sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O programa espacial secreto dos EUA


Muita gente ficou agitada com o retorno de um miniônibus espacial não-tripulado americano, o X-37B, após quase dois anos numa misteriosa missão em órbita. O que ele estaria fazendo lá? Bem, as respostas exatas estão escondidas em alguma pasta marcada como “top secret” nos arquivos do governo, mas já sabemos algumas coisas. A mais clara delas é que os Estados Unidos têm um avançado programa espacial militar, de natureza confidencial. E eles estão se preparando para futuras guerras no espaço.

Imagem do X-37B na base de Vanderberg, na Califórnia, após sua segunda missão

Sua gestão fica sob os auspícios do Comando Espacial da Força Aérea americana, que desde 1999 tem a obrigação de estar pronto, caso requerido, a aplicar força além da atmosfera terrestre — conceito definido como a habilidade de realizar operações de combate no espaço, a fim de influenciar o curso e o desfecho de um conflito.

Essa nova diretriz, formulada pelo Departamento de Defesa americano ainda no governo Clinton, ganhou força com seu sucessor, George W. Bush, sobretudo após o 11 de setembro de 2001, e desde então não vimos nenhum sinal de arrefecimento. Naquela época, o Comando Espacial julgava razoável o estabelecimento de novas tecnologias de armamento espacial para uso a partir de 2010 e além. Pois bem. Não sei se você reparou, mas nós já passamos dessa data.

Pode apostar que o X-37B se encaixa nesses planos. Originalmente desenvolvido em 1999 pela gigante aeroespacial Boeing para a Nasa (agência espacial que cuida do programa civil americano), ele foi transferido para a DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançados de Defesa) em 2004 e ganhou o status de confidencial, além de ter sofrido modificações (o original, para uso civil, se chamava apenas X-37).

Esta foi a terceira e mais longa das missões realizada pelos dois veículos X-37B da Força Aérea americana. A primeira (OTV-1), conduzida em 2010, durou 224 dias. A segunda (OTV-2), iniciada em 2011, consumiu 469 dias. A atual (OTV-3) bateu todos os recordes. Já são 22 meses no espaço. No lançamento, em 11 de dezembro, a Força Aérea dizia que a duração do voo seria de nove meses. O que o X-37B ficou fazendo lá em cima afinal?

Embora não diga o que é, o Comando Espacial já disse o que não é: os militares afirmam que não houve nenhum teste de armamento espacial durante a missão. Ou seja, felizmente ainda não chegamos na era “Guerra nas Estrelas” (não custa lembrar, mas, mesmo no auge da rivalidade entre americanos e russos, ninguém até hoje ousou dispor plataformas armadas no espaço).

Contudo, os militares americanos acreditam que essa era não tardará a chegar. A atual doutrina de defesa ianque considera a militarização do espaço inevitável, por uma razão muito simples: compensação assimétrica. Com armas no espaço, até mesmo um país meio pé-rapado militarmente poderia afundar os poderosos porta-aviões que sustentam o poderio militar americano no planeta. Ou seja, em vez de precisar de porta-aviões similares (e caríssimos) para estabelecer o equilíbrio de forças, uma nação inimiga poderia optar por um caminho diferente (e potencialmente mais barato) para chegar a esse objetivo.

Em 2001, o então major Austin Jameson, da Força Aérea americana, escreveu um artigo falando sobre as capacidades do X-37 e, em um dos capítulos, ele se pergunta logo no título: “Será o espaço o próximo Pearl Harbor?”

É uma referência ao ataque japonês que impulsionou os Estados Unidos à Segunda Guerra Mundial, em 7 de dezembro de 1941. E não é uma ideia infundada. A dependência americana de satélites-espiões para inteligência e de infraestrutura espacial de telecomunicações para comando e controle os torna alvos preferenciais num conflito. Até porque, no momento, esses equipamentos estão indefesos. 

Quem atacaria?


Durante a Guerra Fria, talvez fizesse sentido se preocupar com ataques a satélites, caso soviéticos ou americanos decidissem que era hora de iniciar o apocalipse. Mas no mundo de hoje?

Bem, a China fez o favor de confirmar a tese americana de que a escalada da militarização espacial era inevitável em 2007, quando usou um míssil para detonar em órbita um velho satélite meteorológico pertencente a seu próprio país. Foi um recado. “Nós, se quisermos, podemos atacar seus preciosos satélites.”

