quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Governo português rejeita proposta da Avianca pela aérea TAP

O governo de Portugal decidiu não vender a companhia aérea TAP à Synergy Aerospace, dona da Avianca, depois que o único candidato à privatização da empresa portuguesa falhou na entrega das garantias bancárias necessárias. A informação é da agência 'Reuters'.

O grupo Synergy, do empresário German Efromovich, apresentou na semana passada uma proposta de R$ 4 bilhões para adquirir a companhia aérea TAP. Com o sucesso da negociação, a Avianca passaria a liderar o mercado de voos do Brasil para a Europa.

Segundo informações da imprensa portuguesa, o Synergy não teria apresentado uma garantia bancária de € 25 milhões dos € 35 milhões que ficariam para o Estado (a empresa pertence ao governo).

A TAP tem rotas estratégicas no Atlântico Sul, para Brasil e África, bem como presença relevante na Europa com operação concentrada no aeroporto de Lisboa. Porém, a companhia tem dívida superior a € 1 bilhão.

A privatização de 100% incluía uma fatia de 5% do capital da TAP para os funcionários. O governo português vinha afirmando que pretendia fechar a venda da TAP ainda em 2012.

Portugal tem tido sucesso nos processos de privatização e estima levantar mais do que os € 5,5 bilhões em 2012 e 2013 previstos nos termos do resgate ao país por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI).

A venda das últimas participações de Lisboa nas empresas de energia EDP e REN, concluídas com sucesso e elevados prêmios, permitiram ao governo português levantar 60% do valor.

O governo pretende vender participações na ANA Aeroportos, CTT-Correios de Portugal, Águas de Portugal e em um canal da televisão pública RTP, além da última parcela da Galp Energia.

Fonte: UOL Notícias (com informações da Reuters) - Imagem: Reprodução

Bilionário britânico perde aposta e será 'aeromoça' por um dia

Fundador do grupo Virgin será 'aeromoça' da companhia malaia AirAsia.

Richard Branson servirá passageiros de voo entre Kuala Lumpur e Londres.


O bilionário britânico Richard Branson, fundador do grupo Virgin, será "aeromoça" da companhia aérea malaia AirAsia por um dia em maio para pagar uma aposta perdida, publicou nesta quinta-feira a imprensa malaia.

Branson, de 62 anos, se disfarçará com um uniforme feminino e servirá os passageiros de um voo entre Kuala Lumpur e Londres dois anos após perder uma aposta sobre Fórmula 1, anunciou o executivo-chefe da AirAsia e amigo de Branson, Toni Fernandes.

"Vemos um homem com honra @richardbranson que acaba de me ligar para pagar uma aposta: será aeromoça da AirAsia em maio. São dois anos de atraso, mas o importante é que não se esqueceu", escreveu o empresário malaio no Twitter.

A companhia aérea terá que confeccionar um vestido vermelho, com saia acima do joelho, sob medida para o 1,80m de Branson, um dos homens mais ricos do planeta e dono da companhia aérea Virgin.



Em dezembro de 2009, Branson desafiou Fernandes a ver qual de suas equipes terminaria a temporada da Fórmula 1 na frente, se a Virgin Racing ou a Lotus.

Branson perdeu a aposta, mas teve de adiar a obrigação contraída após sofrer uma lesão no joelho em 2011.

Toda a arrecadação desse voo será destinada a uma organização humanitária escolhida pelo bilionário britânico, que tem fortuna estimada em US$ 4,2 bilhões.

Fonte: EFE via G1 - Fotos: Reprodução

Aumento dos custos freia crescimento do setor aéreo nacional

Após uma período de crescimento explosivo, no qual milhões de brasileiros andaram de avião pela primeira vez, o mercado aéreo brasileiro enfrenta dificuldades, sofrendo com a alta do combustível, a infraestrutura deficiente e os novos impostos.


'O ano de 2012 pode ser classificado facilmente como o pior ano da história da aviação civil comercial', disse Paulo Kakinoff, presidente da aerolínea brasileira Gol, a segunda do país, em entrevista à AFP.

'E isso é uma inédita combinação de fatores: o mais importante é o aumento significativo do custo dos combustíveis, que subiu quase 60% desde 2009. Isso foi combinado com a queda do real (-10%), o reajuste das taxas de navegação a criação de novas tarifas', disse.

O combustível representa 45% dos custos da companhia, afirma Kakinoff.

