domingo, 30 de novembro de 2014

Pesadelo em RR: sobreviventes de tragédia fogem de onça e bebem urina


Um pequeno avião com problemas mecânicos pousa em uma área de savana no sul de Roraima, distante de qualquer sinal de civilização.

Nele, além de piloto e enfermeiro, há uma mulher com problemas médicos tomando soro em uma maca, o bebê dela, com nove horas de vida, e uma mulher grávida, com a barriga de oito meses presa ao cinto de segurança.

O pesadelo dessas cinco pessoas começou na manhã de 26 de outubro, domingo de eleição. Terminou com final feliz após cinco dias de sofrimento. Cansados de esperar ajuda após três dias, andaram dez quilômetros pela floresta amazônica e experimentaram momentos de pânico, dor, sede e fome. 


"Ninguém aguentava mais. Andamos pela mata e ficamos um dia e uma noite sem beber nem comer", diz Marinez Barroso, 40, que sobreviveu a tudo com uma hemorragia.

Foram resgatados no dia 31 de outubro, no meio da selva, debilitados e exaustos, hasteando uma bandeira improvisada com uma fralda.

Pouso na Savana


A aeronave Cessna pertence ao governo estadual e é usada para remover pacientes de áreas isoladas. Ela partiu da capital para buscar a dona de casa Marinez Barroso, 40, na comunidade de Santa Maria do Boiauçú, a 250 km de Boa Vista.

Marinez tinha hemorragia porque sua placenta havia ficado presa no útero após o parto. A gestante Françoisa da Silva, 24, pegou carona: tinha exames médicos na capital e levaria no colo o bebê Rian, já que a mãe dele viajaria deitada.

Poucos minutos após decolar, um estrondo no motor assusta a todos. Silêncio. O piloto relata a falha e diz que pousará. Avistou uma área de lavrado, como é chamada a savana de Roraima, com campos abertos e áreas alagadas, e conseguiu aterrissar ali.


Ninguém se feriu gravemente, apesar do susto de Françoisa. "Fiquei presa pela barriga no cinto, durante algumas horas achei que tivesse perdido o bebê."

A gasolina que invadiu a aeronave fez com que todos corressem. Montaram um acampamento improvisado perto do avião, com cuidados especiais a Marinez, que ainda se hidratava com o soro. 

Os equipamentos usados para pedir socorro não funcionaram. O piloto tinha um GPS, que indicava a localização do grupo, mas sem recursos para aviso de emergência.

Onças e urubus


Com alguns biscoitos e água abundante em volta, os cinco passageiros de Roraima decidiram esperar socorro no local onde o piloto conseguiu pousar.

Em poucas horas, foi preciso buscar comida. Marinez Barroso, mãe do recém-nascido, e Françoisa da Silva, grávida, amamentavam o pequeno Rian, mas o leite foi escasseando.


O piloto, Raimundo Nonato Lima, 56, e o enfermeiro, Anderson Teixeira, 32, saíram para buscar ajuda no dia seguinte (28). Com um GPS, localizaram uma vila a 47 km. Após algumas horas, voltaram correndo.

"Uma onça nos encarou e, quando começamos a correr, já estava em nossa direção. Subimos em um buritizal e esperamos", conta Teixeira, que só viajou porque havia trocado o plantão com um colega. Comiam folhas, flores, frutas e capim. "O que o bicho come, o homem come também", diz Marinez. 

Mata adentro


Após três dias de acampamento, ela sofria cada vez mais. "O odor fétido [da placenta] começou a atrair animais, como urubus. A fome era tão grande que cogitamos usar isso como isca para atrair e abater algum bicho. Comeríamos cru, mesmo", lembra o enfermeiro Teixeira.

"Começamos a ter alucinações. Às vezes víamos uma lagoa, e era só miragem", diz.

No dia 29, deixaram um bilhete na aeronave, apontando a direção que tomariam caso alguém encontrasse a anotação. "A equipe está fraca passando fome há três dias. Por isso o motivo da saída do acampamento. Informamos mata perigosa com onça em volta", diz um trecho do bilhete. 

Começavam as horas mais dramáticas da espera por resgate. A água que tinham acabou. Não chovia. O enfermeiro passou a ter febre.


Com sede, Nonato e Teixeira beberam urina. Encontraram uma área úmida e cavaram até encontrar uma água barrenta e cheia de areia. Beberam mesmo assim.

"Só me preocupava com o bebê. Na quinta [30], avisei que ainda conseguia andar, mas que no dia seguinte, não", diz Françoisa.