Imagem mostra as órbitas dos cacarecos que sobraram do satélite chinês
um mês após a explosão. Um monte de lixo espacial

Em 2008, os americanos deram o troco e destruíram um satélite-espião não funcional. Alegaram que ele podia acabar caindo sobre regiões povoadas com um tanque cheio de hidrazina — combustível tóxico. Mas é balela. O risco era mínimo. Foi para medir forças e mandar o seu recado também.

Ou seja, se em algum momento o pau comer com certeza teremos ataques a satélites.

É aí que o X-37B parece ter seu apelo. Não é nem pela habilidade fartamente demonstrada na atual missão de permanecer muito tempo no espaço. Mas é pela facilidade com que ele pode ser lançado e depois retornar à Terra com a mesma flexibilidade e rapidez.

Um dos pré-requisitos dos ônibus espaciais da Nasa, aposentados em 2011, mas criados na década de 1970, era a capacidade de dar apenas uma volta na Terra, em cerca de 90 minutos, e então regressar a uma pista de pouso convencional em solo americano. O requerimento foi estabelecido pela Força Aérea e tem uso tático óbvio, não só para o ataque a satélites, como para a defesa.

Não há razão para crer que o X-37B seja menos capaz. Na verdade, por ser mais simples e não-tripulado, ele deve ser ainda mais versátil.

Pela órbita em que estava em sua última missão, o veículo provavelmente realizou tarefas de observação da Terra. Ou seja, agiu basicamente como satélite-espião, além de testar a durabilidade de suas partes durante uma longa missão no espaço. Especula-se que ele também tenha produzido imagens de outros satélites no espaço, uma forma nova de vigilância que tem tudo a ver com o crescimento da militarização espacial.

O futuro


Ao analisar o X-37 em 2001, o major Jameson destacou que ele poderia ser útil nas quatro vertentes de uso ensejadas pela Força Aérea no espaço: incremento de força, apoio espacial, controle espacial e aplicação de força.

Concepção artística do X-37, na época em que o projeto ainda era civil e da Nasa

Como incremento de força, o veículo poderia oferecer inteligência e reconhecimento de terreno (função de satélite-espião), comunicações e meteorologia. Parece ter sido essa a principal vertente da atual missão, embora os dados sejam estritamente confidenciais e o Mensageiro Sideral não tenha acesso a nenhum cagueta no estilo “Garganta Profunda”.

No apoio espacial, o X-37 poderia ser usado para levar satélites ao espaço ou mesmo recuperar satélites danificados — um perfil de missão que já existia para os ônibus espaciais da Nasa, até o acidente com o Challenger, em 1986.

Como elemento de controle espacial, ele poderia ter papéis ofensivo (prejudicando o funcionamento de satélites inimigos e mesmo os destruindo) e defensivo (monitorar o ambiente espacial e detectar ataques a satélites, evitando-os).

Finalmente, como aplicação de força, ele poderia ser usado para atacar alvos terrestres. “O X-37 é bem conveniente para transportar uma carga útil de aplicação de força para o espaço em um prazo rápido. Equipado com armas de precisão como mísseis hipersônicos guiados por laser ou GPS, o X-37 pode ser instado a lançar essas armas para atacar alvos no meio do território inimigo sem risco para vida humana”, escreveu Jameson, que em seu artigo deu uma pista do que podemos esperar para o futuro do programa.

“Teoricamente, a Força Aérea poderia ter vários esquadrões de X-37 dispostos nas costas leste e oeste dos Estados Unidos, preparados e prontos para atender aos requerimentos do comandante”, apontou. 

Hoje só amanhã


Ainda estamos longe disso. A Força Aérea só tem dois X-37B, e suas missões até agora — incluindo esta última — são testes tecnológicos mais que qualquer outra coisa. A ideia é testar, pouco a pouco, a versatilidade do veículo e confirmar as teses que eram levantadas no início do século quanto à sua potencial utilidade.

Enquanto isso, em 2011 a Boeing anunciou planos para desenvolver uma variante maior do X-37B, o X-37C. Maior, ele seria capaz de transportar até seis astronautas em sua área de carga. A atual versão tem o tamanho de uma caminhonete e não suporta tripulantes.

Na guerra ou na paz, uma coisa é certa: esta não será a última vez que você ouvirá falar da escalada militar americana no espaço.

Há de se admirar a proficiência técnica. Mas, se eu falar que isso tudo não me assusta, é mentira. Como já apontava no meu livro “Rumo ao Infinito”, em 2005, um conflito em órbita poderia efetivamente encerrar a era espacial, envolvendo a Terra numa intransponível camada de lixo. Dez anos depois, parece que estamos ainda mais perto de enfrentar esse drama. Tomara que não cheguemos lá.

