domingo, 12 de dezembro de 2010

Avião faz pouso forçado no interior do sertão Alagoano

Um avião de pequeno porte fez um pouso forçado na tarde deste sábado (11) na BR-220, próximo ao povoado Alto dos Coelhos, município de Água Branca, de acordo com informações de populares o avião teve um problema no motor esquerdo.

“Pensei que o mundo ia acabar, Parecia que ia cair em cima da casa, ele vinha na nossa direção, mas em questão de segundo a asa virou”, relatou uma moradora do povoado.

Fonte e foto: maisnoticias.net.br

Nota do Autor:

A aeronave é o EMB-820C Navajo, prefixo PT-EPY.

Sobe para 4 o número de mortos em queda de avião em MG

O piloto do avião bimotor que caiu na quinta-feira à noite em Bom Jesus do Galho (MG), no Vale do Rio Doce, João Vicente Guimarães Granha, 40, morreu na madrugada deste domingo.
Com isso, subiu para quatro o número de mortos no acidente.

A aeronave transportava funcionários da LBV (Legião da Boa Vontade).

O piloto estava internado com queimaduras no hospital Vitória Apart Hospital, no Espírito Santo, e seu corpo deve ser levado ainda hoje para Campo Grande (MS), onde será sepultado.

Morreram também no acidente a repórter da LBV, Belkis Faria, 35, o fotógrafo Clayton Ferreira, 25, e o cinegrafista Rodrigo Mafra, 26.

O diretor-executivo da LBV, Paulo Duarte, 46, continua internado em estado grave, porém estável, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, segundo a assessoria de imprensa da LBV.

Em nota oficial, a LBV informou que "os profissionais deslocavam-se entre Vitória (ES) e Brasília (DF)".

De acordo com a nota, "a aeronave, prefixo PT-LEU, cedida por um amigo colaborador da LBV em São Paulo, transportava a equipe de reportagem responsável pela cobertura da entrega de mais de 70.000 cestas de alimentos da Campanha do Natal Permanente da LBV a milhares de famílias em risco social em mais de 170 cidades".

Técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), do Ministério da Defesa, apuram as causas do acidente.

Fonte: jornalfloripa.com.br

Roubo de avião mostra vuneabilidade de espaço aéreo no Brasil, dizem EUA

Id 199388

28 março 2009 00h09

Embaixada Brasília

SECRETO

ASSUNTO: ROUBO DE AVIÃO PEQUENO ATIVA PROCEDIMENTOS DE DERRUBADA DE AERONAVE

REF. A. 08 BRASILIA 1170 B. IIR 6809012009 C. 08 BRASILIA 1214

Classificado por: Vice-chefe da Missão Lisa Kubiske. Razão 1.4 (d)

1. (S/NF) A ref B descreve um incidente ocorrido em 12 de março no qual um avião particular pequeno foi roubado à mão armada em Luziânia (a aproximadamente 23 milhas de Brasília) e depois de duas horas foi jogado intencionalmente no estacionamento de um shopping center em Goiânia, a aproximadamente 90 milhas de Brasília. O incidente foi notável na medida em que provocou uma instância rara de ativação dos procedimentos brasileiros de derrubada de aeronaves (descritos na ref a). Em vista da proximidade do avião com a capital federal e da ausência de qualquer plano de vôo, o Controle de Tráfego Aéreo de Brasília notificou o Controle de Defesa Aérea, que rapidamente enviou aviões da Base Aérea de Anápolis para interceptar, observar e tentar comunicar-se com o avião (detalhes na ref b). Quando o avião repentinamente se dirigiu a uma área densamente povoada e a um grande shopping center, os controladores começaram a enxergá-lo como ameaça. Diante da possibilidade de que o avião roubado pudesse ser usado como arma, o Comando de Defesa Aérea informou o chefe da Força Aérea, brigadeiro Junito Saito. Saito então entrou em contato com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o presidente Lula sobre a possibilidade de ordenar a derrubada do avião, caso houvesse ameaça a civis. Enquanto o assunto era discutido, o avião caiu no estacionamento do shopping.

2.(C) COMENTÁRIO: A Força Aérea Brasileira seguiu exatamente os procedimentos passados à embaixada em Brasília no ano passado, subindo pela cadeia de comando antes de autorizar a derrubada do avião. Devido à gravidade de uma ameaça potencial a um grande número de cidadãos no shopping, a Força Aérea tomou a medida adicional de consultar o presidente. Embora nenhuma decisão tenha sido tomada antes de o avião cair, o procedimento seguido ilustra a cautela extrema com que é abordada a possibilidade de derrubada de uma aeronave, a compreensão ampla da política de derrubada por parte dos controladores de tráfego aéreo e o fato de os procedimentos serem executados conforme o que está escrito. A Missão acredita que o incidente de 12 de março ilustra a eficácia dos procedimentos brasileiros para prevenir derrubadas imprevistas, que estiveram à base da recomendação de certificação presidencial do Brasil, na ref c. O fato de esses procedimentos terem sido corretamente seguidos em 12 de março demonstra que eles ainda são bem conhecidos pelos pilotos, controladores e tomadores de decisões. Somado à ausência de qualquer indicativo de que as condições em relação às derrubadas de aeronaves tenham mudado, este incidente serve como argumento forte em favor da recertificação, ainda este ano.