Além disso, a empresa estatal que administra os aeroportos, Infraero, elevou em 2012 em até 150% algumas tarifas que não eram ajustadas desde 2005.

Com 500 milhões de dólares em perdas acumuladas até setembro, a Gol quer reduzir custos diminuindo sua oferta e aumentando a ocupação de seus voos, uma estratégia seguida por outras companhias aéreas. 

Recentemente, a empresa anunciou o fechamento de sua filial de baixo custo, Webjet, e a demissão de 850 trabalhadores, apesar de a justiça ter ordenado esta semana sua recontratação.

A aerolínea TAM, líder do setor, que se fundiu com a chilena LAN para criar a maior linha aérea da América Latina, LATAM, também busca reduzir custos.

A TAM já não publica resultados financeiros por si só, mas os últimos dados que correspondem ao primeiro trimestre apontam uma queda de 21,7% em seus ganhos com relação ao mesmo período de 2011.

Em 2012 'gastamos muito dinheiro por culpa de uma infraestrutura deficiente, do aumento do combustível e das novas tarifas', declarou à AFP Gianfranco Beting, chefe de comunicações da Azul, uma empresa com aviões menores e eficientes que opera rotas novas ou pouco exploradas.

As empresas dizem ter sentido também a desaceleração do crescimento da economia brasileira este ano, que só crescerá em torno de 1%, segundo recentes estimativas.

De acordo com dados do setor, as cinco maiores empresas brasileiras de aviação são TAM, com 41,1% do mercado local; Gol, com 33,9%; Azul (9,35%) - que se fundiu este ano com a Trip (4,53%) e em seguida Avianca (5,95%).

Grande potencial de crescimento

Apesar de a demanda nacional por passagens aéreas ter se estabilizado, especialistas do setor projetam ainda um grande potencial inexplorado.

Em 2002, foram vendidos no Brasil 33 milhões de passagens aéreas e em 2011 essa cifra quase triplicou, para 86 milhões.

'No Brasil, há uma média de 0,4 viagens por ano por habitante. Em mercados maduros, esse número sobe para 2,7', disse Adalberto Febeliano, consultor da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, que agrupa as cinco maiores empresas aéreas do país.

'Para 2013, vemos uma provável estabilidade da demanda e uma retração da oferta para manter a rentabilidade', disse Febeliano.

Esta entidade pede ao governo uma redução dos impostos ou dos preços do combustível.

'A fórmula para fixar o preço do combustível de aviação no Brasil continua sendo como há 20 ou 30 anos atrás, quando se dependia das importações. Hoje isso não se justifica', explicou à AFP Gilson Garofalo, especialistas em aviação da Universidade de São Paulo.

Para o diretor-executivo da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), Alex de Gunten, a expectativa é que o mercado brasileiro continue crescendo, mas é necessário um desenvolvimento proporcional da infraestrutura local.

O governo de Dilma Rousseff começou a realizar concessões ao setor privado de alguns aeroportos, mas o avanço tem sido lento. No ano passado, foram licitados dois em São Paulo e um em Brasília, e para 2013 se espera a entrega da concessão dos aeroportos do Rio e de Belo Horizonte.

Dilma também anunciou na França na semana passada a construção de 800 aeroportos regionais, ao menos um para cada cidade de mais de 100.000 habitantes, sem dar mais detalhes.

Fonte: AFP via G1 - Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP

Jato da brasileira Embraer recebe permissão para voar na Rússia

Imprensa local teme concorrência do E-190 com seu par russo, o SSJ-100; especialistas acreditam que ambas as aeronaves irão encontrar seu nicho no mercado da CEI (Comunidade de Países Independentes composta por ex-repúblicas soviéticas) e que não deve-se temer a concorrência por arte da empresa brasileira.

Embraer 190 - Foto: Divulgação/Embraer

O avião regional Embraer 190, da brasileira Embraer, obteve permissão para operar na Rússia.

Apesar de a imprensa local temer uma eventual competição com seu par russo, SSJ-100 (Sukhoi Superjet), especialistas acreditam que cada aeronave encontrará seu nicho no mercado da CEI (Comunidade de Países Independentes, composta por ex-repúblicas soviéticas) e que não se deve temer a concorrência por parte da empresa brasileira.

"Recebemos a certificação para o avião Embaer 190 e agora podemos vendê-lo na Rússia", disse Jackson Medeiros de Farias Schneider, vice-presidente da Embraer, durante o “Fórum Empresarial Brasil-Rússia: fortalecendo a parceria”.