Imagens: Reprodução


DICA



Você acha que o governo americano esconde ETs? 

Se interessa por esse tema? 

Polícia investiga se falha técnica causou capotamento de monomotor em Boituva (SP)


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) irá investigar, junto com a Polícia Civil, as causas da queda do avião bimotor que caiu na noite de quinta-feira (16) em Boituva (SP). Em entrevista ao G1, o delegado responsável pelo caso, Silvan Renosto, afirma que a investigação vai verificar também qual das vítimas pilotava a aeronave – um rapaz de 25 anos e um homem de 68 anos estavam no local.

“Aguardamos os técnicos da Anac para iniciar a apuração. Vamos verificar se houve um problema técnico para queda ou se o motivo é outro. Não sabemos quem estava pilotando porque o avião tem duplo comando, isto é, em qualquer uma das cadeiras dava para pilotar.”

De acordo com Renosto, a dupla decolou do próprio Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) onde depois eles tentaram pousar e capotaram. Ele afirma ainda que durante a tentativa de pouso o monomotor capotou uma vez ficando de ponta cabeça. “Quando cheguei ao local os bombeiros já tinham retirado as vítimas, e como já era tarde e escuro não dava para investigar o local muito bem. Vamos apurar quando o avião partiu e qual o tempo e o motivo do voo”, conclui.

O rapaz de 25 anos sofreu apenas escoriações leves e passa bem. Já o idoso de 68 anos foi levado para o Hospital Regional de Sorocaba (SP) com suspeita de traumatismo craniano - o estado de saúde não foi informado.

Fonte: Caio Gomes Silveira (G1 Itapetininga e Região) - Foto: Fabio Campos/TV TEM

Avião monomotor capota ao tentar pousar em Boituva, no interior de SP

Acidente ocorreu no Centro Nacional de Paraquedismo (CNP).

Piloto foi transferido para Sorocaba com suspeita de traumatismo craniano.


O avião monomotor Cessna 182A, prefixo PR-PEX, capotou durante o pouso na noite desta quinta-feira (16) no Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva (SP). 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, duas pessoas estavam a bordo: um rapaz de 25 anos, que sofreu apenas escoriações leves e passa bem; e um homem de 68 anos, com suspeita de traumatismo craniano. Ele foi levado para o hospital em Boituva e transferido para o Hospital Regional, em Sorocaba (SP) - o estado de saúde não foi informado.

De acordo com a polícia, a aeronave não conseguiu pousar ao se aproximar do solo. Técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), acompanhados da Polícia Civil, vão até o local na manhã desta sexta-feira (17) para iniciar as investigações sobre o acidente.

Clique AQUI e assista a reportagem.

Fontes: G1 Itapetininga e Região (colaborou Airton Salles Jr., da TV TEM Itapetininga) / Site Desastres Aéreos - Fotos: Fabio Campos/TV TEM

Airbus vai cortar ritmo de produção do A330 em 2015

Companhia planeja focar na versão renovada A330neo, que foi lançada em julho deste ano.


A fabricante de aeronaves Airbus cortará o ritmo de produção de seu avião A330 para nove unidades por mês ante dez no quarto trimestre de 2015, conforme realiza uma mudança para uma versão renovada do jato, o A330neo.

A Airbus lançou o A330neo na feira britânica de aviação de Farnborough em julho, e o jato deve entrar em serviço no quarto trimestre de 2017.

Analistas esperavam um corte na produção do tradicional A330 para seis ou oito aviões por mês durante os próximos anos, embora a Airbus tenha dito que iria buscar manter os níveis de produção estáveis durante a transição para a nova versão.

Um porta-voz disse que a redução na produção não acarretará cortes de empregos, pois o grupo também está acelerando a produção do jato A350, que deve entrar em serviço neste ano com a cliente de lançamento Qatar Airways.

"Com o recente sucesso comercial que vimos após o lançamento do A330neo, além da variante de 242 toneladas e o A330 otimizado para rotas regionais, estamos confiantes que vamos sustentar uma produção firme rumo ao período de intensificação do A330neo", disse o vice-presidente executivo de programas da Airbus, Tom Williams, em comunicado nesta sexta-feira.

Fonte: Terra - Foto: Divulgação

Red Bull Air Race The Game – Novo jogo para Android


Uma das principais vantagens de ter um smartphone é justamente quanto a grande quantidade de programas que esse aparelho pode suportar. E dentre tais podemos destacar os jogos, isso mesmo, é possível instalar os seus games favoritos em seu smartphone e garantir a diversão nas horas vagas. Por esses e outros motivos o smartphone dispõe de tanto destaque em escala mundial.

