos do País e é estudado como alternativa para receber voos do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, que terão que ser desviados devido às obras de reforma e ampliação. Mas, de acordo com o relatório, no caso de Viracopos atuar como local para absorver 50% do movimento de Congonhas, haveria a necessidade de disponibilizar mais 26 posições de estacionamento, além das 11 existentes para aeronaves de grande porte e nove que têm espaço para atender, no máximo, o modelo 195 da Embraer, que tem capacidade para 122 passageiros. Mesmo que o aeroporto de Campinas abrisse as vagas extras, ainda seria necessária a construção de duas saídas rápidas nas cabeceiras da pista.

O engenheiro especialista em infraestrutura aeroportuária e ex-superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Viracopos, Mozart Mascarenhas Alemão, disse que um projeto realizado em Viracopos, em 2007, deveria atender à demanda em até sete anos, mas com a chegada da Azul Linhas Aéreas, o local já está saturado em menos de dois anos. A previsão é de 5 milhões de pessoas passando pelo terminal de passageiros, que suporta 2 milhões. Segundo Alemão, o pátio de aviões foi projetado junto com o terminal e está defasado.

Segundo a Infraero, na primeira fase da ampliação de Viracopos, com a construção do novo terminal de passageiros e o pátio de aeronaves, está previsto um investimento de R$ 689,6 milhões, com conclusão em novembro de 2013. O Plano Diretor de Viracopos prevê uma ampliação do pátio para uma área de 185.500 m quadrados, com 35 posições de estacionamento, para até 2015, e uma ampliação para 470.450 m quadrados com 66 vagas, até 2025.

Fonte: Fábio Trindade (Grupo Rac) - Foto: Dominique Torquato/AAN