Caminhavam por cem metros e, exaustos, paravam dez minutos para descansar. Haviam perdido a única faca e a bolsa de guardar água. Decidiram parar de andar e abrir uma clareira.

Bandeira branca


No dia 30, a Força Aérea Brasileira localizou o avião a cerca de 200 km de Boa Vista. Com o bilhete, foi traçada uma nova rota para a busca, que já durava quatro dias.

No dia seguinte, os sobreviventes ouviram som de aeronaves. Um sargento avistou um ponto vermelho e viu alguém balançando a bandeira improvisada com uma fralda. Com um helicóptero, os sobreviventes foram içados e levados à capital.

Marinez foi a primeira a ser socorrida. No hospital, sofreu uma parada cardíaca e ficou oito dias internada. Rian, que virou Rian Vitório, teve queimaduras de sol, mas recuperou-se logo.


Teixeira quase perdeu os rins e ficou três dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nonato e Françoise não tiveram grandes complicações, apesar da desnutrição que fez sua barriga murchar: era possível, contam, ver o desenho do bebê sob sua pele. Lívia Vitória nasceu na última quinta (27) e passa bem.

As causas do acidente estão sendo investigadas. O governo de Roraima diz que a aeronave passou por revisão e manutenção em outubro.

Avião monomotor cai em quintal de casa em São Mateus, ES

Veículo caiu a 1km do aeroporto, quando retornava de Colatina. 

Duas pessoas estavam no avião e tiveram ferimentos leves.

Avião caiu em quintal de casa - Foto: Serly Santos/TV Gazeta

Um avião monomotor caiu no quintal de uma casa no bairro Cohab, em São Mateus, Norte do Espírito Santo, na tarde deste domingo (30). De acordo com testemunhas, havia duas pessoas no veículo, que seguiam de São Mateus para Colatina, no Noroeste do estado. Por conta do mau tempo, eles retornaram ao município do Norte, quando o avião caiu a cerca de 1 km do aeroporto. Os dois saíram andando do veículo e foram levados por um morador ao Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, com ferimentos leves. O Corpo de Bombeiros esteve no local.

A aeronave era o monomotor ultraleve experimental Kolb FlyerR SS, prefixo PP-SED, e caiu por volta das 17h deste domingo. O piloto é um capitão da Polícia Militar, segundo informações da polícia de Colatina, região Noroeste.

A dona da casa atingida, Mariana Magalhães, contou que o veículo bateu no muro de dentro para fora da residência. Ela ainda relatou que ouviu um zumbido e, quando viu, o avião já havia caído no quintal de sua casa e ficou completamente destruído.

Mariana também contou que um dos feridos pediu uma faca emprestada para ajudar a tirar o amigo que estava preso no monomotor. Mas, quando ela retornou com o objeto, os dois já haviam saído do local.

O administrador do aeroporto de São Mateus, João Campos Holanda, informou que, como o avião é particular, do próprio piloto, a responsabilidade de fazer a remoção é do proprietário.

Foto: Layla Leal/Folha Vitória

Fontes: G1 ES, com informações de Serly Santos, da TV Gazeta Norte / Site Desastres Aéreos

Quatro mortos em acidente de helicóptero na Tanzânia

Quatro pessoas morreram neste sábado (29) após om helicóptero em que estavam testando cair a poucos quilômetros do Aeroporto Internacional de Dar Es Salaam, na Tanzânia.


A aeronave Robinson R44 Raven II, prefixo 5H-TWA, caiu em uma área residencial conhecida como Kipunguni B, mas ninguém ficou ferido em solo. 

O acidente aconteceu por volta das 10 (hora local) e o helicóptero pertencia ao Ministério do Turismo e dos Recursos Naturais. 

Os mortos foram o piloto, o capitão Alfayo, e três policiais pilotos, o superintendente Kidaes Singano, os inspetores Simba Musa e Constable Josu Selesna. 

De acordo com uma testemunha, o helicóptero estava voando baixo, parecia fora de controle e pouco antes da queda houve uma explosão.





O helicóptero acidentado foi um presente do filantropo americano Howard Buffet, filho do bilionário Warren Buffet. 

Ele foi oficialmente entregue ao governo em julho pelo embaixador dos EUA Mark Childress, que disse então que "os maus (poachers) passariam a ser combatido tanto no ar e no solo".

O ministro do Turismo e dos Recursos Naturais, que recebeu o helicóptero, disse que estava triste com o acidente e seus pensamentos estavam com as famílias.