E para aqueles que estão em busca de novos games para o seu aparelho, uma grande indicação é Red Bull Air Race The Game. Caso você ainda não o conheça, este é um game bastante interessante e com muita adrenalina. Vale destacar que este é um game do estilo simulação e nele você será colocado para disputar o campeonato aéreo mais concorrido do planeta.


Nesse simulador você poderá desafiar os principais nomes da modalidade em questão. Além disso, será possível disputar o campeonato aéreo em cidades como, por exemplo, Las Vegas, Abu Dhabi e Putrajaya.

O avião disponível para os jogadores é nada menos que um Air Race. Outro grande destaque desse game é justamente quanto ao grande número de missões que o jogador encontra disponível, ao todo são mais de 200 atividades a serem realizadas. Para controlar o avião é bastante simples, pois o jogo conta com joysticks virtuais, através desses controles será possível acelerar, bem como realizar manobras radicais com seu avião.


Além do avião disponível inicialmente, será possível desbloquear novos aviões de corrida. Isso será possível caso o jogador consiga vencer nos melhores circuitos do game. Outro ponto interessante é o “Photo Mode”, através dele você poderá ver todo o seu percurso realizado naquele determinado circuito juntamente com suas manobras radicais.

Para quem ainda está em dúvida, saiba que o game é muito indicado devido a vários pontos positivos. Um que merece grande destaque é quanto à parte de gráficos desse jogo, são muito reais e mistura aventura com belas paisagens. O jogo ainda reúne pilotos e aviões reais, mecânica de voo fácil de aprender, muitas missões e etc.

Tudo isso é disponibilizado de forma gratuita, dessa forma, basta acessar site oficial Baixaki e efetuar o download do game para começar a jogar. O mesmo é compatível com Android 4.0 ou superior.

Fonte: Bruno Henrique (meunovocelular.com)- Imagens: Reprodução

Opções para download: Google Play e App Store

Força Aérea Brasileira apresenta projeto de nanossatélite

Visitantes da Semana Nacional de C&T podem conferir outros projetos de defesa e espaço, além de participar de oficinas e pilotar virtualmente aeronave Gripen-NG.


O destaque da Força Aérea Brasileira (FAB) nesta 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, é o projeto ItaSat-1, que consiste no desenvolvimento de um nanossatélite com dimensões aproximadas de 7 centímetros cúbicos e peso inferior a 8 quilogramas.

Após a certificação, os pequenos satélites poderão ser utilizados para embarcar cargas úteis destinadas a missões estratégicas, como por exemplo, sistemas de comunicações seguros e de imageamentos.

A equipe do projeto, composta por dez alunos de graduação e pós-graduação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), prevê o primeiro lançamento experimental no segundo semestre de 2015. Esse lançamento tem por finalidade a obtenção de certificação da estrutura e do subsistema do modelo de voo.

Os componentes do satélite estão em exposição no estande da FAB, bem como outros projetos de defesa e espaço, a exemplo de sistemas de propulsão hipersônica, maquetes de mísseis, foguetes e do Veículo Lançador de Satélites (VLS).

Como outubro também é o mês das crianças, a FAB também realiza oficinas de arte usando como matérias-primas objetos considerados lixo eletrônico e sucatas. Os interessados por aviação têm a oportunidade de pilotar uma aeronave Gripen-NG em voo virtual de reabastecimento (Revo), em operação conjunta com um avião modelo KC-390.


(Todo o conteúdo deste site está publicado sob a licença Creative Commons CC BY ND 3.0 Brasil CC BY ND 3.0 Brasil)

Japão exibe no sábado seu 1º avião desde a 2ª Guerra, para disputar com Embraer


Com a ajuda dos especialistas do trem-bala, o Japão está finalmente pronto para mostrar ao mundo o primeiro avião de passageiros fabricado pelo país desde a Segunda Guerra (1939-45). O avião chega com quase quatro anos de atraso.

A Mitsubishi Aircraft Corp. vai apresentar em Nagoya, no sábado (18), o Jato Regional Mitsubishi, seu avião de pequeno porte, após três adiamentos.

À espera estão clientes como All Nippon Airways (ANA) e SkyWest.

A Mitsubishi está construindo aviões de 78 ou 92 assentos, e planeja fazer o voo de estreia até o final de junho. O modelo de 92 lugares será lançado primeiro.