O certificado havia sido emitido pela CIA (Comissão Interestatal de Aviação), autoridade russa que concede as autorizações a aeronaves estrangeiras para operar na Rússia e alguns países da CEI.

A medida veio em ocasião oportuna. A Rússia sofre com escassez de aeronaves desse tipo. Na mostra de aviação executiva, realizada no outono passado em Moscou, a Embraer apresentou seu novo avião executivo, o Embraer Lineage 1000, uma versão da linha Embraer 190.

A aeronave é capaz de transportar, em condições confortáveis, 19 passageiros e voar nas rotas entre Moscou e diversas regiões do oriente.

A Embraer havia afirmado planejar instalar um escritório na Rússia e criar uma divisão para promover a aeronave E-190 no mercado do país.

Em entrevista à Gazeta Russa nos bastidores do Fórum, Jackson Schneider disse que a empresa ainda não tem pedidos de compra consolidados no país e está apenas em negociações.

O executivo considera que o E-190 tem mercado na Rússia e avalia sua capacidade em 300 aeronaves até 2020.

Empresas russas

A decisão de conceder a um avião brasileiro a permissão para operar na Rússia na época em que a indústria aeronáutica nacional, outrora uma das maiores do mundo, está prestes a entrar em coma foi muito audaz. 

Para apoiá-la, o governo decidiu unir as empresas isoladas em uma corporação aeronáutica unificada (CAU). Um dos frutos desse trabalho é o avião regional Sukhoi Superjet 100, concorrente direto do Embraer 190.

O SSJ é um avião mais novo, com um valor de catálogo US$ 5 milhões, menor do que o do Embraer 190, e custos operacionais cerca de 8% inferiores aos de seus pares da brasileira Embraer e da canadense Bombardier. Mesmo assim, a quantidade de SSJ em operação no mundo é extremamente pequena.

SSJ-100 (Sukhoi Superjet). Foto: sukhoi.org

Para apoiar a demanda pelo avião no país, os ministérios da Defesa e para as Situações de Emergência, o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) e o Gabinete da Presidência irão encomendar à CAU, fabricante do Sukhoi Superjet, 130 aeronaves no valor total de 200 bilhões de rublos (cerca de R$ 13 bilhões), informou o jornal Védomosti, citando o vice-ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Iuri Slusar.

Também serão encomendadas aeronaves An-148 (produção mista russo-ucraniana que opera em um segmento próximo dos SSJ-100 e Embarer 190), Tu-204SM e aviões de carga Il-476.

Esse contrato pode ser a última chance para a indústria aeronáutica russa, a qual não deve ser perdida. 

Mesmo assim, especialistas estão otimistas em relação ao futuro do E-170, também da Embraer, e do E-190 no mercado da CEI.

"Até agora, no segmento de aviões a jato regionais desse tipo, tivemos apenas o An-148 (produção mista russo-ucraniana) e o SSJ-100. Esse último, porém, não está disponível no mercado secundário. Isso quando toda uma série de companhias aéreas nacionais continuam fazendo compras no mercado secundário de aeronaves. Portanto, para as empresas interessadas em colocar rapidamente em operação aeronaves com capacidade para 90 passageiros, essa é a única opção possível", disse o chefe do serviço de análise da agência especializada AviaPort, Oleg Panteleev.

“Se compararmos o E-190 e o SSJ-100, veremos que o avião russo é um projeto mais recente, utiliza sistemas mais novos de segurança de voo e oferece mais conforto aos passageiros.”

Além disso, o avião russo é mais barato e não paga direitos aduaneiros na Rússia, acrescentou o especialista.

"O SSJ-100 é bastante competitivo em relação à aeronave brasileira: detém melhores especificações, é mais barato e não enfrenta barreiras alfandegárias. A aeronave brasileira, por seu turno, está disponível no mercado secundário e apresenta melhores condições de financiamento. Obviamente, nessas condições, o E-190 tem boas chances de ganhar um lugar ao sol no mercado da CEI e da Rússia", disse o especialista. 

Competição

Enquanto no setor de helicópteros Rússia e Brasil se dispõem a cooperar, no setor de aviação os dois países parecem estar começando a competir. O que, com o tempo, só tende a aumentar.

O projeto de avião de carga militar brasileiro KC-390 têm na mira um mercado cobiçado também pela Ucrânia e a Rússia. Para tanto, a Ucrânia já atualizou seu avião Il-76 e está prestes a começar a fabricar a versão Il-476, enquanto a Rússia oferece uma linha de aviões de carga de grande porte da série An.