Fontes: thecitizen.co.tz / ASN - Fotos: The Citizen Reporter / thecitizen.co.tz

Morre militar francês em queda de helicóptero em Burkina Fasso

Um militar francês morreu no sábado (29) à noite na queda do helicóptero Eurocopter EC 725 Caracal em que participava de manobras em Burkina Fasso, anunciou neste domingo o ministro de Defesa da França, Jean-Yves Le Drian.

O acidente aconteceu quando o helicóptero participava de um exercício de treino tático e ao cair causou a morte de um suboficial e ferimentos em outros dois membros da tripulação, que não correm risco de morte, assinalou o Departamento de Defesa.

O ajudante Samir Bajja tinha 38 anos e era membro do quarto regimento de helicópteros das forças especiais do exército. Le Drian prestou homenagem a Bajja, e destacou que tinha sido um soldado "valente", condecorado com a Cruz da Coragem Militar por uma missão no Mali, que tinha ingressado no exército aos 16 anos e que tinha estado na Costa do Marfim, no Afeganistão, no Chade e no Mali.

É o segundo militar francês morto no Sahel desde o lançamento, em 1º de agosto, da operação Barkhane para combater diversos grupos terroristas junto com as forças armadas de Burkina Fasso, Níger, Mali, Mauritânia e Chade.

Fontes: EFE via jovempan.uol.com.br / ASN

Vídeo feito por cientistas simula como germes de espalham em avião

Simulação computacional mostra vírus da gripe se espalhando.

Mesmo passageiros mais distantes podem ser contaminados.


O espirro de uma pessoa gripada dentro de um avião pode contaminar vários passageiros em volta – mesmo os que não estão sentados perto dela. É o que mostra um vídeo preparado por pesquisadores americanos, que simula a forma como os germes se espalham na cabine pressurizada de uma aeronave.

Veja o vídeo acima ou neste link

A simulação foi realizada pela Universidade de Purdue, nos EUA, em conjunto com a Ansys, uma empresa de tecnologia em simulações.

Segundo o vídeo, quando um passageiro gripado espirra sem cobrir o nariz e a boca, centenas de patógenos são liberados no ar, criando uma nuvem que passa pela cabeça de todos.

Essa nuvem se dissolve e os germes se dispersam rapidamente junto com os fluxos do ar que circula na cabine, chegando especialmente às pessoas sentadas à direita e à esquerda do passageiro doente. 

Segundo a Ansys, o objetivo do vídeo é contribuir para que companhias aéreas e oficiais de saúde entendam como as partículas de gripe são distribuídas a 39 mil pés – e, assim, estudem formas de tornar o ambiente de um avião mais saudável.


Gilles Eggenspieler, especialista em engenharia aeroespacial e gerente da empresa, afirma que as duas melhores maneiras de os passageiros de um avião se prevenirem é tomar a vacina contra o Influenza e lavar as mãos com frequência. Ele faz ainda um apelo a quem estiver doente: “Por favor, se você estiver gripado, cubra sua boca e seu nariz quando espirrar”, afirmou.

Fonte: G1 - Foto: Reprodução/Youtube/Ansys

EUA investigam ameaça de bomba em avião

Aeronave que pousou em Nova York carregaria explosivo, segundo denúncia.




Autoridades estão investigando uma ameaça de bomba feita sobre um avião Boeing 767 que aterrissou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy na tarde deste domingo, disseram autoridades.  
Uma ligação telefônica informou que havia um dispositivo explosivo a bordo do voo 67 da American Airlines, que estava viajando de Barcelona e aterrissou no JFK um pouco depois das 12h (horário local), afirmou o porta-voz da Autoridade Aeroportuária.

Mais de 200 passageiros e os tripulantes foram retirados da aeronave e cães farejadores de bombas foram acionados para checar o avião, segundo o porta-voz. A Autoridade Aeroportuária disse que nenhuma bomba foi encontrada a bordo. Não houve relatos de feridos, segundo funcionários. Fonte: Associated Press.

Fonte: Agência Estado - Fotos via ABC / Daily Mail

Grupo tenta ressuscitar uma das maiores empresas aéreas dos EUA

Boeing 737 da nova Eastern
Foto: Malcolm Nason – www.skyliner-aviation.de

A Eastern Air Lines, que durante quase 50 anos dividiu a liderança do mercado doméstico norte-americano com as gigantes American, TWA e United, está prestes a retornar aos céus. Bom, pelo menos a sua marca, que estava inativa desde janeiro de 1991, quando a companhia original parou e entrou em processo de liquidação.