3.(S/NF) COMENTÁRIO, CONTINUA: Do outro lado da moeda, a abordagem refletida à decisão de derrubada destacou uma vulnerabilidade diante de potenciais ações terroristas, haja visto que uma decisão não teria sido tomada em tempo de barrar a ação do piloto, caso ele tivesse conseguido fazer o avião cair sobre seu alvo ou sobre outro prédio, inclusive em Brasília. Essa vulnerabilidade se deve em parte ao fato de os procedimentos brasileiros de derrubada terem sido desenvolvidos para ser aplicados a aeronaves usadas no tráfico de drogas nas vastas regiões do norte do Brasil, e não para potenciais ataques contra cidades. Com base na discussão DAO com a Força Aérea Brasileira e o controle de Tráfego Aéreo, os brasileiros consideram que seus procedimentos de derrubada são eficazes, mas talvez precisem analisar maneiras de acelerar a tomada de decisões em casos de potenciais ataques terroristas. SOBEL

Fonte: Folha.com - Tradução de Clara Allain

Telegrama da Embaixada dos EUA vê risco de ataque com aviões a prédios públicos

O espaço aéreo de Brasília é vulnerável ao ataque de terroristas, que podem usar um avião para atingir e destruir prédios públicos na capital federal, diz um telegrama secreto da embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Datado de 28 de março do ano passado, o despacho diplomático faz parte do lote de milhares de telegramas obtidos pela organização WikiLeaks (wikileaks.ch). A Folha é uma das sete publicações no mundo que têm acesso a esse material antes de ele ser divulgado no site.

O então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, fazia comentários sobre a aplicação da Lei do Abate no Brasil. A legislação é de 1998. Entrou em vigor de maneira plena em 2004, quando foi regulamentada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sobel relatava aos seus superiores um episódio ocorrido em 12 de março do ano passado, quando um homem roubou um monomotor em Luziânia (GO), cidade a 56 km de Brasília.

O pequeno avião era tripulado só pelo piloto e uma menina de 5 anos, sua filha. Ambos morreram quando o Embraer EMB-712 caiu no estacionamento do maior shopping center de Goiânia.

O interesse dos norte-americanos é sobre como a Força Aérea Brasileira coloca em prática a Lei do Abate.

Para que o piloto de um caça da FAB possa atirar para destruir um avião hostil é necessário passar por vários procedimentos --até uma ordem presidencial.

Tudo funcionou no caso do avião roubado em Luziânia. Não houve disparos contra o pequeno avião, que foi acompanhado por um Mirage e por um T-27 Tucano, ambos da FAB.

O embaixador Sobel fez um comentário: "[O caso] Iluminou uma vulnerabilidade para ações com potencial terrorista, dado que a decisão [de atirar] não teria sido tomada a tempo de impedir o piloto se ele tivesse condições de jogar seu avião em um alvo, ou outro prédio, inclusive em Brasília".

O diplomata norte-americano explica haver uma lacuna na regulamentação da Lei do Abate no Brasil. A regra detalhada sobre ataque a aviões hostis se refere sobretudo a casos em que há suspeita de transporte de drogas ilícitas "na vasta região Norte do Brasil, e não a potenciais ataques a cidades".

Sobel conclui que os brasileiros "consideram os seus procedimentos de abate eficazes, mas devem buscar formas de acelerar o processo decisório durante um potencial ataque terrorista".

Nesse caso de Goiânia, a FAB de fato temeu um possível atentado igual ao 11 de Setembro de 2001, quando aviões foram sequestrados e jogados sobre o World Trade Center, em Nova York, que foi destruído, e o Pentágono, em Washington.

Inflexão

As observações críticas da diplomacia norte-americana são em certa medida paradoxais. Agora, falam sobre a necessidade de o país ter mais celeridade na tomada de decisão para abater aviões.

Num passado recente, porém, o governo dos EUA se opunha fortemente ao Brasil ter uma Lei do Abate. Essa pressão deixou o país muito tempo sem regras.

Sem a lei, durante anos havia relatos sobre os milhares de voos clandestinos no espaço aéreo brasileiro.

A oposição dos EUA ocorria pelo temor de que a FAB não tivesse condições de discernir sobre quais seriam aviões de fato hostis e que mereceriam ser derrubados.

Aviões militares norte-americanos no passado costumavam entrar sem avisar no espaço aéreo brasileiro, sobretudo na fronteira norte.

Essas aeronaves em geral trabalhavam em cooperação com os governos vizinhos, como o da Colômbia.

A legislação foi aprovada em 1998, mas sua regulamentação ficou parada até 2004. Nessa época, as Forças Armadas brasileiras concordaram em fazer um acordo de cooperação: anualmente, oficiais dos EUA visitam instalações do controle aéreo nacional e falam com os que teriam de agir em caso de aplicação da Lei do Abate.

De posse dessas informações, a cada ano, o presidente dos EUA tem de renovar a "Presidential Determination" (ordem presidencial) reconhecendo que o Brasil tem procedimentos de interdição e abate de aviões seguros, que "protegem contra a perda de vidas inocentes".

Sem essa ordem da Casa Branca, não poderia haver troca de informações sobre parte do tráfego aéreo entre o Brasil e os Estados Unidos.


Fonte: Fernando Rodrigues (Folha.com) - Imagem: Editoria de Arte/Folhapress

Pouso em porta aviões (Imperdível)

Acompanhe, como se estivesse sentado na cabine de um avião, ao lado do piloto, todas as emoções de um procedimento de pouso em um porta aviões.