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Oriente Médio deve liderar crescimento na aviação

Segundo relatório da IATA, região terá aumento de 4,9% ao ano no número de passageiros nos próximos 20 anos. 

Previsão é de um incremento anual de 237 milhões de passageiros. O Oriente Médio deverá apresentar a maior taxa de crescimento do mundo no número de passageiros de avião nos próximos vinte anos. Segundo relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), divulgado nesta quinta-feira (16), a taxa de crescimento anual no número de passageiros naquela região será de 4,9% até 2034, a maior do globo junto à da região Ásia-Pacífico, que deve avançar na mesma proporção.

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Emirates chega a Oslo



A Emirates deu início a um novo voo diário directo para Oslo, na Noruega, operado pelo avião da Boeing 777-300ER.

O voo inaugural foi recebido pelo CEO da Avinor, Dag Falk-Petersen, em conjunto com parceiros do comércio de viagens e media locais, assim como um contingente de líderes empresariais noruegueses com base no Dubai.

Thierry Antinori, vice-presidente executivo e chief commercial officer da companhia, refere que “o nosso novo serviço para Oslo desempenhará um papel importante no desenvolvimento de novas oportunidades para as grandes indústrias da Noruega, graças à conectividade melhorada através do hub no Dubai”.

Para o responsável, “os setores noruegueses em expansão, como o petrolífero, marítimo, piscatório e de telecomunicações, beneficiarão das novas ligações da Emirates para mais de 49 destinos no Extremo Oriente e Australásia, Ásia Ocidental, Oceano Índico e Médio Oriente, resultando num espectro de nova atividade econômica.”

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) e a Noruega beneficiam de uma relação comercial de cerca de 245 milhões de euros e estima-se que mais de 1200 noruegueses residam actualmente nos EAU.


Embraer comemora dez anos do Ipanema movido a etanol


O avião agrícola Ipanema movido a etanol (álcool hidratado) – EMB 202A – completa no próximo domingo (19) dez anos de certificação. O Ipanema foi o primeiro avião de série no mundo a sair de fábrica certificado para voar com este tipo de combustível – o mesmo utilizado em automóveis – e ainda é o único.

A primeira entrega do avião a etanol aconteceria em março de 2005 – coincidentemente foi também o milésimo Ipanema a ser vendido. A partir de então, a Embraer começou a oferecer também kits de conversão para etanol aos proprietários de aviões movidos a gasolina de aviação (AvGas). Até 2014, foram 269 aeronaves vendidas e 205 kits de conversão, totalizando 474 aeronaves voando a etanol.

A fonte alternativa de energia renovável, derivada da cana-de-açúcar, reduziu o impacto ambiental, os custos de operação e manutenção e, ainda, melhorou o desempenho geral da aeronave, tornando-a mais atrativa para o mercado. “Eficiente e com menor custo, o etanol foi uma alternativa que agradou aos clientes – muitos dos quais possuem eles mesmos lavouras de cana”, diz Fábio Bertoldi Carretto, Gerente Comercial da Embraer para o Ipanema. “Não por acaso, mais de 80% dos novos aviões são vendidos com essa configuração”. Hoje, cerca de 40% da frota do Ipanema em operação já é movida a etanol.

A adoção do etanol baseou-se no fato do Brasil ser um grande produtor desse combustível, que já vinha sendo usado pelos automóveis nacionais há mais de 20 anos. Menos poluente, cada Ipanema a etanol deixa de emitir por ano cerca de 20 quilos de chumbo na atmosfera. Considerando a frota total de aviões nesses 10 anos, deixou-se de emitir 51 toneladas de chumbo.

O modelo é também mais econômico: em média, o proprietário do avião a etanol gasta 25% a menos em combustível. Além disso, o combustível permite um incremento de 7% na potência, melhorando a performance da aeronave na decolagem, subida, velocidade e altitude máxima.

Produzido de forma ininterrupta há mais de 40 anos, o Ipanema já superou a marca de 1.300 unidades entregues e é líder no mercado de aviação agrícola no Brasil, com cerca de 65% de participação. Em 2013, foram vendidas 70 unidades do Ipanema para clientes do Brasil e do Mercosul.

O avião é utilizado principalmente na pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, evitando perdas por amassamento na cultura e flexibilizando a operação. Ele também pode ser utilizado para espalhar sementes, no combate primário a incêndios, povoamento de rios e combate a vetores e larvas. As principais culturas que têm demandado o avião são: algodão, arroz, cana-de-açúcar, citrus, eucalipto, milho, soja e café.