“Estamos honrados pela oportunidade de lançar uma empresa aérea com o nome icônico Eastern Air Lines”, disse Edward Wegel, presidente e CEO da nova aérea, em comunicado. “Recrutamos um conselho de alto nível e uma equipe de gestão altamente experiente para orientar e liderar esse esforço”. O próprio Wegel carrega quase 30 anos de aviação nas costas.

A primeira aeronave de um pedido de 20 unidades encomendadas à Boeing, entre os modelos 737-800 e 737 MAX 8, saiu do hangar de pintura no dia 4 deste mês (veja foto acima). O grupo também confirmou o pedido de 20 jatos regionais à japonesa Mitsubishi, que devem entrar em serviço em 2019.

O plano é iniciar as operações no começo de 2015, com voos charter a partir de Miami (a base da companhia original), mas, dependendo dos resultados e de novos investimentos, convertê-los em regulares.

Para virar o ano, a novata dispõe de pelo menos US$ 2,5 milhões aportados por 22 investidores privados e outros US$ 10 milhões de seu principal acionista, o bilionário Vincent Viola, dono do time de hóquei no gelo Florida Panthers.

O novo Eastern Air Lines Group, Inc. não tem ligação com a antiga transportadora. Seus representantes adquiriram a propriedade intelectual da Eastern Air Lines em juízo há quatro anos e decidiram apropriar-se também de seu legado. Por exemplo, o primeiro 737-800 foi batizado “Spirit of Captain Eddie Rickenbacker” (“Espírito do Comandante Eddie Rickenbacker”, um dos mais celebrados pilotos dos EUA e presidente da aérea de 1938 a 1963). O jato ostenta o esquema de pintura mais conhecido da velha companhia.

“Fizemos extensas pesquisas e sondagens sobre o nome”, contou Wegel à rede de televisão CNN. “Ele tem 80% de reconhecimento em Miami e, no geral, ainda é reconhecido de forma muito positiva”.

O grupo decidiu decolar agora por causa do bom momento do setor. Estudo da Boeing aponta que as cinco grandes fusões de companhias aéreas realizadas desde 2008 tornaram a aviação comercial dos EUA o paradigma da rentabilidade para toda a indústria. A fabricante prevê que as empresas locais apresentarão lucro líquido recorde de US$ 8 bilhões em 2014, versus US$ 5,5 bilhões em 2013.

Por outro lado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) destacou em seu último balanço publicado, referente a setembro, que o segmento doméstico norte-americano foi o que apresentou a maior taxa de ocupação média nos voos entre todos os mercados pesquisados, de 82,6%.

Os números da caçula são modestos, quando comparados aos da velha Eastern. A empresa pioneira chegou a ser líder em número de passageiros transportados naquilo que os EUA então chamavam de “mundo livre”, capitalista. Ao fechar as portas, mesmo minguada, ainda empregava 18 mil pessoas e operava em mais de 90 destinos (inclusive, no Rio de Janeiro), com uma frota de 190 aviões. 

Lições do setor


A pergunta que fica: a empresa que nasce conseguirá vingar no competitivo mercado norte-americano no longo-prazo? É difícil prever. Mas seus executivos sabem que não devem apostar todas as fichas somente na força da marca. A badalada low-cost People Express, que desapareceu em 1987, ressurgiu em 2012 apenas para encerrar as operações em setembro de 2014, depois que um caminhão colidiu com uma de suas duas aeronaves, inviabilizando o cumprimento da malha.

E, num passado não tão distante, diferentes grupos trouxeram de volta à vida as emblemáticas Pan Am (foram quatro tentativas) e Braniff. Todos falharam. Aqui no Brasil, a Varig, comprada pela Gol junto com os ativos da VRG Linhas Aéreas, também foi extinta, após uma mal-sucedida incursão no mercado de voos intercontinentais.

A antiga Eastern sucumbiu, em boa parte, por causa da inflexibilidade que seus gestores demonstraram depois da liberalização do mercado do americano, em 1978, que acirrou a concorrência. Além disso, conflitos entre a direção e os funcionários culminaram numa greve geral em 1989 que arranhou a imagem da companhia e afugentou os passageiros. Por fim, o enfraquecimento da economia dos Estados Unidos em 1990 e a disparada no preço dos combustíveis por causa da Guerra do Golfo selaram o destino final da empresa, sufocada por dívidas descobertas que somavam US$ 1,5 bilhão.

Fonte: Daniel Leb Sasaki / Ricardo Gallo (senhorespassageiros.blogfolha.uol.com.br)