"Ainda recentemente, a Embraer tinha um enorme sucesso em seu segmento e estava à frente da Bombardier. Por outro lado, 2012 foi um ano de muito sucesso para a empresa canadense. Agora, a questão é saber se isso irá estimular o interesse da Embraer por uma parceria com a Rússia", disse Panteleev.

Fonte: Gazeta Russa

Radar quântico pode anular tecnologia de aviões invisíveis

Os fótons verdadeiros foram detectados com alta precisão (esquerda) mostrando a silhueta correta do avião. A tentativa de gerar uma imagem falsa de uma ave (direirta) resultou em mais de 50% de erros, denunciando a interferência - Imagem: Malik et al./APL

Radar ultrasseguro

Um radar baseado nas leis da mecânica quântica promete acabar de vez com a indústria dos detectores, pequenos aparelhos que motoristas usam para enganar os radares da polícia.

Mais do que isso, o sistema ultrasseguro poderá ser usado para anular mecanismos de camuflagem militar usados para que os aviões de guerra apareçam como pássaros nas telas de radar.

Sistemas de radar e LIDAR (radar a laser) emitem ondas de rádio ou de luz que refletem em um objeto e retornam à posição de origem, permitindo calcular posição, velocidade e formato do objeto.

Mas esses sistemas podem ser ludibriados por dispositivos que gerem ondas da mesma frequência que as emitidas para o rastreamento. É assim que os detectores de radar funcionam.

Criptografia de radar

Mehul Malik e seus colegas das universidades de Rochester (EUA) e Ottawa (Canadá) descobriram que é possível usar uma técnica da criptografia quântica - usada para proteger documentos - para revelar quando os fótons que retornam ao sistema são falsos.

Isso permite distinguir entre os fótons verdadeiros, aqueles que são frutos da reflexão e trazem informação sobre o objeto de interesse, e aqueles que nasceram de um aparelho espião, que está tentando enganar o sistema.

A técnica consiste em polarizar cada fóton que sai do radar em uma de duas formas, seguindo uma sequência precisa.

O radar super-seguro mede a polarização dos fótons que chegam até ele, o que força alguém que está tentando criar um feixe de retorno falso a também polarizar seus fótons - só que eles não sabem a sequência correta, o equivalente à senha usada na criptografia.

Aviões visíveis

Mesmo que o sistema de detecção do radar tente medir os fótons que chegam até ele, a mecânica quântica garante que uma quantidade significativa das polarizações verdadeiras será perdida.

Assim, um feixe falso sempre conterá mais fótons com polarizações erradas do que o feixe verdadeiro.

Nos testes de laboratório, os fótons refletidos pelo recorte de um bombardeiro stealth apresentaram uma taxa de erro inferior a 1%, enquanto mais de 50% dos fótons criados em tempo real para imitar a forma de uma ave - uma técnica usada pelos militares - tinham a polarização errada.

A técnica é a mesma usada na criptografia quântica para detectar quando alguém está tentando interceptar uma mensagem.

Bibliografia:

Quantum-secured imaging
Mehul Malik, Omar S. Magaña-Loaiza, Robert W. Boyd 
Applied Physics Letters
Vol.: 101, 241103
DOI: 10.1063/1.4770298

Fonte: Site Inovação Tecnológica (Com informações da New Scientist)

Após acidente com cantor, piloto sofre queda com helicóptero de senador

Ao perder perna em queda com Marrone, piloto teve restrição de voo.

FAB e Anac apuram irregularidade em nova queda de aeronave em GO.

O piloto que se envolveu no acidente de helicóptero com o sertanejo Marrone, que faz dupla com Bruno, em junho, no interior de São Paulo, é investigado em mais caso, que provocou a destruição do helicóptero de um senador em Goiás. Desde que teve a perna decepada no acidente com o cantor, Almir Carlos Bezerra, de 51 anos, sofreu restrições como piloto que o impedem de voar sozinho.

O novo caso ocorreu em 11 de dezembro quando Almir sobrevoava o Aeroclube de Goiânia com um helicóptero Esquilo AS50. A aeronave pertence ao senador Wilder Morais (DEM-GO), que ocupa a vaga do cassado Demóstenes Torres e foi casado com Andressa Mendonça, atual mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Além de Almir, outras três pessoas estavam a bordo. Testemunhas relataram que a aeronave fez várias manobras antes de cair. A destruição foi total. Ninguém ficou ferido.

Pilotado por Almir Bezerra, helicóptero do senador Wilder Morais (DEM-GO) ficou destruído
 em dezembro, após acidente em Goiânia - Foto: Humberta Carvalho/G1

Após o acidente com Marrone, Almir fez uma avaliação médica na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e teve o certificado de capacidade física estendido até 6 de junho de 2013, em uma cláusula de flexibilidade. Apesar de ser habilitado para diversos helicópteros, foi considerado apto para pilotar apenas Esquilo e proibido de realizar voos sozinho.

A Anac e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) apuram se Alrmir descumpriu a restrição e se, supostamente, poderia estar dando instrução na hora da queda. A Anac informou que abriu um processo administrativo, pois “há indícios de que o helicóptero era pilotado por Almir sem a presença de um copiloto, exigido para operações aéreas em que o piloto apresente restrições para voos solo”.

O caso pode gerar multas, suspensão ou cassação das licenças, tanto de Almir como do proprietário do helicóptero, disse a Anac.

No acidente com Marrone, a Polícia Civil levantou a hipótese de que Marrone estaria com os comandos na hora da queda e pediu que o sertanejo fosse responsabilizado por comandar o helicóptero sem ter a autorização. Marrone negou, em depoimento, estar comandando o aparelho. Almir corroborrou a versão. 

Ao G1, Almir, que teve uma prótese reimplantada na perna, disse que não queria falar sobre o novo acidente. “O Cenipa está investigando, o processo ainda está em análise, não há necessidade de eu me manifestar agora. Sofro vários problemas com a Anac e, se me manifestar em hora errada, posso me complicar ainda mais”, afirmou.

O piloto negou que estivesse proibido de voar sozinho. “Colocaram em meu cheque um médico que me avaliou e ele não me deu nenhuma restrição de voo”.

Helicóptero em que o cantor Marrone estava ficou totalmente destruído
 após queda em Rio Preto - Foto: Reprodução/TV Tem

Esse é o terceiro acidente em que Almir se envolve: além do de Marrone e do senador Wilder Morais, Almir pilotava um Esquilo que caiu na mata de Roraima, em 1998, com o ator Danton Mello. Três ficaram feridos e uma pessoa morreu.

Helicóptero de senador

O advogado de Wilder Morais, Brandão de Souza Passos, informou que o Esquilo que caiu, de matrícula PT-YSW, era da construtora Orca, de propriedade do senador, e que foi apenas emprestada ao piloto. “Almir ligou para o senador e pediu emprestado o helicóptero e ele consentiu, são amigos de longa data. O senhor Wilder não sabia para que o Almir usaria, foi um papo informal. Só falou: ‘pode pegar’”, diz. 

Habilitações do piloto Almir Bezerra, ex-piloto de Marrone

Reprodução do cadastro de Almir na Anac diz que ele é apto
 apenas para pilotar Esquilo, mas "proibido de voo solo"

“A aeronave estava no pátio no aeroclube, e o Almir pediu para fazer os treinamentos dele, sem copiloto. O senador não tem nada a ver com o caso”, diz o advogado.

Segundo boletim de ocorrência registrado na 21ª Delegacia de Polícia de Goiânia, no banco do copiloto estava um piloto habilitado somente para voar aeronaves de instrução R22 e R44 e que não podia atuar em um Esquilo. No banco de trás, estava o coronel reformado da PM Jorge Alves Sobrinho, piloto oficial do senador Wilder Morais.

“Como Almir pediu direto ao senador emprestado, só fui junto para acompanhar, porque, se ele mudasse alguma configuração, eu tinha que saber para não ter problemas depois”, disse Sobrinho.

“Foi Almir quem chamou as pessoas que estavam a bordo, tanto o copiloto quanto a mulher que sentou ao meu lado”, afirmou.

Sobrinho, que é piloto há 20 anos e implantou o serviço aéreo da PM de Goiás, lembra ter se sentido impotente diante da queda: “A manutenção estava em dia, não tinha motivo para o acidente. A sensação de não poder fazer nada é péssima. Nunca mais voo como passageiro em um helicóptero”, disse.

Helicóptero do Wilder Morais caiu de lado em aeroclube de Goiânia - Foto: Humberta Carvalho/G1 

Almir não quis falar ao G1 sobre as causas do acidente ou se ele fazia treinamento ou instrução na aeronave. Disse apenas que “não sabia” que o piloto ao seu lado não podia voar Esquilo e que ainda está analisando com a Anac o caso.

Marrone pagou prótese

A prótese implantada na perna de Alrmir, que permitiu que ele voltasse a voar, foi paga por Marrone, segundo a assessoria do sertanejo. O cantor também matinha o pagamento de um salário até que ele pudesse voltar a trabalhar. A assessoria diz que o piloto não presta mais serviços a Marrone desde que o cantor adquiriu um King Air B-200, ao qual Almir não é habilitado.

A Aeronáutica informou que enviou à Anac uma notificação sobre o caso e que ainda está levantando informações sobre as causas do acidente.

Já o delegado José Luís Chain, que apurou a queda do helicóptero de Marrone em São José do Rio Preto, mostrou-se surpreso com o novo caso envolvendo Almir: “Mas ele não perdeu uma perna, como pôde continuar pilotando?”. O sertanejo e o piloto não foram indiciados no acidente porque não foi possível comprovar quem estava pilotando no momento da queda.

A apuração do Cenipa, que tem como objetivo mostrar as causas do acidente e se Marrone pilotava ou não, já foi concluída, mas ainda não tem prazo para ser divulgada.

Fonte: Tahiane Stochero (G1)

Concessão de Galeão e Confins exigirá investimentos de R$11,4 bi

O governo anunciou nesta quinta-feira plano de 11,4 bilhões de reais para as concessões dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais, e programa de investimento em aviação regional com recursos da ordem de 7,3 bilhões.

Segundo o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, os investimentos na concessão do aeroporto do Galeão serão de 6,6 bilhões de reais, enquanto Confins ficará com os outros 4,8 bilhões.

Os editais de concessão deverão ser publicados em agosto do próximo ano e os leilões dos aeroportos foram previstos por Bittencourt para setembro de 2013.

O anúncio ocorreu duas semanas depois de o governo lançar programa de investimento de 54,2 bilhões de reais em portos até 2017. Antes, o governo já havia anunciado pacote para concessões de ferrovias e rodovias, em investimentos totais de 133 bilhões de reais ao longo de 25 anos.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, os controladores dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília não poderão participar dos leilões de concessão de Galeão e Confins.

Além disso, Bittencourt afirmou que o plano para o desenvolvimento da aviação regional no país envolverá 270 aeroportos de pequeno porte em uma primeira fase, em investimentos de 7,3 bilhões de reais.

"Temos investido nos principais aeroportos, mas precisamos pensar nos aeroportos do interior. Tem que ter intensidade de investimento que permita ao interior o acesso às grandes capitais e grandes centros", disse Bittencourt. Ele afirmou que, o governo fará parceria com o Banco do Brasil para acelerar a aplicação dos investimentos.

No plano de aviação regional, o Nordeste receberá a maior parte dos recursos, 2,1 bilhões de reais, que serão aplicados em 67 aeroportos. A região Sudeste terá 1,6 bilhão de reais para 65 aeroportos.

O Sul ficará com cerca de 1 bilhão de reais em 43 aeroportos, enquanto o Norte terá 1,7 bilhão de reais para 67 aeroportos. Já a previsão para o Centro-Oeste é de ações em 31 aeroportos e investimentos de cerca de 1 bilhão de reais.

Fonte: Leonardo Goy, texto de Alberto Alerigi Jr. (Reuters)

Boeing enche um avião com batatas para testar o sinal Wi-Fi

O curioso recurso diminuiu o tempo dos testes de duas semanas para apenas algumas horas.

Sacos de batata em testes de laboratório da Boeing

Para garantir que o sinal de Wi-Fi dentro de um avião funcione de forma adequada e, principalmente, não cause problemas aos sistemas de navegação da aeronave, os fabricantes precisam executar testes meticulosos.

A Boeing, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, utiliza uma técnica curiosa: batatas. Os engenheiros da empresa encheram uma aeronave com mais de nove toneladas de batatas para simular o efeito que os corpos humanos produzem quando encontram as ondas de rádio.

Dessa maneira, é possível calcular exatamente como as ondas se propagam, assim como posicionar de forma mais eficiente os equipamentos e melhorar o sistema como um todo. O método escolhido pela empresa diminuiu o tempo dos testes de duas semanas para apenas algumas horas.

A empresa conta no vídeo como é difícil otimizar o sinal de Wi-Fi dentro de um avião e como até mesmo os encostos das poltronas podem interferir na qualidade do sinal.

 

 Fonte: Los Angeles Times, The Verge via Vinicius Karasinski (Tecmundo)